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Direito Internacional Público

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Questões para discussão em classe:
O DIP é jurídico?
Na sua opinião, o voluntarismo é mais ou menos adequado para a construção de uma ordem internacional democrática? Por quê?
É correto afirmar que os tratados de Direitos Humanos seriam cogentes, ocupando um lugar hierárquico mais importante do que os costumes e os princípios gerais de direito?
As reservas como expressão da soberania do Estado podem ser restringidas? Em quais casos? Por quê?
Comentários à questão número 1
Sobreleva destacar que há quem diga que o DIP não é direito, não existe. Seria um dever ser, ligado a um dever moral.
Contudo, entende-se que o Direito Internacional é sim jurídico, vez que regula as relações da sociedade (ubi jus, ubi societas), tendo como fundamento seus próprios princípios, sujeitos e fontes. Passa-se por um processo específico de elaboração dos Tratados.
O DIP é o conjunto de normas jurídicas que visa disciplinar e regulamentar as atividades exteriores da sociedade dos estados, abarcando as organizações internacionais e os indivíduos.
Comentários à questão número 2
Voluntarismo. Direito internacional se justifica na vontade dos estados, os quais devem consentir.
Nasceu com o estado-nação, com o discurso da soberania. Dominou a história do DI até o séc. XX. Segundo tal, você só se submete àquilo que concorda, vez que o estado é formado para ser imperativo.
Doutrina enfatizava que tudo dependia da importância. Fortalece a autodeterminação dos povos. Essa doutrina tem sua justificação diante de alguns temas, como a estratégia econômica do país. No caso dos DH, deve ser mitigado, obedecendo-se ao fundamento objetivista.
Comentários à questão número 3
Jus cogens (direito cogente) são normas peremptórias peremptórias ou imperativas do direito internacional, inderrogáveis pela vontade das partes e superiores hierarquicamente às demais normas. O objetivo maior do Estado de Direito é a realização dos direitos humanos. Deve prevalecer a norma mais favorável, mais expansiva dos Direitos Humanos.
Os tratados oferecem mais segurança e estabilidade às relações internacionais (propriedades dificilmente encontradas no direito costumeiro).
Comentários à questão número 4
Ab initio, é de fundamental importância destacarmos que a existência de reservas é perfeitamente legítima, máxime em razão da globalização e da geopolítica idílica. Assim sendo, privilegia-se a soberania democrática.
Por sua vez, impende salientar que, no tocante aos Direitos Humanos, tal faculdade de impor reservas deve ser afastada. Desta feita, em razão da cogência e a da supremacia de tais normas, os Estados soberanos devem ter restringida a possibilidade de prever reservas quando da ratificação de tratados com essa temática. Ademais, tabém não cabem reservas quando o tratado expressamente não admite que algum dos signatários que sejam feitas.
Outrossim, sobreleva trazer à baila outra hipótese de limitação à imposição de reservas. Quando tais se opõem e vão de encontro a aspectos essenciais do tratado, não há como reconhecer a legitimidade para essas objeções.
In fine, apenas a título de complemento, cumpre dispor que o Brasil, quando da ratificação de Tratados de Direitos Humanos, prevê a possibilidade de imposição de reservas. É de se lamentar que o Supremo Tribunal Federal seja conivente com esse posicionamento, porquanto malfere sobremaneira a ideia de valorização dos Direitos Humanos, prevista como fundamento da República Federativa do Brasil e como princípio norteador das relações internacionais (art. 4°, II da CF/88)
A SOCIEDADE INTERNACIONAL
Introdução. O homem e a natureza social: ficção ou realidade? Relação política entre sociedade e direito.
Sociedade e comunidade: ênfase nos vínculos voluntários ou orgânicos. Vivemos em uma comunidade ou sociedade internacional?
Direito Internacional Público e Sociedade Internacional. Dimensão vertical ou horizontal da ordem internacional.
Diferença formal e material entre a Sociedade Internacional e a Ordem Jurídica Interna.
4.1. Ausência de um território delimitado.
4.2. Estados Limitados.
Conclusão
Comentários:
Difícil pensarmos em uma sociedade sem direito. Na ausência de regramento, prevalece a lógica da prepotência. Assim, o direito pressupõe um mínimo de universalidade, de reconhecimento mútuo entre os homens.
O homem é um ser social ou artificialmente social? Pode prescindir da relação com outros homens?
1ª Corrente- Pensamento liberista. Ênfase na ideia de propriedade. Hobbes vê como necessidade essa sociabilidade. Destarte, o Estado seria imprescindível para o funcionamento da sociedade. Como tornar possível a convivência de seres que se voltam para si? O homem é um ser individual.
2ª Corrente- Homem como um ser social.
Desde o momento em que o homem passou a viver em sociedade, com todos as implicações que esta lhe impõe, tornou-se necessária a criação do direito.
Por trás da construção dos estados há muita violência. Ideia de uniformização gera isso. O constitucionalismo vem domar o perfil centralizador do Estado Moderno.
No plano interno, consolidou-se um estado de direito. Um arcabouço definido (funções, território).
Sobreleva destacar que há quem diga que o DIP não é direito, não existe. Seria um dever ser, ligado a um dever moral. (É fundamental que estudemos os posicionamentos relativos à existência do DIP, consoante proposto como uma das questões do trabalho).
À medida que os Estados se multiplicam e à medida que crescem os intercâmbios internacionais, nos mais diversos e variados campos da vida, o direito vai superando os limites territoriais da soberania estatal rumo à criação de um sistema de normas jurídicas capaz de coordenar os estados em seus interesses.
O DIP é o conjunto de normas jurídicas que visa disciplinar e regulamentar as atividades exteriores da sociedade dos estados, abarcando as organizações internacionais e os indivíduos.
Natureza dos vínculos entre as pessoas:
Comunidade: algo que nós pertencemos, nascemos. Vínculos prima facie.
Sociedade: vínculos decorrentes da vontade.
Fundamental fazermos uma análise da formação do estado brasileiro. Se os movimentos de sesseção tivessem dado certo, não seríamos o Brasil, máxime em razão dos ideais individualistas desses. No Brasil, surgiu primeiro o estado e depois a sociedade.
No plano internacional, basicamente os vínculos existentes entre os países justificam-se por interesses, sejam eles econômicos ou políticos.
Mazzuoli sustenta que no plano internacional há uma “relação de suportabilidade”. Professor discorda!!!! Ao seu ver, são possíveis gestos de altruísmo. Nesse sentido, destaca a existência de políticas com vieses ideológicos. No entanto, concorda que temos uma sociedade internacional.
No plano interno, por causa do poder sancionatório, o vínculo é vertical no estado-nação.
No caso da sociedade internacional, os vínculos são mais de natureza horizontal.
Importante! Há quem questione a existência do Direito internacional sustentando o seguinte:
Ausência de um delimitação física.
Limitação entre os estados.
Ausência de uma centralização. Unidade de poder.
Necessita haver uma concordância.
Eventual insatisfatoriedade em razão de lacunas.
No tocante ao último ponto, impende dizer que tais lacunas não o são propriamente. Tais compreenderiam uma visão mais ampla dos fenômenos internacionais.
DIP como exalação da moral? Não. Tal entendimento não deve prevalescer. Apesar de suas constantes violações, o DIP é válido e tem tido cada vez mais mecanismos com efeitos disciplinadores.
Enquanto no plano interno buscou-se abranger toda a realidade, no plano internacional busca-se uma compreensão dialética. Vanguarda do ponto de vista epistemológico, porquanto busca abranger toda a realidade a partir da relação entre o direito, a economia, a política, a sociologia.
O DIP precisa existir porque, se o mundo é injustohoje, mais seria se não tivesse DIP.
ORIGEM E DESENVOLVIMENTO DO DIP 
Introdução. O Direito Internacional como experiência histórica: aparecimento do tema com Bentham e contraposição ao Jus Gentium.
Controvérsias sobre o início do DIP: Escola Espanhola, Hugo Grotius ou positivismo moderno? O DIP e a estabilização das relações entre os estados.
Tratado de Westfália (1648) e a origem europeia do DIP. Distinção entre países europeus e não-europeus.
3.1. Crítica de Spengler e Taynbee e a valorização da pluralidade de civilizações.
3.2. Hegemonia da dominação entre os Estados no sistema internacional.
Sociedade internacional de Cristãos.
Congresso de Viena e o combate à Revolução Francesa.
Sociedade Internacional e os estados civilizados.
Problemas e desafios do DI.
Tendências do DI
Conclusão.
 
Comentários:
Surge com Tenda. Desde quando começaram as relações entre ordens jurídicas distintas, entre cidades, impérios.
Como disciplina propriamente dita, com coerência, objeto e estatuto epistemológico, surgiu a partir da modernidade, diretamente relacionada ao surgimento do estado. (link com os comentários relativos ao surgimento do Estado)
Há quem diga que surgiu em Roma, tendo como premissa o Jus Gentium. Porém, cabe dizer que tal não se caracteriza como DIP. Equivale mais ao D.I.Privado. Não era produzido por diversos povos, mas sim pelos romanos.
Em um primeiro momento, é visto como uma relação entre os estados “civilizados”, no seguinte sentido: “Obedeça às determinações do império dominante”.
Hoje em dia, todavia, há um conjunto de mecanismos que dá respaldo à ideia de igualdade entre as noções. Exemplos: possibilidade de guerra de defesa; represálias.
Também há quem diga que o DIP surgiu com os espanhóis. 
Ponto Importante: 
Tratado de Westfália.
Surgiu com a quebra da unidade cristã, após a Guerra dos 30 anos. A partir desse tratado, surge de fato um sistema internacional entre os estados. Traduziu-se um reconhecimento mútuo no plano internacional.
Inobstante esse avanço, continuou-se com aquela visão antiga de “povos civilizados”, onde os povos não-europeus eram vistos como objeto de conquista. Somente os europeus, na visão deles, tinham a complexidade necessária para produzir o Direito.
Congresso de Viena. 1815
Aprovação de um conjunto de princípios de Direito Internacional.
No fundo, reação do velho contra o novo. Contra Napoleão.
Definidor da relação de equilíbrio entre os países.
Globalização: Não tem um papel tão preponderante, máxime em razão da tentativa de padronização, imposição de cultura. Falsamente cosmopolita.
Tendências do Direito Internacional
A) Universalização do DIP, integrando um conjunto de povos.
Uma série de matérias passaram a ser tratadas.
Fricção de diferentes interesses.
B) Regionalização. 
Fruto do desenvolvimento específico dos povos. A uma primeira vista pode parecer contraditório. Porém, não é o que ocorre É um movimento integrante dessa universalidade.
C) Institucionalização. Pletória de instituições, mecanismos.
D) Funcionalização. Também existe como elemento de interpretação do Direito no plano interno.
E) Humanização do DIP
Direitos humanos assumem protagonismo. Ganham força. Sentido mais vinculativo. Maior relevância nas relações entre os estados e dentro do estado.
F) Objetivação. Algo voluntário começa a ceder espeço em razão dessa institucionalização.
G) Codificação do DIP.
RELAÇÃO ENTRE O DIREITO INTERNACIONAL E O DIREITO INTERNO
Introdução: problema de aplicabilidade das normas do Direito Internacional e do Direito interno. O estado moderno e a soberania interna e externa.
O dualismo como mimetismo do Estado: divisão rígida entre o “fora” e o “dentro” no âmbito do Direito. Verdross, Triepel, Angilotti e a rigidez do formalismo positivista na compreensão do Direito internacional.
O monismo e o sentido integrativo de unidade de sentido entre o Direito Internacional e o Direito Nacional.
 3.1. O monismo nacionalista e a primazia lógica do estado. Hegel e o estado-nação como expressão sintética do absoluta.
3.2. O monismo internacionalista e a centralidade da reflexão normativista de Hans Kelsen. O sentido cosmopolita do ordenamento jurídico e a paz mundial.
3.3. O monismo dialógico e a preponderância/proporcionalidade dos Direitos Fundamentais. Superação da dicotomia dualismo/monismo.
Comentários:
Na medida em que a sociedade internacional vai evoluindo, vão aumentando os elementos de coesão, de mundialização.
Direitos humanos: Brasil se fechou. Ex: Min, Eros Grau. Lei da anistia. Supremacia da lei interna. OBS: Professor fez duras críticas a isso.
Direitos econômicos: Brasil renunciou a sua soberania.
Relação entre normas internas e normas externas, relacionados a processos evolutivos, tradições:
Visão Dualista→ Divisão rígida. DIP referindo apenas às relações entre os Estados. Visão anacrônica.
Visão Monista→ Unidade do conjunto das normas jurídicas.
Há quem diga que o Brasil é dualista, como é possível observar no histórico da jurisprudência do STF.
Não chegamos ainda ao monismo internacionalista. Ainda estamos no monismo nacionalista.
3 correntes dentro do monismo:
1ªC) Monismo nacionalista;
Cultura que vê o estado como momento final na história, como momento de síntese dialética. Visão estatólatra. Estado surge como momento de sanar os conflitos. Estado como centro da vida político jurídica. 
Apenas quando é conveniente ao Estado é que o DIP é obedecido, prepondera.
2ªC) Monismo internacionalista;
Deve preponderar a norma internacional, pois representa uma ordem jurídica hierarquicamente superior.
3ªC) Monismo dialógico.
Realização dos direitos humanos. Deve prevalecer a norma mais favorável, mais expansiva dos Direitos Humanos.
Supera as duas primeiras correntes, uma vez que mostra-se mais condizente com o “entroncamento” dos direitos. Reposiciona o jurista, assegurando que ninguém seja prejudicado.
Posições das diversas constituições:
Brasil. Possui cláusulas de adesão ao DI, mas sem prevalência sobre as normas internas, malferindo sobremaneira os princípios internacionais.
Países europeus. Possuem cláusulas de adoção do DI, o qual tem prevalência sobre o Direito Interno.
Fundamento do Direito Internacional.
Aquilo que faz com que acatemos determinada norma. Por que nós devemos obedecer às normas internacionais?
Não há um poder centralizado; não há sanções objetivas como no D. Interno.
Há duas posições:
1ªP) Voluntarista. Direito internacional se justifica na vontade dos estados, os quais devem consentir.
Nasceu com o estado-nação, com o discurso da soberania. Dominou a história do DI até o séc. XX. Segundo tal, você só se submete àquilo que concorda, vez que o estado é formado para ser imperativo.
Doutrina enfatizava que tudo dependia da importância. Fortalece a autodeterminação dos povos. Essa doutrina tem sua justificação diante de alguns temas, como a estratégia econômica do país. No caso dos DH, deve ser mitigado, obedecendo-se ao fundamento objetivista.
2ªP) Objetivista. DI se justifica em razão do solidarismo que deve existir entre os países. Ademais, destaca-se a existência de instituições, bem como a ideia de fechamento hierárquico do sistema(normativismo kelseniano). Hoje, a ideia que prevalece é que mesmo que não adira, o estado ainda pode ser cobrado.
Atualmente, independentemente de consentimento, muitas normas são exigidas. Estados que ingressam na ordem internacional a posteriori precisam acatar o que foi pactuado. Alguns estados definem, enquanto outros acatam.
FONTES DO DIP
Introdução. O problema das fontes do Direito na história: centralização estatal e positivismo. Distinção e singularidade das fontes do sistema internacional.
Fontes materiaise os condicionamentos políticos, econômicos e culturais na produção normativa do DIP.
Fontes formais e a polêmica sobre a sua previsibilidade.
3.1. O art. 38 do Estatuto da CIJ e a ênfase nos tratados, costumes e Princípios Gerais.
3.2. O desafio contemporâneo das novas fontes do DIP. Os atos unilaterais, a equidade e a analogia.
3.3. As decisões das organizações internacionais.
Os tratados internacionais.
Comentários:
No plano interno, há uma monopolização do Estado dessa capacidade de produção do direito. Centralidade do Estado.
No plano internacional, não temos uma centralização e uma monopolização. Ainda que caminhemos para a formação de organismos internacionais, não temos um Estado. Mesmo com a doutrina dos D. Humanos e o jus cogens, não temos como falar em um consenso, porquanto ainda encontra-se arraigada a ideia do consenso.
Dificuldade resultante da falta de uma centralidade, em comparação com o plano interno.
Positivação no plano internacional é uma vantagem. So no séc. XX é que a maior parte dos estados vieram a incorporar a sociedade internacional. Há assuntos que necessitam de um mínimo de ordenação, de regulação de assuntos. Ex: direito do mar.
O D.I é fortemente marcado por aspectos econômicos internacionais. Influência dos vínculos entre as diversas sociedades civis no mundo.
Também podemos falar sobre o desenvolvimento de temáticas comuns: D. Humanos, D. Ambiental, D. Culturais. Com o passas dos anos, vemos um movimento de universalidade concreto, não mais abstrato.
Devemos entender as fontes como uma relação dialética, não como algo estanque.
Por que o DIP se regionaliza? Tendência a se formar identidades mais arraigadas. Ciclos econômicos, identidade cultural, jurídica.
Fontes formais: pluralidade.
Não temos uma constituição internacional, apesar de alguns quererem atribuir à Carta das Nações Unidas tal mister.
Há um certo consenso de que o art. 38 prevê fontes formais, incluindo as auxiliares. Desse artigo, surgem algumas controvérsias, como a existência ou não de hierarquia.
Comentários ao art. 38:
“Artigo 38
1. A Corte, cuja função seja decidir conforme o direito internacional as
controvérsias que sejam submetidas, deverá aplicar;
2. as convenções internacionais, sejam gerais ou particulares, que estabeleçam
regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes;
3. o costume internacional como prova de uma prática geralmente aceita como
direito;
4. os princípios gerais do direito reconhecidos pelas nações civilizadas;
5. as decisões judiciais e as doutrinas dos publicitários de maior competência das
diversas nações, como meio auxiliar para a determinação das regras de direito,
sem prejuízo do disposto no Artigo 59.
6. A presente disposição não restringe a faculdade da Corte para decidir um litígio
ex aequo et bono, se convier às partes.”
Essa ordem significa um reconhecimento de supremacia?
Seria arbitrário chegar a essa conclusão. Que seja a positivada, tendência a alargamento e aquela que dá mais certeza, não se discute.
O que há de fato é que os tratados terminam sendo mais recorrentes, havendo uma produção quase que industrial dos mesmos.
Tratados com sentido normativo: Carta das Nações Unidas. Norma que deve estar acima das outras no direito interno.
Jus cogens: erga omnes, vinculativos.
Tratados normativos _erga omnes.
Tratados de Jus cogens _ erga omnes também, porém seu requisito axiológico é superior.
Não dá pra dizer que o Tratado sempre deve preponderar. Ele pode surgir em determinado contexto e ser atropelado pelos fatos. Costume pode prevalecer. 
Também destacou-se em sala que a Carta das Nações Unidas possui uma supremacia com relação a suas normas. Teria uma supremacia erga omnes em comparação a outras normas.
Nenhum tratado tem a ratificação de todos os países.
Na prática, nossa diplomacia já se regia pelo Tratado de Viena, mesmo que do ponto de vista formal o Brasil ainda não o houvesse ratificado.
Costumes: práticas reiteradas durante muito tempo.
Professor fez uma analogia: é como a estrada feita pelos passos das pessoas. 1ª fonte surgida: costumes. Produzem os tratados.
Para um costume ser fonte do DIP, é necessário que as pessoas acreditem que aquela é uma norma válida. Boa parte do que temos de tratados é fruto dos costumes.
Novas Fontes do DIP. 
Atos unilaterais: presentes nas relações Argentina-Malvinas; Brasil-Trindade.
Podem ter efeitos para os estados e afetar outros estados. Podem ser autonormativos ou heteronormativos. Exemplo: Argentina sinaliza que a posse das Malvinas não é mansa e pacífica.
Equidade e analogia: são mais fontes de integração.
3) Discussões das Organizações Internacionais. Se o estado sistematicamente viola DH, pode perder prerrogativas.
4) Jurisprudência: fixa parâmetros que servem para outros casos.
5) Doutrina: apesar de não ser imediatamente vinculativa, tem sua importância.
Tratados: 
Começaram com o primeiro acordo entre as sociedades mesopotâmicas. Também foram comuns nas relações comerciais, figurando no Egito e na Grécia.
Assim, não é algo específico dos nossos tempos. Idade Média também teve.
Destaques históricos: Tratado de Westfália; Tratados de 69 e 83; Covenção de Viena sobre os tratados.
Premissas dos tratados:
Acordo internacional;
Celebrado por escrito;
Vias nas respectivas línguas;
Composto por estados soberanos;
Regido pelo D. Internacional;
Celebrado por instrumento único, ou por outros conexos;
Denominações variadas.
Há uma diferença entre tratados de DH e outros tratados, máxime quando formalizados no Direito Interno.
Interpretação de que os tratados de DH precisam de quorum qualificado não condiz com o espírito da CF. O fato de ser materialmente constitucional já o faz ser aplicável.
Para que se participe de um tratado, é necessário satisfazer algumas condições, quais sejam:
Capacidade (excluindo estados colonizados). Em razão da autodeterminação dos povos.
A parte que vai negociar precisa estar representada por alguém constituído para negociar, alguém habilitado.
Mútuo consentimento. Com exceção dos tratados de DH e a Convenção de Viena.
Objeto lícito e materialmente possível.
Publicização.
Fases do Tratado
Negociações preliminares.
Adoção do texto
Assinatura do Tratado Internacional. (Observar que pode ocorrer assinatura diferida)
Inobstante a importância da assinatura, não é necessário ou obrigado que o estado ratifique.
Aprovação parlamentar.
Dispensabilidade ou não da aprovação parlamentar para celebrar acordos?
1ªC) A dispensa não se coaduna com o panorama constitucional. Necessidade em face da tendência da sociedade democrática. Papel crucial do legislativo.
Possibilidade de anulação do tratado em razão de não ter aprovação do legislativo.
Exceções: Tratados que consagram situações já existentes;
 Tratados que tratam da competência do executivo;
 Tratados que tratam de atualização de anteriores.
2ªC) Possível em qualquer caso haver dispensa. Comum nos EUA. Necessidade de rapidez.
Bélgica estipula conteúdos que não precisam de aprovação parlamentar.
Ratificação. Momento mais importante. Para que a ratificação produza seus efeitos, é necessária a troca de notas de ratificação entre os estados. Vale dizer que não é uma fase que prescinde das demais. Não é a única fase em que o Estado se compromete.
Ratificação pode prever reservas?
Sim. Ab initio, é de fundamental importância destacarmos que a existência de reservas é perfeitamente legítima, máxime em razão da globalização e da geopolítica idílica. Assim sendo, privilegia-se a soberania democrática.
Por sua vez, impende salientar que, no tocante aos Direitos Humanos, tal faculdade de impor reservas deve ser afastada. Desta feita, em razão da cogência e ada supremacia de tais normas, os Estados soberanos devem ter restringida a possibilidade de prever reservas quando da ratificação de tratados com essa temática. Ademais, tabém não cabem reservas quando o tratado expressamente não admite que algum dos signatários que sejam feitas.
Outrossim, sobreleva trazer à baila outra hipótese de limitação à imposição de reservas. Quando tais se opõem e vão de encontro a aspectos essenciais do tratado, não há como reconhecer a legitimidade para essas objeções.
In fine, apenas a título de complemento, cumpre dispor que o Brasil, quando da ratificação de Tratados de Direitos Humanos, prevê a possibilidade de imposição de reservas. É de se lamentar que o Supremo Tribunal Federal seja conivente com esse posicionamento, porquanto malfere sobremaneira a ideia de valorização dos Direitos Humanos, prevista como fundamento da República Federativa do Brasil e como princípio norteador das relações internacionais (art. 4°, II da CF/88)
Há tratados que dispensam um processo de incorporação?
Sim. Tratados que sejam mera atualização dos já existentes e tratados de DH. Impende destacar que isso depende do aspecto jurídico do país, não é regra.
Sujeitos do DIP
Introdução: a modernidade e o estado como único sujeito do DIP. Problemática dos direitos e deveres na ordem internacional.
Distinção entre sujeito e ator internacional.
Progressividade do aparecimento de novos sujeitos. O protagonismo crescente das organizações internacionais e dos indivíduos. A polêmica sobre o caráter direto ou indireto dos sujeitos.
Conclusão.
Comentários do Professor:
Classicamente, o único sujeito era o Estado. No plano interno sempre houve o reconhecimento da pluralidade, mas no internacional não. Nesse, o único sujeito que figurava era o estado. 
Entre os estados, somente alguns figuravam como sujeitos: potências europeias cristãs.
Estado continua a ter prevalência, porém não mais com o monopólio que existia anteriormente.
Em função de experiências traumáticas (Nazismo, por exemplo), surge uma nova realidade, culminando com o surgimento de organizações internacionais. Tais organizações, juntamente com os indivíduos, ganham força no cenário do DIP.
O DIP hoje é cada vez mais heterogêneo. Ele é necessariamente transdisciplinar, dialógico.Muito projetos políticos dão surgimento às normas internacionais.
Nesse diapasão, cumpre dispor que os indivíduos não são meros reflexos, atuando com competência internacional, principalmente no caso do DH, onde é prevista a possibilidade de provocações.
ONGs, multinacionais, sindicatos. Todos são atores internacionais, mas não sujeitos. Não o são porque não podem impor reservas e porque no DIP não pode haver a previsão de tratados regulando empresas.
Os atores tem capacidade de influenciar a opinião pública.

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