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PAINEIS DE MEDIA TENSAO SUBESTACOES revisado

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FACULDADE ESTÁCIO DE CURITIBA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA
JORDANA SIQUEIRA ALVES
LETICIA RIBEIRO
SILVANA SILVIA DOS SANTOS DA SILVA
VANESSA CASANOVA
PAINÉIS DE MÉDIA TENSÃO
CURITIBA/PR 
2018
JORDANA SIQUEIRA ALVES
LETICIA RIBEIRO
SILVANA SILVIA DOS SANTOS DA SILVA
VANESSA CASANOVA
PAINÉIS DE MÉDIA TENSÃO
Trabalho apresentado à disciplina de Subestação, do curso de engenharia elétrica, como parte da AV1.
Professora: Cinthia Coelho.
Curitiba/PR
2018
INTRODUÇÃO 
As Normas pelo mundo.
O objetivo das normas é desenvolver padrões capazes de garantir que os produtos ou serviços atendam aos requisitos de mercado, estes cada vez mais rigorosos. Em suma, uma norma cria referencial técnico e de qualidade a ser seguido.
(A Comissão Eletrotécnica Internacional (IEC – International Electrotechnical Commission)) é a organização internacional, não governamental e sem fins lucrativos, responsável pela padronização das tecnologias elétricas, eletrônicas e relacionadas. E com exceção dos Estados Unidos, do Canadá e do Japão, todos os demais países do mundo utilizam como referência normativa as famílias da IEC.
As normas IEC são de uso voluntário, cabendo a cada país membro decidir se as adota como normas nacionais ou não. Quando um país opta por adotar uma norma IEC, esta deve passar por revisão em Comitês Nacionais e posteriormente a norma nacional deve permanecer com a designação que tem na IEC, complementada com o código nacional. No Brasil, a ABNT tem esse papel, e deve ficar claro que se trata da adoção na íntegra de uma norma IEC. [1]
Este trabalho apresentará a norma IEC 61271-307 com foco nos painéis de média tensão, comparando com as normas IEC 62271-200 e 62271-201 e, trará novas oportunidades para evitar a desnecessária repetição de ensaios onerosos, que aconteciam com as normas de baixa tensão, antiga 60439 e a atual 61439 que ainda precisam diminuir a quantidade de ensaios, testes e cálculos.
Estas oportunidades só poderão ser aproveitadas pelos fabricantes que têm em mãos relatórios de ensaios que descrevam com transparência os detalhes do equipamento que foi efetivamente testado.
Neste relatório técnico IEC, as informações do que deve constar nos relatórios de ensaios são ressaltadas e ficarão muito mais claras.
As regras de projetos conforme a IEC 61439 foram melhoradas.
PAINÉIS DE MÉDIA TENSÃO
Figura 1 – Painel elétrico de média tensão para ambiente abrigado
Figura 2 – Painel elétrico de média tensão para ambiente abrigado
Figura 3 – Painel elétrico de média tensão para ambiente externo
Os painéis de média tensão foram desenvolvidos para a distribuição de energia e outras finalidades como facilitar a manutenção em equipamentos elétricos, proteger os circuitos elétricos, e para acionar máquinas e motores, utiliza-se o método prático econômico denominado distribuição por centro de carga, através de subestações abaixadoras. Podem ser aplicado onde existir a necessidade de distribuição de energia, como em áreas industriais, comerciais, estações de bombeamento, usinas de geração de energia, proteção e seccionamento principais de fábricas, subestações unitárias, quadros interligados e outros ramos, podem ser fornecidos tanto para uso interno como externo, podem ser definidos como compartimentos destinados a armazenar equipamentos elétricos.
São constituídos em estruturas metálicas reforçadas, com fechamento em portas, podem ser perfuradas ou de dobras, separa os compartimentos com divisões metálicas.
As estruturas dos painéis elétricos são projetadas para garantir a segurança do operador e ao seu redor, pois a forma como atua não oferece riscos aos colaboradores que trabalham no seu ambiente, sua manutenção é simplificada e geralmente não afeta o funcionamento do painel.
São confeccionados e testados sobre requisitos de segurança e qualidade que envolve painéis, a norma é da ABNT, e a Comissão de Estudo de Instalações Elétricas de Alta e Média Tensão é o grupo que acompanha e desenvolve a norma.
Basicamente diferenciamos três setores:
Cubículos de média tensão (MT); Cubículo de baixa tensão (BT);
Setor de transformação (Trafo);
Cubículos de seccionamento.
Em determinados casos a subestação pode ser acoplada à quadros de entrada de medição, principalmente em indústrias com baixa potência instalada.
Os cubículos de MT se interligam através de cabos elétricos com encaminhamento subterrâneos /aéreos.
Os quadros destinados à entrada e medição em média tensão poderão ser fornecidos para uso interno ou externo, com o cubículo de entrada no lado direito ou esquerdo visto de frente, padronizado conforme as exigências das companhias concessionárias 15KV, 23KV e 34KV.
Equipamentos:
Subestações unitárias
Cubículos de medição
Cubículos de entrada e saída
Cubículos de proteção contra surtos
Cubículos de fechamento de neutro e aterramento
Cubículos de paralelismo
Cubículos de despacho
Cubículos de link
Figura 3 - http://www.elloengenharia.com.br/paineis-de-media-tensao/
Cubículos de média tensão
Ideal para subestação de concessionárias, proteção e seccionamento principais de fábricas e instalações industriais, estações de bombeamento, sistemas ferroviários, usinas térmicas e hidrelétricas de geração de energia, partida de motores de média tensão, subestação unitárias, quadros de distribuição de cargas, quadros de interligação, banco de capacitores fixos e variáveis.
Tipos de Painéis - Classificação comumente encontrada nas indústrias
Centro de Distribuição de Carga – CDC O centro de distribuição de carga pode ser de “média tensão” (13.8 ou 4.16 kV) ou baixa tensão (480 V). Outras tensões diferentes destas podem ser utilizadas. Lembrar que, pela definição da ABNT, qualquer tensão abaixo de ou igual a 1 kV é chamada de baixa e qualquer tensão acima de 1 kV é chamada de alta.
Em geral, na “média tensão”, este tipo de painel é formado por uma ou mais colunas blindadas em invólucros metálicos. Cada coluna contém um segmento do barramento principal e um conjunto de manobra, geralmente um disjuntor em execução extraível, associado com controle, medição, proteção e equipamento de regulação.
Os CDCs de média tensão de uma subestação de uma unidade de processo alimentam diretamente os motores com potencias superiores a 1,5 MW aproximadamente e também os centros de controle de motores (CCM) de média tensão
O CCM é composto por um conjunto de cubículos, onde cada cubículo contém dispositivos de seccionamento associados com controle, medição, proteção e equipamento de regulação. É utilizado para o controle das cargas elétricas, na maioria dos casos para a partida e parada dos motores elétricos.
Na média tensão, os cubículos contêm os mesmos dispositivos que na baixa tensão, porém a proteção geralmente é feita por fusíveis e mais um relé multi-função específico para a proteção de motores. São comandados os motores com potências nominais iguais ou superiores a 200 CV. O limite superior de potência dos motores é determinado pelas características nominais do dispositivo de controle ou dos fusíveis. Os CCMs de média tensão são para utilização em sistemas com tensões nominais de até no máximo 7,2 kV, devido às tensões nominais dos contatores disponíveis no mercado.
Instalação O painel pode ser projetado para instalação “indoor” (abrigada) ou “outdoor” (não abrigada). Na maioria das instalações industriais, os painéis são instalados em salas de painéis, ou seja, em instalação abrigada, protegida das condições adversas do ambiente industrial.
Classificação dos tipos construtivos de painéis de média tensão, de acordo com a ABNT. O anexo C da NBR IEC 62271-200 contém notas explicativas sobre a citada classificação, comparando-a com a antiga classificação, da IEC 60298. A título de informação, lembro que as indústrias mais exigentes em termos de segurança e continuidade operacional adotam as seguintesexigências para painéis de média tensão: 
 Os compartimentos com disjuntores devem ter classificação de categoria de perda de continuidade de serviço LSC2B-PM, o que significa que a unidade funcional (coluna) contém geralmente quatro compartimentos distintos com partições metálicas e que há continuidade de serviço para os outros compartimentos da unidade funcional que contém o dispositivo de força principal aberto. 
 Os compartimentos com contatores de força devem ter classificação LSC2A, sendo aceitável LSC2B. A categoria LSC2A diz que não há continuidade de serviço da unidade funcional que contém o dispositivo de força principal aberto. 
 O painel deve ter classificação para arco interno preferencialmente IAC BF (face frontal com categoria de acessibilidade a público geral), podendo ser aceito painel com classificação IAC AF (face frontal com categoria de acessibilidade somente a pessoal autorizado). A escolha entre um ou outro depende das características de acessibilidade ao local onde o painel será instalado.
Normas IEC para painéis elétricos 
Norma de Conjuntos de Manobra Baixa Tensão IEC 61439:2016 revisada substitui a IEC 61430:2003 
“Regras de projetos”
A norma europeia IEC 61439 foi incorporada às normas brasileiras, estabelecendo regras para a construção e utilização de conjuntos de manobra de baixa tensão.
Esta norma estabelece as regras de projeto quanto à temperatura, forças eletromecânicas e sobrepressão, para a construção dos equipamentos de subestações de transmissão e distribuição. 
 “A nova norma trouxe uma evolução ao mercado brasileiro quando estabeleceu regras mais claras e padrões para a fabricação de conjuntos de manobras. Isso porque nem todos os fabricantes entregam produtos onde foram realizados ensaios de tipo e de rotina. Com a adequação destes à norma, o mercado ganha principalmente em qualidade e segurança”. (Engenheiro Fábio Amaral, 2017).
O Engenheiro explica que a norma obriga a realizações de testes para verificar se o conjunto de manobra suporta sobretensões, correntes de curtos circuitos e se sua proteção contra choques, incêndios ou explosões é eficaz. Estas verificações são realizadas pelo fabricante através de ensaios como de elevação de temperatura, grau de proteção, resistência e funcionamento mecânico. [2]
Na série ABNT NBR IEC 61439 para conjuntos de manobra e comando de baixa tensão (conjuntos), existem detalhes de aplicação e de sistema que são especificados pelo usuário para permitir que o montador produza um conjunto que atenda às necessidades e expectativas do usuário.
Tabela 1 – As regras de projeto da IEC 61430
	Item
	Regras de projeto (T= temperatura F= forças eletromecânicas P= sobrepressão)
	T
	F
	P
	1
	Corrente suportável de curta duração, menor ou igual a do projeto de referência testado?
	
	x
	x
	2
	Seção transversal do barramento... maiores ou iguais aos do projeto de referência?
	x
	
	
	3
	Espaçamento dos barramentos... , maiores ou iguais aos do projeto de referência?
	x
	x
	
	4
	Suportes de barramentos são do mesmo tipo, forma e material e espaçamentos do barramento são iguais ou menores que o do projeto de referência?
	
	x
	
	5
	Materiais, propriedades dos materiais e montagem iguais aos do projeto de referência?
	x
	x
	x
	6
	Dispositivos de proteção de curto circuito.... são equivalentes, aos da mesma marca e série?
	
	
	
	7
	Comprimento do condutor vivo desprotegido..... inferior ou igual aos do projeto de referência?
	
	
	
	8
	Se o conjunto tem compartimento, no ensaio do projeto de referência este foi incluído?
	x
	x
	x
	9
	Compartimento a ser verificado do mesmo modelo, tipo e pelo menos mesmas dimensões?
	x
	
	x
	10
	Compartimentos de mesma concepção mecânica e dimensões >= do projeto de referência?
	x
	
	x
	"SIM"; a todos os requisitos - sem necessidade de ensaiar "NÃO"; a qualquer dos requisitos - verificação adicional por cálculos e simulações é necessária
Acompanhe as verificações exigidas pela IEC 61439.
Testes por ensaio:
Os testes por ensaio da IEC 61439 são equivalentes aos da IEC 60439 e não precisam ser realizados em duplicidade. São eles:
Resistência dos materiais e das partes
Nível de proteção dos invólucros.
Alcance de isolamento e escoamento.
Proteção contra choque elétrico e integridade dos circuitos de proteção.
Propriedades dielétricas.
Elevação de temperatura - limites
Se suportam curtos-circuitos.
Compatibilidade eletromagnética.
Funcionamento mecânico.
Testes por projeto:
Integração de dispositivos de manobra e de componentes.
Circuitos elétricos internos e conexões.
Conectores para condutores externos.
Testes de rotina:
Nível de proteção dos invólucros.
Alcance de isolamento e escoamento.
Proteção contra choque elétrico e integridade dos circuitos de proteção.
Integração dos componentes incorporados.
Circuitos elétricos internos e conexões.
Conectores para condutores externos.
Funcionamento mecânico.
Propriedades dielétricas.
Cabeamento, desempenho operacional e funcional.
Estas avaliações sendo positivas denominam o Painel como Certificado no lugar dos conceitos antigos TTA (Totalmente Testados) e PTTA (Parcialmente Testados), usualmente utilizados no mercado brasileiro até o ano de 2016. Estes testes atendendo determinadas regras permite que um relatório de ensaios realizado em certo tipo de painel seja utilizado como base para estudo que permita substituir ensaios em um painel testado da mesma família.
Norma de Conjuntos de Manobra de Média Tensão IEC 62271-201:2014 (revisada) atualiza a IEC 62271-200: 2007
“Regras de projetos”
Segue o mesmo formato da norma de baixa tensão em relação à construção dos equipamentos porém, para valores nominais mais altos.
NBR IEC 62271-200:2007 - Conjunto de manobra e controle de alta-tensão em invólucro metálico para tensões acima de 1 kV até e inclusive 52 kV 
A IEC 62271-200: 2011 especifica os requisitos para o conjunto de manobra e controle de alta tensão em invólucro metálico para correntes alternadas de tensão nominal acima de 1 kV e até 52 kV inclusive para instalações internas e externas, e para frequências de serviço de até 60 Hz inclusive. Os compartimentos podem incluir componentes fixos e removíveis e podem ser preenchidos com fluido (líquido ou gás) para fornecer isolamento. Esta segunda edição cancela e substitui a primeira edição, publicada em 2003. É uma revisão técnica. Esta segunda edição da IEC 62271-200 foi atualizada e aprimorada com a experiência adquirida com a primeira edição da IEC 62271-200. Como resultado de manutenção, esta segunda edição da IEC 62271-200 introduz as seguintes alterações significativas:
- definições, classificações e procedimentos de teste são especificados com mais precisão;
- as categorias LSC2A e LSC2B foram esclarecidas e a LSC2 foi atribuída a uma definição separada;
- classificações específicas relacionadas ao nível de falha à terra (4,5 a 4,7) são introduzidas;
- peças de alta tensão com isolamento sólido não são mais consideradas compartimentos por conta própria;
- uma classificação opcional "tensão de teste de cabo" e os requisitos associados e os ensaios de tipo são introduzidos;
- para testar a classificação de arco interno, quando atribuído pelo fabricante, é fornecida uma orientação mais específica sobre a disposição do teste, a simulação da sala e a iniciação do arco;
- uma fase única para ignição à terra também é reconhecida para testes de arco interno;
- os anexos A e B são renumerados como anexos AA e BB.
NBR IEC 62271-201:2014 (revisada) - Conjunto de manobra e controle de alta-tensão em invólucro metálico para tensões acima de 1 kV até e inclusive 52 kV
A IEC 62271-201:2014 especifica os requisitos para conjuntos de manobra e controle fechados de isolamento sólido pré-fabricados para corrente alternada de tensões nominais acima de 1 kV e até 52 kV inclusive para instalação interna e para frequências de serviço de até 60 Hz inclusive. Esta segunda ediçãocancela e substitui a primeira edição, publicada em 2006. Esta edição constitui uma revisão técnica. Esta edição inclui as seguintes alterações técnicas significativas em relação à edição anterior:
a) além de atualizar com a segunda edição da IEC 62271-200 (publicada em 2011), definições, classificações e procedimentos de teste foram especificados com mais precisão;
b) o acesso ao conjunto de manobra e controle de isolamento sólido já está restrito apenas ao pessoal autorizado. Isso implica que a "classe de acessibilidade B" (acesso público) foi excluída em todo o documento;
c) o termo "categoria de proteção" foi introduzido para substituir o termo "grau de proteção" (PA, PB1 e PB2).
Ensaios de tipo e complementar obrigatórios conforme NBR IEC 62271-200.
Estes testes são efetuados como requisitos mínimos pela norma que rege a confecção dos painéis elétricos de média tensão:
Tabela 2 - Informações necessárias para extensão e validade dos testes
	Testes
	Objetivo
	Ensaio dielétrico (item6.2)
	Verificar o nível de isolação do equipamento.
	Ensaio de elevação de temperatura ( item 6.4 e 6.5)
	Teste para provar a elevação de temperatura de qualquer parte do equipamento e medir a resistência dos circuitos.
	Ensaio de corrente de pico e suportável de curta duração (item 6.6)
	Provar a capacidade do circuito principal e de aterramento ao ser submetido a corrente de pico e nominal de curta duração.
	Ensaio de poder de fechamento e interrupção (item 6.101)
	Provar o poder de abertura e fechamento dos aparelhos de interrupção existentes no painel.
	Ensaio de operações mecânicas (item 6.102)
	Provar a operação satisfatória dos dispositivos de abertura e partes removíveis.
	Ensaio de grau de proteção (item 6.7)
	Verificar a proteção das pessoas de acesso a partes perigosas e proteção do equipamento de intrusão de objetos externos.
	Testes em repartições e obturadores não metálicos (item 6.104)
	Verificar a proteção de pessoas contra efeitos elétricos perigosos.
	Teste de suportabilidade de pressão e compartimentos preenchidos a gás (6.103)
	Verificar a resistência do compartimento preenchido a gás.
	Teste de estanqueidade (item 6.8)
	Testar a estanqueidade de compartimentos preenchidos a gás ou líquidos.
	Teste de arco interno (6.106)
	Verificar os efeitos de arco durante uma falta interna (para cubículos classificados como IAC).
O método para o ensaio de arco devido à falta interna, que é um ensaio de tipo, está descrito no anexo A da NBR IEC 62271-200. Deve-se lembrar que, quando exigido, os parâmetros do ensaio devem ser objeto de acordo entre o usuário e o fabricante, devendo o usuário especificar o valor da corrente de arco e a duração. Os objetivos principais do ensaio são: garantir que não há dano físico a uma pessoa colocada próxima ao painel quando da ocorrência de arco interno e também que o defeito não se propaga para os compartimentos vizinhos.
NBR IEC 62271-307:2016 - Oportunidade para evitar ensaios onerosos
Oportunidades na futura IEC 62271-307
Uso de cálculos para elevação da temperatura
Uso de cálculos de esforços térmicos e eletrodinâmicos
Uso de cálculos da sobrepressão causada por arco interno
Ensaios de interrupção e estabelecimento
A norma IEC TR 62271-307:2015 refere-se à corrente alternada de equipamentos de comando e de controle pré-fabricados de metal fechado com isolamento sólido (ambos a seguir designados como fechados) para tensões nominais acima de 1 kV e até 52 kV inclusive conforme especificado IEC 62271- 200 e IEC 62271-201, e para outros equipamentos incluídos no mesmo recinto com qualquer influência mútua possível. A seção “Uso dos critérios de Extensão” menciona que devido á grande variedade de tipos de unidades funcionais e possíveis combinações de componentes, não é prático realizar ensaios de tipo com todos os possíveis conjuntos de manobra.
Visa a extensão da validade de relatórios de ensaios para evitar a desnecessária repetição de testes das normas IEC 62271-200 e 201. Pode ser usado para estender testes de tipo realizado em uma amostra com um conjunto de manobras da mesma família com conjunto diferente de valores nominais ou arranjos diferentes. Estabelecer regras por famílias de equipamentos conforme cálculos e experiência do setor. Se qualquer um dos critérios de extensão não puder ser confirmado, é necessário utilizar outros argumentos como cálculos, explicações, e simulações ou mesmo ensaios adicionais. Os cálculos e simulações só podem ser aplicados em sentido comparativo. 
Devem ser colhidas informações do conjunto de manobras semelhantes às que são necessárias nos ensaios de tipo de acordo com a IEC 62271, além disso, as informações dos parâmetros relevantes são aquelas mostradas na tabela 3 até 8 para cada ensaio específico e unidade funcional sob avaliação. Os relatórios de ensaios de tipo aplicáveis do conjunto de manobra testado devem ser fornecidos na medida em que digam respeito à comparação dois conjuntos.
Por este motivo recomenda-se que o fabricante forneça ao laboratório de ensaios e solicite que sejam incluídas nos relatórios de ensaio as informações relevantes sobre parâmetros de projeto que estão listados nas tabelas 3 até 8. Desenhos relevantes e detalhados fazem parte dessas informações.
Uso de cálculo para elevação de temperatura
O documento IEC TR 60890 fornece procedimentos de cálculo para os conjuntos de baixa tensão, que também podem ser aplicados aos conjuntos de manobra de alta tensão, tendo em conta as limitações específicas deste método de cálculo. O cálculo é feito em dependência da potência total gerada no interior, da área das paredes dos compartimentos e das suas condições de montagem, o número de divisórias horizontais e a área das aberturas de ventilação. A temperatura do ar no interior do compartimento testado é o parâmetro para comparar. 
Tabela 3 – Critérios de extensão para o desempenho quanto à elevação de temperatura
	Item
	Parâmetros de projeto
	Critério 
	Condição
	1
	Distância fase-fase
	≥
	Só validável para correntes acima de 1.250 A
	2
	Distância fase-terra 
	≥
	Apenas validar se a influência sobre os elementos que cercam devido a correntes não pode ser excluída (eddy)
	3
	Dimensões e volume do compartimento 
	≥
	O invólucro e os compartimentos são da mesma construção
	4
	Pressão mínima do gás
	≥
	Mesmo gás; para isolamento a gás
	5
	Densidade de correntes nos condutores
	≤
	Os condutores têm a mesma estrutura física
	6
	Resistência/ condutores
	≤
	Compare material do condutor e seção transversal
	7
	Área de contato conexões
	≥
	Igual ou melhor material de contato
	8
	Força de contato conexões
	≥
	Igual ou melhor material de contato
	9
	Temperatura permissível de conexões
	≤
	Incluindo revestimentos metálicos com <=resistividade
	10
	Área de ventilação
	≥
	
	11
	Dissipação de potência componentes
	≤
	Aqui os principais dispositivos de comutação, fusíveis e transformadores de corrente são considerados
	12
	Área de barreiras isolantes
	≤
	Barreiras têm a mesma estrutura física
	13
	Espessura da cobertura isolante condutor
	≤
	Resistividade térmica e coeficiente de emissão do revestimento devem ser o mesmo
	14
	Área transferência térmica invólucro
	≥
	O coeficiente de emissão do revestimento devem ser o mesmo
	15
	Classe de temperatura
	≥
	
Uso de cálculos para campos elétricos
O desempenho dielétrico de dois conjuntos de manobra pode ser avaliado por simulação do campo elétrico de ambos e comparando as intensidades de campo. Podem ser utilizadas ferramentas de software de elementos finitos ou volumes finitos que permitem simular geometrias tridimensionais mesmo complexas.
Tabela 4 – Critérios de extensão para o desempenho quanto à suportabilidade dielétrica
	Item
	Parâmetros de projeto
	Critério de aceitação
	Condição
	1
	Distância de isolamento entre fases
	≥
	
	2
	Distância isolamento a terra (clearance)
	≥3
	Distância de escoamento
	≥
	
	4
	Propriedades dielétricas do isolante
	≥
	Análise comparativa de 2 materiais pode ser necessária (CTI)
	5
	Rugosidade superficial de partes vivas
	≤
	
	6
	Raio de partes condutivas
	≥
	Não só o raio de partes vivas, mas também de todas as partes condutoras
	7
	Distância de contatos abertos
	≥
	Se influenciado pela montagem
	8
	Distância de isolamento
	≥
	Se influenciado pela montagem
	9
	Mínima pressão para isolamento
	≥
	Mesmo fluido se isolado a gás
Uso de cálculos de esforços mecânicos
Existe softwares de simulação para mecanismos de operação de equipamentos de manobra que podem dar informações sobre o estresse mecânico sobrepartes do mecanismo. No entanto, não é possível avaliar a resistência mecânica por estesprogramas. Portanto, no estado atual do software de simulação disponíveis, não é recomendado o uso de simulações para a extensão da validade dos ensaios de tipo mecânicos.
Tabela 5 – Critérios de extensão para o desempenho quanto à suportabilidade mecânica
	Item
	Parâmetro
	de projeto 
	Critério de aceitação
	Condição
	1
	Sistemas de obturadores
	A força da ligação mecânica quando bloqueado, incluindo obturador
	≥
	Princípio de projeto igual, mas dimensões podem ser diferentes
	
	
	Massa do obturador
	≤
	
	2
	Contatos da parte removível
	Número de pontos de contato
	≤
	Os projetos dos contatos, incluindo a base e material de revestimento, e suportes de móveis e contatos fixos são os mesmos.
	
	
	Força de contato por contato
	≤
	
	
	
	Aspereza da superfície contato
	≤
	
	3
	Sistema de intertravamento operado diretamente
	Força da ligação mecânica quando bloqueado
	≥
	Princípio de projeto do sistema de intertravamento igual, mas dimensões podem ser diferentes
	
	
	Torque aplicado na operação
	≤
	
	4
	Sistema de intertravamento impedindo o acesso aos dispositivos operacionais
	Força da ligação mecânica quando bloqueado
	≥
	Princípio de projeto do sistema de intertravamento igual, mas dimensões podem ser diferentes.
	
	
	Força normal de operação
	≤
	
Uso de cálculos de esforços térmicos e eletrodinâmicos durante curto-circuito
Os cálculos incluem a determinação de forças eletromagnéticas mútuas entre condutores e estresse mecânico resultante que é capaz de empenar barras e causar danos em isoladores. O estresse mecânico sobre barramentos e forças sobre os suportes podem ser avaliados pelos programas de cálculo como o (SwitchgearDesign307). Os métodos de cálculo utilizados são baseados nos seguintes documentos IEC: IEC 61117, (PTTA) e IEC 60865-1.
Tabela 6 – Critérios de extensão para o desempenho quanto à esforços térmicos e eletrodinâmicos de curto-circuito
	Item 
	Parâmetros de Projeto
	Critério de aceitação
	Condição
	1
	Distância fase-fase
	≥
	
	2
	Forças eletrodinâmicas
	≤
	Condutores têm o mesmo arranjo
	3
	Suportabilidade mecânica dos suportes isolantes
	≥
	
	4
	Comprimento não suportado de condutores
	≤
	
	5
	Seção reta dos condutores
	≥
	Conexões dos condutores escaladas têm a mesma ou uma maior força de aperto e a área de contato.
	6
	Material dos condutores
	O mesmo
	
	
	Classe de temperatura dos isolantes
	
	
	7
	Suportabilidade mecânica do invólucro
	≥
	
	8
	Partições e buchas
	≥
	Considere o projeto completo
	9
	Contatos da parte removível
	O mesmo
	
Uso de cálculos da sobrepressão causada pelo arco interno
A comparação do desempenho de dois conjuntos em suportar o aumento da pressão para os compartimentos sob investigação é um análise a ser feita. Os cálculos são capazes de mostrar o aumento de pressão nos compartimentos, tendo em consideração a abertura dos dispositivos de alívio de pressão. Uma avaliação da força nas paredes do painel pode ser feita para geometrias simples, utilizando uma fórmula de cálculo, caso contrário, usa-se a análise de elementos finitos para estresse mecânico. O fluxo de gases quentes expelido, a partir do compartimento, pode ser simulado por programas de CFD, no entanto, no momento da publicação do presente Relatório Técnico, não é possível simular a ignição de indicadores, que é um critério importante para a aceitação no ensaio de arco interno. Por conseguinte, tais programas têm aplicações limitadas para a extensão da validade dos ensaios.
Tabela 7 – Critérios de extensão para ensaios de Arco Interno 
	Item
	Item Parâmetro de projeto Condição
	Critério de aceitação
	Condição
	1
	Distância de isolamento entre fases
	≤
	
	2
	Distância isolamento a terra (clearance)
	O mesmo
	Referente região de início do arco
	3
	Volume líquido compartimento
	≥
	
	4
	Pressão nominal do gás isolante se aplicável
	≤
	
	5
	Seção reta dos condutores
	≥
	Referente região de início do arco
	6
	Matéria-prima de condutores (Al ou Cu ou suas ligas)
	O mesmo
	Referente região de início do arco
	7
	Local do ponto de iniciação do arco
	O mesmo
	Aplicando regras da IEC 62271 200 ou IEC 62271-201
	8
	Material isolante exposto ao arco
	O mesmo
	
	9
	Área de exaustão
	≥
	A posição da saída de gases de escape no compartimento e o trajeto de escoamento de gás são os mesmos. Áreas das secções transversais maiores só são aceitáveis se um duto de exaustão é usado
	10
	Pressão de abertura da exaustão
	≤
	Aplicável aos compartimentos estanques
	11
	Suportabilidade mecânica dos elementos a deixar abrir o dispositivo de alívio (flaps)
	≤
	Aplicável aos compartimentos não estanques. O dispositivo de alívio e os seus elementos de fixação têm o mesmo design
	12
	Suportabilidade mecânica do invólucro e compartimentos
	≥
	Inclui suportabilidade de partições e buchas
	13
	Espessura das paredes do invólucro
	≥
	Mesmo material
	14
	Suportabilidade mecânica de portas e coberturas
	≥
	
	15
	Grau de proteção (IP) do invólucro
	≥
	Relevante para o critério de ignição dos indicadores
Ensaios de interrupção e estabelecimento
Tabela 7 – Critérios de extensão para ensaios de Arco Interno 
	Item
	Item Parâmetro de projeto Condição
	Critério de aceitação
	Condição
	1
	Distância de isolamento entre fases
	
	
	2
	Distância isolamento a terra (clearance)
	
	
	3
	Volume do invólucro ou compartimento
	
	Só para ser validado se o fluido (gás ou líquido) é envolvido no processo de interrupção ou estabelecimento.
	4
	Pressão do gás isolante
	
	
	5
	Seção reta dos condutores
	
	
	6
	Forças eletrodinâmicas dos condutores
	
	Só para ser validado se tem impacto no processo de interrupção ou estabelecimento.
	7
	Suportabilidade mecânica dos suportes isolantes
	
	
	8
	Suportabilidade mecânica do invólucro, partições e buchas
	
	
	9
	Comprimento não suportado de condutores
	
	
CONCLUSÕES
A contribuição das normas NBR IEC 62271-200 e NBR 62271-201 para a parametrização de regras, ensaios e testes, são muito importantes para o setor elétrico. Essas normas regem a utilização, os parâmetros, a aplicação dos critérios de extensão e o uso de cálculos. Por isso devem ser atualizadas e revisadas sempre que o setor sentir necessidade de novos conceitos, ou testes, ou validação de extensões como por exemplo a NBR IEC 62271-307, que busca validar os ensaios por famílias de componentes e equipamentos evitando assim a repetição de ensaios caros e sem necessidades. Elas também informam o que deve constar nos relatórios de ensaios. Buscando maior confiabilidade, segurança e proteção tanto para os operadores de manobras e controle destes equipamentos quanto para o próprio sistema elétrico de distribuição e transmissão. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] MORAES, Patrícia. Norma IEC 61439: maior segurança e confiabilidade para os painéis elétricos de baixa tensão. https://blog-br.schneider-electric.com/servicos/2015/02/27/norma-iec-61439-maior-seguranca-e-confiabilidade-para-os-paineis-eletricos-de-baixa-tensao/.Acesso: 12/04/2018.
[2] AMARAL, Fábio. Norma de Conjuntos de Manobra IEC 61439 completa um ano em vigor no Brasil. http://www.engerey.com.br/blog/norma-de-conjuntos-de-manobras-iec-61439-completa-um-ano-em-vigor-no-brasil. Acesso: 13/04/2018.
[3] ZANINI. Painéis de média tensão. http://www.sermatec.com.br/servicos/paineis-de-media-tensao/. Acesso: 13/04/18
[4] TSE, Energia e automação. Painel de Média Tensão TSE-CLAD, conforme a NBR IEC 62271-200. http://www.grupotse.com.br/index. php/painel-de-media-tensao-conforme-nbr-iec-62271-200-tse-clad.html. Acesso: 12/04/18
[5] CONTRIC. Painéis de Média Tensão. http://www.contric.com.br/paineis-eletricos-baixa-media-tensao.html . Acesso 12/04/18
[6] IEC, International Electrotechnical Commission. IEC TR 62271-3007:2015. https://webstore.iec.ch/publication/23321. Acesso: 14/04/18.
[7] Costa, Sergio Feitoza. Capítulo VIII – Painéis de Média Tensão. https://www.osetoreletrico.com.br/capitulo-viii-paineis-de-media-tensao/. Acesso: 15/04/18

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