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ENGENHARIA E MEIO AMBIENTE Objetivos Específicos: Apresentar os conceitos básicos da Ecologia Industrial e suas principais ferramentas. Estudar casos bem sucedidos na literatura. Conteúdo programático: 1. Sociedade, Engenharia e Desenvolvimento 2. Conceitos: Final de Tubo e Prevenção à poluição 3. Conceitos: Produção Mais Limpa e Ecoeficiência 4.Ferramentas da Ecologia Industrial 5. Casos de Sucesso Bibliografia Básica: B. F. Giannetti, C.M.V.B. Almeida, “Ecologia Industrial: Conceitos, ferramentas e aplicações”, Edgard Blucher, São paulo, 2006. 1. SOCIEDADE, ENGENHARIA E DESENVOLVIMENTO Desde o início da história da humanidade, as populações utilizavam minerais, plantas, animais, que eram transformados em ferramentas, vestuários e outros produtos. A produção, por mais simples que ela fosse, era sempre constituída por um sistema aberto com fluxo linear de matéria. Por séculos utilizou-se: - Minerais e metais para fabricar ferramentas, moedas, armas. Na era pré-industrial, a humanidade era considerada parte do ecossistema natural e, portanto, sustentável. A quantidade de energia consumida nos processos produtivos era muito pequena e a energia disponível poderia ser considerada ilimitada 2. A quantidade de materiais utilizados nos processos produtivos era muito pequena e os materiais disponíveis poderiam ser considerados ilimitadas 3. A quantidade de resíduos descartados dos processos produtivos era muito pequena e o ambiente tinha tempo para absorver ou decompor os resíduos O sistema produtivo deve ser compatível com o funcionamento dos ecossistemas. Se não for, os sistemas humanos estarão adotando padrões de destruição. No diagrama de produção agrícola pode-se identificar: - interage com a biodiversidade local e com a biodiversidade do planeta. Esta interação resulta em perda de recursos naturais. Relembrando Os sistemas se comportam, se moldam, se crescem e se declinam de acordo com as fontes de energia que os sustentam. A partir da década de 50, o aumento nas atividades humanas tornou-se mais significativa, mostrando que os últimos 60 anos foram um período de mudanças sem precedentes na história humana. Grandes problemas: Desperdícios Grande volume de resíduos sólidos Absoluta inexistência de iniciativas para redução na origem- indústria. Variedades de materiais descartados na natureza Entre as atividades humanas que efetam fortemente o funcionamento do Sistema Terra pode-se citar: 1. O uso intensivo de combustíveis fósseis 2. O consumo frenético de produtos manufaturados 3. O uso intensivo do solo para produção de alimentos e fibras 4. O uso intensivo de água e o represamento de rios para produção de energia Uma das consequências das atividades humanas é o aumento da temperatura da Terra. O quadro a seguir mostra algumas das consequências do aumento da temperatura para as reservas de água e para os ecossistemas. O aumento da atividade humana leva não só ao esgotamento das fontes de energia, mas também ao acúmulo de resíduos além das substâncias tóxicas dissipadas no ambiente – que exercem pressão sobre o meio ambiente e, consequentemente, sobre a saúde e a qualidade de vida dos indivíduos. O quadro a seguir mostra algumas das consequências do aumento da temperatura para a produção de alimentos e a saúde humana. O ciclo de crescimento de uma sociedade tem 4 fases: Crescimento (estágio 1) Clímax-transição (estágio 2) Declínio (estágio 3) Estágio de baixa energia para restauração das reservas (estágio 4) Segundo Odum (Relatório de 2001) 2 teorias para o declínio 1. Os combustíveis fósseis estão sendo utilizados mais rapidamente do que a Terra pode recuperá-los e que não existe novas fontes de energia com tanta energia como os combustíveis fósseis. 2. A civilização humana pode ter um declínio próspero para este mundo de mais baixa disponibilidade de energia. O crescimento da nossa sociedade foi possível pela exploração em escala industrial de recursos não renováveis, é possível afirmar que: I - O aumento da nossa civilização pode ser representado por um grande pulso, transformando os recursos mundiais em bens da sociedade. II - O início de um novo pulso não poderá contar com a recuperação a curto prazo de nossa principal fonte de energia III – O novo pulso dificilmente terá a mesma dimensão do primeiro, se baseado apenas em fontes renováveis de energia Relembrando Muitos dos cálculos das reservas energéticas, que supostamente devem oferecer anos de abastecimento, são feitos considerando a energia bruta, em vez da energia líquida e, portanto, a duração destas reservas deve ser muito menor do que é muitas vezes declarado. "Neste século, o crescimento frenético da nossa civilização capitalista é um grande pulso, transformando os recursos mundiais em ativos da sociedade ... O que é mais apropriado durante uma fase do ciclo de crescimento pode ser má política em outro estágio ... para um sistema em declínio, não será boa política impulsionar um crescimento que já não é possível ... com menos energia, sistemas só podem ser sustentados se forem reduzidos. Por um ou outro meio, o sistema vai se adaptar ao declínio" Howard T. Odum and Elisabeth C. Odum (2001) A Prosperous Way Down: Principles and Policies. Boulder, Colorado: University Press of Colorado. Estágio 1- Crescimento 1. Competição por recursos 2. Seleção: poucos prevalecem sobre seus competidores 3. Crescimento rápido de todo o sistema . Estágio 2- Clímax e de transição Consumo dos recursos ainda disponíveis Máximo desempenho x máxima eficiência Diversidade e complexidade aumenta Cooperação e não competição Estágio 3 – declínio Diversidade e informações devem ser armazenadas para diminuir perdas Maximização do desempenho Estágio 4- Recuperação em baixa energia Produção do ambiente vai ser maior que o consumo Aumento líquido do estoque: população deve diminuir Atitudes de crescimento mínimo e consumo limitado Uso primário de energia de fontes renováveis ou lentamente renováveis. 46
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