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214383 TCC FINAL LUZIA REFEITO 0 739947

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INCENTIVO Á LEITURA 
LAZAROTO, Luzia Jovinski. 1
RU: 214383
CUMIM, Otilia do Rocio. 2
RESUMO
A leitura nunca se fez tão necessária nas escolas. De um lado há a necessidade de ensinar apenas o que está no livro didático, de outro lado, percebemos a grande dificuldade de nossos educandos em entender e compreender questões que caíram nas provas de vestibulares onde só se obtêm sucesso quem tiver por hábito ler jornais, revistas e livros e estar antenada nas informações do mundo. Através da leitura nós seres humanos conseguimos se transportar para um mundo desconhecido, sonhar e explorá-lo, desvendar os sentimentos e emoções que o cercam e acrescentar a vida o sabor da existência. Podemos então, viver experiências que nos propiciem e solidifiquem os conhecimentos importantes do nosso processo de aprendizagem. Visando a formação de leitores críticos e participativos, percebe-se a necessidade de criar e pesquisar novas maneiras de incentivar os alunos para a prática da leitura, com as mudanças que ocorreram no ensino fundamental nos deparamos com alunos cada vez mais novos na escola, porém faz-se necessário trabalhar a leitura mesmo antes da alfabetização, por meio de imagens e sons. O trabalho com leitura é um desafio para os educadores e deve ser planejado e organizado pelo professor.
	
Aluna do Curso de Letras do Centro Universitário Internacional UNINTER. Artigo apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso. 2º- 2017. (semestre e ano).
²Professor Orientador no Centro Universitário Internacional UNINTER.
1 INTRODUÇÃO
 	A finalidade desta pesquisa é entender como se dá aprendizagem e o desenvolvimento do hábito de ler nos anos iniciais do ensino fundamental.
 	O tema aqui investigado, embora já tenha sido amplamente discutido pelos educadores, ainda é cercado por dúvidas. Convive-se hoje num mundo com variadas culturas, variados veículos de informação, bem como, grande divulgação de informações de todos os tipos. Percebe-se também uma necessidade cada vez maior das pessoas transitarem de um lugar para outro. Todos estes aspectos da vida cotidiana exigem a compreensão de diferentes linguagens e de grande interação com o que está ao nosso redor. A escola tenta propiciar aos alunos os conhecimentos necessários para compreender, se adaptar e construir opiniões, em seus contatos com diversos ambientes e pessoas.
 	Diante disso, surgiu-me o interesse em desenvolver uma pesquisa e analisar as práticas ocorridas na escola em relação ao ensino da leitura com o intuito de detectar como ocorre a aprendizagem da mesma. A pesquisa será realizada na Escola Municipal Frei Barnabé Tenani – Ensino Infantil e Ensino Fundamental, da cidade de Itaperuçu, município da região metropolitana de Curitiba.
Este estudo poderá servir de apoio aos profissionais da educação, orientando-os de forma a aprimorar a compreensão e o trabalho com alunos que apresentam problemas de aprendizagem na leitura na educação.
2. INCENTIVO Á LEITURA 
Nos últimos tempos, as discussões sobre a importância da leitura aumentaram consideravelmente, apesar disso, o trabalho com a formação de leitores encontra ainda muitos obstáculos a serem transpostos.
 Na atualidade, percebe-se que cada vez mais lê-se pouco, e lê-se mal. Ler é condição necessária para a conquista da independência, autonomia, cidadania e participação social, pois, as informações circulam rapidamente e das mais diversas maneiras, portanto, quando desenvolvemos o hábito e o gosto pela leitura somos capazes de compreender melhor determinadas situações, usufruindo assim, dos nossos direitos em sua totalidade, lutando por melhores condições e agindo para modificar nossa realidade. Como nos mostra Magda Soares (1999, p.19), a autora diz que:
“[...] o acesso à leitura é considerado intrinsicamente bom. Atribui-se à leitura um valor positivo absoluto: ela traria benefícios óbvios e indiscutíveis ao indivíduo e a sociedade – forma de lazer e de prazer, de aquisição de conhecimento e enriquecimento cultural, de ampliação das condições de convívio social e de interação”.(SOARES, 1999. P.19)
O mundo de conhecimentos em que estamos inseridos é caracterizado pela circulação de um grande e diversificado volume de informações, podemos dizer então que a capacidade de ler e de interpretar textos em múltiplas linguagens é imprescindível. 
Percebe-se assim, quão importante é a leitura que ultrapassa os limites da decodificação, efetiva-se como ação e prepara leitores capazes de participar da sociedade a qual estão inseridos, quando temos o domínio da palavra traçamos ideias e conhecimentos para compreendermos melhor o mundo que nos cerca, e assim nos transformamos, somos capazes de abrir nossas mentes para o desconhecido, e passamos a construir um mundo melhor para cada um de nós. 
 Segundo Freire (1994, p.11), a “leitura precede a palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente”. Dessa forma, a leitura da palavra deve considerar o conhecimento de mundo que cada leitor possui, e foi adquirido em seu contexto, suas vivências e sua realidade. Linguagem e realidade estão interligadas, e nos mostra que a compreensão do texto, de modo crítico, estabelece relações entre texto e contexto. Partindo de nossas próprias experiências e do nosso cotidiano, cada um de nós possui um modo pessoal de compreender e interpretar um determinado texto, o que torna cada leitura única.
Porém, a leitura só se realiza e faz sentido quando interage como o espaço em que estamos inseridos, ou seja, quando existe uma estreita relação com o contexto de quem participa. Neste sentido, LAJOLO comenta sobre Paulo Freire dizendo,
“Para Paulo Freire leitura boa é aquela que nos empurra para a vida, que nos leva para dentro do mundo que nos interessa viver. E para que a leitura desempenhe esse papel, é fundamental que o ato de leitura e aquilo que se lê façam sentido para quem está lendo. Ler, assim, para Paulo Freire, é uma forma de estar no mundo”. (LAJOLO, 2003. p. 5)
O conceito de leitura, na maior parte das vezes, está relacionado com a decifração dos códigos linguísticos, porém, não podemos deixar de levar em consideração o processo de formação social de cada indivíduo, suas capacidades, sua cultura política e social.
Martins (1994) nos diz que o ato de ler não é um aprendizado qualquer, e sim, uma conquista de autonomia, que possibilita a ampliação de nossos horizontes. O leitor passa a entender o seu universo, rompe as barreiras deixando de lado a passividade, e encara de frente a sua realidade.
A leitura está presente nas nossas atividades diárias como pegar um ônibus, consultar uma bula de remédio, preparar uma receita, assinar um contrato, encontrar um endereço, e ainda em outras situações cotidianas, portanto, ler nos oferece independência necessária para a realização dessas atividades. A leitura não precisa ser apenas ler o que está escrito, podemos e devemos olhar para a leitura como uma fonte inesgotável de conhecimento, que nos oferece inúmeras oportunidades de recordar, pesquisar, conhecer outras culturas, outras épocas, apreciar diferentes gêneros e autores, compreender o mundo que nos cerca, compreender melhor a nós mesmos, imaginar, sonhar, estudar, formas nossas próprias opiniões, entre tantos outros benefícios.
Visando a formação de leitores críticos e participativos, percebe-se a necessidade de criar e pesquisar novas maneiras de incentivar os alunos para a prática da leitura, com as mudanças que ocorreram no ensino fundamental nos deparamos com alunos cada vez mais novos na escola, porém faz-se necessário trabalhar a leitura mesmo antes da alfabetização, por meio de imagens e sons. O trabalho com leitura é um desafio para os educadores e deve ser planejado e organizado pelo professor.
	O uso de recursos diferenciados é um importante aliado, pois despertam a atenção dos alunos, já que vivemos num mundo globalizado emque as mais diferentes tecnologias estão presentes na vida dos alunos desde muito cedo. Novas tecnologias podem ser encontradas em diversas interfaces como: HDTV, rádio, telefone e internet, os quais, os acessos podem ser simultâneos entre o usuário e emissor. 
Segundo Silva e Martins (2010, p.23) “O papel do professor e outros mediadores da leitura é fundamental desde o momento da seleção dos textos e materiais de leitura- em diferentes suportes ( livros, revistas, jornais, recortes, cartazes, bulas etc) e numa diversidade de gêneros( literários, jornalísticos, científicos, publicitários, espitolares, etc).
Portanto, partindo deste pressuposto, será feita uma pesquisa bibliográfica no sentido de buscar diferentes métodos e estratégias para o ensino e prática da leitura em todas os níveis do Ensino fundamental. 
Constantemente nos deparamos com diferentes objetos escritos, impressos ou virtuais em que temos a necessidade de ler, as leituras são diferentes de um leitor para o outro, pois isso depende da maneira que o leitos vê o mundo que o rodeia.
O desafio das séries iniciais que sucedem às de alfabetização é o de fazer os alunos lerem de maneira que compreendam os mais diferentes tipos de textos, sejam curtos ou mais extensos tirando o máximo de proveito.
 De acordo com Cafieiro (2010, p.93),
Cada texto pede uma leitura diferente, já que o leitor não usa sempre os mesmos modos de ler. Por isso, é importante que os textos sejam apresentados aos alunos para que conheçam seu conteúdo, sua forma, a organização particular dada aos recursos linguísticos em cada um deles, seu funcionamento social. Isto é, uma noticia não é lida do mesmo modo que um poema, uma crônica ou uma sinopse de filme. (CAFIEIRO, 2010. P.93)
Garantir aos alunos o acesso á diferentes tipos de livros, revistas e jornais, ter requer um espaço próprio e organizado. 
	
2.2 O incentivo a literatura na formação do cidadão	 	
 Muitas pesquisas mostram que devemos desenvolver bons hábitos nas crianças para que elas cresçam com eles, como por exemplo, a alimentação saudável, por que então não ensinamos as estas mesmas crianças a nutrirem suas mentes com literatura capaz de promover verdadeira mudança. 
 	Projetos como esse de incentivo a leitura garantem desenvolvimento de qualidade a nossas crianças facilitando sua aprendizagem e o entendimento como um todo, de acordo com Eichenberg (2009, p.03):
“O Projeto de Incentivo à Leitura da Literatura vem, assim, qualificar a ação pedagógica e ampliar os horizontes do mundo escolar no que tange ao trabalho emancipatório com o livro literário, de maneira a formar alunos-leitores e, consequentemente, auxiliá-los no desenvolvimento das habilidades de fala e escrita, na formação de opiniões, na formação de sua identidade, na compreensão do mundo que os cerca e na expansão de seus horizontes de expectativas”.
 	As crianças precisam ser incentivadas pela leitura, fazendo com que o mundo imaginário se aflore e não se torne uma obrigação. Segundo Martins (1989), o ato de ler é considerado “um processo de compreensão de expressões formais e simbólicas, por meio de qualquer linguagem”.	 	
 Ainda na linha de raciocínio de Baldi vemos que: Essa, como qualquer outra forma de arte (a pintura, a escultura, a música, o cinema, o teatro, a fotografia etc.), é capaz de nos tornar pessoas melhores, não só intelectual, mas emocionalmente, porque desperta o que melhor existe em nós. Pensar a literatura na escola, nessa dimensão, nos leva a ter de selecionar as propostas que realizamos com os textos e os próprios textos com muita atenção e com critérios bem definidos.
 	Assim, percebe-se que a leitura resultaria num interesse passageiro por parte das crianças, mas se vai surpreendendo à medida que foi percebendo como ascrianças cada vez mais se interessaram pela leitura. E com isso, a própria história da leitura, nos mostra que este é um problema antigo, pois, inicialmente a leitura era para elite somente. Com o passar dos anos outros poucos favorecidos, ou seja, a massa começou a ter este acesso.	 	 
 Segundo Perroti (1990, p.13): Até então, era quase natural conceber a leitura como comportamento restrito as pequenas parcelas da população pertencentes às elites. Enquanto comportamento geral, das massas, o fenômeno é novo no Brasil, estando talvez ainda no que poderíamos chamar de “fase heroica”. 
 Em outras palavras, lutamos com níveis prévios, como alfabetização da imensa massa de brasileiros que não conseguiram e não consegue ir à escola, lutamos com uma infraestrutura educacional e cultural extremamente precária, lutamos com hábitos e atitudes arraigadas na cultura e que não são vencidos com facilidade.	 	
 Dando a devida importância a leitura Kleiman comenta: O ensino e leitura são fundamentais para dar solução a problemas relacionados ao pouco aproveitamento escolar: ao fracasso na formação de leitores podemos atribuir o fracasso geral do aluno no primeiro e segundo graus.	 	
 A grande maioria dos alunos, segundo Bastos, Resende e Pinto (2006) vê o estudo como uma forma de ascensão social. Acreditam que não possuem melhores oportunidades profissionais, exclusivamente devido à falta de estudo, julgando esta situação como um problema individual. Importante, pois refletir sobre aspectos estruturais da sociedade evolvidos nesta questão, ampliando a visão do aluno. Outra evidência é o fato da entrada e permanência de grande parte dos alunos no Projeto ser devido ao incentivo e ao apoio de suas famílias. Logo, é importante incluir as famílias no processo pedagógico a fim de diminuir os índices de evasão. Este estudo permite conhecer melhor estes alunos para então, a partir da sua realidade aprofundar e ampliar seus conhecimentos. Somente assim é possível fazer intervenções contextualizadas e significativas para os mesmos.
 	A ideia do desenvolvimento da leitura no Brasil é defendida por Kato onde cita a seguinte informação: A constatação dos pesquisadores nessa área, de que muito das dificuldades dos aprendizes devia-se não ao desconhecimento da língua estrangeira, mas principalmente à sua inabilidade de interagir com o texto escrito na própria língua materna, leva-os a ter como parte de seus objetivos o desenvolvimento das habilidades de leitura, independente da língua do texto. Esse trecho demonstra que cada vez mais devemos estar preparando nossas crianças para o aprendizado da leitura, pois essa será uma necessidade que o limitará para o resto de sua vida.	 	
 A questão da alfabetização está cada vez mais expandindo perante a sociedade através do envolvimento de outros segmentos como afirma Teberosky: O âmbito da alfabetização inicial ampliou-se e mudou enormemente durante os últimos anos. A ampliação pode ser apreciada na incorporação de novos agentes sócias no processo de alfabetização: não apenas a escola, mas também família e a comunidade se constituíram em contextos de ação alfabetizadora. As mudanças podem ser observadas na incorporação de novos alunos meninos e meninas, de diferentes procedências étnicas, culturais e linguísticas, que os processos migratórios familiares trouxeram para as instituições sociais.
 	O ensino da leitura e, particularmente, a importância da literatura na formação pessoal e intelectual do ser humano ainda nos anos iniciais, encontram pouco espaço nos programas de formação inicial e continuada da escola. Este estudo pretende desenvolver atividades que convergem para ações voltadas diretamente para alunos e professores dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
 	A escola torna-se fator fundamental na aquisição do hábito da leitura e a formação do leitor, pois mesmo com suas limitações, ela é o espaço destinado ao aprendizado da leitura. Tradicionalmente, na instituição escolar, lê-se para aprender a ler, enquanto que no cotidiano a leitura é regida por outros objetivos, que conforme o comportamento do leitor e sua atitude frente ao texto.	
 	Essas leituras guiadaspor diferentes objetivos produzem efeitos diferenciados, que modificam a ação do leitor diante do texto. Nesse processo, ouvir histórias tem uma importância que vai além do prazer. A utilização da literatura como recurso pedagógico pode ser enriquecida e potencializada pela qualidade das intervenções do educador.
2.3 O professor na formação do leitor
Nosso cotidiano está permeado pelo crescimento de meios cada vez mais avançados de informações e tecnologia, o crescimento surge conjuntamente à globalização política e social, exigindo assim uma mudança significativa na prática de ensinar e aprender. Por conta dessa mudança cabe ao educador uma reflexão consciente e contínua à tarefa de formar cidadãos que possam se transformar com e para a sociedade. 
 O gosto pela leitura é despertado nos educandos a partir do entusiasmo e do incentivo do educador. Para motivar os educandos à leitura, é fundamental que o educador, enquanto mediador do processo de formação de leitores, apresente-se como leitor participante, atualizado, envolvido com a leitura e com o que se conquista através dela. Assim sendo, percebemos que o educador não precisa ser um especialista no assunto, porém se estiver sempre buscando novos conhecimentos a respeito da leitura, se tiver uma variada experiência e vivência leitora, se for curioso e estudar para ampliar seus saberes, poderá encantar os estudantes levando-os a conhecer e descobrir a cada dia o maravilhoso e rico mundo da leitura. 
No processo de formação de leitores a única e insuperável metodologia é, ler. Não é possível estimular a leitura e cativar os leitores se, o educador, não demonstra interesse pela mesma, não conhece as vantagens que ela proporciona, não pratica e não gosta de ler, assim, não será possível promover a leitura dentro e fora dos muros da escola. 
No que diz respeito ao educador ser um leitor assíduo e crítico Lajolo e Zilberman dizem que:
“[...] se a relação do professor com o texto não tiver um significado, se ele não for um bom leitor, são grandes as chances de que ele seja um mau professor. E, à semelhança do que ocorre com ele, são igualmente grandes os riscos de que o texto apresente significado nenhum para os alunos, mesmo que eles respondam satisfatoriamente a todas as questões propostas”. (1986, p. 53)
 
Percebe-se diante das palavras da referida autora, a importância da atuação do educador perante os educandos, pois, se a relação do educador com a leitura não for satisfatória, igualmente a relação dos educandos com a leitura também não será. Desse modo, a leitura não fará sentido, não terá significado, tornando-se assim uma atividade cansativa, desgastante, perde-se então todo o seu encanto e as possibilidades de aprendizagem e conhecimento que a leitura proporciona. Na sala de aula as atividades de leitura devem ser motivo de prazer, e não de obrigação ou até mesmo de punição.
Para a formação de bons e competentes leitores não basta realizar um trabalho de leitura de apenas um dia, formar bons leitores exige um trabalho contínuo por parte dos educadores e da escola. O trabalho com a leitura perpassa todos os níveis escolares, daí a importância de um trabalho contínuo de leitura que não seja destinado apenas a alfabetizar, ou seja, ensinar a ler e escrever, mas que faça parte da vida do educando em todas as fases da escolarização e para além dela. 
Para desenvolver a habilidade de leitura nenhum educador, qualquer que seja sua área de atuação, deveria jogar a responsabilidade ao professor de Língua Portuguesa, de modo que todos os educadores, independente da disciplina, são responsáveis por colaborar na aprendizagem dos educandos, enfatizando que a leitura tem caráter interdisciplinar, uma vez que, em uma leitura com plena compreensão, o leitor tem de mobilizar conhecimentos de diversas áreas. Saviani (2003) assinala que o educando passará a estudar ciências, história, geografia, aritmética através da linguagem escrita, ou seja, lendo e escrevendo de modo sistemático, permitindo assim, um maior aprofundamento e entendimento do mundo letrado.
 Desse modo quando a leitura é incentivada, principalmente na sala de aula, possibilitamos aos educandos uma melhor compreensão do que está sendo aprendido na escola, o porquê aprender determinado conteúdo, qual sua importância, seu significado, suas contribuições, como também, uma maior compreensão do que acontece no mundo atual, a partir das inúmeras informações a que temos acesso, como em jornais, revistas, internet e etc, pois de acordo com Charmeux apud Martins (2002), “[...] ler continua sendo uma forma privilegiada de enriquecimento pessoal”.
 	Diante da necessidade de formar leitores críticos e participativos, percebe-se a importância de criar e pesquisar novas maneiras de incentivar os educandos para a prática de leitura, assim como adequar algumas práticas a sua realidade. O uso de recursos diferenciados é um importante aliado do educador, pois despertam nos educandos o gosto pela leitura, o hábito de ler, o prazer em ler, e muito mais. Essas leituras, guiadas por diferentes objetivos, produzem efeitos que modificam a ação do leitor diante do texto, para as crianças por exemplo, ouvir histórias tem uma importância que vai além do prazer, a utilização da literatura como recurso pedagógico, em todos os níveis escolares, pode ser enriquecida e potencializada pela qualidade das intervenções do educador.
Desse modo, é importante ressaltar que o docente seja um pesquisador disposto a descobrir e conhecer o mundo da leitura, as práticas de leitura e suas possibilidades, recriando e transformando sua prática pedagógica a cada dia, com estratégias que favoreçam e estimulem a leitura na sala de aula, visando assim, um ensino de qualidade que contribui significativamente na construção do conhecimento e na formação plena dos indivíduos.
3. METODOLOGIA	
O desenvolvimento do trabalho de pesquisa se dará através de uma pesquisa bibliográfica em que será pesquisado autores e publicações direcionados ao incentivo da leitura como prática social.
Para a digitação e formatação do estudo se utilizarão as orientações do Manual para o trabalho de conclusão de curso do centro Universitário Uninter.
Para realização desta pesquisa em material de reflexão e autoformação, foi preciso ampliar o olhar para diferentes caminhos e verificar por qual deles a pesquisa estava se dirigindo. Desta forma, veio de encontro a este trabalho a abordagem qualitativa, que de acordo com (CHIZZOTTI, 2006, p.28)“Serão designadas como qualitativas [...] pesquisas [...] pretendem interpretar o sentido do evento a partir do significado que as pessoas atribuem ao que falam e o que fazem”, pois os métodos qualitativos são apropriados quando o fenômeno em estudo é complexo, de natureza social e não tende à quantificação. 
Este tipo de abordagem deu-se a possibilidade de adentrar no contexto social e cultural de uma escola pública e pesquisar como se dá a indisciplina na escola, nos métodos de trabalho e também em uma escola privada, e assim tentar compreender de uma forma mais aprofundada a indisciplina na escola. 
Essa possibilidade ocorre por que segundo GODOY(1995,p.21) o pesquisador vai a campo buscando “captar” o fenômeno em estudo a partir das perspectiva das pessoas envolvidas, considerando todos os pontos de vista relevantes. Que por sua vez podem trazes mais riquezas de detalhes e uma maior interação com o os sujeitos da pesquisa, o que veio ao encontro com o objetivo deste trabalho.
 	Na pesquisa de campo obtive ajuda das professoras regentes de uma escola do município de Itaperuçu, estive presente fazendo observação, no qual percebi o quanto é difícil colocar o hábito da leitura nos alunos dos anos iniciais do ensino fundamental, pois eles não gostam de ler, e anotei o que as professoras enfrentam todos os dias em sua rotina de trabalho.
 	Sabe-se o quanto é importante a criança às histórias infantis para que ela possa expressar seus sentimentos eemoções num clima de muita responsabilidade e respeito mútuo, as crianças precisam de um mundo lúdico, mágico, cheio de encantos e emoções para despertar para a vida. 
 	A coleta dos dados pesquisados neste projeto de TCC, o teórico presente estudo foi coletado a partir de um levantamento pleno em bibliografias, pesquisado em livros e revistas. 
4 .CONSIDERAÇÕES FINAIS	
 	O fato de ouvir e ler as histórias significa entrar em um mundo encantador, cheio ou não de mistérios e surpresas, mas sempre muito interessante, curioso, que diverte e ensina. É na relação lúdica e prazerosa da criança com a obra literária que se pode ter uma das possibilidades de formar leitores, e na exploração da fantasia e da imaginação que se instiga a criatividade e se fortalece a interação entre texto e leitor.
 	Na interação da criança com a obra literária está a riqueza dos aspectos formativos nela apresentados de maneira fantástica, lúdica e simbólica. A intensificação dessa interação, através de procedimentos pedagógicos adequados, leva a criança a uma maior compreensão do texto e a uma compreensão mais abrangente do contexto. Uma obra literária é aquela que mostra a realidade de forma nova e criativa, deixando espaços para que o leitor descubra o que está nas entrelinhas do texto.	 	
 A literatura, portanto, não pode ser utilizada apenas como um “pretexto” para o ensino da leitura e para o incentivo à formação do hábito de ler. Para que a obra literária seja utilizada como um objeto mediador de conhecimento, ela necessita estabelecer relações entre teoria e prática, possibilitando ao professor atingir determinadas finalidades educativas. Para tanto, uma metodologia baseada em um ensino por projetos é uma das possibilidades que tem evidenciado bons resultados no ensino de língua materna.	 	 
 Acredita-se que a educação seja um espaço para descobertas obtidas através da participação e colaboração ativa de cada criança com seus parceiros em todos os momentos, possibilitando, assim, a construção de sujeitos autônomos e cooperativos.
 	É, portanto, através de um ensino por projetos, que a literatura ganhará um sentido maior na vida das crianças. O confronto de opiniões, a motivação, as interações sociais e o trabalho cooperativo possibilitarão à criança condições que asseguram o caráter formativo das atividades, através de uma boa orientação do professor, tendo a finalidade de esclarecer aos alunos o que devem fazer como devem fazer, por que e para que fazer tal atividade ou ler este ou aquele livro. Na literatura, portanto, a criança aprende brincando em um mundo de imaginação, sonhos e fantasias.	
REFERÊNCIAS 
BALDI, Elizabeth. Leitura nas séries iniciais: uma proposta para formação de leitores de literatura. Porto Alegre: Projeto, 2009.
BASTOS, Ludimila Corrêa; CARVALHO, Alessandra. Um olhar sobre a Educação de Jovens e Adultos. PEMJA – COLTEC – UFMG, 2004.
______; RESENDE, Ananda de Moura; PINTO, Geíse Pinheiro. Contribuições da Psicossociologia para a proposta pedagógica de Ensino Médio de Jovens e Adultos: Perfil Sociológico dos alunos do PEMJA. Belo Horizonte: PEMJACOLTEC- UFMG, 2006.	EICHENBERG, Renata Cavalcanti. Literatura na escola: um projeto de incentivo à leitura, 2009.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se complementam. 29. ed. São Paulo: Cortez, 1994.
KLEIMAN, Angela. Texto e Leitor: Aspectos Cognitivos da Leitura. Campinas, SP: Pontes, 1997.
KLEIMAN, Angela. Oficina de Leitura: Teoria e Prática. São Paulo: Pontes, 2007.
KATO, Mary Aizawa. O aprendizado a leitura: São Paulo: Martins Fontes, 2007.
LAJOLO, Marisa (Org.). A importância do ato de ler. São Paulo: Moderna, 2003.
PAULINO, Graça; WALTY, Ivete; FONSECA, Maria Nazareth; CURY, Maria Zilda. Tipos de Textos, Modos de Leitura. Belo Horizonte: Formato Editorial, 2001.
MARTINS, Maria Helena. O que é leitura. São Paulo: Brasiliense, 1989.
MARTINS, Maria Helena. O que é leitura? / Maria Helena Martins, 19. ed. – São Paulo: Brasiliense, 1994.
PERROTI, Edmir. Confinamento cultural, infância e leitura. São Paulo: Summus, 1990. (Série Novas Buscas em Educação, v.38).		TEBEROSKY, Ana; GALLART, MartaSoler...[et al]. Contextos de alfabetização inicial. Porto Alegre: Artmed, 200

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