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www.cers.com.br CARREIRAS JURÍDICAS FEDERAIS Direito Eleitoral – Aula 04 João Paulo Oliveira 1 (LEI 9.504/97) Art. 6º É facultado aos partidos políticos, dentro da mesma circunscrição, celebrar coligações para elei- ção majoritária, proporcional, ou para ambas, po- dendo, neste último caso, formar-se mais de uma coligação para a eleição proporcional dentre os partidos que integram a coligação para o pleito ma- joritário. ATENÇÃO: Res.-TSE nº 23.289, de 29.6.2010: "Não é possível a formação de coligação majoritária para o cargo de senador distinta da formada para o de governador, mesmo entre partidos que a inte- grem" – possibilidade de lançamento, isoladamente, de candidatos ao Senado. ATENÇÃO: Ac.-TSE, de 1º .9.2010, no AgR-REspe nº 963921: admissibilidade de formação, na eleição majoritária, de uma só coligação, para um ou mais cargos; impossibilidade de lançamento de candida- tura própria ao Senado Federal, se o partido tiver deliberado coligar para as eleições majoritárias de governador e senador. ATENÇÃO: Res.-TSE nº 22.580/2007: "A formação de coligação constitui faculdade atribuída aos parti- dos políticos para a disputa do pleito, conforme pre- vê o art. 6º , caput, da Lei nº 9.504/1997, tendo a sua existência caráter temporário e restrita ao pro- cesso eleitoral". § 1º A coligação terá denominação própria, que poderá ser a junção de todas as siglas dos partidos que a integram, sendo a ela atribuídas as prerroga- tivas e obrigações de partido político no que se refe- re ao processo eleitoral, e devendo funcionar como um só partido no relacionamento com a Justiça Elei- toral e no trato dos interesses interpartidários. ATENÇÃO: Ac.-TSE nºs 345/1998, 15.529/1998, 22.107/2004, 5.052/2005 e 25.015/2005: a coliga- ção existe a partir do acordo de vontades dos parti- dos políticos e não da homologação pela Justiça Eleitoral. § 1 o -A. A denominação da coligação não poderá coincidir, incluir ou fazer referência a nome ou nú- mero de candidato, nem conter pedido de voto para partido político. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) § 2º Na propaganda para eleição majoritária, a coligação usará, obrigatoriamente, sob sua denomi- nação, as legendas de todos os partidos que a inte- gram; na propaganda para eleição proporcional, cada partido usará apenas sua legenda sob o nome da coligação. ATENÇÃO: Ac.-TSE, de 3.4.2012, no REspe nº 326581: ausência de previsão legal de sanção pe- cuniária por descumprimento ao disposto neste parágrafo. sob pena de crime de desobediência. Ac.-TSE nºs 439/2002, 446/2002 e Ac.-TSE, de 13.9.2006, na Rp nº 1.069: na propaganda eleitoral gratuita, na hipótese de inobservância do que pres- creve este dispositivo e o correspondente do Código Eleitoral, deve o julgador advertir – à falta de norma sancionadora – o autor da conduta ilícita, § 3º Na formação de coligações, devem ser obser- vadas, ainda, as seguintes normas: I - na chapa da coligação, podem inscrever-se can- didatos filiados a qualquer partido político dela inte- grante; II - o pedido de registro dos candidatos deve ser subscrito pelos presidentes dos partidos coligados, por seus delegados, pela maioria dos membros dos www.cers.com.br CARREIRAS JURÍDICAS FEDERAIS Direito Eleitoral – Aula 04 João Paulo Oliveira 2 respectivos órgãos executivos de direção ou por representante da coligação, na forma do inciso III; III - os partidos integrantes da coligação devem designar um representante, que terá atribuições equivalentes às de presidente de partido político, no trato dos interesses e na representação da coliga- ção, no que se refere ao processo eleitoral; IV - a coligação será representada perante a Justiça Eleitoral pela pessoa designada na forma do inciso III ou por delegados indicados pelos partidos que a compõem, podendo nomear até: a) três delegados perante o Juízo Eleitoral; b) quatro delegados perante o Tribunal Regional Eleitoral; c) cinco delegados perante o Tribunal Superior Elei- toral. ATENÇÃO: Ac.-TSE, de 29.8.2013, no REspe nº 13404: a norma deste artigo não impõe a todos os partidos integrantes da coligação que apresentem candidatos ao pleito proporcional. § 4 o O partido político coligado somente possui legitimidade para atuar de forma isolada no proces- so eleitoral quando questionar a validade da própria coligação, durante o período compreendido entre a data da convenção e o termo final do prazo para a impugnação do registro de candidatos. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) § 5 o A responsabilidade pelo pagamento de multas decorrentes de propaganda eleitoral é solidária en- tre os candidatos e os respectivos partidos, não alcançando outros partidos mesmo quando inte- grantes de uma mesma coligação. (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013). § 1º O pedido de registro deve ser instruído com os seguintes documentos: I - cópia da ata a que se refere o art. 8º; II - autorização do candidato, por escrito; III - prova de filiação partidária; IV - declaração de bens, assinada pelo candidato; V - cópia do título eleitoral ou certidão, fornecida pelo cartório eleitoral, de que o candidato é eleitor na circunscrição ou requereu sua inscrição ou trans- ferência de domicílio no prazo previsto no art. 9º; VI - certidão de quitação eleitoral; § 8 o Para fins de expedição da certidão de que trata o § 7 o , considerar-se-ão quites aqueles que: (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) I - condenados ao pagamento de multa, tenham, até a data da formalização do seu pedido de registro de candidatura, comprovado o pagamento ou o parce- lamento da dívida regularmente cumprido; (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009). II - pagarem a multa que lhes couber individualmen- te, excluindo-se qualquer modalidade de responsabili- dade solidária, mesmo quando imposta concomitan- temente com outros candidatos e em razão do mesmo fato. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009). III - o parcelamento das multas eleitorais é direito do cidadão, seja ele eleitor ou candidato, e dos partidos políticos, podendo ser parceladas em até 60 (ses- senta) meses, desde que não ultrapasse o limite de 10% (dez por cento) de sua renda. (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013) VII - certidões criminais fornecidas pelos órgãos de distribuição da Justiça Eleitoral, Federal e Estadual; VIII - fotografia do candidato, nas dimensões esta- belecidas em instrução da Justiça Eleitoral, para efeito do disposto no § 1º do art. 59. IX - propostas defendidas pelo candidato a Prefeito, a Governador de Estado e a Presidente da Repúbli- ca. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009). ATENÇÃO: Súm.-TSE nº 3: possibilidade de juntada de documento com o recurso ordinário em processo de registro de candidatos quando o juiz não abre www.cers.com.br CARREIRAS JURÍDICAS FEDERAIS Direito Eleitoral – Aula 04 João Paulo Oliveira 3 prazo para suprimento de defeito de instrução do pedido. § 10. As condições de elegibilidade e as causas de inelegibilidade devem ser aferidas no momento da formalização do pedido de registro da candidatura, ressalvadas as alterações, fáticas ou jurídicas, su- pervenientes ao registro que afastem a inelegibili- dade. São causas supervenientes que afastam a inelegibi- lidade: Ac.-TSE, de 6.5.2014, no REspe nº 15705 (decisão da Justiça Comum, posterior à interposição do REspe, mas anterior ao pleito, declarando a nuli- dade do decreto legislativo de rejeição de contas); Ac.-TSE, de 30.10.2012, no AgR-REspe nº 9564 (provimento de embargos de declaração, pelo Tri- bunal de Contas, para julgar regulares as contas de candidato); Ac.-TSE, de 25.10.2012,no REspe nº 20919 (ob- tenção de medidas liminares ou quaisquer outras causas supervenientes ao pedido de registro que afastem a inelegibilidade, exceto quando a extinção desta se der por eventual decurso de prazo, caso em que será aferida à data da formalização do pe- dido de registro); TCU). Ac.-TSE, de 2.5.2012, no AgR-RO nº 407311; de 7.10.2010, no AgR-RO nº 396478; e, de 15.9.2010, no AgR-RO nº 415441 (obtenção de tutela anteci- pada na Justiça Comum ou de liminar posterior ao pedido de registro); Ac.-TSE, de 22.3.2011, no RO nº 223666: (procedência de pedido de revisão pelo Ac.-TSE, de 23.9.2014, no REspe nº 103442; de 3.9.2014, no RO nº 52552; e, de 26.8.2014, no REspe nº 80982: aplicabilidade deste parágrafo às condições de elegibilidade e não somente às cau- sas de inelegibilidade. ATENÇÃO: e- conside ientes ao registro que afastam a inelegibilidade. io- itos de conde- ativa, causa do indeferimento de candidatura, constitui fato super- veniente a permitir o registro do candidato. norma constante do art. 26-C da Lei Complementar no 64/1990, que preconiza: apreci egia- neas d, e, h, j, l s- pender a inelegibilidade sempre que existir plausibi- lidade da ecursal e desde que a provi- enha sido expressamente requeri o recurso. Destacou que, estando em curso o processo eleito- ral e indeferimento do registro de candidatura, cabe co- nhecer provimento judicial limi que afasta a causa de indeferimento do registro do candidato. Enfatizou ainda que o conhecimento de fatos super- venientes ao pedido de registro tem sido admi econhecimento de ine para co -los nos casos de afastamento da inelegibilidade. Vencida a Ministra Maria Thereza, que rememorava entendimento deste Tri ide- rados no processo de registro de candidatura fatos posteriores ao pedido, alteradores da con elegibilidade do candidato. O Tribunal, por maioria, acolheu os embargos de decla eferir o registro de candidatura do embargante, nos termos do voto do relator. -62, Aracaju/SE, rel. Min. Gilmar Mendes, em 11.12.2014. Art. 16-A. O candidato cujo registro esteja sub judi- ce poderá efetuar todos os atos relativos à campa- nha eleitoral, inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão e ter seu nome man- tido na urna eletrônica enquanto estiver sob essa condição, ficando a validade dos votos a ele atribuí- dos condicionada ao deferimento de seu registro por www.cers.com.br CARREIRAS JURÍDICAS FEDERAIS Direito Eleitoral – Aula 04 João Paulo Oliveira 4 instância superior. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) Parágrafo único. O cômputo, para o respectivo partido ou coligação, dos votos atribuídos ao candi- dato cujo registro esteja sub judice no dia da eleição fica condicionado ao deferimento do registro do candidato. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) Art. 16-B. O disposto no art. 16-A quanto ao direito de participar da campanha eleitoral, inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito, aplica-se igualmente ao candidato cujo pedido de registro tenha sido proto- colado no prazo legal e ainda não tenha sido apre- ciado pela Justiça Eleitoral. (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013).
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