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Texto Complementar Disciplina: Comportamento Humano nas Organizações Professor: Ana Paula Trubbianelli Entenda o que é análise transacional e o programa de melhoria continua Em praticamente todas as situações da vida, estamos rodeados de pessoas e, muitas vezes, dependemos do outro para obter crescimento tanto pessoal, quanto profissional. Manter um bom relacionamento interpessoal, no entanto, nem sempre é fácil. Exige constante compreensão para lidar com a opinião e comportamento daqueles com quem precisamos manter contato, e, ao mesmo tempo, demanda muito controle sobre nossos próprios sentimentos e atitudes. Pode parecer que não, mas o autoconhecimento ajuda a estabelecer conexões com as pessoas de forma mais positiva e duradoura, além de garantir trocas que auxiliem no desenvolvimento de todos os envolvidos. Esses benefícios podem ser verificados em qualquer situação da vida, desde o trabalho até o âmbito familiar. Ao se conhecer melhor, as pessoas aprendem a identificar, analisar e alterar comportamentos que estejam afetando a sua relação com o próximo, a verificar se têm transmitido adequadamente as suas ideias e até mesmo a corrigir problemas de comunicação que eventualmente têm gerado conflitos. Algumas técnicas psicológicas são efetivas na busca pelo autoconhecimento, como é o caso da análise transacional. O objetivo dessa teoria é analisar e estudar pensamentos, sentimentos e comportamento das pessoas diante das trocas de estímulos e respostas obtidas durante o contato entre elas. Breve histórico e conceito da análise transacional A análise transacional foi criada pelo médico e psiquiatra naturalizado americano Eric Berne, no final da década de 1950. Trata-se de uma teoria da personalidade e uma psicoterapia sistemática que tem como objetivo o crescimento e mudança pessoal. Os seus resultados contribuem com alterações significativas nos comportamentos, sentimentos e pensamentos do paciente e por esse motivo é encarada como filosofia de vida. A análise transacional recebeu esse nome porque Berne começou a se interessar pela relação entre as pessoas e a troca de estímulos e respostas (transações) que resultavam desse contato. Ele também considerava que todos nascem com o potencial de ser feliz, ter sucesso e manter relacionamentos de qualidade. No entanto, essa capacidade é limitada na medida em que os indivíduos agem de acordo com as expectativas de terceiros, como de seus pais, por exemplo. As suas pesquisas eram, portanto, baseadas na observação das atitudes de seus pacientes e na conduta humana como um todo. Tudo isso porque o estudioso desconsiderava teorias que não pudessem ser demonstradas ou comprovadas na prática. Como a análise transacional é aplicada A análise transacional estuda a forma como as pessoas pensam, sentem, agem e se relacionam, sendo um método muito eficaz para compreender o ser humano e propor soluções preventivas e transformadoras. Para isso, utiliza-se de instrumentos que permitem aos indivíduos conhecerem melhor o seu funcionamento interno e o dos outros. Isso contribui para que compreendam melhor os seus relacionamentos e percebam aquilo que deve ser mudado para melhorá-los. A teoria trabalha basicamente tentando recuperar as capacidades inatas ao ser humano que são perdidas de acordo com as suas vivências e situações estressantes e traumáticas sofridas principalmente durante a infância. Dessa forma, utiliza-se dos conceitos de Estado de Ego, aliados ao conhecimento da história pessoal do indivíduo e ao seu comportamento. Os estados de Ego constituem o sistema de sentimentos de cada indivíduo, representando a sua estrutura interna ou personalidade. A teoria considera que essa estrutura é composta de partes, designadas de Estado de Ego Pai, Estado de Ego Adulto e Estado de Ego Criança. Esses conceitos são considerados para delimitar o comportamento do indivíduo com relação ao outro. Quando assumimos nosso Ego Pai, esperamos que o receptor utilize o Ego Criança, sendo que o emissor toma uma posição de controle da situação, enquanto o receptor estará submisso. Nas situações contrárias, na quais o Ego Criança é assumido por quem comunica, espera-se do receptor o Ego Pai. Nesse caso, o emissor busca uma relação permissiva, de proteção e cumplicidade. Quando se estabelece uma comunicação com o Ego Adulto, surge a reciprocidade da outra parte. Ou seja, constitui-se uma relação nivelada na comunicação. Esse procedimento é o ideal para relações de trabalho. Nesse sentido, quando compreendemos a maneira de nos comunicar, assim como os diferentes egos, passamos a realizar uma comunicação mais assertiva, uma vez que transmitiremos os nossos sentimentos e emoções de forma a ser entendida pelo receptor. Como modelo de aprendizagem, a análise transacional é realizada por meio de um contrato entre o terapeuta e o cliente. Nessa perspectiva, é o próprio paciente que coloca aquilo que deseja mudar em sua vida e o terapeuta apenas aceita o desafio de ajudá-lo. As sessões pretendem contribuir para que o indivíduo alcance a autonomia de vida, usufruindo de melhor controle de seus sentimentos, pensamentos e comportamentos, além de tornar-se mais apto para identificar e abdicar de atitudes que o estejam atrapalhando de alguma forma. A análise transacional faz parte de um programa de melhoria contínua, sendo que quanto mais você se conhece, mais habilidades de como utilizar sua comunicação terá e estará em constante aprimoramento. Essa teoria pode ser aplicada principalmente em locais e situações em que o relacionamento interpessoal é fundamental, como é o caso do ambiente corporativo. Fonte: http://www.ibccoaching.com.br/portal/coaching-e-psicologia/entenda-o-que-e-analise- transacional-programa-melhoria-continua/
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