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Noções de Demonstrações Financeiras

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11Faculdade On-Line UVB
Anotações do Aluno
Aula Nº 2 – Noções das 
Demonstrações Financeiras
Objetivos da aula:
Compreender noções de Demonstrações Financeiras e Fluxo de Caixa
Para uma boa compreensão das demonstrações financeiras, é importante 
salientar as diferenças entre: valor de mercado versus valor contábil; lucro 
contábil versus fluxo de caixa.
O balanço de uma empresa é uma foto, sintetiza o que ela possui (ativos) 
e o que deve (passivo), bem como a diferença entre eles, seu patrimônio 
líquido, em um dado momento.
Os ativos são classificados como circulantes ou permanentes. Um ativo 
permanente tem duração mais longa, pode ser uma máquina, um caminhão, 
um computador. O ativo circulante tem duração inferior a um ano, ou seja, 
transformar-se-á em dinheiro no caixa no período de 12 meses. É composto 
por saldos de caixa e bancos, duplicatas a receber etc.
O passivo também é dividido em passivo circulante e de longo prazo. Assim 
como no ativo, o passivo circulante tem duração de até um ano, é composto 
por contas a pagar, fornecedores etc. O passivo de longo prazo representa 
uma dívida com vencimento para mais de 12 meses. Como exemplo, pode-
se citar um empréstimo contraído para pagamento em 5 anos.
A diferença entre o valor total dos ativos (circulante + permanente) e o 
valor do passivo (circulante + longo prazo) é o patrimônio líquido, também 
chamado de capital dos acionistas ou capital próprio.
A identidade do balanço é dada por: ATIVOS=PASSIVOS+PATRIMÔNIO 
LÍQUIDO.
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12Faculdade On-Line UVB
Anotações do Aluno
O Capital de Giro Líquido de uma empresa é medido pela diferença entre 
o Ativo Circulante e o Passivo Circulante, ou seja, se uma empresa tem, em 
seu balanço, um total de Ativo Circulante de R$1.2 milhões e um Passivo 
Circulante de R$1.1 milhões, ela possui um Capital de Giro Líquido positivo 
de R$100 mil.
Um fator importante a ser avaliado em um balanço é a LIQUIDEZ, ou seja, 
a rapidez com que um ativo pode ser revertido em R$ para o caixa da 
empresa. Na realidade, qualquer ativo pode ser revertido em R$, entretanto 
deve-se verificar a facilidade de conversão versus perda de valor, ou seja, 
em uma liquidação forçada, pode-se ter que vender um ativo por um valor 
muito menor do que a avaliação de mercado.
A liquidez é valiosa. Quanto mais liquidez uma empresa tiver, menos 
probabilidade de entrar em dificuldades financeiras ela terá. 
O Capital de Terceiros e o Capital Próprio
Como visto anteriormente, o Patrimônio Líquido da empresa, ou seja, o 
capital próprio dos sócios é dado: Ativos – Passivo = Capital próprio. Quanto 
maior a utilização de capital de terceiros (empréstimos=passivo), maior será 
seu grau de alavancagem financeira. 
A alavancagem financeira pode ampliar os ganhos dos acionistas, se esses 
utilizarem os recursos capitados para gerarem resultados positivos para 
empresa, do contrário uma alavancagem sem esse critério pode levar a 
empresa à falência.
O Valor contábil da empresa e seu valor de mercado
O valor contábil de uma empresa é apresentado em seu balanço e, 
geralmente, não representa quanto realmente ela vale. Pode-se afirmar 
que os ativos de uma empresa são contabilizados pelo que se pagou por 
eles, não importando há quanto tempo foram adquiridos ou qual seu valor 
atual.
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13Faculdade On-Line UVB
Anotações do Aluno
O ativo circulante tem seu valor contábil e de mercado geralmente parecidos, 
pois são adquiridos e liquidados em até 12 meses. Já os ativos permanentes 
têm seu valor de mercado e contábil, na maioria das vezes, bastante 
diferente. Como exemplo, pode-se citar um parque industrial construído 
há mais de 40 anos. Teria seu valor contabilizado há custo histórico - o que, 
seguramente, difere muito de seu valor de mercado atual.
Os administradores e os investidores estão interessados em saber o valor 
da empresa, entretanto essa informação não está apresentada no balanço, 
pois, como cita Ross e colaboradores (1998, p. 41), os ativos mais valiosos de 
uma empresa, tais como a boa administração, a boa reputação, funcionários 
talentosos, não aparecem no balanço.
Dessa forma, pode-se concluir que os administradores financeiros estão 
preocupados com o valor de mercado, estão preocupados em aumentar o 
valor de mercado da empresa.
Demonstração de Resultados
A Demonstração de Resultados mede o desempenho da empresa em certo 
período. A equação da demonstração de resultados é: RECEITAS - DESPESAS 
= LUCRO.
Exemplo de uma demonstração de resultados:
Braus Ltda.
Demonstração de Resultados em 2005 (em R$ milhões)
Receita Líquida de Vendas R$52.000
CPV (custo dos produtos vendidos) R$33.280
Depreciação R$ 2.600
Lucro antes do pagamento de Juros e Impostos R$16.120
Juros Pagos R$ 260
Lucro Tributável R$15.860
Imposto de Renda R$ 5.392
Lucro Líquido R$10.467
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14Faculdade On-Line UVB
Anotações do Aluno
Fluxo de Caixa
Depois da revisão de conceitos contábeis apresentada, pode-se discutir o 
fluxo de caixa. O fluxo de caixa indica a diferença entre o montante de R$ 
recebido e o montante de R$ desembolsado pela empresa.
Da mesma forma que o balanço tem sua identidade definida, o fluxo de 
caixa também apresenta uma identidade, que é dada por:
Fluxo de caixa dos ativos= Fluxo de caixa a credores + fluxo de caixa dos 
acionistas. 
Fluxo de caixa dos ativos é representado por 3 fatores: Fluxo de caixa 
operacional, gastos de capital e aumento de capital de giro líquido. 
O fluxo de caixa operacional representa as atividades diárias de produção e 
venda da empresa. Para se calcular o Fluxo de caixa operacional, tomamos 
por base a diferença entre as receitas e despesas, sem incluir a depreciação, 
que não representa uma saída efetiva de caixa, nem o pagamento de juros, 
pois não se trata de uma saída de caixa operacional, mas de uma despesa 
de financiamento. Um último ajuste refere-se ao valor do imposto que foi 
pago em dinheiro.
Dessa forma, podemos demonstrar o Fluxo de Caixa Operacional da 
empresa Braus Ltda: 
Lucro Líquido R$10.467
(+) Depreciação R$ 2.600
(+) Juros pagos R$ 260
(-) Imposto R$5.392
Fluxo de Caixa Operacional R$7.935
A Braus Ltda teve um fluxo de caixa operacional de R$7.935.
Os Gastos de Capital são medidos pela diferença entre os valores pagos 
por um ativo permanente menosos R$ recebidos com a venda desse tipo 
de ativo. Dentro do exemplo da Braus Ltda, verificamos que essa diferença 
entre os balanços de 2004 e 2005 foi de R$ 1.000.
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15Faculdade On-Line UVB
Anotações do Aluno
Acréscimos de Capital de Giro Líquido - A empresa também pode 
investir em seu ativo circulante e, à medida que a empresa altera esse 
ativo, normalmente seu passivo circulante também se modifica. Para se 
determinarem os acréscimos de capital de giro, devem-se tomar como base 
os dados do balanço da empresa do ano anterior: verificar a diferença para 
com o balanço do ano atual:
Balanço 2004 valor total do ativo circulante (-) o valor do total passivo 
circulante = X
Balanço 2005 valor total do ativo circulante (-) valor do total passivo 
circulante = Y
Acréscimo de capital de giro líquido= Y-X
Como exemplo, o montante de acréscimo de capital de giro líquido da Braus 
Ltda foi de R$3.000.
Com os dados acima, pode-se calcular o valor do Fluxo de Caixa dos Ativos, 
que é dado por:
Fluxo de caixa operacional (-) montantes investidos em ativo permanente e 
capital de giro líquido, portanto se tem:
Braus Ltda. Fluxo de Caixa dos Ativos em 2005:
(+) Fluxo de caixa operacional R$7.935
(-) gastos com capital R$1.000
(-) acréscimos de CGL R$3.000
= Fluxo de caixa dos ativos R$3.935
Fluxo de caixa de aos acionistas e aos credores
O fluxo de caixa aos credores é o valor do pagamento de juros menos os 
novos financiamentos; o fluxo de caixa aos acionistas é igual a dividendos 
pagos (remuneração paga aos acionistas por volume de ações) menos 
recursos próprios obtidos.
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16Faculdade On-Line UVB
Anotações do Aluno
Síntese
Nesta aula, apresentaram-se conceitos contábeis e conceitos financeiros. 
Apresentaram-se as demonstrações de resultados, bem como os fluxos de 
caixa.
Na próxima aula, serão tratados os conceitos de utilização das demonstrações 
financeiras e índices financeiros.
Até lá.
Referências
ROSS, Stephen A; WESTERFIELD, Rondolph W; JAFFE, Jeffrey F. Princípios de 
administração financeira. São Paulo: Atlas, 1998.
ATKINSON Anthony A. et al. Contabilidade Gerencial. São Pauloa: Atlas, 
2000.
MATARAZZO, Dante C. Análise Financeira de Balanços. 6. ed. São Paulo: Atlas, 
2003.

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