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Aula Contrato de Emprego (UnB)

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Contrato de Emprego
Notas Características
Prof. Noemia Porto
1. Relação de Trabalho versus Relação de emprego. Gênero/espécie. Confluência entre os conceitos. Questão centrada no dispêndio de energia pelo ser humano. Relação de emprego vista como um tipo legal próprio e específico.
2. Elementos fático-jurídicos da relação de emprego. Prestação por pessoa física; pessoalidade do trabalhador; não eventualidade; subordinação jurídica; onerosidade.
3. Pessoa Física. Os bens jurídicos tutelados pelo Direito do Trabalho importam à pessoa física (vida, saúde, integridade moral, bem-estar, lazer, e toda a gama de direitos fundamentais vinculados ao mundo do trabalho). Casos concretos por vezes revelam simulacro e fraude na utilização de mão-de-obra através de pessoa jurídica (incidência do art. 9º da CLT - "serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação").
4. Pessoalidade. Caráter de infungibilidade; prestação intuitu persone. Por ser personalíssima, a prestação não se transmite a herdeiros e sucessores. Não há pessoalidade no que se refere ao empregador. Incidência dos arts. 10 e 448 da CLT (sucessão trabalhista ou sucessão de empregadores - "qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados"; "a mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados").
5. Sucessão Trabalhista. Fenômeno para fins trabalhistas. Trata-se da hipótese em que o novo empregador continua a exploração nas mesmas condições que seu predecessor. Assim, independentemente da modificação na situação jurídica do empregador, todos os contratos de trabalho em curso no dia da modificação subsistem entre o novo empregador e os trabalhadores. A morte, a venda, a fusão, etc., não determinam a ruptura das relações de trabalho. A personalidade do empregador é indiferente para a empresa de que é titular. O novo titular de um estabelecimento deve respeitar os contratos celebrados por seu antecessor, assumindo as obrigações e encargos contraídos, em virtude, simplesmente, de ter sucedido.
6. Não eventualidade. Distinção considerando os "serviços de natureza contínua" previstos no art. 1º da Lei nº 5.859/72). Teoria dos fins do empreendimento, pela qual eventual será o trabalhador que realize serviços ou tarefas vinculadas a eventos incertos, isto é, que não compõem o conjunto das necessidades normais ou permanentes do empreendimento.
7. Onerosidade. Contrato de emprego como contrato bilateral, sinalagmático e oneroso (fundo econômico). Animus contrahendi.
8. Subordinação jurídica. O empregado contratado assume o compromisso de acolher o poder de direção empresarial quanto ao modo de realização da prestação de serviços contratada. Três dimensões: a clássica (compromisso do trabalhador em acolher o poder de direção empresarial); a objetiva (integração do trabalhador e da sua atividade aos objetivos empresariais); e a estrutural (inserção do trabalhador na dinâmica do tomador de serviços, independentemente de receber ou não ordens diretas, mas acolhendo estruturalmente sua dinâmica de organização e funcionamento). O fenômeno da subordinação, atualmente, observa a harmonia entre as três dimensões que, portanto, devem ser conjugadas e não são excludentes.
9. Art. 6º da CLT (Lei nº 12.551/2011). Em termos legais, não se distingue o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego (prevalência, ainda, em termos infraconstitucionais, do contrato de emprego como meio para o reconhecimento de proteção legal trabalhista mais abrangente). Os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio. "Art. 6º. Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego. (...) Parágrafo único. Os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio".
10. Jurisprudência. Súmula nº 58 do TST: "ao empregado admitido como pessoal de obras, em caráter permanente e não amparado pelo regime estatutário, aplica-se a legislação trabalhista".

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