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3 OVOGÊNESE.docx

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OVOGÊNESE (CAP. 03) 
Processo de formação do gameta feminino. Dividida nas fases pré-gonadal, gonadal e pós-gonadal. Envolve as divisões 
celulares por mitose e meiose (incompleta); além de eventos de diferenciação das células somáticas associadas para 
formação dos folículos ovarianos (foliculogênese). 
Processo de diferenciação celular, pelo qual as CGP originam o ovócito II (gameta feminino). 
1) Pré-gonadal:​ Período pré-natal, 3ª semana do desenvolvimento antes do processo de gastrulação. Células 
derivadas do epiblasto (precursoras das CGP) vão para a região extraembrionária, para a parede do saco 
vitelínico próximo ao alantoide. A partir da 4ª semana, as CGP migram do endoderma do saco vitelínico em 
direção às cristas genitais em desenvolvimento. 
2) Gonadal:​ A partir da 9ª semana (em indivíduos XX), as cristas genitais começam a se diferenciar em ovários e 
se inicia a ovogênese gonadal. As CGP proliferam por mitose e iniciam a diferenciação em ovogônias. 
a) Mitose (Ovogônia):​ Até a 12ª semana, ocorrem as divisões mitóticas que aumentam o nº de ovogônias nos 
ovários em formação. 
b) Fase S para Meiose I (Ovócito I):​ Todas as ovogônias entram na fase S (de síntese) do ciclo celular e se 
comprometem com a divisão meiótica; não restando células tronco da linhagem germinativa feminina. 
 A meiose afeta a organização nuclear das células envolvidas, que será representada pelo nº de 
cromossomos (N), a morfologia dos cromossomos o nº de moléculas de DNA (C). A ovogônia apresenta-se 
com 46 cromossomos pouco condensados e não duplicados. 
 O 1º evento de comprometimento com a meiose é a passagem pela fase S do ciclo celular, onde todo o 
material genético é duplicado, e a célula da linhagem germinativa chamará ovócito. 
c) Início da Meiose I (Ovócito I):​ O ovócito I entra na prófase I da meiose I, quando ocorre a recombinação 
genética (crossing over). A divisão é interrompida, e os cromossomos tornam-se menos condensados. O 
ovócito I ficará nessa fase (dictióteno) por anos, até que a puberdade retome a ovogênese. 
d) Foliculogênese:​ Simultaneamente à diferenciação do ovócito I, algumas células somáticas do ovário 
diferenciam em células foliculares ou granulosas, ficando ao redor do ovócito I (folículo primordial). A 
mulher nasce com cerca de 7 milhões de folículos primordiais. As células do estroma (tecido de 
sustentação) ovariano ainda não se apresentam diretamente vinculadas ao folículo. 
 A puberdade retoma a ovogênese gonadal, os eventos agora fazem parte da etapa pós-natal da 
ovogênese gonadal, caracterizando a retomada da foliculogênese e da meiose; pela ovocitação. 
 Do nascimento à puberdade, a maioria dos folículos primordiais degeneram gradualmente, com 400.00 
na puberdade. 
Ovário:​ ​a região do epitélio de revestimento ovariano, região cortical (periférica e onde estão os folículos 
primordiais) e medular (central e onde está o estroma/ tecido de sustentação do órgão). 
- ​Folículo Primordial -> folículo primário unilaminar:​ Mensalmente a partir da puberdade, um grupo de 
folículos primordiais (quiescentes) é ativado. A continuação da foliculogênese é a maturação completa de 1 
folículo primordial, pronto para ovocitação. A intensa atividade celular resulta no crescimento do ovócito I, 
ficando em dictióteno. As células foliculares proliferam e se tornam cubóides. Entre o ovócito I e as células 
foliculares forma-se a zona pelúcida (camada acelular glicoproteica). Agora o folículo se chama folículo 
primário unilaminar. 
-​Folículo primário unilaminar -> folículo primário multilaminar: ​As células foliculares continuam 
proliferando-se e se organizam em múltiplas camadas concêntricas ao ovócito I. Simultaneamente, 
algumas células do estroma se diferenciam em células teca, organizadas concentricamente ao ovócito I. 
Agora o folículo se chama folículo primário multilaminar. 
-​Folículo primário multilaminar -> folículo antral: ​Além da formação da zona pelúcida, começa o acúmulo 
do fluído folicular e formação do antro (cavidade). As células da teca se diferenciam em 2 camadas: 
externa e interna (produtora de hormônios esteroides). Agora o folículo se chama folículo secundário ou 
antral. 
-​Folículo antral -> folículo maduro: ​Geralmente apenas 1 folículo torna-se dominante e atingirá a fase 
madura com uma cavidade que promove o rearranjo das células foliculares, os demais degeneram em 
fases de maturação por atresia folicular. O folículo maduro é grande (2,5 cm de diâmetro), dá pra ver na 
ultrassonografia, tem formato esférico oco e faz uma saliência na superfície do ovário. 
 ​É composto externamente pelas camadas concêntricas das células da teca externa, teca interna e 
foliculares. Internamente a corona radiata é o conjunto de células foliculares que cerca o ovócito I (contato 
direto com a zona pelúcida), e cumulus oophorus é o conjunto de células foliculares que garantem o 
posicionamento periférico do ovócito I. 
e) Fim da meiose I (ovócito I -> ovócito II): ​Momento antes da ovocitação, o ovócito I finalmente avança da 
fase de dictióteno e finaliza a meiose I, originando o 1º corpúsculo polar e o ovócito II. O ovócito II recebe 
quase todo o citoplasma da célula mãe, e o 1º corpúsculo recebe uma quantidade mínima de citoplasma 
degenerando precocemente. Então o ovócito II possui nutrientes necessários para avançar até a 
fecundação e pela fase pré-embrionária do desenvolvimento. 
f) Início da meiose II (ovócito II):​ Após a meiose I, o ovócito inicia a meiose II. Mas essa divisão será 
interrompida durante a metáfase II, retomando após a ovocitação (se houver fecundação), caso não haja o 
ovócito II degenerará. 
g) Ovocitação:​ O folículo maduro é delimitado externamente pelas células da teca externa, interna e células 
foliculares. O antro determina a cavidade central do folículo. O ovócito II parado em metáfase II e o 1º 
corpúsculo estão aderidos à parede do folículo pelo cumulus oophorus e estão envolvidos pela zona 
pelúcida e corona radiata. 
 As células do cumulus oophorus se dispersam da parede do folículo, o qual se rompe num ponto em que 
o próprio epitélio ovariano se rescinde. 
3) Pós-gonodal: ​A ruptura do folículo permite a liberação do conjunto composto pelo ovócito II parado em 
metáfase II e o 1º corpúsculo polar, envoltos pela zona pelúcida e corona radiata. Logo após, ele será 
capturado pelas fímbrias da tuba uterina. 
 Após a ovocitação o restante do folículo ovariano permanece no ovário, as células foliculares e as células da 
teca interna e externa se diferenciam em corpo lúteo (glândula endócrina secretora de progesterona e 
estrógeno). 
 O ovócito II é dependente de estruturas ovocitárias (zona pelúcida e corona radiata), as quais garantem 
funcionalidade até a fecundação. 
 As células ovocitárias ao redor configuram barreiras. Corona radiata = constitui a barreira celular, e zona 
pelúcida = constitui a barreira acelular. 
 Entre a membrana citoplasmática e a zona pelúcida tem um espaço virtual (espaço perivitelino) 
 Durante a ovogênese formam-se os grânulos corticais = vesículas com mucopolissacarídeos e enzimas 
hidrolíticas localizadas na região cortical do ovócito, importantes para o bloqueio à polispermia. 
4) Fim da meiose II (ovócito II -> Óvulo/Zigoto​): Com a movimentação dos cílios das células epiteliais da tuba 
uterina e da contração muscular do órgão, o ovócito II e suas estruturas passam para a região da ampola da 
tuba uterina. 2 destinos possíveis: Sucesso na fecundação por um espermatozoide e termino da meiose II, 
formando óvulo, zigoto ou pré-embrião. Ou a não ocorrência da fecundação e degeneração do ovócito II, não 
concluindo a meiose II e não formando óvulo. 
 ​30 anos de idade:​ 10.000 ovócitos I. 
 Menopausa:​ poucas centenas de folículos ou nenhum.

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