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Fonoaudiologia Paralisia Facial Questões de Concurso Público Ana Beatriz Ferrari 27/05/2016 Ana Beatriz Ferrari Página 1 1) (FUNCAB 2015 – FUNASG) Paralisia facial ocorre quando existe interrupção da informação nervosa no VII par craniano. Pode apresentar muitas etiologias. Contudo, cerca de 50% dos casos são de origem desconhecida. Além de acometer a musculatura da mímica facial existe a possibilidade de alterações na gustação e audição. Quanto a anatomia do nervo facial e o tipo de paralisia facial é correto dizer que quando as fibras contralaterais acima do núcleo do facial são afetadas, este é um quadro de paralisia: a) de Bell. b) periférica. c) central. d) idiopática. e) recorrente. 2) (FUNCAB Pref. Anápolis/GO 2011) A paralisia de Bell é a mais frequente das paralisias faciais, sendo mais comum no sexo feminino. Seu início é súbito e a doença progride durante os primeiros 14 dias. O comprometimento facial atinge seu auge nos quatro primeiros dias, sendo sua origem: a) congênita. b) infecciosa. c) tumoral. d) traumática. e) idiopática. 3) (FUNCAB EMSERH 2016) A paralisia facial provoca prejuízos significativos dos pontos de vista funcional e estético. No transcorrer da avaliação, o fonoaudiólogo percebe que a distribuição das alterações miofaciais se concentra, essencialmente, no quadrante inferior da face o que está associado a uma lesão na(o): a) cavidade oral. b) região da glândula submandibular. c) meato acústico. d) nervo facial. e) trato corticonuclear. 4) (Instituto Machado de Assis 2015) A paralisia facial decorre do comprometimento do nervo facial prejudicando os movimentos dos músculos da expressão facial, ocasionando diminuição ou paralisia dos movimentos faciais impactando na vida social do paciente. Sobre a Ana Beatriz Ferrari Página 2 paralisia facial julgue os sintomas abaixo; marcando V para Verdadeiro e F para falso: ( ) Dormência e fraqueza nos músculos faciais. ( ) Sensação de pressão e inchaço do lado afetado. ( ) Intolerância a sons fortes. ( ) Dor ao redor da orelha. a) V, V, V, V. b) V, F, F, V. c) V, V, V, F. d) V, V, F, V. 5) (Instituto Machado de Assis 2015) A paralisia facial periférica limita a integração do ser humano com seu próximo e com o meio social, devido à privação dos movimentos faciais. Sobre a paralisia facial periférica é correto afirmar: a) O diagnóstico etiológico irrelevante para o tratamento e prognostico da doença. b) A mimica facial, com a precisão dos movimentos faciais, é desempenhada pelos nervos: facial e trigêmeo. c) É de responsabilidade do nervo facial a integração do SNC com a musculatura da face. d) O hemograma é dispensável na avaliação da paralisia facial periférica 6) (HC – UFPE 2014) Sobre a terapia fonoaudiológica em motricidade orofacial, em casos de paralisia facial, assinale a afirmativa correta. a) Os exercícios miofuncionais estão voltados para a mobilidade dos órgãos fonoarticulatórios. b) Para a adequação do processo de deglutição, é sempre necessária a adequação da respiração. c) Para a adequação do processo de deglutição, é sempre necessária a realização de exercícios isométricos. d) Os exercícios miofuncionais são realizados diretamente sobre a musculatura para modificar seu tônus, mobilidade e/ou postura. Ana Beatriz Ferrari Página 3 e) O objetivo geral da terapia fonoaudiológica voltada para as funções estomatognáticas é o restabelecimento da mobilidade dos órgãos fonoarticulatórios. 7) (Cabo de Santo Agostinho 2006) Na atuação fonoaudiológica, o diagnóstico correto de uma síndrome é sempre importante para o prognóstico e elaboração de um plano de tratamento cirúrgico, ortodôntico e miofuncional. No que diz respeito às síndromes, assinale a única alternativa incorreta. a) Na Síndrome de Apert, também chamada de acrocefalossindactilia, a face é longa, com hiperplasia do terço médio; comumente há ausência de selamento labial, alteração dos pontos de articulação dos fonemas bilabiais, linguodentais, linguoalveolares e fricativos e, ainda, alteração na mastigação e na deglutição. b) A Síndrome de Treacher-Collins tem como característica a hipoplasia maxilar e mandibular, normalmente acompanhada de alterações na mastigação, e redução da cavidade nasal, com grande tendência ao padrão de respiração tipo oral. c) Na Síndrome de Crouzon, observa-se, na face, o hiperteleorbitismo, hipoplasia maxilar, palato duro alto e atrésico, língua baixa e anteriorizada e lábios hipotônicos, com ausência de selamento. d) A Síndrome de Möebius é caracterizada pela paralisia facial do tipo periférico, hipoplasia da maxila e da mandíbula, atrofia da musculatura da língua, além de paralisia de outros nervos cranianos, apresentando dificuldades para deglutição. e) Na Síndrome de Pierre Robin, tem-se uma tríade característica: micrognatia, glossoptose e fissura palatina. Além de distúrbios na sucção, mastigação e deglutição. 8) (UNIRIO Residência 2015) Na paralisia facial (PF) ocorrem comprometimentos de ordens estética e funcional dos músculos faciais com repercussão emocional marcante. Referente aos tipos de paralisias faciais, correlacione as colunas1 e 2. Ana Beatriz Ferrari Página 4 A sequência CORRETA é: a) A (1) / B ( 2) / C ( 1) / D (1) / E ( 2) b) A (2) / B (2) / C (1) / D ( 1) / E (1) c) A (2) / B (2) / C (1) / D ( 2 )/ E (1) d) A ( 1) / B (1) / C ( 2) / D ( 2 )/ E (2) e) A (2) / B (1) / C (2) / D ( 2 )/ E (1) 9) (UNIRIO Residência 2013) Doença desmielinizante inflamatória aguda das raízes e nervos periféricos caracterizada por fraqueza muscular simétrica, rapidamente progressiva, podendo levar o paciente a ficar tetraplégico. Há comprometimento associado de nervos cranianos apresentando paralisia facial e comprometimento bulbar. O início da doença é precedido por infecção de vias respiratórias altas, de gastroenterite aguda e num pequeno número de casos por vacinação. A terapia fonoaudiológica visa a recuperar as funções estomatognáticas, reabilitar a paralisia facial e a adequar a comunicação. A doença descrita é: a) Síndrome de Guillain Barré. b) Miastenia Gravis. c) Esclerose Lateral Amiotrófica. d) Esclerose Múltipla. e) Distrofia Muscular Aguda. 10) (Fundação Vunesp 2011) A paralisia facial: a) refere-se à interrupção da informação sensitiva para a musculatura da face e do pescoço e necessita de tratamento médico imediato. Ana Beatriz Ferrari Página 5 b) periférica se deve a uma alteração do nervo facial em qualquer ponto de seu trajeto, e a paralisia facial central ocorre por uma alteração na via motora facial central. c) central classicamente causa o envolvimento de todos os seguimentos na hemiface afetada (testa, olhos, nariz e lábios). d) periférica geralmente se manifesta com a manutenção simétrica e bilateral das linhas de expressão na testa. e) tem seu grau de recuperação da função facial dependente, exclusivamente, da intervenção fonoaudiológica precoce. 11) (ASSOCIAÇÃO PARANAENSE DE REABILITAÇÃO 2008) O trabalho miofuncional tem como proposta exercitar a musculatura de toda a face em casos de paralisia facial de qualquer origem. Diferentes manifestações podem ocorrer durante a paralisia facial. Independentemente do agente agressor, as consequências fisiológicas podem ser resumidas em situações que envolvem somente a interrupção do impulso nervoso (neuropraxia), em que a recuperação completa ocorre em aproximadamente 45 dias, esituações que envolvem perda estrutural da fibra nervosa (degeneração walleriana), em que a recuperação não é completa e pode ser acompanhada de sequelas. Podem ser identificadas duas fases da paralisia facial: fase flácida e fase das sequelas. Qual é o objetivo da intervenção fonoaudiológica na fase flácida? a) Atrasar a atrofia muscular e acelerar a recuperação dos movimentos. b) Fazer exercícios isocinéticos e massagens indutoras na hemiface paralisada. c) Identificar as sincinesias e fazer a reprogramação do controle da motricidade facial. d) Reprogramar o controle da motricidade facial, fazendo exercícios isotônicos. e) Usar técnicas passivas e ativas de alongamento para melhorar a elasticidade da musculatura contraída. 12) (ASSOCIAÇÃO PARANAENSE DE REABILITAÇÃO 2008) Caso clínico: João Pedro, de 25 anos de idade, é motorista de táxi e procurou o fonoaudiólogo 15 dias após ter sido vítima de espancamento, durante uma tentativa de assalto enquanto aguardava o semáforo abrir. A queixa referida pelo paciente na entrevista foi de dificuldades para falar e uma sensação de dormência no lado esquerdo do rosto. Informou também Ana Beatriz Ferrari Página 6 que, após o acidente, não está conseguindo distinguir os sabores dos alimentos. Após avaliação fonoaudiológica, constatou-se que o paciente apresenta uma diminuição importante dos movimentos faciais do lado esquerdo da face. Em relação à musculatura facial em repouso, observou-se assimetria na posição das sobrancelhas, bem como uma assimetria no ângulo da boca. Em relação à avaliação da função mastigatória, verificou-se resíduos de alimentos do lado acometido e dificuldades na deglutição. Constatou-se também prejuízos em relação à comunicação oral. Em relação ao caso de João Pedro, identifique se os itens a seguir são verdadeiros (V) ou falsos (F). ( ) Trata-se de uma paralisia facial periférica de origem traumática. ( ) Pode-se afirmar que João Pedro apresenta uma paralisia facial periférica, pois toda a sua hemiface esquerda está comprometida. ( ) O trabalho fonoaudiológico para esse paciente é muito pertinente, na intenção de promover o fortalecimento muscular e a adequação das funções do sistema estomatognático, as quais encontram-se alteradas. ( ) A queixa manifestada por João Pedro e os dados da avaliação fonoaudiológica apontam para a paralisia central. ( ) Trata-se de uma lesão do 7º par craniano, responsável pela mímica facial e pelo paladar. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo. a) F – V – V – F – V. b) V – V – V – F – V. c) F – V – F – F – V. d) V – F – V – V – V. e) F – F – V – V – F. 13) (UNIRIO Residência 2016) Considerando-se a paralisia facial em sua fase flácida, na terapia, o fonoaudiólogo pode utilizar: a) exercícios isotônicos na face alterada mais massagens remodeladoras na face não afetada. b) massagem com movimentos lentos na hemiface afetada no sentido da origem para a inserção muscular. c) estímulos táteis rápidos no sentido da inserção para a origem muscular no lado paralisado da hemiface. Ana Beatriz Ferrari Página 7 d) calor úmido sobre a hemiface paralisada, com objetivo de diminuir a força muscular e aumentar a produção de mielina. e) deslizamento de gelo sobre o músculo paralisado no sentido oposto ao movimento de contração, promovendo o alongamento das fibras musculares. 14) (UNIRIO Residência 2014) A instalação da paralisia facial periférica tem como manifestação a perda dos movimentos de todos os segmentos de uma hemiface ipsilateral à lesão quando esta se localiza: a) No sistema piramidal. b) Na porção posterior da cápsula interna. c) Antes da chegada das fibras nervosas ao tronco cerebral. d) No tronco do nervo, antes da divisão dos ramos superficiais. e) No sistema extrapiramidal, com envolvimento dos gânglios da base, tálamo e hipotálamo. 15) (UNIRIO Residência 2014) As características clássicas da avaliação da fase flácida da paralisia facial podem ocorrer em conjunto ou isoladamente. À observação do repouso do lado paralisado, pode-se encontrar: a) sensação de pressão ou inchaço na hemiface afetada. b) dor irradiada até a mastoide, hiperacusia, diminuição ou ausência do lacrimejamento. c) ausência de rugas de expressão na testa no lado paralisado, queda do supercílio, pálpebra inferior caída ou olho mais alargado do lado afetado, queda da asa do nariz do lado afetado, rima nasolabial apagada ou ausente do lado afetado, queda da comissura labial do lado afetado, e filtro labial desviado para o lado não afetado. d) contraturas, sincinesias do lado afetado, ausência de rugas de expressão na testa, olho mais estreito ou contraído, sulco nasolabial mais pronunciado, filtro labial desviado para o lado lesado, elevação da asa do nariz e da comissura labial do lado lesado. e) rugas e sulcos acentuados do lado lesado, perda da sensibilidade tátil dos 2/3 anteriores da língua, bem como dos ramos oftálmico, maxilar e mandibular do V nervo craniano. 16) (UNIRIO Residência 2013) O objetivo principal da avaliação fonoaudiológica, nos casos de paralisia facial, além de identificar o tônus da musculatura afetada em repouso, é avaliar os segmentos musculares e se o paciente está na fase flácida ou fase de sequelas. As características clássicas da fase flácida da paralisia facial podem ocorrer Ana Beatriz Ferrari Página 8 em conjunto ou isoladamente. A descrição que apresenta uma característica NÃO esperada da fase flácida é: a) ausência ou interrupção de rugas na testa do lado paralisado. b) olho comprometido mais alargado. c) comissura labial desviada para o lado afetado. d) rima nasolabial apagada ou ausente do lado afetado. e) queda da asa do nariz do lado afetado. 17) (SESA 2009) A paralisia facial refere-se a uma interrupção da informação motora para a musculatura facial. Essa interrupção pode ocorrer por uma alteração do nervo facial (VII par craniano) em qualquer ponto do seu trajeto, caracterizando a paralisia facial periférica, ou na via motora facial central, caracterizando a paralisia facial central. Sobre a reabilitação fonoaudiológica em casos de paralisia facial, considere as seguintes afirmativas: 1. Apesar da relevância da intervenção precoce para oferecer apoio profissional, tratamento, orientação e exercícios miofuncionais direcionados desde a instalação do quadro, a recuperação não depende somente da intervenção precoce. 2. O grau de recuperação da função facial depende do tipo de lesão (neuropraxia, axonotmese ou neurotmese), duração do período de desnervação, conexões motoras e sensoriais (direcionamento do crescimento das fibras nervosas), grau de reinervação (quantos axônios se regeneram) e estado dos músculos. 3. A presença de sincinesias decorrente do crescimento aleatório das fibras nervosas é verificada na fase flácida da paralisia facial. 4. Atualmente, recomenda-se a utilização da técnica de EMG-Biofeedback. A monitorização por biofeedback pode ser definida como a técnica pela qual é possível obter informações auditivas ou visuais da atividade elétrica dos músculos faciais, por meio de eletrodos de superfície. Assinale a alternativa correta. a) Somente a afirmativa 2 é verdadeira. b) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras. c) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras. d) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras. e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras. Ana Beatriz Ferrari Página 9 GABARITO 1. C 2. E 3. E 4.A 5. C 6. D 7. A 8. D 9. A 10. B 11. A 12. D ? 13. C 14. D 15. C 16. C 17. D
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