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O ESTADO SOCIAL (EFICIENTE)

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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA
Curso de Direito
Teoria Geral do Estado
Prof°. Me. 
O ESTADO SOCIAL (EFICIENTE)
GOIÂNIA
2017
O ESTADO SOCIAL (EFICIENTE)
Trabalho apresentado para a disciplina de Teoria Geral do Estado, no curso de Direito, da Universidade Salgado de Oliveira.
Prof°. Me. 
GOIÂNIA
2017
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................. 4
Democracia x Soberania .......................................................... 5
Autodeterminação x Cosmopolitismo .................................. 10
Legalidade x Legitimidade ..................................................... 14
Questão Indígena ................................................................... 18
Ministério Publico ................................................................... 19
Meio Ambiente ........................................................................ 23
Sistemas de Governo ............................................................. 25
Regime de Governo ................................................................ 28
Forma de Estado .................................................................... 30
Parlamentarismo x Presidencialismo ................................... 37
Nacionalidade x Nacionalismo .............................................. 42
CONCLUSÃO ................................................................................................ 48
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................. 49
INTRODUÇÃO
Nicolau Maquiavel foi um Italiano famoso da época do Renascimento. Filho de pais pobres, Maquiavel desde cedo se interessou pelos estudos. Tornou-se um importante historiador, diplomata, poeta, músico, filósofo e político italiano. Viveu durante o governo de Lourenço de Médici. Sua educação, porém, foi fraca quando comparada com a de outros humanistas, devido aos poucos recursos de sua família. Nasceu na cidade de Florença (Itália) em 3 de maio de 1469. Foi o terceiro de quatro filhos. Faleceu aos 58 anos de idade na mesma cidade em que nasceu, em 21 de junho de 1527. 											Maquiavel era filho de um influente advogado florentino, e durante a sua vida viu florescer a cultura e o poder político de Florença, sob a direção política de Lourenço de Médicis, o Magnífico. Veria também o crepúsculo do poder da cidade quando o filho de Lourenço e seu sucessor, Piero de Médicis, foi expulso pelo monge dominicano Savonarola, que criou uma verdadeira República Florentina. Quando Savonarola, um fanático defensor da reforma da Igreja, foi também ele expulso do poder e queimado, uma segunda república foi fundada por Soderini em 1498. Maquiavel foi secretário desta nova república, com uma posição importante e distinta. A república, entretanto, foi esmagada em 1512 pelos espanhóis que instalaram de novo os Médicis como governantes de Florença. 				A vida de Maquiavel cobriu o período de maior esplendor cultural de Florença, assim como o do seu rápido declínio. Este período, marcado pela instabilidade política, pela guerra, pelo intriga, e pelo desenvolvimento cultural dos pequenos estados italianos, assim como dos Estados da Igreja, caracterizou-se pela integração das rivalidades italianas no conflito mais vasto entre a França e a Espanha pela hegemonia europeia, que preencherá a última parte do século XV e a primeira metade do século XVI. De facto, a vida de Maquiavel começou no princípio deste processo em 1469, quando Fernando e Isabel, os reis católicos, ao casarem unificaram as coroas de Aragão e Castela, dando origem à monarquia Espanhola. 
Democracia x Soberania
Democracia
Do grego demo= povo e cracia=governo, ou seja, governo do povo. Democracia é um sistema em que as pessoas de um país podem participar da vida política. Esta participação pode ocorrer através de eleições, plebiscitos e referendos. Dentro de uma democracia, as pessoas possuem liberdade de expressão e manifestações de suas opiniões. A maior parte das nações do mundo atual seguem o sistema democrático.
Embora tenha surgido na Grécia Antiga, a democracia foi pouco usada pelos países até o século XIX. Até este século, grande parte dos países do mundo usavam sistemas políticos que colocavam o poder de decisão nas mãos dos governantes. Já no século XX, a democracia passou a ser predominante no mundo. A Constituição Federal do Brasil de 1988 instituiu, em seu art. 1º, parágrafo único, que 
“todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente”, nos termos que estabelece. Da leitura deste dispositivo fica fácil deduzir que o constituinte reservou ao povo a titularidade do poder do Estado, inferindo-se daí que toda atuação estatal deve se dar em função e em nome do povo, já que é este o grande legitimador de sua atuação. O Estado Brasileiro é, inegavelmente, um exemplo de Estado constitucional adepto do princípio democrático. Afinal, a Constituição Federal de 1988, no preâmbulo e no art. 1º, apresenta-lhe como destinado à busca do bem comum, a partir da promoção e tutela dos direitos derivados da dignidade humana (no plano constitucional, os direitos fundamentais): 
“CF/88 – Preâmbulo: “Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos... 
Art. 1º: A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado democrático de direito e tem como fundamentos: I – a soberania, II – a cidadania, III – a dignidade da pessoa humana, IV o os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, V – o pluralismo político”.
Só se deve falar em princípio democrático quando o poder é o titular do constituinte como poder de fazer, decretar, a Constituição positiva do Estado. E só se deve falar-se em governo democrático, soberano do povo, soberano nacional ou soberano popular, quando o povo tem meios atuais e efetivos de determinar ou influir nas diretrizes políticas dos órgãos das várias funções estatais. ( legislativo, administrativo, etc); ou seja quando o povo é o titular (ou titular último) dos poderes constituídos.
A titularidade de poder do povo em democracia implica exercício de poder, pelo menos o exercício do poder de escolher todos ou alguns de seus representantes (governantes) através do voto direto.
JORGE MIRANDA considera democrático aquele Estado fundado sobre a soberania popular, cuja força se expressa na possibilidade de eleger seus representantes
Soberania
O conhecimento a respeito do conceito de soberania é fundamental para se entender a formação do que se define por Estado. De tamanha importância é o conceito, que Sahid Maluf chega a afirmar que não há estado perfeito sem soberania. Dessa forma, leva-se a concluir que ou o Estado é soberano ou não é. Jamais existirá Estado soberano se não houver supremacia total e absoluta de sua soberania 
.A soberania é una, uma vez que é inadmissível dentro de um mesmo Estado, a convivência de duas soberanias. É indivisível, pois os fatos ocorridos no Estado são universais, sendo inadmissível, por isso mesmo, a existência de várias partes separadas da mesma soberania. É inalienável, já que se não houver soberania, aquele que a detém desaparece, seja o povo, a nação ou o estado. É imprescritível, principalmente, justificando-se pelo fato de que jamais haveria supremacia em um Estado, se houvesse prazo de validade. A soberania é permanente e só desaparece quando forçado por algo superior.
A soberania no prisma do Estado contemporâneo brasileiro é garantida no trecho que segueabaixo, retirado de nossa lei suprema
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - A soberania; ”
Seria importante a soberania para um Estado? Aqui, se torna pertinente uma observação acerca do caput do Art. 1º. Ao analisar as entrelinhas do referido caput, “União indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal”, haveria soberania no Estado brasileiro, caso não houvesse essa união indissolúvel? Por que a soberania constitui o primeiro fundamento da República Federativa do Brasil, seria mera coincidência? As respostas a estas perguntas se fazem utilizando a simples dedução lógica. Por outro lado, a soberania no Estado, se concentra na autoridade suprema do poder representante, na hierarquia dos órgãos integrantes da Administração e, sobretudo, na justificação da autoridade conferida ao titular do poder supremo, não permitindo que dentro da sociedade haja um poder superior ao seu. Assim, temos que, mesmo a soberania pertencendo ao próprio povo, o povo deve se submeter a soberania no Estado. 
 Pelo supra expo, conclui-se que o instituto da soberania sofreu uma constante evolução do Estado moderno até o atual. Partimos de um modelo soberano como a representação da vontade do monarca, o poder absoluto e inquestionável exercido unicamente por esta figura. Hoje, entende-se por soberania a vontade do povo, representada pela supremacia do poder estatal, garantido pela Carta Constitucional. 
 A evolução histórica foi constante e se pode observar que foi a partir do contrato social que se iniciou a vislumbrar o conceito atual de soberania, uma soberania não representando o poder absoluto do governante, mas uma soberania oriunda do povo.
Democracia X Soberania
J. J. G. CANOTILHO aponta quatro subprincípios fundamentais à concretização do princípio democrático no Estado contemporâneo: o princípio da soberania popular, o princípio da representação popular, o princípio da democracia semidireta, o princípio da participação.
Apesar de se reconhecer a importância dos três últimos subprincípios enumerados, não há como negar que todos estes convergem para o primeiro, o princípio da soberania popular. Sobre o mesmo, afirma CANOTILHO:
“O princípio da soberania popular transporta sempre várias dimensões historicamente sedimentadas: o domínio político – o domínio de homens sobre homens – não é um domínio pressuposto e aceite; carece de uma justificação quanto à sua origem isto é, precisa de legitimação; a legitimação do domínio político só pode derivar do próprio povo e não de qualquer outra instância <fora> do povo real (ordem divina, ordem natural, ordem hereditária, ordem democrática); o povo é, ele mesmo, o titular da soberania ou do poder, o que significa:
Ora, consoante já se viu da leitura do parágrafo único do art. 1º destacado na parte anterior, o modelo constitucional brasileiro optou por seguir a tendência dos Estados ocidentais contemporâneos, mesclando seu modelo de democracia representativa com a participação semidireta do titular do poder (o povo, verdadeiro soberano), verbis:
CF/88. Art. 14: “A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I – plebiscito;
II – referendo;
III – iniciativa popular. ”
Importante ressaltar que o Estado nacional além de adotar o princípio democrático, acolhe, também, o princípio majoritário, que se insere em seu ordenamento jurídico fundamentando a democracia e a legislação internas. A democracia como meio mais adequado de se legitimar o exercício do poder político na contemporaneidade. 
 Sendo assim podemos dizer que a democracia e nada mais do que a efetivação do poder de decisão do povo, ou seja a democracia se legitimiza a partir da soberania do povo.
Autodeterminação x Cosmopolitismo 
Autodeterminação
A autodeterminação dos povos é o princípio que garante a todo povo de um país o direito de se autogovernar, realizar suas escolhas sem intervenção externa, exercendo soberanamente o direito de determinar o próprio estatuto político. Em outras palavras, é o direito que o povo de determinado país tem de escolher como será legitimado o direito interno sem influência de qualquer outro país.
De modo geral, pode-se dizer que o conceito de autodeterminação está ligado com a relação entre povo e o Estado, sendo uma das bases do Direito Internacional Público e previsto hoje em uma gama de documentos internacionais. Ora, “o direito internacional público — ou direito das gentes, no sentido de direito das nações — repousa sobre o consentimento. Os povos — assim compreendidas as comunidades nacionais, e acaso, ao sabor da história, conjuntos ou frações de tais comunidades — propendem, naturalmente, a autodeterminação. Organizam-se, tão cedo quanto podem, sob a forma de Estados” (REZEK, 2010).
No ponto, classicamente a autodeterminação deita suas raízes na Revolução Francesa e remete à noção do povo assumindo o papel de autoridade maior, de supremacia por meio do Estado, sendo tal ideia incorporada pela comunidade internacional, após o fim da Primeira Guerra Mundial, como a ideia de que para cada nação deva haver um Estado.
A partir da Segunda Guerra Mundial o princípio passa a estar atrelado com outras ideias, como a de paz mundial, bem como passa a ser ilustrado pelos processos de independência e descolonização de regiões da África e da Ásia. Assim é que, por exemplo, sob o princípio da autodeterminação, ocorreu em 1955 a Conferência de Bandung, que estimulava o direito dos povos em escolherem suas leis e a decidirem sobre suas próprias vidas, numa luta contra o colonialismo.
A ONU consagrou na própria Carta de 1945 o princípio da autodeterminação dos povos, nos artigos 1 e 55, sendo que o artigo 1, nº 02, descreve como propósito da ONU  o desenvolvimento de “relações amistosas entre as nações, baseadas no respeito ao princípio de igualdade de direitos e de autodeterminação dos povos, e tomar outras medidas apropriadas ao fortalecimento da paz universal.” (CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS, 1945). Além disso, o princípio da autodeterminação também está inscrito em várias resoluções da Assembleia Geral das Nações Unidas, a exemplo das Resoluções nº 637, 1514 e 1803.  
Carta da ONU 
Em 1941, os Estados Unidos e Grã-Bretanha assinaram uma declaração na qual foram declarados os objetivos do mundo pós-guerra e a definição de vários princípios, entre eles o Princípio da Autodeterminação dos Povos. No mesmo ano os Aliados também assinaram a Carta do Atlântico. Em janeiro de 1942], 26 países assinaram a Declaração das Nações Unidas, que ratificaram esses princípios. A ratificação da Carta das Nações Unidas em 1945, depois do fim da Segunda Guerra Mundial, inseriu o direito de autodeterminação no âmbito do direito internacional e diplomático.
Capítulo 1, Art. 1º: diz que o objetivo da Carta das Nações Unidas é: "Desenvolver relações amistosas entre as nações, baseadas no respeito do princípio da igualdade de direitos e autodeterminação dos povos, e tomar outras medidas apropriadas para reforçar a paz universal".
O Artigo 1º, tanto no Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos (PIDCP) como no Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (PIDESC), afirma o seguinte: "Todos os povos têm o direito de autodeterminação . Em virtude desse direito, determinam livremente sua condição política e perseguem livremente seu desenvolvimento econômico, social e cultural ".
A Declaração Universal dos Direitos das Nações Unidas, em seu artigo 15, dispõe que toda pessoa tem direito a uma nacionalidade e que ninguém deve ser arbitrariamente privado da sua nacionalidade, nem ter negado o direito de mudar de nacionalidade."
No entanto, a carta e outras resoluções não insistem em defender a independência completa como a melhor forma de obter autogoverno, nem incluíram um mecanismode execução. Além disso, as nações foram reconhecidas pela doutrina jurídica do uti possidetis juris, o que significa que os antigos limites administrativos se tornariam fronteiras internacionais após a independência, mesmo que eles tivessem pouca relevância para as barreiras linguísticas, étnicas e culturais. No entanto, de acordo com a linguagem da autodeterminação, entre 1946 e 1960, os povos de 37 novos países libertaram-se da condição de colônias na Ásia, África e Oriente Médio. A questão da territorialidade inevitavelmente levaria a mais conflitos e movimentos de independência dentro de muitas nações, e contestações à afirmação de que a integridade territorial seja tão importante quanto a autodeterminação.
Cosmopolitismo
Os primeiros em identificar-se a si mesmos como cidadãos do mundo foram os filósofos estoicos. Criaram o termo de cosmopolis ou cidade universal de que se deriva a palavra cosmopolita. O estoicismo foi uma filosofia importante do Império Romano, o qual esperava criar tal cosmopolis.
A perspectiva de um cidadão do mundo tem afinidade com a perspectiva existencialista em tanto em quanto os cidadãos do mundo:
Não querem ser classificados mediante a 'imposição de categorias artificiais
Gostam de identificar-se a si mesmos principalmente como seres humanos e depois como pertencentes a qualquer grupo ou grupos que acreditam pertencer.
Também alguns cidadãos do mundo podem querer ou trabalhar para umas Nações Unidas reformadas que representem e respondam a vontade dos povos do mundo, mais que aos regateios e disputas entre governos, e se aderir aos princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos como um sistema federal na escala nacional; assim mesmo, também podem trabalhar para o fortalecimento da identidade comum e a harmonia entre os cidadãos do planeta, ainda respeitando a diversidade local e nacional.
Se bem quem se considere cidadão do mundo não tem por que aderir-se a nenhuma ideologia em particular, é normal que se associe a movimentos políticos como o anarquismo ou que apoiem algumas das seguintes propostas:
Repúdio a qualquer tipo de discriminação nacional, étnica, sexual ou religiosa.
A igualdade de sexo.
Globalização democrática.
Eliminação da pobreza.
Línguas auxiliares.
Sistema universal de pesos e medidas.
Divisa universal.
Educação universal.
Atenção sanitária universal.
Legalidade x Legitimidade
Legalidade
Quando se fala de legalidade se refere à presença de um sistema de leis que deve ser cumprido e que apresenta a aprovação de determinadas ações, atos ou circunstâncias, em contrapartida, desaprovam a outras que afetam as normas estabelecidas e vigentes.
A lei é uma regra ou norma que deve ser aplicada por uma autoridade competente e que deve ser respeitada sem exceções pelas pessoas que habitam ou convivem em uma comunidade. Esta lei exige ou então desaprova algo que está em perfeita sintonia com a justiça e com o bem comum de todos.
No entanto, todas as ações que violam uma lei estão especialmente tipificadas em um código e por acaso significam um castigo que está vinculado com a gravidade e a natureza da falha.
Qualquer estado de direito que se preze está regido por um sistema de normas e instituições relacionadas a uma constituição que trata de garantir os direitos humanos básicos. Vale destacar que a área jurídica de uma comunidade não pode ser compartilhada integralmente por outra comunidade, especialmente no que se diz respeito às tradições e antigas leis que permanecem no tempo. Foi daí que muitas sociedades entraram em conflito na hora de resolver as questões comuns, embora a lei ou a legalidade internacional pretenda estabelecer normas de convivência comuns que podem ser organizadas e resolvidas de acordo com os interesses de todas as nações em conjunto.
O princípio de legalidade surgiu nas sociedades mais antigas que começaram a colocar por escrito as leis que antes eram somente orais e que era resultado dos costumes e tradições (leis habituais). Ao colocar as leis por escrito, proporciona verdadeira identidade para que não haja nenhum tipo de interpretação contrária e estabelece a submissão de todos e de cada indivíduo em sua existência.
Vamos imaginar por um segundo como seria caótico viver e desenvolver-se em uma sociedade que não existe legalidade, regras e justiça. Seria extremamente difícil e porque não impossível de viver. A legalidade, ou seja, viver dentro da lei, garante o respeito dos direitos aos cidadãos, mas caso não haja esse respeito, pode-se reivindicar uma reclamação perante a justiça para poder resolver a situação afetada.
A sociedade, por sua vez, deve comprometer-se em respeitar as leis, porque se existe uma lei a mesma deve ser cumprida porque senão não faz sentido de ter. Cada pessoa tem a responsabilidade social de ajudar e contribuir na consolidação da legalidade e do estado de direito, e pode fazer com pequenas ações: cooperando e respeitando as leis, conhecendo as regras básicas, condenando e afastando-se das ações que contrariam a legalidade.
Legitimidade
A palavra legitimidade é um temo que pode ser utilizado em inúmeras situações relacionadas a aspectos políticos, judiciais, econômicos, sociais ou da vida cotidiana das pessoas. A legitimidade provém do termo latim legitimare, que significa fazer cumprir a lei. Neste sentido, a legitimidade significa transformar algo em legítimo, em algo que cumpra o imposto pela lei e, portanto, é considerado um bem para todo o conjunto da sociedade de acordo com seus parâmetros específicos.
O termo legitimidade aparece principalmente no mundo jurídico e legal na qual significa que algo, uma situação, uma circunstância ou um fenômeno é correto e apropriado de acordo com os parâmetros que os diferentes sistemas de leis e normas estabelecem para cada caso. Assim, a legitimidade de um ato ou de um processo se faz presente quando, para levar um ato ou processo, são seguidas as normas pré-estabelecidas. Exemplos deste tipo de legitimidade podem ser: a assinatura de contratos de trabalho, de negócios, de acordos internacionais propriamente estabelecidos conforme as leis de direito internacional, etc.
A legitimidade também pode ser aplicada em questões políticas, especialmente quando se diz que um funcionário ou governante tem acesso a um cargo de maneira legítima. Para que isto seja assim, o indivíduo ou grupo de indivíduos deve seguir um número de procedimentos e regras que tem como objetivo a organização adequada do sistema político de cada região. Desta maneira, é legítimo um presidente ter acesso ao governo através de meios acordados, mas não é quem faz de maneira autoritária e ilegal.
Finalmente, o termo de legitimidade também é usado para referir-se a vínculos sociais tais como a paternidade, o matrimonio, etc. Estes vínculos podem ser encontrados em diversas circunstâncias pautadas pela lei e para serem consideradas legítimas devem contar com certo tipo de elementos que asseguram sua legalidade (por exemplo, no caso de ser reconhecido como filho legítimo, o pai deve comprovar seu laço de sangue direto, ou no caso de um casamento, o mesmo deve comprovar seu reconhecimento perante a lei para ser considerado legítimo).
Legalidade x Legitimidade
1) A legalidade é tão somente questão de forma; a legitimidade, questão de fundo, substancial, relativa à consonância do poder a opinião pública, de cujo apoio depende
2) A legitimidade é questão ideológica, a legalidade, jurídica; do ponto de vista, porém, de ordem jurídica constitucional positiva as duas se coincidem ou se confundem: “um governo é legal, consequentemente é legitimo, sob aspecto do direito, desde que estabeleça de saber, ao instituir-se de acordo com a constituição em vigor”, caso venha a contrariar as regras o governo passa anão ser mais legal, consequentemente deixa de ser legítimo 
3) Legalidade é a conformação de governo com as disposições de um 
texto constitucional precedente, ao passo que a legitimidade 
significa a fiel observânciados princípios da nova ordem jurídica 
proclamada; a legalidade será assim, um conceito formal, a 
legitimidade, um conceito material 
 
- A legitimidade do poder só aparece contestada em doutrinas anárquicas 
- Na Idade Média a crença suporte da legitimidade foi Deus, ao passo que na democracia vem sendo o povo 
- É possível que existam governos legais sem legitimidade e o oposto 
também. 
- Em situações como golpes de Estado ou revoluções, o governo atual é 
considerado ilegítimo, então é retirado, assumindo um novo governo 
legitimo que com o tempo passa a ser legal também:
 
Questão Indígena
Capítulo VIII - Dos índios
Art. 231
Não a uma circunstância temporal quando no artigo 22, XIV, CF 1988 que dispõe ser de competência privativa da União legislar sobre povos indígenas e, o mais importante artigo, antes de analisar o dispositivo principal, o artigo 20, XI, CF/88 incluindo no rol dos bens da união as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios, pelo fato de ocuparem e utilizarem terras e ao modo tradicional de produção ao modelo de como se relacionam com a terra.
É imprescindível a preservação dos recursos ambientais necessários à seu bem estar e necessárias a sua reprodução física e cultural, de acordo com usos e costumes e tradições. As terras indígenas são reconhecidas como um bem interligado com a manutenção da cultura destes povos.
Os direitos de propriedade e posse de terras ocupadas pelos povos interessados tradicionalmente deverão ser reconhecidos para usufruírem desse bem.
Ministério Publico
É sabido que na Constituição Federal de 1988, o Ministério Público está elencado nos artigos 127 ao 130-A, no capítulo (IV) denominado Funções essenciais à Justiça. Donde são regidas as funções, competências, prerrogativas e as subdivisões desta instituição.
Nos termos do art. 127 da Constituição Federal, o Ministério Público é uma instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
Assim este órgão estatal, considerado por alguns doutrinadores e juristas, o 4º poder independente e harmônico, com os demais poderes, diga-se o Executivo, Legislativo e Judiciário, possui em si autonomia, atendendo aos requisitos de se auto organizar, auto administrar e auto governar, de acordo com a lei.
1 - De acordo Com o art. 128, da CF/88, o Ministério Público da União (MPU) compreende os seguintes ramos: 
a) O Ministério Público Federal (MPF); 
b) O Ministério Público do Trabalho (MPT); 
c) O Ministério Público Militar (MPM); 
d) O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
2 - Os Ministérios Públicos dos Estados (MPE).
Esta definição existe, pois, da mesma forma que age o Judiciário, dividindo-se em Justiça Comum, como a Federal para casos que envolvam a União ou seus entes Públicos, e as Justiças Especializadas, diga-se à Militar, Trabalho e a Eleitoral, também se observa no Ministério Público que atua tanto na Justiça Comum, bem como na Estadual e nas especializadas.
O ingresso ao Ministério Público se faz perante concurso público de provas ou de provas e títulos.
A organização, as atribuições e o estatuto do Ministério Público da União divergem do Ministério Público dos Estados. Enquanto o MPU é regido pela Lei Complementar nº 75/1993, o MPE rege-se pela Lei nº 8.625/1993.
Ao MPU é assegurada autonomia funcional, administrativa e financeira. Sendo as carreiras dos membros dos diferentes ramos independentes entre si. Dessa forma, para ser membro do MPF, deve-se prestar concurso público para o MPF. Para ser membro do MPT, deve-se prestar concurso para o MPT, e assim por diante. Quanto a carreira técnico-administrativa, esta é única para todo o MPU. O candidato presta concurso público para o MPU e pode ser lotado em qualquer um dos ramos.
GARANTIAS DOS MEMBROS DO MPU
- Vitaliciedade 
- Inamovibilidade (impossibilidade de remover compulsoriamente o titular de seu cargo, exceto por motivo de interesse público) 
- Independência funcional (liberdade no exercício das funções) 
- Foro especial 
- Irredutibilidade de vencimentos
VEDAÇÕES AOS MEMBROS DO MPU
- Recebimento de honorários ou custas 
- Exercício da advocacia 
- Participação em sociedade comercial 
- Atividade político-partidária
Conforme prevê o art. 129, da Constituição Federal, são funções do Ministério Público da União:
a) Defesa da ordem jurídica, ou seja, o Ministério Público deve zelar pela observância e pelo cumprimento da lei. FISCAL DA LEI, atividade interveniente.
b) Defesa do patrimônio nacional, do patrimônio público e social, do patrimônio cultural, do meio ambiente, dos direitos e interesses da coletividade, especialmente das comunidades indígenas, da família, da criança, do adolescente e do idoso. DEFENSOR DO POVO
c) Defesa dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
d) Controle externo da atividade policial. Trata-se da investigação de crimes, da requisição de instauração de inquéritos policiais, da promoção pela responsabilização dos culpados, do combate à tortura e aos meios ilícitos de provas, entre outras possibilidades de atuação. Os membros do MPU têm liberdade de ação tanto para pedir a absolvição do réu quanto para acusá-lo.
Com isso denota-se a grande e essencial função deste órgão, que não somente é denominado 4º poder, como também essencial ao funcionamento do Estado.
Art. 130. CF/88. Aos membros do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas aplicam-se as disposições desta seção pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura.
Art. 130-A. CF/88 O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de quatorze membros nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma recondução, sendo: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
O Procurador-Geral da República, que o preside;
Quatro membros do Ministério Público da União, assegurada a representação de cada uma de suas carreiras;
Três membros do Ministério Público dos Estados;
Dois juízes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal e outro pelo Superior Tribunal de Justiça;
Dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
Dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal.
Meio Ambiente
O conceito de meio ambiente pode ser identificado por seus componentes:
- Completo conjunto de unidades ecológicas que funcionam como um sistema natural.
- Recursos naturais e fenômenos físicos universais que não possuem um limite claro, como ar, água e clima, assim como energia, radiação, descarga e magnetismo que não são originados por atividades humanas.
As ciências da Terra geralmente reconhecem quatro esferas, a litosfera, a hidrosfera e a atmosfera, que juntas formam a biosfera; correspondentes respectivamente às rochas. água, ar e vida. Alguns cientistas incluem, como parte das esferas da Terra, a criosfera (correspondendo ao gelo) como uma porção distinta da hidrosfera, assim como a pedosfera (correspondendo ao solo) como uma esfera ativa.
 
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
Para assegurar esses direitos cabe ao poder publico vários deveres, tais como:
I – preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas;
 II- preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;
III– definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos,sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;
IV– exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade;
V– controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;
VI – promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente;
VII–proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.
2-Aos que explorarem recursos minerais fica obrigado a recuperar a parte usada (degradada) de acordo com o órgão público competente na forma da lei.
3-Aquelas condutas consideradas lesivas ao meio ambiente levara aos infratores, sendo pessoa física ou jurídica, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.
4-A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional e sua utilização só pode ser feita de acordo com a lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.
5-São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.
6-As usinas que operarem com reator nuclear deverão ter sua localização imposta isto e definida em lei federal sem a mesma não poderá haver a instalação.
Sistemas de Governo
	O sistema de governo é a maneira pela qual o poder político é dividido e exercido no âmbito de um Estado. O sistema de governo varia de acordo com o grau de separação dos poderes, indo desde a separação estrita entre os poderes legislativo e executivo, de qual o exemplo é o sistema de governo dos Estados Unidos da América. A criação de leis foi atribuída a um órgão legislativo bicameral, denominado de Congresso. As funções executivas foram atribuídas a um cidadão, eleito indiretamente, para um mandato fixo, que também teria as prerrogativas de manter as relações com outros países. 
As discordâncias entre o rei e o parlamento levariam a uma guerra civil, que resultaria na reestruturação da distribuição dos poderes políticos, até então vigente. O rei deixava de governar, passando esta atribuição a um membro destacado do Parlamento, denominado de primeiro-ministro, que formaria um gabinete, com pessoas de sua confiança, para auxiliá-lo. O Parlamento passava, assim, a deter, além de suas tradicionais funções legislativas, competências nas áreas administrativas.
O sistema de governo adotado por um Estado não deve ser confundido com a sua forma de Estado (Estado unitário ou federal) ou com a sua estrutura de estado (monarquia, república etc.).
As principais formas de governo atualmente existentes, são: parlamentarismo e presidencialismo.
PARLAMENTARISMO
	Podemos dizer que o Parlamentarismo nasceu na evolução histórica da Grã-Bretanha. Para facilitar a sua administração, os monarcas britânicos, a partir do século XVIII, passaram a escolher os seus ministros. E é a partir de 1714 que o parlamentarismo se mostra mais estruturado através da instalação do gabinete, tomando decisões sem a presença do monarca. É no ministério de Robert Walpole na Grã-Bretanha, que aparece um dos elementos característicos deste modelo, o primeiro ministro, estabelecendo-se, então, a dicotomia de chefia de governo e chefia de Estado atribuindo-se as personalidades distintas, as quais irão deter atribuições diversas.
	O chefe de Estado é apenas uma figura protocolar sem poderes administrativos, seu papel é representar o país de forma cerimonial em festas e outros eventos para autoridades ou mesmo em programas humanitários. Nos sistemas parlamentaristas, essa função é ocupada pelo presidente ou por um monarca, como a rainha da Inglaterra. Cabe ao chefe de governo, o primeiro-ministro, cuidar de toda a administração do país: das questões econômicas à política de segurança externa. Em alguns países, onde prevalece um misto de parlamentarismo e presidencialismo, essa divisão não é tão clara. O primeiro ministro será escolhido dentre aqueles que representam a maioria parlamentar, seja esta proveniente de um único partido político, seja de uma coligação de agremiações partidárias. Ao chefe de governo se impõe responsabilidade política através de voto de desconfiança ou de confiança - podendo-se ainda, referir no caso alemão o chamado voto de desconfiança construtivo -, posto que destituído de mandato. A partir desta última característica, pode- se manter ou destituir o governo, o que ocorre também pela perda da maioria parlamentar.
PRESIDENCIALISMO
	Já para o sistema presidencial, cujo berço é o modelo americano do século XVIII, elaborado a partir da independentização em face da coroa britânica, a estrutura do poder político se concentrará fundamentalmente na figura do presidente da república, que concentrará as atribuições de governo e de representação do Estado, fazendo agigantar o papel político do detentor da função executiva que vai identificar este modelo, onde um corpo de auxiliares de confiança irá atuar para dar suporte às ações políticas. O presidencialismo diferencia-se do parlamentarismo em razão da fixação de um mandato para o presidente da república, que detém, inclusive, poder de veto às decisões proferidas pelo parlamento.
	Vigora no sistema presidencial o sistema de freios e contrapesos para dar equilíbrio à ação das funções estatais e permitir uma convivência harmônica entre os diversos poderes. De regra, o presidente da república possui, também iniciativa legislativa, ou seja, poderá dar começo ao processo de edição de atos normativos, quando expressamente lhe é deferida tal prerrogativa. Diferente do parlamentarismo, no presidencialismo não se mostra possível um voto de desconfiança ao governo, muito embora em determinadas situações poderá ocorrer o processo de impeachment do presidente, mas nunca apenas por desconformidade com a orientação política do governo.
Regimes de Governo
 	O Regime Político se caracteriza pela forma com que são investidos os titulares do poder; pela natureza e extensão do respectivo mando e pelas suas relações com os cidadãos e os grupos intermediários.
DEMOCRACIA
É o regime em que todas as importantes decisões políticas estão com o povo, eles que elegem seus representantes por meio do voto. É um regime de governo que pode existir no sistema presidencialista, onde o presidente é o maior representante do povo, ou no sistema parlamentarista, onde existe o presidente eleito pelo povo e o primeiro ministro que toma as principais decisões políticas. A democracia tem princípios que protegem a liberdade humana e baseia-se no governo da maioria, associado aos direitos individuais e das minorias. 
Ela tem a principal função de proteger os direitos humanos fundamentais, como as liberdades de expressão, de religião, a proteção legal, e as oportunidades de participação na vida política, econômica, e cultural da sociedade. Os cidadãos têm os direitos expressos, e os deveres de participar do sistema político que vai proteger seus direitos e sua liberdade.
TOTALITARISMO (DITADURA)
Totalitarismo é o regime de governo em que o ditador de determinada nação, detêm o total controle sobre os direitos das pessoas em proveito da razão do Estado. Não existe também liberdade de religião em um Estado totalitário, porque só é permitida a existência de Igrejas nas quais os ministros cooperem com o governo. O governo exerce controle total sobre os meios de comunicação e, em grande parte, elimina as escolas particulares, forçandoas escolas públicas a ensinarem de acordo com a linha do partido. No totalitarismo, o regime político está concentrado em uma pessoa que representa a figura de um “Führer” (comandante supremo). Nos regimes políticos totalitários não há nenhuma instituição política que possa representar qualquer vestígio de democracia.
AUTORISTARISMO
O autoritarismo, ao contrário do totalitarismo, que se apresenta como uma experiência política extremista, consiste na ênfase da autoridade do Estado em uma república ou união. O governo autoritário, assim como o regime totalitário, abusa do poder para controlar ao máximo o país, porém, este controle está nas mãos de um grupo de legisladores e não focado em apenas uma figura governante, como no totalitarismo.
Formas de Espaço
É o modo de organização do Estado no que concerne aos aspectos fontes de poder (singular ou plural) e autonomia política (com ou sem), tendo por parâmetro os diversos rincões que o compõem.
CLASSIFICAÇÃO:
 
Simples Unitários 
Intermediários Regionais 
 União Pessoal
 Real
 Complexos Incorporada
 Confederação
 Federação
 
ESTADO UNITÁRIO:
Definição: É o Estado que, mesmo admitindo a separação de funções (poderes), centraliza, em cada uma delas, as deliberações definitivas nos âmbitos jurídico, político e administrativo.
Origem: Ranelletti acredita que surgiu da unificação de uma pluralidade de entes políticos medievos, em decorrência de:
Absorção pelo Estado maior ou mais forte;
Fusão de Estados;
Dissolução de Estado.
Ideologia: Coaduna-se com a doutrina da soberania nacional.
Classificação: 
Centralizado política
 administrativa
 judiciária
Descentralizado A descentralização administrativa é compatível com o . Estado Unitário.
 É de difícil distinção os atuais Estados Unitários descentralizados das Federações.
Perspectiva Atual: - É de difícil averiguação um Estado Unitário nos moldes da definição. 
- Há forte tendência à centralização política, unificação Jurídica e descentralização administrativa.
Argumentos Favoráveis: - Submissão a uma só normatividade
- Fortalecimento da autoridade
- Unidade nacional
- Economia com a máquina administrativa
- Impessoalidade, em virtude da distância do administrador
Argumentos Desfavoráveis: - Burocracia
- Sufoca as autonomias locais ou o direito de self-government
- Distância entre indivíduo e Estado
- Sobrecarga administrativa do poder central
INTERMEDIÁRIOS
ESTADO REGIONAL
O Estado regional também Chamado de geográfico designa para alguns autores os Estados Membros que têm certa autonomia própria em relação aos poderes que o regem (Legislativo, Executivo e Judiciário). Esta forma de Estado é Unitária e pouco descentralizada, pois este não elimina por completo a superioridade Política e Jurídica do Poder Central, mesmo possuindo uma Carta Política própria está submetido constitucionalmente ao Estado Unitário.
Para outros autores significa a união de Estados Federais onde a globalização os uniram para se beneficiarem de forma mútua, sendo assim uma espécie de Confederação especial como exemplo temos o MERCOSUL e atualmente a União Européia.
Regionalismo se manifesta no Direito Internacional que possui poucas normas realmente universais. Ele é o resultado de uma comunhão de interesses, de contigüidade geográfica e de cultura semelhante. Para atender a tais interesses é que surgiram as organizações internacionais (e de âmbito regional. Elas visam atender aos problemas que são próprios destas áreas territoriais contíguas e comuns).
	Karl Deutsch apresenta uma série de condições para o aparecimento do regionalismo e uma integração:
	a) os países devem ter um código comum para se comunicar;
b) a velocidade dos contatos;
c) valores básicos compatíveis (moedas)
d) a previsibilidade do comportamento dos demais países;
e) uma elite que não se sinta ameaçada pela integração.
Petersman diz que existe em todos os continentes subdesenvolvidos uma tendência no sentido de uma integração regional refletindo o desenvolvimento de economia mundial de internacional para regional. Pode-se dizer que as organizações regionais podem ser criadas como uma técnica a serviço da hegemonia.
ESTADO COMPLEXO:
As Uniões: estas foram próprias do período monárquico, e, com o enfraquecimento deste, já não oferecem interesse. As uniões originaram-se das circunstâncias políticas e sociais então vigentes, e, desapareceram.
União Real: União de Estados, em decorrência de fator involuntário, que faz coincidir o mesmo soberano ou o governante.
Os Estados conservam a soberania
Ocorre principalmente nas monarquias
União Pessoal: União de Estados, em decorrência de fator voluntário, que faz coincidir o mesmo soberano ou governante.
Os Estados que se fundem deliberam sobre a soberania
União Incorporada: Estados desaparecem para constituir um terceiro, o que significa a criação de um novo Estado. Os antigos reinos da Inglaterra, Escócia e Irlanda, eram independentes, passando posteriormente a formar a monarquia britânica.
CONFEDERAÇÃO
Formam mediante um Pacto entre Estados (Dieta) e não mediante uma Constituição;
É uma União permanente de Estados Soberanos que não perdem esse atributo;
Têm uma assembleia constituída por representantes dos Estados que a compõe;
Não se apresenta como um poder subordinante, pois, as decisões de tal órgão só são válidas quando ratificadas pelos Estados Confederados;
Cada Estado permanece com sua própria soberania, o que outorga a Confederação um caráter de instabilidade devido ao Direito de Separação (secessão).
Além de uma assembleia representativa dos Estados, em que todos se assentam em condições de igualdade, há quase sempre um poder executivo comum, geralmente um coordenador militar, dado que o objetivo normal das Confederações é a defesa externa.
 
Como a Confederação não possui um aparelho coativo capaz de impor as próprias decisões, o meio de que se utiliza para coibir os conflitos entre os Estados componentes é a organização de um sistema de arbitragem, cujos processos variavam imensamente. Em muitos casos, o membro rebelde da Confederação sofria numerosas represálias, como a pressão diplomática, o bloqueio militar, o boicote comercial, medidas que podiam chegar a alterações substanciais na vida interna do país excluído.
A mais importante das confederações foi a. Suíça, que se iniciou com um tratado entre três Cantões, em 1291, tendo passado por várias mudanças, porém conseguindo subsistir, até que se estabeleceu a União Federal em 1848.
 
FEDERAÇÃO
Definição: É aquele que se divide em províncias politicamente autônomas, possuindo duas fontes paralelas de Direito Público, uma Nacional e outra Provincial.
Exemplos: Brasil, EUA, México, Argentina são estados federais.
Etimologia: Foedus 
 = 
Pacto, aliança
Aspectos: 
ASPECTO DE VALOR
Uma ideologia.
Kant: À PAZ PERPÉTUA
ASPECTO DE ESTRUTURA
Organização do Estado: unidade e diversidade
Hamilton, Jay, Madson
Histórico: 
A história sempre registrou pactos pontuais e limitados entre povos
Confederação Helvética (1291)
- três cantões; consolidação em 1848
ESTADO FEDERAL MODERNO
1643, quatro colônias formam a Confederação da Nova Inglaterra
- objetivo: resistência à invasão holandesa
1754, reúne-se o Congresso Intercolonial
Benjamim Franklin
.plano de união das colônias (NÃO APROVADO)
continuidade das reuniões do Congresso Intercolonial
1776, independênciadas colônias inglesas 
novos Estados
1781, assinaram Artigos de Confederação
Estados Unidos Reunidos em Congresso
Fragilidade da Confederação
1787, Convenção de Filadélfia
Conversão da Confederação em Federação
Necessidade de ratificação ( 9 dos 13 Estados)
Características:
Federalismo centrípeto: os Estados perdem a soberania, para que surja um novo
Federalismo centrífugo: Rincões dependentes adquirem autonomia
Base jurídica: constituição comum e não tratado
Não há direito de secessão
O Ente federativo (União) concentra a maior fatia da soberania (nas relações externas e internas)
A Constituição distribui a competência aos entes federados
As diferentes esferas de competência têm renda própria
Os entes federados participam da formação da vontade federal
Parlamentarismo x Presidencialismo
PARLAMENTARISMO
O Parlamentarismo surgiu a partir de uma evolução histórica, não foi previsto e nem constituída em objeto de um movimento politico determinado. Suas características foram se definindo durante muitos séculos, até que chegasse, no final do século XIX, à forma precisa e bem sistematizada que a doutrina batizou de parlamentarismo.
A Inglaterra pode ser considerada o berço do governo representativo. No século XIII, ocorreu a formação do Parlamento inglês. Mas foi em 1688 o Parlamento se impõe como a maior força política, quando, da Revolução Gloriosa, resultou a delimitação dos poderes da monarquia, mediante a atribuição do Parlamento, do poder de elaborar leis, inclusive tributárias.
O sistema parlamentarista é adotado pelas monarquias constitucionais; os Poderes Legislativo e Executivos são interdependentes, sendo somente o Judiciário um poder completamente autônomo; o Poder Executivo é exercido pelo Chefe de Estado (o rei ou o Presidente), que representa o país, e pelo Chefe de Governo (Primeiro-Ministro ou Presidente do Conselho), indicado pelo Chefe de Estado, consistindo a chamada estrutura dualista do Executivo; o Chefe de Governo indica os demais Ministros, cuja investidura depende da confiança do Legislativo, e que governam de forma colegiada; a indicação do Chefe de Governo depende da política por sua execução, traço marcante do Parlamentarismo; o Governo depende da confiança do povo no Parlamento faz-se mediante sua dissolução, que provoca o rompimento de coligações partidárias, convocando-se eleições extraordinárias, destinadas a escolher novos representantes.
O Parlamentarismo resultou de um longo e gradual processo de elaboração, ou seja, não foi previsto e foi aperfeiçoado durante séculos, já o Presidencialismo ocorreu de um modo relativamente rápido, nos EUA, no século XVII, quando os pragmáticos fundadores do Estado norte-americano aplicaram suas idéias democráticas, baseadas na liberdade e na igualdade do ser humano, criando o sistema presidencialista.
Com o falecimento da Rainha Ana, em agosto de 1714, o príncipe alemão Jorge, subiu ao trono na Inglaterra, o rei Jorge I (1660-1727), em virtude do Ato de Sucessão em linha protestante. Nem ele, nem seu sucessor, Jorge II, falava inglês e quando se dirigiam ao Parlamento faziam-no em latim. O que trouxe consequências em que o Gabinete continuou a se reunir e a tomar decisões sem a presença do Rei. Logo, um dos ministros começou a se destacar, chamado por ironia de Primeiro Ministro. Sua atuação teve importância decisiva, com a redução da participação e da autoridade do monarca nas decisões politicas, ficasse claramente delineado um dos pontos básicos do parlamentarismo: a distinção entre o Chefe do Governo, que passou a ser o Primeiro-Ministro, e o Chefe do Estado, que continuou sendo o monarca.
Para afastar ministros indesejados, utilizava o impeachment (instituto de direito penal). Fazia-se a acusação perante a Câmara dos Comuns, alegando-se a prática de um delito. Reconhecida a culpa, declarava-se o impeachment, com a consequência de perda do ministério e imposição de pena. Foi uma forma encontrada de induzir o ministros a se demitirem quando discordarem da politica proposta. Nasceu, assim, a responsabilidade politica, com a obrigatoriedade da demissão do Gabinete sempre que se receber um voto de desconfiança.
No sistema parlamentarista existe distinção entre Chefe de Estado e Chefe de Governo. O Chefe de Governo exerce poder com responsabilidade política e o Parlamento pode ser dissolvido.
Existe, em princípio, melhor entendimento entre o Governo e o Parlamento, porque os Ministros escolhidos representam a corrente preponderante, no órgão legislativo, no momento de sua escolha; o Parlamentarismo é um sistema de tomada de decisões mais maleável, o que possibilita atuar com eficiência na solução política de crises; e ainda é mais sensível às exigências sociais e políticas da sociedade.
Por outro lado, a tomada de decisões pode ser reduzida pelo exaustivo processo de discussões e comprometimentos, devido às coligações partidárias, e no caso do pluripartidarismo, o sistema resulta em governo instável, fraco e ineficaz, sempre suscetível de alteração nas composições entre os partidos. 
Tipos de Parlamentarismo:
Dualista, quando a Constituição do gabinete depende da vontade do monarca, e sua manutenção, do apoio do Parlamento.
Monista, quando o gabinete é constituído por parlamentares pertencentes à corrente política que dispõe de maioria na casa legislativa, e não da vontade do monarca, e sua permanência também somente depende do apoio do Parlamento.
Regime de gabinete, quando o sistema é nitidamente monista e o executivo é como um representante da maioria no Parlamento. Essa hipótese corresponde, na realidade, ao Estado parlamentarista com um sistema bipartidário. Dá-se o nome de regime de assembleia àquele em que o executivo é uma espécie de delegado do Parlamento e atua de comum acordo com ele, o que seria típico do parlamentarismo num sistema pluripartidário.
Os governos atuais, que mesclam elementos do Presidencialismo com as do Parlamentarismo, procuram incorporar a racionalização e o fortalecimento democrático.
Racionalização do poder, utilizar recursos tecnológicos para dar apoio aos processos de tomada de decisões, por parte dos governantes, minimizando atualmente imprevistos, para melhor planejar as atividade governamentais, ou seja, racionalizá-las.
Os defensores do parlamentarismo, consideram-no, de fato, mais racional e menos personalista, porque atribui responsabilidade política ao chefe do executivo e transfere ao Parlamento, onde estão representadas todas as grandes tendências do povo, a competência para fixar a política do Estado, ou, pelo menos, para decidir sobre a validade da política fixada.
Novas formas de governo vão surgindo, aproveitando elementos do parlamentarismo e do presidencialismo mas introduzindo alterações substancias.
 O Presidencialismo, diferentemente do que ocorreu em relação ao regime parlamentar, não resultou de um longo e gradual processo de elaboração. Foi uma criação americana do século XVIII, criado pelo 2º Congresso Continental de Filadélfia (1775), aplicando ideias democráticas, concentradas na liberdade e na igualdade dos indivíduos e na soberania popular.
Em 4 de julho de 1776 foi formalmente declarada a Independência do Estados Unidos da América, em 1787 foi proclamada a primeira Constituição dos Estados Unidos, inspirada nos ideias iluministas, que adotavam a forma republicana de governo e a separação dos três poderes do Estado; George Washington foi eleito o primeiro Presidente, tomando posse 1789.
As características do sistema presidencialista são: sistema adotado de Repúblicas; divisão de poderes, embora deva existir harmonia para exerce-lo de forma independente e autônoma; chefia do Executivo é unipessoal; Presidente da República é eleito pelo povo e exerce simultaneamente, as funções de Chefe do Estado, do Governo e da Administração Pública, sendo escolhido em pleito periódicos, direta ou indiretamente, por período fixo, e não pode ser destituído pelo órgão legislativo por “falta de confiança”, como no Parlamentarismo; o órgão legislativoé por período determinado fixo e não pode ser dissolvido; os Ministros de Estado são meramente auxiliares do Presidente e atuam isoladamente; para execução do plano de governo é de integral responsabilidade do Presidente, não precisando consultar demais poderes; Presidente tem poder de veto, no processo legislativo. Com essas características, o sistema se torna no mínimo autoritário, tendendo para uma ditadura.
As vantagens do Presidencialismo favorece o sistema, numa tomada de decisões mais rápida e a unidade de comando político; funcionando melhor nos sistemas em que existem muitos partidos políticos, reduzindo a dependência da boa vontade do Legislativo.
Em contrapartida, o sistema dá margem ao ênfase exagerado da pessoa do candidato e não ao seu programa de governo, “vendendo” então sua imagem para convencer o eleitorado; e denotando candidatos melhor preparados, mas incapazes de despertar a simpatia da opinião pública; as dificuldades do sistema para solucionar conflitos sociais ou políticos são perceptíveis; além de que a concentração de poderes nas mãos de um único órgão tende a facilitar a prática de atos autoritários e, não raro, de corrupção.
A intensão de se criar um sistema presidencialista, era porque os fundadores do Estado norte-americanos, tinham profunda rejeição à monarquia inglesa, à qual ficaram submetidos por quase três séculos. Seguindo por base e inspiração nos doutores franceses, de ideia democráticas e contrárias ao absolutismo, principalmente Montesquieu, aplicando o principio do freios e contrapesos, pelo qual o poder politico é exercido por vários órgãos independentes, de forma que nenhum deles age sem ser submetido a controle por outro órgão de poder.
A única recomendação não seguida pelos fundadores do Estado norte-americanos foi a de que o Poder Executivo deveria ser exercido por um monarca. Montesquieu, fez tal recomendação pelo simples fato de que quando escreveu O Espírito das Leis (1748), não existia um modelo diferente do da monarquia.
Nacionalidade x Nacionalismo
NACIONALIDADE
O conjunto de prerrogativas fundamentalmente importantes e iguais para todos os seres humanos, ou seja, os Direitos Fundamentais, não são apenas comuns a todos os cidadãos de uma determinada unidade política, mas mundial, objetivando que a humanidade consiga um dia concretizá-los, na solidariedade existente entre os homens e que se traduzem no exercício de direitos possuidores de um sentido universalmente significativo.
Devido justamente ao seu sentido universal, é que todos os povos do mundo devem ter iguais direitos, especialmente no que se refere à igualdade de oportunidades, de obtenção de uma boa qualidade de vida e de tratamento fraterno e não discriminativo.
A Declaração Universal dos Direitos dos Homens proclama em seu artigo XV que "todo homem tem direito a uma nacionalidade", e complementa o princípio com o parágrafo seguinte: "Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade".
definição supra de nacionalidade, segundo Mota e Spitzcovsky(9), com os empecilhos do surgimento das noções de "identidade de raça, de língua, religião, de ordem econômica, políticos, morais", vez que nacional e nacionalidade referem-se, exclusivamente, a nomenclatura jurídica.
O fator sociológico é predominante nos conceitos acima apontados, descaracterizando o aspecto jurídico do verbete, não se podendo, no entanto, eximi-lo destes, vez em que o mundo jurídico é fruto da própria sociedade, visando a vida harmônica desta.
Finalmente, nacionais, da óptica jurídica, são aqueles unidos, permanentemente, numa sociedade juridicamente organizada, tendo como ordenamento básico questões de ordem política, traduzidas na necessidade de cada Estado indicar seus próprios nacionais que, postulados no artigo 12, podem ser assim considerados brasileiros:
"São brasileiros: I - natos: a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país; b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;(10) II - naturalizados: a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;(11) § 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição.(12) § 2º - A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição. § 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos: I - de Presidente e Vice-Presidente da República; II - de Presidente da Câmara dos Deputados; III - de Presidente do Senado Federal; IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; V - da carreira diplomática; VI - de oficial das Forças Armadas(13); VII - de Ministro de Estado da Defesa. § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileira. o que: I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional; II - adquirir outra nacionalidade, salvo no casos: a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis(14);
Pelo exposto, conclui-se que nacionalidade nada mais é que uma ligação jurídico-política vinculada na formação Estatal, tendo por fim prático a distinção entre nacional e estrangeiro (restrito ao gozo dos direitos privados) usufruidor do Território Nacional.
2.1. Da Aquisição Originária
No tocante as hipóteses de aquisição da nacionalidade originária previstas pelo Texto Constitucional o legislador constituinte adotou como regra o critério do "jus soli" e, no entretanto, previu hipóteses em que adotou o critério do "jus sanguinis" mitigado
Outra possibilidade de aquisição da nacionalidade originária prevista na Carta Maior (art.12, inciso I, c), é a chamada nacionalidade potestativa, consistente em considerar nacionais os nascidos no estrangeiro, de pai ou mãe brasileiro, desde que venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, a qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira. Imperioso notar que neste dispositivo as exigências para a aquisição do direito de ser nacional são maiores. Com efeito, exige-se além do aspecto da consangüinidade, a residência no território brasileiro e, ainda, a declaração unilateral de vontade, a qualquer tempo, confirmativa da opção pela nacionalidade originária brasileira.
2.1.1. Jus Sanguinis
A condição de existência e sobrevivência da espécie humana é a vida social sendo que, todos vêm ao mundo como membro de uma família, de uma cidade, de uma nação.
O critério do jus sanguinis entende que será nacional todo aquele que descender de nacionais independentemente do território do nascimento.
Tomando a questão da descendência ou ascendência como princípio de continuidade social, tem-se a hipótese de que a conservação das linhas de descendência podem ter uma função importante para a definição da situação dentro da sociedade, no que diz respeito à posição e autoridade, influência sobre a sucessão e a herança, como orientação da interdependência e, nas relações mútuas entre parentes. 
Como regra tem-se que uma pessoa possui duas linhas de ascendência (grupo paterno e grupo materno) sendo que, algumas sociedades usam a descendência paterna (patrilinear) para a continuidade de sucessão, nome e herança, assim como para outras funções e, outras sociedades fazem uso da linha materna (matrilinear). Há ainda sociedades chamadas de bilaterais onde a importância é dada para ambos.
Duas são as hipóteses em que se adota o critério aqui explanado: a primeiraonde pai ou mãe brasileiros estão em território estrangeiro, portanto a serviço do Brasil; segunda, onde pai e mãe brasileiros estão em território estrangeiro, porém não prestando serviço público ao Brasil, desde que venha a residir no Brasil e opte, a qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira.
No tangente à filiação de brasileiros que não estejam a serviço do país, a aquisição originária é denominada de nacionalidade potestativa, tratada posteriormente.
Quanto à primeira hipótese, vale-se relembrar que os funcionários públicos brasileiros que exercem suas funções no exterior são os cônsules e diplomatas, assim sendo, no interior do estabelecimento consular, é válida a legislação do país que ali representa. Dessa forma, se vigente as leis brasileiras em todo e qualquer consulado brasileiro, é seu representante legal igualmente revestido de soberania brasileira, bem como aeronaves e embarcações pertencentes a repartições públicas brasileiras.
Ademais, para a aquisição da nacionalidade brasileira, um dos quesitos a ser preenchido, é o domicílio e residência do indivíduo no território brasileiro. Isto posto, o elemento objetivo e subjetivo da vontade do representante legal no país estrangeiro, não é suprido, assim, uma vez terminado seu mandato, este regressa às terras nacionais. O ânimo residencial, em seu sentido jurídico, não existe.
2.1.2. Jus Soli
Pelo critério do jus soli, serão nacionais aqueles que nascerem no território do Estado, independentemente da nacionalidade de seus ascendentes.
O conceito da aquisição originária de nacionalidade segundo o critério jus soli, são elencados na Constituição da seguinte forma:
"Art. 12. São brasileiros: 
I – natos: 
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;" 
 É o direito positivo de cada Estado o competente para conceder a nacionalidade aos indivíduos. Basicamente todas as legislações seguem dois princípios: a originária ou primária que é aquela que surge com o nascimento podendo ser atribuída seja pelo critério territorial ("jus soli") seja pelo critério da consangüinidade ("jus sanguinis") tornando o indivíduo cidadão nato; e a derivada, secundária ou adquirida que é aquela que resulta da vontade própria do indivíduo ou da vontade do Estado fazendo surgir o cidadão naturalizado.
 O direito de nacionalidade, ou seja, a possibilidade do indivíduo estar inserido em um Estado significa a ligação, de caráter jurídico e político, que une a pessoa a este Estado determinado colocando-a dentro da sua dimensão pessoal, lhe conferindo os direitos de proteção e impondo-lhe os deveres advindos desta ordem estatal.
 Acredita-se que a nacionalidade é, verdadeiramente, um vínculo que faz do indivíduo um membro da comunidade constitutiva da dimensão pessoal do Estado. Fazendo com que se possa definir como nacionais aquelas pessoas submetidas à autoridade direta de um Estado, com reconhecimento de direitos civis e políticos, assim como, do dever de proteção de seus nacionais, além das suas fronteiras.
NACIONALISMO
É um fenômeno psicossocial de exaltação da própria nação. Por vezes, captado por pessoas dotadas de maior capacidade para sentir e exprimir em conceitos as vivências coletivas, chega a se formular em termos de uma doutrina. Vale ressaltar que nacionalismo não é a mesma coisa que patriotismo. Este é um sentimento difuso e permanente, na consciência coletiva, de amor à Pátria. O nacionalismo é uma forma aguda de sentimento patriótico, que emerge nos movimentos de crise nacional, propicia e acompanha as fases de mais intenso desenvolvimento
O nacionalismo consiste em uma ideologia e movimento político, baseados na consciência da nação, que exprimem a crença na existência de certas características comuns em uma comunidade, nacional ou supranacional, e o desejo de modelá-las politicamente.
Com precedentes na Idade Média, sobretudo nas monarquias absolutas, é a partir da Revolução Francesa que surge o nacionalismo moderno, simultaneamente com o apogeu da burguesia industrial. Posteriormente, a luta frente a um exército invasor (guerras napoleônicas) ou o desejo de independência (continente americano) deram ao nacionalismo um novo impulso.
No século XIX se assistiu à afirmação, quer da burguesia, quer do nacionalismo, que triunfariam juntos nas unificações italiana e alemã.
No século XX, o nacionalismo teve dois grandes momentos: o surgir de ideias nacionalistas de parceria com teorias racistas, como na Alemanha (nacional-socialismo), na Itália (fascismo) e no Japão; e o nacionalismo, que surgiu nos países colonizados, após a II Guerra Mundial, que se liga com o que atualmente se manifesta no Terceiro Mundo, perante as formas neocolonialistas de exploração.
Nacionalismo brasileiro
O nacionalismo brasileiro é um movimento que valoriza o Brasil, a sua cultura, a sua diversidade e o seu povo. Muitos consideram que a maioria do povo brasileiro não é nacionalista, ou só demonstra amor pela nação na altura de grandes competições esportivas como a Copa do Mundo.
Historicamente, o povo brasileiro nunca teve que se unir contra uma ameaça externa, como aconteceu em outros países. Mesmo quando o Brasil conquistou a independência, essa conquista foi alcançada para o benefício de um pequeno grupo que lutava pelos seus interesses. Muitos acreditam que por esse motivo o nacionalismo não foi fomentado no Brasil.
CONCLUSÃO
No presente estudo, procuramos dar os contornos aos regimes de governo adotados pelo mundo, que se caracterizam pela independência de uma nação, sendo a Democracia e o Totalitarismo os regimes de governo políticos com maior destaque. Buscamos trazer à mesa a discussão sobre os, mas diversos assuntos dentro da problemática do Estado como, por exemplo, quando um poder possuir Legalidade e não possui Legitimidade ou até mesmo quando ocorre o contrário.
Em outro momento ele busca mostra as diversas formas como um Estado pode se conduzido a partir da escolha de como será feita a escolha do seu sistema de governo. Sendo esse o ponto crucial desse estudo mostra as mais diversas formas que um Estado pode ser regido e dividido. Visto que a formação de um Estado e completamente complexa buscamos também mostra como clareza os pontos e contra pontos quanto a essa formação. 
Concluímos usado a constituição do Brasil como base para aprofunda nossos estudos, e fazendo um comparativo detalhado com outras constituições ao redor do mundo sobre assuntos como as questões indignas, meio ambientes e até onde vai o poder do Estado em vista dos últimos acontecimentos nacionais. 
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