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Técnico em Informática Eduardo N. de Arruda 2013 Sistemas Operacionais Presidenta da República Dilma Vana Rousseff Vice-presidente da República Michel Temer Ministro da Educação Aloizio Mercadante Oliva Secretário de Educação Profissional e Tecnológica Marco Antônio de Oliveira Diretor de Integração das Redes Marcelo Machado Feres Coordenação Geral de Fortalecimento Carlos Artur de Carvalho Arêas Governador do Estado de Pernambuco Eduardo Henrique Accioly Campos Vice-governador do Estado de Pernambuco João Soares Lyra Neto Secretário de Educação José Ricardo Wanderley Dantas de Oliveira Secretário Executivo de Educação Profissional Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra Gerente Geral de Educação Profissional Luciane Alves Santos Pulça Gestor de Educação a Distância George Bento Catunda Coordenação do Curso João Ferreira da Silva Júnior Coordenação de Design Instrucional Diogo Galvão Revisão de Língua Portuguesa Carlos Cunha Diagramação Cícera Zeferino dos Santos INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 3 1. COMPETÊNCIA 01 | INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS OPERACIONAIS ................................... 5 1.1. As Várias Partes de Sistema Operacional ........................................................ 10 1.1.1. O Kernel – “Um Executivo em Tempo-Real” ................................................. 10 1.1.2. Gerenciamento de processos ....................................................................... 11 1.1.3. Gerenciamento de memória ........................................................................ 11 1.1.4. Gerenciamento do Sistema de Arquivo. ....................................................... 12 1.2. Classificação dos Sistemas Operacionais .......................................................... 13 1.2.1. Licenciamento ............................................................................................. 13 1.2.2. Gerenciamento de Tarefas ou Processos ...................................................... 13 1.2.3. Quanto à aplicação do Sistema ..................................................................... 13 1.2.4. Quanto à arquitetura .................................................................................... 14 1.2.5. Quanto à quantidade de usuários que podem utilizar o sistema simultaneamente ................................................................................................... 15 1.3. Manipulação de Arquivos ................................................................................ 15 1.3.1. Arquivo ........................................................................................................ 16 1.3.2. Tipos dos Arquivos ....................................................................................... 16 1.3.3. Entenda melhor os Arquivos ......................................................................... 19 1.3.4. Organização dos Arquivos ............................................................................ 20 1.3.5. Atributos dos Arquivos ................................................................................. 21 1.3.6. Diretórios ou Pastas...................................................................................... 21 1.3.7. Manipulação dos Arquivos ............................................................................ 21 1.3.8. Segurança dos Arquivos ................................................................................ 23 1.3.9. Blocos com Defeitos ..................................................................................... 23 1.3.10. Cópias de Segurança ou Backup ................................................................. 23 2. COMPETÊNCIA 02 | SELECIONANDO O SISTEMA OPERACIONAL ..................................... 24 2.1. Versões dos Sistemas Operacionais da Microsoft............................................. 24 2.2. Família Microsoft Windows 2000..................................................................... 28 2.3. Família Windows XP ........................................................................................ 29 2.4. Família Windows Server 2003 ......................................................................... 30 2.5. Família Windows 2008 Server ......................................................................... 34 2.6. Sistema Operacional Linux ............................................................................... 35 Sumário 2.6.1. O que é o SO Linux? ..................................................................................... 35 2.6.2. Software Livre / Código Aberto ..................................................................... 37 2.6.3. Licença GPL .................................................................................................. 37 2.6.4. GNU’s Not Unix ............................................................................................ 39 2.6.5. Personalidades do Linux - Richard Stallman .................................................. 40 2.6.6. Distribuições................................................................................................. 40 2.6.7. Principais Sistemas Operacionais Linux ......................................................... 44 3. COMPETÊNCIA 03 | CONHECENDO MELHOR OS SISTEMAS OPERACIONAIS .................... 51 3.1. Gerenciamento de Usuários Locais no Windows2000/XP/2003/2008 .............. 57 3.2. Criando Contas de Usuários ............................................................................. 60 3.2.1. Alterando as Contas de Usuários .................................................................. 61 3.2.2. Gerenciamento de Contas de Usuários em Modo Avançado ......................... 64 3.2.3. Alterando o Grupo do Usuário ...................................................................... 69 3.3. Permissionamento .......................................................................................... 78 3.4. Adicionando Grupos e/ou Usuários à lista de Permissões ................................ 88 3.5. Tornando-se um proprietário de uma pasta e/ou arquivo................................ 89 3.6. Compartilhando Pastas (Servidor de Arquivos) ................................................ 91 4. COMPETÊNCIA 04 | FERRAMENTAS DE GERENCIAMENTO DOS SISTEMAS OPERACIONAIS .......................................................................................................................................... 97 4.1. O que é o gerenciador de tarefas? ................................................................... 97 4.2. Usando o Gerenciador de Tarefas .................................................................... 98 4.3. Identificar o Processo associado a um Programa ............................................. 98 4.4. Finalizando um processo ............................................................................... 100 4.5. Ferramentas do Sistema ................................................................................ 101 4.6. Como fazer backup de arquivos e pastas usando o utilitário de Backup ......... 107 4.7. Restauração de dados ................................................................................... 115 Conclusão ........................................................................................................................ 118 Referências ......................................................................................................................119 CURRÍCULO DO PROFESSOR-PESQUISADOR ..................................................................... 121 3 Sistemas Operacionais INTRODUÇÃO Caro (a) Aluno (a), Seja bem vindo (a) a nossa Disciplina SISTEMAS OPERACIONAIS do curso Técnico em Informática oferecido pela Secretaria de Educação de Pernambuco. Meu nome é: Eduardo Arruda. O prazer em conhecer você através deste documento, inicialmente, é todo meu. Depois, nos conheceremos um pouco mais no Ambiente Virtual de Aprendizagem, local onde você terá todo o material de aula e atividades para estudar. Nossa disciplina (Sistemas Operacionais) irá nos fornecer uma base de conhecimento necessária para expandir a utilização das outras matérias que serão estudadas no curso Técnico de Informática, portanto não vamos nos prender apenas neste material, devemos buscar sempre o algo a mais, que fará a diferença em seu aprendizado. Nossa disciplina está dividida em 04 competências, são elas: COMPETÊNCIA 1: Introdução aos Sistemas Operacionais o Analisar os serviços e funções de sistemas operacionais, utilizando suas ferramentas e em atividades de configuração, manipulação de arquivos, segurança e outras. OK COMPETÊNCIA 2: Características dos Sistemas Operacionais o Selecionar o sistema operacional de acordo com as necessidades do usuário. OK COMPETÊNCIA 3: Conhecendo melhor os Sistemas Operacionais o Conhecer as características de um sistema operacional que potencializam o trabalho dos usuários em escritórios. COMPETÊNCIA 4: Ferramentas de Gerenciamento dos Sistemas Operacionais o Conhecer as ferramentas de um sistema operacional que afetam a automação de escritórios. 4 Técnico em Informática Para começarmos a estudar, quero dizer a você que não deixe de fazer nada do que será solicitado, no decorrer do curso, seja uma leitura, uma atividade prática ou perguntas e respostas, como uma dinâmica. Se tiver dificuldade, use o ambiente virtual para registrar seu pedido, para que seja devidamente atendido. Conte comigo nessa jornada de estudos, um forte abraço, Eduardo Nascimento de Arruda. 5 Sistemas Operacionais Competência 01 1. COMPETÊNCIA 01 | INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS OPERACIONAIS Caro Amigo(a) para descrever o que é um sistema operacional existem alguns autores que são famosos por suas definições, eu poderia dizer assim para você: é um programa ou um conjunto de programas cuja função é servir de interface, um elo, entre um computador e o usuário. Segundo alguns autores (Stallings, 2004; Tanenbaum, 1999), existem dois modos distintos de conceituar um sistema operacional: Pela perspectiva do usuário ou programador - é uma abstração do hardware, fazendo o papel de intermediário entre o aplicativo (programa) e os componentes físicos do computador (hardware). Figura 1 – Sistema Operacional Fonte: Autor Numa outra visão (olhando a partir do hardware) - é um gerenciador de recursos. Controla quais aplicações (processos) podem ser executadas, quando, e que recursos (memória, disco, periféricos) podem ser utilizados. A sigla usual para designar esta classe de programas é SO (em português) ou OS (do inglês Operating System). 6 Técnico em Informática Competência 01 Dentre as diversas funções de um sistema operacional, destacamos: Cria um elo entre o usuário e o hardware; Inicializa o hardware do computador; Fornece rotinas básicas para controle de dispositivos; Fornece gerência, escalonamento e interação de tarefas; Mantém a integridade do sistema; Gerencia o funcionamento dos aplicativos; Gerencia memória; Gerencia discos; Gerencia o I/O (Input e Output): A entrada e saída de dados do sistema. Veja abaixo a função básica de um sistema operacional: Figura 2 – Diagrama do Sistema Computacional Fonte: Autor Em destaque, a função de ser a interface (ligação) entre os aplicativos e o hardware. Há muitos tipos de Sistemas Operacionais, cuja complexidade varia e depende dos tipos de funções de que são providos, e para qual função do computador esteja sendo utilizado. Alguns sistemas são responsáveis pela gerência de muitos usuários, outros controlam dispositivos de hardware como bombas de petróleo etc. Existem sistemas operacionais chamados Embarcados, que são construídos para pequenos dispositivos como aparelhos celulares, SmartPhones e PDAs. 7 Sistemas Operacionais Competência 01 Por exemplo: Um pequeno Sistema Operacional é armazenado na memória ROM (Memória Somente de Leitura) de todo computador. Na hora em que o computador é ligado, ele entra em ação e sua primeira tarefa é testar e verificar os componentes de hardware. Esse sistema citado é chamado de BIOS (Basic Input Output System) e a rotina de testes que é disparada por este sistema é chamada de POST (Power On Self Test). Nessa mesma memória existe um pequeno programa que configura as funções destes dois sistemas, chamada comumente de Setup, que você acessa na maioria das vezes pressionando a tecla DEL quando o computador é ligado. Em um grande computador multiusuário, com muitos terminais, o Sistema Operacional é muito mais complexo. Tem que administrar e executar todos os pedidos de usuários e assegurar que eles não interfiram entre si. Tem que compartilhar todos os dispositivos que são seriais por natureza (dispositivos que só podem ser usados por um usuário de cada vez, como impressoras e discos) entre todos os usuários que pedem esse tipo de serviço. O SO poderia ser armazenado em disco, e partes dele serem carregadas na memória do computador (RAM) quando necessário. Utilitários são fornecidos para: Administração de Arquivos e Documentos criados por usuários Desenvolvimento de Programas Comunicação entre usuários e com outros computadores Gerenciamento de pedidos de usuários para programas, espaço de armazenamento e prioridade. Adicionalmente, o SO precisaria apresentar a cada usuário uma interface (uma tela) que aceita, interpreta, e então executa comandos ou programas do usuário. Essa interface é comumente chamada de SHELL ou interpretador de linha de comando. 8 Técnico em Informática Competência 01 Em alguns sistemas, ela poderia ser uma simples linha de texto que usam palavras chaves (como Linux ou UNIX); em outros sistemas poderiam ser gráficas, usando janelas e um dispositivo apontador como um mouse (Windows, MacOS e Linux). Abaixo, vamos ver as figuras que exibem cada uma destas interfaces gráficas citadas e a tela do Shell do Linux (modo texto) e do Windows. Figura 3 – Gnome (Interface gráfica do SO Linux) Fonte: Ubutu Linux Figura 4 – Windows 8 Fonte: Autor 9 Sistemas Operacionais Competência 01 Figura 5 – Mac OS Fonte: apple.com Figura 6 – Ambiente Texto do Linux (Shelll do Linux) Fonte: Autor Figura 7 – Shelll do Windows Fonte: Autor Caro aluno (a), você sabia que o Windows também possui um Shell(modo texto para comandos)?. Nas versões mais antigas, era chamado de command.com, nas versões acima do Windows 2000, começou a ser chamado 10 Técnico em Informática Competência 01 de cmd.exe. Para acessar o Shell do Windows, basta ir ao Iniciar / Executar e digitar CMD seguido da tecla Enter. Nas versões atuais do Windows, a localização é por meio do nome Prompt deComando. Agora, vamos ver como se divide um sistema operacional. 1.1. As Várias Partes de Sistema Operacional Agora vamos estudar como um sistema operacional de um computador é usado por muitas pessoas ao mesmo tempo. Como Windows XP, Windows 8 ou Ubuntu Linux é um sistema complexo. Contém milhões de linhas de instruções escritas por programadores. Para tornar os sistemas operacionais mais fáceis de serem utilizados, eles são construídos como uma série de módulos, cada módulo sendo responsável por uma função. Alguns módulos típicos em um grande SO multiusuário geralmente são: Núcleo (Kernel em inglês) Gerenciador de processo Gerenciador de memória Gerenciador do Sistema de Arquivo 1.1.1. O Kernel – “Um Executivo em Tempo-Real” Quem já viu o Erro de Kernel do seu Sistema Opertacional? O Kernel é o núcleo de um sistema operacional responsável por todo o gerenciamento do hardware e gerenciamento de rotinas. Algumas das funções executadas por ele são: Chaveamento entre programas Controle e programação de dispositivo de hardware 11 Sistemas Operacionais Note a divisão bem definida das aplicações que ficam no espaço do usuário do Kernel. Espaço do Usuário (User Space): é um conceito que se refere a um modo de execução em que um processador executa apenas instruções não privilegiadas. É a área de memória onde os aplicativos são executados. (Vide figuras acima). Espaço do Kernel (Kernel Space ou Kernel Mode): espaço restrito às rotinas do Kernel, instruções de hardware e drivers de dispositivos, não sendo permitido acesso direto de nenhuma rotina do espaço do usuário. Competência 01 Gerenciamento de memória Gerenciamento de processos Escalonamento de tarefas Comunicação entre processos Veja abaixo uma figura que mostra o Kernel do Windows. Figura 8 – Versão Simplificada do Kernel do Windows Fonte: Autor 1.1.2. Gerenciamento de processos Você é uma pessoa multitarefas? Vamos ver se é como os sistemas operacionais com esta característica. O sistema operacional multitarefa é preparado para dar ao usuário a ilusão de que o número de processos em execução simultânea no computador é maior do que o número de processadores instalados. Cada processo recebe uma fatia do tempo e a alternância entre vários processos é tão rápida que o usuário pensa que a execução é simultânea. Os processos podem comunicar-se, isto é conhecido como IPC (Inter-Process Communication). 1.1.3. Gerenciamento de memória 12 Técnico em Informática Competência 01 O sistema operacional tem acesso completo à memória do sistema e deve permitir que os processos dos usuários tenham acesso seguro à memória quando forem requisitados. Vários sistemas operacionais usam memória virtual, que possui três funções básicas: 1) Assegurar que cada processo tenha seu próprio espaço de endereçamento (Tanenbaum, 1999); 2) Prover proteção da memória para impedir que um processo utilize um endereço de memória que não lhe pertença; 3) Possibilitar que uma aplicação utilize mais memória do que a fisicamente existente (a chamada memória virtual ou memória swap). 1.1.4. Gerenciamento do Sistema de Arquivo. A nossa memória é fundamental, não é verdade e a do computador. A memória principal do computador é volátil, ou seja, se desfaz ao desligar ou reiniciar o sistema, e seu tamanho é limitado pelo custo do hardware. Assim, os usuários necessitam de algum método para armazenar e recuperar informações de modo permanente. Um arquivo é um conjunto de bytes, normalmente armazenado em um dispositivo periférico não volátil (exemplo: disco), que pode ser lido e gravado por um ou mais processos. O sistema de arquivos é a estrutura que permite o gerenciamento de arquivos e realiza tarefas como: criação, exclusão, leitura, gravação, controle de acesso, proteção e organização dos dados. São exemplos de sistemas de arquivos: FAT32, NTFS e EXT3. Vamos a partir de agora classificar os Sistemas Operacionais em categorias. 13 Sistemas Operacionais Competência 01 1.2. Classificação dos Sistemas Operacionais Os Sistemas Operacionais são divididos nas seguintes categorias: 1.2.1. Licenciamento Sistemas Proprietários - Aqueles que são pagos e cujo código fonte não é livremente disponibilizado. (Exemplo: Windows e MacOS). Sistemas Gratuitos - Aqueles que não são pagos, mas cujo código fonte também não é de livre acesso (Exemplo: BeOS). Sistemas Livres (Open Source) - Aqueles cujo código fonte ao ser acessado, alterado e copiado, distribui-se sobre a mesma licença. (Exemplo: Linux, OpenBSD e FreeBSD) 1.2.2. Gerenciamento de Tarefas ou Processos Monotarefa: pode-se executar apenas um processo de cada vez Ex.: MS- DOS. Multitarefa: além do próprio SO, vários processos do utilizador (tarefas) estão carregados em memória, sendo que um pode estar ocupando o processador e outros ficam enfileirados, aguardando a vez. O compartilhamento de tempo no processador é distribuído de modo que o usuário tenha a impressão de que vários processos estão sendo executados simultaneamente. Ex: Windows, Linux, FreeBSD e o MacOS X. Multiprocessamento: o SO distribui as tarefas entre dois ou mais processadores. Ex: Windows Vista e Linux. 1.2.3. Quanto à aplicação do Sistema Cliente (Sistemas Operacionais Workstation ou Desktop): Sistemas Operacionais que geralmente são construídos para o usuário final, aquele que vai usar em um Desktop ou em um Notebook ou em um ambiente corporativo. Ex: Linux, Windows XP e Windows Vista. 14 Técnico em Informática Competência 01 Servidor (Sistemas Operacionais de Rede): Sistemas Operacionais que são projetados para disponibilizar serviços em redes. É utilizado em máquinas robustas ou em computadores de grande porte (conhecido como Mainframes). Não deve ser utilizado por usuário final por não conter algumas facilidades de configuração e aplicativos disponíveis, por exemplo: Windows 2003 Server, Linux e Windows 2008 Server. 1.2.4. Quanto à arquitetura Kernel monolítico ou monobloco: o Kernel consiste em um único processo executado numa memória protegida (espaço do kernel) onde são realizadas as principais funções. Ex.: OS/2, Windows, Linux e FreeBSD. Figura 9 – Kernel Monolítico Fonte: Autor Microkernel ou modelo cliente-servidor: o Kernel consiste de funções mínimas (comunicação e gerenciamento de processos), e outras funções, como sistemas de arquivos e gerenciamento de memória. As funções são executadas no espaço do usuário como serviços; as aplicações (programas) são os clientes. Ex.: Minix. 15 Sistemas Operacionais A comunicação entre processos, em inglês Inter- Process Communication (IPC), é o grupo de mecanismos que permite aos processos transferirem informação entre si. Outro excelente material para estudos está no endereço: http://www.mlau reano.org/ensino/ sistemas- operacionais Veja o funcionamento do sistema operacional através de uma animação bem humorada. Acesse o link: http://www.youtube. com/watch?v=nt0P8Z AYuUo&feature=relat ed Assista à outra aula sobre Arquitetura de Sistemas Operacionais http://www.youtube. com/watch?v=N148ur tM63k Competência 01 Figura 10 – MicroKernel Fonte: Autor 1.2.5. Quanto à quantidade de usuários que podem utilizar o sistemasimultaneamente Monousuário: apenas um usuário por vez (apesar de poder suportar recursos como troca de usuário). Ex.: Windows XP e Windows 8. Multiusuário: vários usuários usam o computador ao mesmo tempo, seja por diversos terminais, seja por conexão remota como o SSH. Ex.: Linux, Unix, Windows 2003 Server e Windows 2008 Server. 1.3. Manipulação de Arquivos Prezado Aluno, antes de começarmos a explicação sobre Manipulação de Arquivos, vamos primeiramente conceituar o que é Arquivo. Já que estudamos anteriormente a arquitetura do sistema operacional, agora iremos detalhar algumas de suas principais tarefas deste software tão importante. Vamos juntos! 16 Técnico em Informática Competência 01 1.3.1. Arquivo Em informática, arquivo é um agrupamento de registros que seguem uma regra estrutural e que contém informações (dados) sobre uma área específica, registrados na memória de um computador (disco rígido, cds, dvds, pendrive, etc). Um arquivo pode abrir, fechar, ler, editar, imprimir ou apagar. Podemos identificar um arquivo por nome, com o formato e extensão, dependendo do sistema operacional. Diversos sistemas operacionais dividem o arquivo em duas partes, fazendo com que a identificação do tipo do arquivo seja através da segunda parte, como, por exemplo: INSTALAR.EXE (um arquivo EXECUTÁVEL) ou INFORMAÇÃO.TXT (arquivo de texto). Esses arquivos contêm diversos tipos de informações: imagens, textos, programas, áudios, vídeos, etc. 1.3.2. Tipos dos Arquivos Como falamos no assunto anterior, podemos identificar um tipo de arquivo pelo nome e a sua extensão. A extensão de arquivos são sufixos que distinguem seu formato e qual função o arquivo executará no computador. Cada extensão tem funcionamento e característica própria e necessita de um programa especÍfico para trabalhar com cada uma delas. Com certeza, já encontramos algum tipo de arquivo cuja extensão não conhecÍamos e não sabíamos qual programa usar para abri-lo. Vamos conferir na lista abaixo algumas das extensões mais comuns: DOCUMENTOS TXT – Como o próprio nome deixa indicado, a extensão de nome TXT refere-se aos arquivos simples de texto criados com o bloco de notas do Windows. Eles 17 Sistemas Operacionais Competência 01 são extremamente leves e podem ser executados em praticamente qualquer versão do sistema operacional. DOC – Denomina a extensão utilizada pelo Microsoft Word, o editor de textos mais conhecido pelos usuários. A partir da versão 2007 do Office, o formato passou a se chamar DOCX, e apresenta incompatibilidades com as versões anteriores do aplicativo, o que pode ser resolvido com uma atualização. XLS – A descrição deste tipo de arquivo é muito semelhante à do Word, mas refere-se ao Excel, editor de planilhas da Microsoft. PPT – Esta extensão é exclusiva para o Microsoft Powerpoint, aplicativo que permite criar apresentações de slides para palestrantes e situações semelhantes. PDF – Formato criado pela Adobe, atualmente é um dos padrões utilizados na informática para documentos importantes, impressões de qualidade e outros aspectos. Pode ser visualizado no Adobe Reader, aplicativo mais conhecido entre os usuários do formato. • IMAGEM BMP – O Bitmap é um dos formatos de imagem mais conhecidos pelo usuário. Pode-se dizer que este formato é o que apresenta a ilustração em sua forma mais crua, sem perdas e compressões. No entanto, o tamanho das imagens geralmente é maior que em outros formatos. Nele, cada pixel da imagem é detalhado especificamente, o que a torna ainda mais fiel. GIF – Sigla que significa Graphics Interchange Format. É um formato de imagem semelhante ao BMP, mas amplamente utilizado pela Internet, em imagens de sites, programas de conversação e muitos outros. O maior diferencial do GIF é ele permitir a criação de pequenas animações com 18 Técnico em Informática Competência 01 imagens seguidas, o que é muito utilizado em emoticons, blogs, fóruns e outros locais semelhantes. JPEG - Joint Photographic Experts Group é a origem da sigla, que é um formato de compressão de imagens. Enganando o olho humano, a compactação agrega blocos de 8X8 bits, tornando o arquivo final muito mais leve que em um Bitmap. PNG – É um formato para imagens que surgiu em meados de 1996 para substituir o formato GIF, devido ao fato de este último incluir algoritmos patenteados. • ÁUDIO MP3 – Esta é atualmente a extensão para arquivos de áudio mais conhecida entre os usuários, devido sua ampla utilização para codificar músicas e álbuns de artistas. O grande sucesso do formato deve-se ao fato dele reduzir o tamanho natural de uma música em até 90%, ao eliminar frequências que o ouvido humano não percebe em sua grande maioria. WMA – Esta extensão, muito semelhante ao MP3, foi criada pela Microsoft e ganhou espaço dentro do mundo da informática por ser o formato especial para o Windows Media Player. Ao passar músicas de um CD de áudio para o seu computador usando o programa todos os arquivos formados são criados em WMA. Hoje, praticamente todos os players de música reproduzem o formato sem complicações. WAV – Abreviação de WAVE, ou ainda WAVEForm audio format, é o formato de armazenamento mais adotado pelo Windows. Ele serve somente para esta função, não podendo ser tocado em players de áudio ou aparelhos de som, por exemplo. 19 Sistemas Operacionais Competência 01 • VÍDEO AVI – Abreviação de áudio vídeo interleave, menciona o formato criado pela Microsoft que combina trilhas de áudio e vídeo, podendo ser reproduzido na maioria dos players de mídia e aparelhos de DVD, desde que sejam compatíveis com o codec DivX. MPEG – Um dos padrões de compressão de áudio e vídeo de hoje, criado pelo Moving Picture Experts Group, origem do nome da extensão. Atualmente, é possível encontrar diversas taxas de qualidade neste formato, que varia de à transmissões simples para filmes HDTV. MOV – Formato de mídia especialmente desenhado para ser reproduzido no player QuickTime. Por esse motivo, ficou conhecido através dos computadores da Apple, que utilizam o QuickTime da mesma forma que o Windows faz uso do seu Media Player. • COMPACTADORES ZIP – A extensão do compactador Winzip se tornou tão famosa que já foi criado até o verbo “zipar” para mencionar a compactação de arquivos. O programa é um dos pioneiros em sua área, sendo amplamente usado para a tarefa desde sua criação. RAR – Este é o segundo formato mais utilizado de compactação, tido por muitos como superior ao ZIP. O Winrar, programa que faz uso dele, é um dos aplicativos mais completos para o formato, além de oferecer suporte ao ZIP e a muitos outros. 1.3.3. Entenda melhor os Arquivos Os arquivos contêm diferentes tipos de informações e cada informação necessita de um método específico. Ou seja, um arquivo de imagem não pode 20 Técnico em Informática Competência 01 ser acessado por um programa de áudio, isso porque as informações de um arquivo de imagem são estruturadas de forma totalmente diferente de um arquivo de áudio. O sistema operacional e os demais programas necessitam diferenciar os diversos tipos de arquivos disponíveis para evitar que um programa tente manipular um tipo de arquivo que não suporta. 1.3.4. Organização dos Arquivos A organização dos arquivos é uma forma de como os dados podem ser armazenados dentro do computador. É definida no momento de sua criação. Sua estrutura pode variar dependendodo tipo de dados de cada arquivo. De acordo com os SO, existem diversos tipos de organizações de arquivos e cada arquivo segue um modelo a que seja suportado. Há diversas formas de acesso às informações. Alguns programas fornecem apenas um tipo, outros disponibilizam diferentes métodos, dependendo da necessidade. Das organizações mais conhecidas, destacamos: Sequencial - É o método mais simples. Os dados são lidos e escritos em sequência. A gravação de novos registros só é possível no final do arquivo e a leitura é feita na ordem de gravação dos registros. Direto ou Relativa - É mais eficaz que o sequencial, pois permite a leitura e gravação de um registro diretamente na sua posição, é possível ler e gravar registros rapidamente e sem uma sequência particular. Indexado - É o mais sofisticado dos métodos. São criados índices que permitem acessar de forma mais eficiente os dados. Para encontrar um arquivo, primeiro é feita a pesquisa do arquivo de índice e então usado o apontador para obter acesso direto ao arquivo. 21 Sistemas Operacionais Competência 01 1.3.5. Atributos dos Arquivos As informações que controlam os arquivos - tamanho, data e hora da criação e proteção – são os Atributos de Arquivos. Esses atributos diferem de um sistema operacional para outro. Alguns desses atributos podem ser alterados pelo próprio SO, como a data e hora de criação, por exemplo. Já outros só podem ser modificados pelo usuário, com o atributo de proteção. 1.3.6. Diretórios ou Pastas A organização de diretórios é a forma como o sistema organiza logicamente os arquivos armazenados na memória do computador. No diretório, há informações sobre os arquivos, como o nome, localização, tamanho, tipo e demais atributos. Ao abrir um arquivo, o Sistema Operacional procura a sua entrada na estrutura de diretórios em uma tabela mantida na memória principal que contém todos os arquivos. 1.3.7. Manipulação dos Arquivos Depois de estudarmos vários conceitos sobre manipulação de arquivo, você já se sente seguro com o conhecimento adquirido até o momento? Vamos tentar melhorar nossa explicação para que todos possam aprender e aplicar os conhecimentos no Polo e em suas vidas profissionais. Um arquivo é um recurso manipulado pelo SO, ao qual toda rede de programação do computador tem acesso. Ele permite acessar dispositivos externos de entrada e saída de dados. Embora os arquivos estejam associados a um espaço de armazenamento em disco, outros dispositivos de entrada e saída são manipulados como arquivos, tais como o teclado e a tela de um 22 Técnico em Informática Para maiores informações, acesse o site: http://www.gsig ma.ufsc.br/~popo v/aulas/so1/cap1 0so.html http://www.dca.f ee.unicamp.br/cu rsos/EA876/apost ila/HTML/node33. html Competência 01 monitor. Na maioria das vezes, para trabalhar com um arquivo, ele deve ser primeiramente aberto. Ao abrirmos um arquivo, o sistema operacional está sendo avisado de que o mesmo será manipulado, de forma que informações são mantidas em memória. Exemplo: Abrir um arquivo word ou excel. Resumindo, o SO deve ser capaz de achar informações/dados em arquivos armazenados em unidades de armazenamento, ou seja, HD ou discos rígidos, discos magnéticos, pen drives, CD’s, DVD’s dentre outros meios, veja a Figura11. Figura 11 – Meios de Armazenamento Fonte: Autor A Organização do sistema de arquivos, como já detalhado anteriormente nesta seção, é apresentada na Figura 12: Diretórios = agrupamentos de arquivos e outros diretórios. Hierarquia: árvore genérica. Figura 12 – Estrutura de Arquivos Fonte: www.mlaureano.org/ensino/sistemas-operacionais/ 23 Sistemas Operacionais Competência 01 1.3.8. Segurança dos Arquivos Prezados estudantes, neste momento podemos afirmar que já temos conhecimentos sólidos para entender situações envolvendo sistemas de arquivos em sistemas operacionais, além de poder manipulá-los. Agora, vamos entender um pouco sobre como manter a confiabilidades desses arquivos. 1.3.9. Blocos com Defeitos Geralmente discos apresentam blocos defeituosos (bad blocks), ou seja, blocos onde a escrita e/ou leitura ficam impossibilitadas de ocorrer. Quando estamos utilizando o sistema operacional Windows, ele é detectado pelo software denominado de utilitários tais como CHKDSK. Muitas vezes, esse tipo de software consegue isolar a parte defeituosa do disco para que futuros arquivos não sejam gravados nas áreas com badblocks. Existem outros programas, tais como o HDD REGENERATOR que em 60% dos casos conseguem “remapear” o HD, assim inutilizando os 'bad sectors'. 1.3.10. Cópias de Segurança ou Backup Apesar de todos nós termos a consciência de que devemos manter tudo conforme as melhores práticas de segurança, é necessário elaborar uma estratégia para tratar os blocos defeituosos. Além disso, também é importante termos uma política de backups ou cópias de segurança de forma frequente. Atualmente, temos no mercado alguns dispositivos para backup com grandes capacidades de armazenamento, tais como: HD, Fita Dat, Computação em Nuvem e etc. No próximo capítulo, faremos um estudo sobre os sistemas operacionais mais usados no mundo, para entender tudo o que estudamos na competência 1. 24 Técnico em Informática Competência 02 2. COMPETÊNCIA 02 | SELECIONANDO O SISTEMA OPERACIONAL Caro Amigo(a), após conhecermos as estruturas que compõem um Sistema Operacional, descrevendo sua arquitetura, com seus principais componentes e suas funcionalidades dentro do sistema computacional, agora convido você para estudarmos sobre os sistemas operacionais da atualidade, de forma que você saiba como selecionar qual sistema será ideal para atividades e necessidades específicas. Vamos juntos! 2.1. Versões dos Sistemas Operacionais da Microsoft Vamos, a partir de agora, conhecer a família dos Sistemas Operacionais da Microsoft de uma forma mais detalhada. Apesar de o fabricante estimular o uso dos seus sistemas mais novos que são Windows 8 e Windows 2012 Server, lembre-se de que isso requer um investimento altíssimo e nem sempre as empresas e usuários estão dispostos a estar na “crista da onda” por um preço que nem sempre é atrativo. Você vai encontrar em muitas empresas versões do Windows 95, Windows 98, Windows ME e Windows NT, pois são sistemas que ainda atendem a tarefas simples, como um Caixa na Padaria ou um Quiosque Multimídia, ou um computador de consulta a livros de uma biblioteca. Para esses fins, nem sempre você precisa desembolsar entre R$ 500,00 e R$ 1.000,00, se o sistema já atende as necessidades. Um dos pontos que devemos prestar bastante atenção são os requisitos mínimos de instalação. É crucial para levantamento de hardware a ser adquirido. Por outro lado, você também deve ser capaz de indicar o sistema apropriado para um computador que já tenha sido adquirido. Antes de começarmos a detalhar as famílias de Sistemas Operacionais da Microsoft, acompanhe a evolução dos requisitos de hardware, dos sistemas operacionais que a empresa não dá mais suporte, como o Windows XP. Esses 25 Sistemas Operacionais Competência 02 são os requisitos mínimos especificados pelo fabricante, não quer dizer que seja o ideal. WINDOWS 95: Processador 486DX2-66 ou Pentium 100, 16MB de memória RAM e 150MB de disco; WINDOWS 98: Processador Pentium 133MHz, 32MB RAM e 500MB de disco; WINDOWS ME: Processador Pentium200 ou 233MHz, 64MB RAM e 700MB de disco; WINDOWS NT4: Processador Pentium 100 ou 133MHz, 32MB RAM e 200MB de disco; Windows XP: Processador Pentium de 233 megahertz (MHz) ou mais rápido (300 MHz é recomendado), Pelo menos 64 megabytes (MB) de RAM (128 MB é recomendado), Pelo menos 1,5 gigabytes (GB) de espaço disponível no disco rígido; Windows7: Processador de 1 gigahertz (GHz) ou superior, de 32 bits (x86) ou 64 bits (x64),1 gigabyte (GB) de RAM (32 bits) ou 2 GB de RAM (64 bits),16 GB de espaço em disco disponível (32 bits) ou 20 GB (64 bits), dispositivo gráfico DirectX 9 e driver WDDM(Windows Display Driver Model) Windows 8: Processador: 1 gigahertz (GHz) ou superior com suporte a PAE (Extensão do Endereço Físico), bit NX e SSE2 (Extensões SIMD de Streaming 2), RAM: 1 gigabyte (GB) (32 bits) ou 2 GB (64 bits), Espaço no disco rígido: 16 GB (32 bits) ou 20 GB (64 bits) e Placa gráfica: Dispositivo gráfico Microsoft DirectX 9 com driver WDDM; Windows Server 2008: Processador: 1 gigahertz (GHz) ou superior com suporte a PAE, NX e SSE2, RAM: 1 gigabyte (GB) (32 bits) ou 2 GB (64 bits), 26 Técnico em Informática Competência 02 Espaço no disco rígido: 16 GB (32 bits) ou 20 GB (64 bits) e Placa gráfica: Dispositivo gráfico Microsoft DirectX 9 com driver WDDM; Windows Server 2008: Processador : Mínimo: 1 GHz, Recomendado: 2 GHz, Ideal: 3 GHz ou mais veloz; o Observação: é necessário um processador Intel Itanium 2 para Windows Server 2008 para sistemas com base em Itanium; Memória: Mínimo: 512 MB de RAM, Recomendado: 1 GB de RAM, Ideal: 2 GB de RAM (instalação completa) ou 1 GB de RAM (instalação do Server Core) ou Máximo (sistemas de 32 bits): 4 GB (padrão) ou 64 GB (Enterprise e Datacenter) Máximo (sistemas de 64 bits): 32 GB (padrão) ou 2 TB (Enterprise, Datacenter e sistemas baseados em Itanium), Espaço disponível em disco, Mínimo: 8GB, Recomendado: 40 GB (instalação completa) ou 10 GB (instalação do Server Core) e Ideal: 80 GB (instalação completa) ou 40 GB (instalação do Server Core) ou mais. Windows Server 2012: Se o seu computador não atender aos requisitos "mínimos", não será possível instalar este produto corretamente. Os requisitos reais variam conforme a configuração do seu sistema e os aplicativos e recursos instalados. Mínimo: processador de 1,4 GHz e 64 bits, 512 MB de RAM, 32 GB de HD, estando ciente de que 32 GB deve ser considerado um valor mínimo absoluto para uma instalação bem-sucedida. 27 Sistemas Operacionais Competência 02 o Observação: computadores com mais de 16 GB de RAM precisarão de mais espaço em disco para operações de envio de mensagens, hibernação e despejo de arquivos. Apesar da Microsoft não estar mais dando suporte a Família Windows 2000, vamos detalhar este sistema pela razão de muitas empresas ainda utilizarem em seus servidores e com os clientes. Abaixo, as Figuras 13 e 14 mostram, respectivamente, o Windows 2000 Professional e Windows 2000 Server. Figura 13 – Microsoft Windows 2000 Professional Fonte: pt.wikipedia.org Figura 14 – Microsoft Windows 2000 Server Fonte: pt.wikipedia.org 28 Técnico em Informática Competência 02 2.2. Família Microsoft Windows 2000 Windows 2000 Professional (Cliente) Windows 2000 Server (Servidor) Windows 2000 Advanced Server (Servidor) Windows 2000 Data Center Server (Servidor) Como você pode observar, existem divisões categóricas das versões para o mesmo sistema operacional, no caso o Windows 2000, como dito antes, muito utilizado ainda nas empresas. Assim como vamos descrever este SO, você poderá pesquisar sobre as versões mais atuais. Vamos em frente. A Diferença entre as diversas versões de uma família de sistemas operacionais pode estar em: Quantidade de aplicativos Quantidade de processadores reconhecidos Quantidade de memória RAM que pode ser gerenciada. Sistema Operacional Quantidade Máxima de Memória RAM Quantidade Máxima de Processadores Professional 4GB 2 Server 4GB 4 Advanced Server 8GB 16 Data Center Server 16GB 32 29 Sistemas Operacionais Competência 02 Figura 15 – Microsoft Windows XP Fonte: pt.wikipedia.org 2.3. Família Windows XP Já a família Windows XP, foi voltada única e exclusivamente para o mercado de computadores Desktop e Clientes de Redes, ou seja, voltado para o consumidor residencial que compra PC (Personal Computer) e Notebooks, com o visual exuberante como mostra a Figura 15. Windows XP Starter Edition Windows XP Home Edition Windows XP Professional Windows XP Media Center Windows XP 64 Bits Windows XP Professional 64 Bits Windows XP Tablet PC Edition 30 Técnico em Informática Competência 02 Veja aqui os requisitos mínimos que você precisa para usar o Windows XP: PC com processador de 300 megahertz (MHz) Mínimo de 233 MHz necessário (sistema de processador único ou duplo); Família Intel (Pentium/Celeron), família AMD (K6/Athlon/Duron) ou processador compatível - recomendado 128 megabytes (MB) de RAM ou mais recomendados; 1,5 gigabytes (GB) de espaço disponível em disco rígido; Adaptador de vídeo e monitor super VGA (800 x 600) ou superior; Unidade de CD-ROM ou DVD; Teclado e Microsoft Mouse ou dispositivo apontador compatível. 2.4. Família Windows Server 2003 Windows 2003 Web Edition Windows 2003 Standard Edition Windows 2003 Enterprise Edition Windows 2003 Datacenter Edition Todas as versões para processadores de 32 ou 64 bits. É mais um dos sistemas operacionais, do tipo servidor, da Microsoft, que ainda existe em muitas empresas no mercado mundial. Vale a pena você estudar mais sobre o próprio, mas não se esqueça de que devemos nos atualizar. Veja agora os requisitos mínimos para cada versão da Família 2003: 31 Sistemas Operacionais Competência 02 Web Edition: processador 133MHz, 128MB de RAM e 1,5GB livres de espaço em HD. Standard Edition: Processador 133MHz 128MB de RAM e 1,5GB livres de espaço em HD. Enterprise Edition: Processador 133MHz 512MB de RAM e 1,5GB livres de espaço em HD. DataCenter Edition: Processador 400MHz 512MB de RAM e 1,5GB livres de espaço em HD. Figura 16 – Microsoft Windows 2003 Server Fonte: social.technet.microsoft.com Veja na família 2003 quais as principais diferenças entre as versões: Obs: Lembre-se de que as versões do Windows 2003 foram projetadas para processadores de 32 e 64 bits. 32 Técnico em Informática Competência 02 Logo após o lançamento da versão 2003 para servidores, a Microsoft voltou a produzir sistemas para Desktop. O Windows Vista chegou ao mercado prometendo revolucionar o uso do Desktop e de Notebooks, porém essa versão não agradou muito, pela quantidade exagerada de requisitos mínimos e também com grandes problemas de compatibilidade. A Microsoft prometeu resolver todos os problemas lançando a versão de Sistemas para Desktop que “atualmente” é chamada de Windows Seven (Figura 17). Figura 17 – Microsoft Windows 7 Fonte – http://ww2.smartnet.com.br/portal/instalacao-para-windows-7.html Mas que logo foi substituída pelo Windows 8, o qual foi uma das grandes revoluções mercadológicas no cenário de sistemas operacionais. A Microsoft apostou todas as suas “fichas” neste sistema operacional para garantir sua continuidade no ramo de SO. Sistema Operacional QuantidadeMáxima de Memória RAM Quantidade Máxima de Processadores Web Edition 4GB 2 Standard Edition 4GB 4 Interprise Edition 32GB (32 bits) 64GB (64 bits) 8 Data Center Edition 64GB (32 bits) 512GB (64 bits) 32 33 Sistemas Operacionais Competência 02 Ah, conseguiu e muito bem. Apesar de algumas críticas, o sistema, mais uma vez, continua sendo um dos mais usados no mundo inteiro. Visualiza-se nas Figuras 17 e 18 cada um destes SO mencionados anteriormente, o Windows 7 e o Windows 8. Figura 18 – Microsoft Windows 8 Fonte – Autor Estamos quase finalizando os sistemas operacionais da Microsoft. A empresa, no ano de 2008, lançou uma nova família de Sistemas Operacionais, desta vez contemplando apenas o mercado de servidores. Surge o Windows 2008 Server (Figura 19). Figura 19 – Microsoft Windows Server 2008 Fonte – www.techfuels.com 34 Técnico em Informática Competência 02 2.5. Família Windows 2008 Server Windows Server 2008 Standard Windows Server 2008 Enterprise Windows Server 2008 Datacenter Windows Server 2008 Webserver Windows Server 2008 para Processadores Itanium Windows Server 2008 Standard sem Hyper-V Windows Server 2008 Enterprise sem Hyper-V Windows Server 2008 Datacenter sem Hyper-V O Hyper-V permite que as organizações de TI reduzam custos, melhorem a utilização do servidor e criem uma infraestrutura de TI mais dinâmica. Além disso, essa tecnologia fornece maior flexibilidade devido às capacidades dinâmicas, confiáveis e escalonáveis de plataforma combinadas com um único conjunto de ferramentas integradas de gerenciamento para recursos físicos e virtuais, permitindo, assim, a criação de um datacenter ágil e dinâmico e a obtenção de progressos por meio de sistemas dinâmicos de autogerenciamento. O Hyper-V é o Sistema de Virtualização da Microsoft que vem para concorrer com o Vmware Server, o líder do mercado. Atualmente, já está disponibilizada a versão do Windows 2012 Server, com mais recursos ainda de virtualização de servidores. Então, estudar é preciso. Agora, vamos partir para outro mundo, o ambiente dos pinguins, o sistema operacional Linux. 35 Sistemas Operacionais Competência 02 2.6. Sistema Operacional Linux Você deve ter percebido que dedicamos a maior parte do curso ao Sistema Microsoft Windows. É que a importância dele no mercado de trabalho e sua facilidade de uso é enorme. Como muitos dos conceitos abordados são de sistemas operacionais e não somente do Windows, iremos aproveitar grande parte deste assunto e aplicá-lo nesta última etapa do curso. Nesta segunda semana, você terá a oportunidade de conhecer o Software Livre. Uma das maiores revoluções em todos os níveis de conceitos, sejam eles filosófico ou econômico. Iremos conhecer as regras de mundo “livre”, as personalidades, os principais divulgadores, as filosofias de uso e claro, sem esquecer o mais importante: o Sistema Operacional Linux abrangendo sua instalação, configuração e uso. Aqui, copiar é legal! E não é pirataria! Ou seja, copiar é legal por ser bacana e divertido e também copiar é legal no sentido de estar correto perante as leis, ou seja, não há problemas em copiarmos e difundirmos conhecimento. Por isso, é dito que o Linux é uma das maiores revoluções da história da Informática. Imagine que existem milhares e milhares de pessoas que constroem um sistema para você usar totalmente de graça e, lhe dão a oportunidade de conhecer integralmente como cada programa é feito e ainda permitem que você altere o programa de acordo com sua conveniência. E ai? Vamos conhecer este novo mundo? 2.6.1. O que é o SO Linux? O Linux é um sistema operacional, ou seja, a interface que gerencia o computador e torna possível a sua interação com o usuário. Sendo assim, o Linux é quem controla o gerenciamento dos dispositivos físicos (como 36 Técnico em Informática Competência 02 memória, disco rígido, processador, entre outros) e permite que os programas os utilizem para as mais diversas tarefas. Outros sistemas operacionais incluem: a família UNIX BSD (FreeBSD, NetBSD, OpenBSD e outros), AIX, HP- UX, OS/2, MacOS, Windows, MS-DOS, entre muitos outros. O criador do kernel (núcleo do sistema operacional) Linux se chama Linus Torvalds, que também é até hoje o mantenedor da árvore principal deste kernel. Quando Linus fez o kernel, seguiu os padrões de funcionamento POSIX – os mesmos utilizados por todos os sistemas UNIX – e por isso é um sistema operacional bem parecido com os outros da família UNIX (mas não igual). Um fato curioso é a origem do nome Linux: o autor juntou seu nome ao Unix (Linus + Unix) e o resultando foi Linux. Um dos recursos que tornou o Linux mais utilizado é sua alta portabilidade, que faz com que o sistema possa ser utilizado em diversas plataformas de hardware: PCs, main-frames, servidores de grande porte, sistemas embarcados, celulares, handhelds, roteadores, entre outros. Além disso, ele é um sistema operacional completo, multitarefa e multiusuário, o que significa que vários serviços e usuários podem utilizá-lo ao mesmo tempo. Outra característica importante é sua alta capacidade de “conversar” com outros sistemas operacionais, tais quais outros sistemas UNIX, redes Windows, Novell, entre outros. Além de todas essas funcionalidades, uma das principais e mais importantes características do Linux é ele ser um software livre e gratuito (Open Source – ou em português – Código Aberto). Isto significa que você não precisa pagar para usá-lo, além de ter a possibilidade de não depender de nenhuma empresa que controle o sistema operacional. O código-fonte do núcleo do sistema (kernel) está liberado sob a licença GPL e pode ser obtido na Internet por qualquer pessoa, pode também ter seu código alterado e redistribuído, modificando ao seu gosto e suas necessidades, caso preciso. Por ser livre, o Linux tem como desenvolvedores vários programadores espalhados pelo mundo, de várias empresas diferentes ou até pessoas isoladas, que 37 Sistemas Operacionais Competência 02 contribuem sempre mandando pedaços de códigos e implantações ao Linus Torvalds, que organiza e decide o que ir ao kernel oficial ou não. 2.6.2. Software Livre / Código Aberto Quando um software é lançado, o autor geralmente escolhe uma licença para a sua criação. Esta licença é quem vai dizer o que se pode ou o que não se pode fazer com o software disponibilizado. Historicamente, com a popularização da informática, as licenças geralmente constituíam uma série de restrições para os usuários quanto ao uso do software, como por exemplo: usuários tinham que pagar para usar e não podiam modificar ou mexer na sua base de programação. Quando Linus Torvalds criou e lançou seu kernel, ele o colocou sob a licença GPL (General Public Licence – Licença Pública Geral), uma licença criada pela fundação GNU que permitia o livre uso dos softwares, protegendo-os de pessoas mal intencionadas. A licença GPL foi uma das responsáveis pela popularização do sistema operacional Linux, pois permitia que usuários e desenvolvedores pudessem usar e modificar o sistema de acordo com suas necessidades. Ao mesmo tempo em que ela permite liberdades em relação ao software, ela também protege o código para que a licença e suas liberdades não sejam modificadas. Este tipo de licença permissiva é quem define quando um software é livre, ou é de código-aberto. 2.6.3. Licença GPL A licença GPL permite queo autor distribua livremente o seu código, oferecendo assim quatro liberdades: 1. A liberdade de executar o programa, para qualquer propósito; 2. A liberdade de estudar como o programa funciona e adaptá-lo para as suas necessidades; 38 Técnico em Informática Competência 02 3. A liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar ao seu próximo; 4. A liberdade de aperfeiçoar o programa, e liberar os seus aperfeiçoamentos, de modo que toda a comunidade se beneficie deles. Em outras palavras, todos podem utilizar, modificar e redistribuir o software (e inclusive as modificações), contanto que tudo isto seja feito respeitando e mantendo a mesma licença GPL. Isso permite que o software nunca seja fechado, assim pessoas mal intencionadas não podem fazer uso desleal do código. Outras Licenças Além da GPL, há uma grande quantidade de outras licenças que permitem o uso livre dos softwares. Podemos citar alguns exemplos como a LGPL, Original BSD, Modified BSD, Apache License, Intel Open Source License, Mozilla Public License, entre muitas outras. FSF e o Projeto GNU A FSF – Free Software Foundation (Fundação do Software Livre, em português) – criada em 1985 por Richard M. Stallman é uma fundação sem fins lucrativos com o objetivo de incentivar o movimento do software livre. A FSF foi pioneira na discussão e criação de softwares livres no mundo, em uma época em que tudo estava tendendo ao software pago. Free Software Foundation Em 1985, Richard Stallman criou a Free Software Foundation, uma organização que atua na defesa do software livre e suas licenças. A FSF cuida de licenças como a GPL, importantes na implantação e adoção do software 39 Sistemas Operacionais Competência 02 livre no mundo. Além disso, ela também gerencia o projeto GNU, auxiliando todo o grande número de programas que participam do projeto. A organização tem sua sede em Boston, MA, EUA. Além da sede, ela também tem filial na América Latina, Europa e Índia. 2.6.4. GNU’s Not Unix O Projeto GNU foi o berço do software livre. Iniciado em 1984 e idealizado por Richard Stallman, seu propósito era criar um sistema operacional livre, de código aberto. Stallman começou com a ideia criando o editor de textos chamado emacs, que foi muito bem recebido, contemplando o projeto com outros pedaços de software como o compilador gcc. Depois de algum tempo, o projeto GNU tinha todas as ferramentas prontas para os usuários utilizarem, mas faltava apenas uma coisa: o kernel. Sem um kernel próprio e livre, o ideal de software livre do projeto GNU não poderia ser alcançado. Por essa razão, um estudante da Finlândia chamado Linus Torvalds criou um kernel chamado Linux e utilizou todas as ferramentas do projeto GNU nele. Como o kernel era livre, rapidamente as pessoas ao redor do projeto GNU começaram a utilizá-lo e apesar de não ser considerado oficial, o Linux acabou se tornando o kernel principal do sistema GNU. Por essa razão, muitas pessoas utilizam o termo “GNU/Linux” para chamar o sistema operacional que tem como kernel o Linux e muitas de suas ferramentas básicas do projeto GNU. Essa questão é bastante polêmica e gera muitas controvérsias, pois atualmente não se usa apenas as ferramentas GNU: as distribuições possuem vários outros programas de diversos projetos diferentes. 40 Técnico em Informática Competência 02 2.6.5. Personalidades do Linux - Richard Stallman Fundador e criador de várias políticas sobre softwares livres, Richard Stallman pode ser considerado um dos pais do software livre. Até os dias de hoje, Stallman continua atuando como articulador pela Free Software Foundation, defendendo o software livre e a GPL com todas suas forças. Outras personalidades do mundo do Software Livre que você deve conhecer e pesquisar um pouco: John Maddog Hall – Presidente da Linux Internacional, instituto que, dentre outras funções, é responsável pelas provas de certificação LPI (Linux Professional Institute). Marcelo Tossati – Brasileiro que foi mantenedor de umas das versões do Kernel. Eric Raymond – Um famoso hacker americano que escreveu o livro “A Catedral e o Bazar” que faz analogia entre o software livre e proprietário. Linus Torvalds – Criador do Kernel do Linux. Sérgio Amadeu – Ativista brasileiro do software livre. Ian Murdock – Criador do Debian. Mark Shuttleworth – Dono da Canonical, empresa que faz o Ubuntu Linux. 2.6.6. Distribuições O Kernel de um sistema operacional sozinho não faz nada. É necessário o uso de ferramentas, programas, interfaces para o usuário e um Shell apropriado. Então, como reunir todos os elementos básicos de um sistema operacional e torná-lo funcional para o usuário final? 41 Sistemas Operacionais No dia a dia dos usuários Linux, Distribuição pode ser chamada de Distro. Competência 02 Essa questão foi resolvida com o surgimento das distribuições. As empresas e pessoas criaram processos de empacotamento do kernel e ferramentas diversas e forneciam aos usuários o pacote todo pronto: uma distribuição. Os usuários obtinham cópias de disquetes ou CDs através de amigos ou pela Internet e instalavam em suas máquinas através dos sistemas de instalação que as empresas e pessoas por trás das distribuições fizeram, tornando assim o trabalho muito mais fácil. Um bom ponto de partida para se conhecer muitas distribuições é o site Distrowatch – http://www.distrowatch.com – que contém uma lista gigante de distribuições, seus conteúdos, descrições e objetivos. Exemplos de distribuições Linux são: Mandriva (Antiga Conectiva Linux) Kurumin (brasileira) Debian Fedora Red Hat Slackware SUSE Ubuntu Yellow Dog Linux (para Mac) 42 Técnico em Informática Competência 02 Tipos de Distribuições Existe distribuição para tudo! Distribuição voltada para jogos, lan houses, igrejas, músicos, médicos, advogados, professores, telecentros, crianças, deficientes visuais, matemáticos... Distribuições que atendem a todos em geral, que trazem aplicativos para acesso a Internet, pacotes Offices e programas utilitários também. Há também distribuições com fins específicos como: Sistemas embarcados (para celulares e smartphones) Segurança de Redes wireless Análise de redes Forense (para auxílio à descoberta de crimes digitais) Live-CD (Distribuições que podem ser utilizadas sem a necessidade de instalar no computador. Basta dar boot pelo CDROM e utilizá-la). O que vem em uma Distribuição Linux? Quando empresas e/ou pessoas fazem uma distribuição, eles tem dois objetivos. O primeiro é facilitar a vida do usuário e criar meios para que seja possível utilizar o Linux com facilidade. A outra é trazer uma reunião de aplicativos específicos de um assunto como uma distribuição voltada para estúdio de música ou ainda uma distribuição que atenda a maioria dos usuários, como o Ubuntu Linux. Uma distribuição feito Ubuntu, Fedora ou SuSE traz aplicativos genéricos de acesso à internet, bate-papo, clientes de e-mail, pacote Office e também alguns joguinhos. Os itens citados abaixo não são obrigatórios em uma distribuição Linux, mas é prática comum do mercado utilizá-los. 43 Sistemas Operacionais Competência 02 Kernel Claro! O kernel do Linux, o coração do sistema. Instalador Um programa que ajude o usuário a instalar o Linux no seu computador. Shell O interpretador de comandos.O mais comum do mundo Linux é o Bash. Mas existem outros como o csh, bsh e o sh. Aplicativos em Modo Texto O Shell do Linux é muito utilizado. É possível fazer absolutamente tudo em modo texto através de linhas de comando. Servidor X É o servidor que proporciona ter Interface Gráfica no Linux. Não é obrigatório, mas, se desejado, você pode ter mais de uma interface gráfica no Linux. Interfaces Gráficas Graças ao Servidor X, é possível ter diversas interfaces gráficas. Conheça alguma delas: KDE, GNOME, FLUXBOX, WindowMaker, BlackBox e Enlightnment. Gerenciadores de Boot O NTLDR é utilizado pelo Windows para possibilitar a escolha do sistema operacional na hora em que ligamos o computador. 44 Técnico em Informática Competência 02 No Linux os principais são: o LILO – Linux Loader o GRUB - Grand Unified Bootloader Módulos Programas que ligam o sistema operacional ao hardware, como o módulo da placa de som. Módulo é o mesmo que Driver no mundo Microsoft. Agora que conhecemos algumas das principais características de um dos sistemas mais utilizados no mundo, o Linux, você pode usar qualquer uma das distribuições do Linux, como sistema operacional servidor ou como sistema operacional cliente. Porém, existem distribuições que são mais utilizadas para fins específicos, vamos estudar sucintamente algumas delas. 2.6.7. Principais Sistemas Operacionais Linux Existem algumas das distribuições que são mais conhecidas e utilizadas mundialmente, que inclusive serviram e servem de base para criar outras distribuições, devido a fortes características, como vamos relatar a seguir. Vamos juntos. Distribuição Debian Linux O Debian é uma distribuição de GNU/Linux que tem como característica principal a universalidade, ou seja, seu objetivo é fazer com que ele seja um Sistema Operacional de caráter livre e que possa ser usado em qualquer lugar do mundo, por qualquer pessoa. O Debian é feito por mais de 1500 voluntários ao redor de todo o globo. Cada pacote, seja ele um programa, uma biblioteca ou documento, tem como responsável o chamado mantenedor, cujas tarefas incluem a compilação e a correção de bugs do pacote. O Debian tem sido adotado por muitas entidades e tem atraído 45 Sistemas Operacionais Site da Distribuição: http://wiki.debianb rasil.org/ Competência 02 especialmente os governos por ser independente de fornecedor, ser uma iniciativa 100% comunitária e ter um desenvolvimento aberto. Figura 20 – Sistema Operacional Debian Linux Fonte: pt.wikipedia.org Alguns exemplos de uso do Debian como base são: Ubuntu Knoppix e o Kurumin GNU/LinEx - que obteve sucesso mundial com seus 80 mil computadores rodando GNOME instalados em Extremadura, Espanha. Distribuição dos Telecentros de São Paulo. Porto Alegre GNU/Linux - criado para o IV FISL (Fórum Internacional de Software Livre). Distribuição Red Hat Linux 46 Técnico em Informática Competência 02 Red Hat Linux é uma distribuição de Linux muito conhecida, líder do mercado nos Estados Unidos, criada e mantida pela Red Hat. A distribuição Red Hat está atualmente voltada para o mercado empresarial. No entanto, mantém a sua vertente comunitária através do projeto Fedora Core, que é uma distribuição totalmente livre, gratuita, desenvolvida comunitariamente e que serve de base ao Red Hat Enterprise Linux. Figura 21 – Sistema Operacional Red Hat Linux Fonte: pt.wikipedia.org Distribuição Fedora Linux O Fedora é um sistema operacional que tem por base o Linux, uma coleção de software que faz com que o seu computador trabalhe. Pode utilizar o Fedora em conjunto com, ou em vez de, outro sistema operacional como o Microsoft Windows™ ou o Mac OS X™. O sistema operacional Fedora é completamente livre de custos para poder usufruir e partilhar. 47 Sistemas Operacionais Site: http://fedoraprojec t.org/pt/ Competência 02 O Projeto Fedora é o nome de uma comunidade mundial de pessoas que amam, usam e constroem software livre. Esse projeto tem o objetivo de liderar a criação e divulgação de código e conteúdos livres e abertos trabalhando em conjunto como uma comunidade. O Fedora é patrocinado pela Red Hat, o fornecedor de tecnologia de código aberto de maior confiança da escala mundial. A Red Hat investe no Fedora para encorajar a colaboração e promover novas tecnologias com software livre. Figura 22 – Sistema Operacional Fedora Linux Fonte: linux-noob.com Distribuição Slackware Linux Slackware Linux é o nome da mais antiga e conhecida distribuição GNU/Linux mantida ainda em evidência. Seu criador e mantenedor, Patrick Volkerding, estabelece uma meta de produção da distribuição baseada em simplicidade e estabilidade, alcançando o padrão de distribuição mais Unix-like ao manter seus usuários nas camadas de configuração em console de modo texto para uma total personalização do ambiente. Além de seu uso profissional, é considerada também como uma distribuição de nível acadêmico, mantendo uma vasta documentação atualizada em sua raiz, para os usuários que necessitem de maior conhecimento para dominá-lo. 48 Técnico em Informática Site: http://pt.wikipedia. org/wiki/Slackware _Linux Site: https://www.suse.c om/pt-br/ Competência 02 O Slackware Linux é um sistema operacional computacional baseado em projetos oficiais de software livre, desenvolvido por pessoas espalhadas no mundo, organizadas em comunidades e instituições, sendo a principal delas a FSF (Free Software Foundation) com seus projetos e licenciamentos GNU LGPL de software livre. Utiliza como cerne do sistema o projeto oficial da Linux Foundation, o kernel Linux. Figura 23 – Sistema Operacional Slackware Linux Fonte: archive09.linux.com Distribuição SUSE Linux Criado em 1992, o SUSE é o provedor original da distribuição empresarial do Linux e a plataforma com a maior troca de informações para ambientes de computação essenciais. Com um portfólio centrado no SUSE Linux Enterprise, são capacitadas milhares de organizações ao redor do mundo em ambientes físicos, virtuais e em nuvem. Com um compromisso contínuo com produtos inovadores e suporte Linux da mais alta qualidade, o crescimento do SUSE mais do que triplicou depois de ter sido adquirido pela Novell em 2004. Agora, operando como uma unidade de negócios independente do The Attachmate Group, o SUSE continua seu foco inabalável nos benefícios do código-fonte aberto e nas necessidades de seus parceiros e clientes comerciais. 49 Sistemas Operacionais Site: http://www.ubuntu -br.org/ Competência 02 Figura 24 – Sistema Operacional Suse Linux Fonte: www.paradigm.ac.uk Distribuição Ubuntu Linux Ubuntu é um sistema operacional desenvolvido pela comunidade, e é perfeito para laptops, desktops e servidores. Seja para uso em casa, escola ou no trabalho, o Ubuntu contém todas as ferramentas que você necessita desde processador de texto e leitor de e-mails a servidores web e ferramentas de programação. Lança uma nova versão para desktops e servidores a cada seis meses. O que significa que você sempre terá as últimas versões dos maiores e melhores aplicativos de código aberto que o mundo tem a oferecer. O instalador gráfico lhe permite ter um sistema funcional de forma rápida e fácil. Uma instalação padrão deve levar menos de 30 minutos.50 Técnico em Informática Competência 02 Uma vez instalado, seu sistema está imediatamente pronto para o uso. Na versão desktop você tem um conjunto completo de aplicativos para produtividade, internet, imagens, jogos, entre outras ferramentas. Figura 25 – Sistema Operacional Ubuntu Linux Fonte: blogdalurocha.wordpress.com Esse é o mundo dos sistemas operacionais corporativos e domésticos, que hoje em dia são muito parecidos. Podemos trabalhar de qualquer lugar, desde que tenha uma conexão com a Internet. Para dar continuidade aos nossos estudos sobre sistemas operacionais, na próxima competência convido você a estudar algumas ferramentas de software que potencializaram o uso dos sistemas operacionais da Microsoft e do Linux. Vamos juntos! 51 Sistemas Operacionais Competência 03 3. COMPETÊNCIA 03 | CONHECENDO MELHOR OS SISTEMAS OPERACIONAIS Meu amigo(a), alguns dos recursos fundamentais a serem estudados nos sistemas operacionais da atualidade são os gerenciamentos de contas e grupos de usuários e os compartilhamentos de pastas e arquivos. Vamos saber como podemos usar esses recursos em todos os sistemas da Microsoft, desde o Windows XP, ainda hoje um dos mais usados comercialmente, além do uso liberado de sua licença, para estudos, sem gerar custos. Vamos juntos iniciar nossos estudos. A partir de agora, vamos aprender a gerenciar contas e grupos de usuários. Em primeiro plano, vamos abordar o assunto no Windows XP. Saiba que ao usar um Sistema Operacional Cliente (como o Windows XP), os usuários e grupos utilizados só funcionarão onde eles foram criados. Esses usuários são chamados de usuários locais e não são reconhecidos em outra máquina, mesmo que esteja em rede. Imagine que temos uma estação chamada COMPUTADOR_1 e o usuário chamado MATEUS é criado. Não adianta ir no COMPUTADOR_2 e tentar fazer operação com esse usuário, pois ele pertence ao COMPUTADOR_1. Imagine agora um laboratório com quatro computadores e que quatro alunos que irão ter aulas nesse laboratório utilizem essas máquinas. É necessário que em cada máquina sejam criados os usuários. Note que no exemplo cada aluno só vai poder usar a máquina em que a conta dele foi criada. Caso a máquina dele esteja indisponível e ele queira utilizar outra máquina, a conta dele terá que ser criada lá. Veja na figura abaixo. O exemplo do nosso laboratório ficaria assim: 52 Técnico em Informática Competência 03 Figura 26 – Usuários_1 Fonte: Autor Note que cada máquina tem uma conta pra cada usuário. Cada aluno só poderá utilizar a máquina onde ele tem conta cadastrada. Caso o COMPUTADOR_1 estivesse quebrado, o aluno MATEUS não poderia utilizar outra máquina, pois o usuário dele só existe no COMPUTADOR_1. Caso eu quisesse que todos os alunos utilizassem qualquer máquina, a solução seria adotar a arquitetura abaixo. Figura 27 – Usuários_2 Fonte: Autor Note que o problema foi resolvido. Agora todos os alunos podem utilizar todas as máquinas. Mas você acha que essa solução funcionaria para uma empresa de grande porte com 500 computadores? Imagine que nessa empresa tenha três 53 Sistemas Operacionais Competência 03 turnos... Como manter 1.500 contas de usuários dessa forma? Máquina a máquina? Para resolver problemas como esse é que adotamos a arquitetura Cliente/Servidor. No caso da empresa com 1.500 funcionários e 500 computadores basta termos um Servidor de Autenticação de Usuários, uma máquina que concentraria as 1.500 contas e disponibilizaria essas contas para todas as 500 máquinas da empresa e todos os funcionários poderiam usar qualquer computador. Com essa arquitetura o profissional que gerencia esta rede (Geralmente chamado de Administrador de Redes ou Sysadmin) teria o gerenciamento fácil, centralizado e íntegro. Uma arquitetura assim dá ao Sysadmin poderes como: Escolher em que horário o usuário pode logar na rede; Escolher em que máquinas o usuário pode logar; Escolher que programas o usuário pode utilizar; Liberar ou proibir o uso da internet; Monitorar as ações do usuário. Nesse caso, precisaríamos ter uma estrutura lógica, centralizada, que pudesse gerenciar todo o ambiente corporativo, uma estrutura cliente/ servidor, como podemos ver na Figura 28. Figura 28: Usuários_3 Fonte: Autor 54 Técnico em Informática Competência 03 Note que as contas foram criadas apenas no servidor. E todos os clientes poderão usufruir desse recurso. Na plataforma Microsoft, quem faz esse papel é um servidor chamado ACTIVE DIRECTORY, disponibilizado em todos os sistemas operacionais servidores da Microsoft desde o Windows 2000 Server até o presente Windows 2012 Server. Existem operações que são pertinentes ao gerenciamento de usuários. São elas: Logar ou Logon: O ato de se registrar na rede, geralmente utilizando nome de usuário (login) e senha. Login (ou logname): Nome do usuário. Ex: Pedro Logout ou Logoff: O Ato de encerrar uma sessão. Autenticar: Quando o usuário fornece as credenciais corretas (nome de usuário e senha, por exemplo), o sistema autentica a sessão dele, ou seja, reconhece que o usuário é verdadeiro (autêntico). Sessão: É a atividade de um usuário no sistema. Quando o usuário loga ele abre uma nova sessão. Quando o usuário faz um logoff ele encerra a sessão. Log: Arquivo descritivo que registra as ações de um usuário ou programa. 55 Sistemas Operacionais Competência 03 Exemplo: O usuário Pedro logou às 19:30. Abriu o Internet Explorer. Acessou o site: www.ead.sectma.pe.gov.br. Encerrou a sessão às 19:50. Quando um conjunto de usuários tem as mesmas características e vão utilizar os mesmos recursos e programas, devemos reuni-los em grupos de usuários. A ferramenta do Windows que gerencia esse recurso é chamada de GRUPOS DE USUÁRIOS. Para entender grupos de usuários basta lembrar-se de conjuntos. Por exemplo: Conjunto das cores: contém somente as cores (azul, amarelo...) ou Conjunto dos carros (Fusca, Chevette...). Grupos de Usuários do Dep. de Vendas: deve conter apenas os usuários do Dep. de Vendas (João, José...) e assim por diante. Quando o administrador da rede for liberar ou proibir algum recurso, em vez de aplicar a regra a cada usuário individualmente (o que seria demorado e cansativo), ele deve aplicar ao grupo que contém esses usuários e todos receberão essa política (regra), exemplificado na Figura 29. Figura 29 – Usuários_4 Fonte: Autor 56 Técnico em Informática Competência 03 Note na figura acima que existem três grupos. Cada grupo tem seus usuários distintos e também existem alguns usuários que não estão em grupo nenhum. Note também que José faz parte de dois grupos: VENDAS e DIRETORES. Esse tipo de associação é permitido e não há limite. Posso colocar um usuário em quantos grupos forem necessários. Ou seja, JOSÉ vai usufruir dos direitos e políticas dos dois grupos. Imagine um exemplo com pastas. Quero liberar e/ou negar gravação e leitura aos Departamentos desta empresa. A maneira mais fácil é utilizando os grupos de usuários. Veja o exemplo abaixo: Figura 30 – Usuários_5 Fonte: Autor Veja que somente os funcionários de cada setor têm acesso à pasta do seu setor. O usuário de vendas não tem acesso à pasta de Diretores, mas veja que existe uma pasta em comum. A pasta TODOS pode ser vista por todos os usuários, mas eles não podem alterar seu conteúdo.
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