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Difusão em regime permanente 3.27 Samuel Luporini/DEQ/UFBA 3.6.2 Transferência simultânea de momento e massa • Absorção: A dissolução seletiva de um dos componentes de uma mistura gasosa por um líquido: coluna de parede molhada. • Escoamento de um filme ao longo de uma parede na qual esta em contato com uma mistura de gás. Suposições: 1. O comprimento para contato entre as duas fases é curto, portanto uma pequena quantidade de massa é absorvida ⇒ propriedades do liquido são inalteradas. 2. A velocidade do filme não afetara o processo de difusão. - Balanço de momento na direção x: { { { x 0 zxyx 0 xx 0 x 0 z x 0 y cte 0 x x ioestacionárestado 0 x g zyxx P zyxt x ρ+ ∂ τ∂ + ∂ τ∂ + ∂ τ∂ − ∂ ∂ −= ∂ ϑ∂ ϑ+ ∂ ϑ∂ ϑ+ ∂ ϑ∂ ϑ+ ∂ ϑ∂ ρ === == =ϑ 321321321321 Logo, g y yx ρ−= ∂ τ∂ (3.6.2.1) As condições de contorno que devem ser satisfeitas: C.C.1 para y = 0 ϑx = 0 C.C.2 para y = δ ∂ϑx/∂y = 0 ( contato do liquido com o gás) Difusão em regime permanente 3.28 Samuel Luporini/DEQ/UFBA Fluido newtoniano: dy d x xy ϑ µ=τ Substituindo em (1), temos: 21 2 x1 x 2 x 2 cyc 2 yg cy g y g y ++ µ ρ −=ϑ⇒+ µ ρ −= ∂ ϑ∂ ⇒ρ−= ∂ ϑ∂ µ (3.6.2.2) Pela C.C.1 ⇒ c2 = 0 Pela C.C.2 ⇒ c1 = ρgδ/µ Substituindo e após um rearranjo, temos: δ − δ δ µ ρ −=ϑ 2 2 x y 2 1yg (3.6.2.3) 2 yxmax 2 g δ µ ρ =ϑ=ϑ δ= (3.6.2.4) Logo: δ − δ ϑ=ϑ 2 maxx y 2 1y 2 (perfil de velocidade) (3.6.2.5) Equação diferencial de transferência de massa { 0R t c N química reação sem 0 A ioestacionár estado 0 A A =−∂ ∂ +⋅∇ = = 321 r nas direções x e y apenas: 0 y N x N y,Ax,A = ∂ ∂ + ∂ ∂ (3.6.2.6) Os fluxos molares são definidos pela Lei de Fick como: Difusão em regime permanente 3.29 Samuel Luporini/DEQ/UFBA ( ) 444 3444 2143421 xAc x,Bx,AA curto. muitoéliquidoocom vapor do contatode tempoodesprezar, A ABx,A NNx dx dc DN ϑ= ++−= (3.6.2.7) ( ) 444 3444 21 BemAdedesolubilidaa baixamuito,desprezar y,By,AA A ABy,A NNx dy dc DN ++−= (3.6.2.8) Direção y: A é transportado principalmente por difusão. Direção x: A é transportado principalmente por convecção. Substituindo (3.6.2.7) e (3.6.2.8) em (3.6.2.6), temos: ( ) :logoapenas,ydedependenteécomo,0 y c D x c x2 A 2 AB xA ϑ= ∂ ∂ −+ ∂ ϑ∂ 0 y c D x c 2 A 2 AB A x = ∂ ∂ −+ ∂ ∂ ϑ (3.6.2.9) Sendo ϑx dado pela equação (3.6.2.5), ∴ 0 y c D x cy 2 1y 2 2 A 2 AB A 2 max = ∂ ∂ −+ ∂ ∂ δ − δ ϑ (3.6.2.9) As condições de contorno para a película deslizando são: C.C.1: para x = 0 → cA = 0 C.C.2: para y = 0 → 0 y c A = ∂ ∂ (parede) C.C.3: para y = δ → cA = cA0 (contato com o gás) A qual pode ser resolvida numericamente pelo método das diferenças finitas. Johnstone & Pigford (1942) resolveram a equação (3.2.6.9) analiticamente, e obtiveram a concentração adimensional no fundo da coluna(Trans. AICHE, 38, 25, 1942): Difusão em regime permanente 3.30 Samuel Luporini/DEQ/UFBA L++ ++= − − − −−− δ== δ== n75,204 n64,105n318,39n1213,5 yA0xA yALxA e01811,0 e03500,0e1001,0e7857,0 cc cc (3.2.6.10) Onde: líquidonosolutododifusãodeecoeficientD superfícienalocalizadafilme,domáximae velocidad películadaespessura colunadaalturaL colunada toponosolutodoãoconcentraçc liquido-gásinterfacenasolutodoãoconcentraçc colunadafundonosolutodoãoconcentraçc LD n AB max 0xA xA LxA max 2 AB = =ϑ =δ = = = = ϑδ = = δ= = Teoria da penetração: modelo desenvolvido por Higbie (Trans, AICHE, 31, 368-389, 1935) • Um soluto é transferido dentro de uma película em y = δ. O efeito da película deslizando sobre a espécie difundindo, é tal que a velocidade do escoamento do fluido pode ser considerada uniforme e igual a ϑmax. • O soluto A não será afetado pela presença da parede, então o fluido pode ser considerado de profundidade infinita. Profundidade da penetração Difusão em regime permanente 3.31 Samuel Luporini/DEQ/UFBA Com estas simplificações, a equação (3.2.6.8) fica: 2 A 2 AB A max y c D x c ∂ ∂ = ∂ ∂ ϑ com as condições de contorno: C.C.1: para x = 0 → cA = 0 C.C.3: para y = δ → cA = cA0 (contato com o gás) C.C.3: para y = -∞→ cA = 0 Fazendo ξ = δ - y, temos: 2 A 2 AB A max c D x c ξ∂ ∂ = ∂ ∂ ϑ e as condições de contorno ficam: C.C.1: para x = 0 → cA = 0 C.C.2: para ξ = 0 → cA = cA0 (contato com o gás) C.C.3: para ξ = ∞→ cA = 0 Aplicando a Transformada de Laplace na direcao x, na equação acima, temos: ( ) 2 A 2 ABAmax s,c D0cs ξ∂ ξ∂ =−ϑ no domínio de Laplace rearranjando: ( ) 0 D css,c AB Amax 2 A 2 = ϑ − ξ∂ ξ∂ Esta equação diferencial ordinária de 2ª ordem, possui a solução geral de: ( ) ξ ϑ −+ ξ ϑ =ξ AB max 1 AB max 1A D s expB D s expAs,c As constantes A1 e B1 são avaliadas utilizando as condições de contorno transformada para o domínio de Laplace: C.C.1: para ξ = 0 → ( ) s c s,0c 0A A = (contato com o gás) Difusão em regime permanente 3.32 Samuel Luporini/DEQ/UFBA C.C.2: para ξ = ∞→ ( ) 0s,cA =∞ Produzindo a solução: ( ) ξ ϑ −=ξ AB max0A A D s exp s c s,c Aplicando a inversa da transformada de Laplace, temos: ( ) ϑ − ξ −=ξ max AB 0AA xD4 erf1c,xc ou ( ) − ξ −=ξ expAB 0AA tD4 erf1c,xc onde o tempo de exposição é definido como texp = x/ϑmax. A função erro: erf() → apêndice L de Welty. Fluxo: { { − π = π = ∂ ∂ −== ==δ= δ==ξ 0 2A c 1A exp AB exp AB 0A y A AByy,A0y,A cc t D t D c y c DNN 0A Por comparação com a equação de convecção: ( )2A1Acy,A cckN −= 21 ABc exp AB c Dkou t D k ∝ π = ⇒ Teoria da penetração.
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