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Introdução aos Sistemas Operacionais

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Técnico em Informática 
Eduardo N. de Arruda 
 
 
 
 
2013 
Sistemas 
Operacionais 
 
 
 
 
 
 
 
Presidenta da República 
Dilma Vana Rousseff 
 
Vice-presidente da República 
Michel Temer 
 
Ministro da Educação 
Aloizio Mercadante Oliva 
 
Secretário de Educação Profissional e 
Tecnológica 
Marco Antônio de Oliveira 
 
Diretor de Integração das Redes 
Marcelo Machado Feres 
 
Coordenação Geral de Fortalecimento 
Carlos Artur de Carvalho Arêas 
 
 
 
 
 
Governador do Estado de Pernambuco 
Eduardo Henrique Accioly Campos 
 
Vice-governador do Estado de Pernambuco 
João Soares Lyra Neto 
 
Secretário de Educação 
José Ricardo Wanderley Dantas de Oliveira 
 
Secretário Executivo de Educação Profissional 
Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra 
 
Gerente Geral de Educação Profissional 
Luciane Alves Santos Pulça 
 
Gestor de Educação a Distância 
George Bento Catunda 
 
 
 
 
 
 
 
Coordenação do Curso 
João Ferreira da Silva Júnior 
 
Coordenação de Design Instrucional 
Diogo Galvão 
 
Revisão de Língua Portuguesa 
Carlos Cunha 
 
Diagramação 
Cícera Zeferino dos Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 3 
1. COMPETÊNCIA 01 | INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS OPERACIONAIS ................................... 5 
1.1. As Várias Partes de Sistema Operacional ........................................................ 10 
1.1.1. O Kernel – “Um Executivo em Tempo-Real” ................................................. 10 
1.1.2. Gerenciamento de processos ....................................................................... 11 
1.1.3. Gerenciamento de memória ........................................................................ 11 
1.1.4. Gerenciamento do Sistema de Arquivo. ....................................................... 12 
1.2. Classificação dos Sistemas Operacionais .......................................................... 13 
1.2.1. Licenciamento ............................................................................................. 13 
1.2.2. Gerenciamento de Tarefas ou Processos ...................................................... 13 
1.2.3. Quanto à aplicação do Sistema ..................................................................... 13 
1.2.4. Quanto à arquitetura .................................................................................... 14 
1.2.5. Quanto à quantidade de usuários que podem utilizar o sistema 
simultaneamente ................................................................................................... 15 
1.3. Manipulação de Arquivos ................................................................................ 15 
1.3.1. Arquivo ........................................................................................................ 16 
1.3.2. Tipos dos Arquivos ....................................................................................... 16 
1.3.3. Entenda melhor os Arquivos ......................................................................... 19 
1.3.4. Organização dos Arquivos ............................................................................ 20 
1.3.5. Atributos dos Arquivos ................................................................................. 21 
1.3.6. Diretórios ou Pastas...................................................................................... 21 
1.3.7. Manipulação dos Arquivos ............................................................................ 21 
1.3.8. Segurança dos Arquivos ................................................................................ 23 
1.3.9. Blocos com Defeitos ..................................................................................... 23 
1.3.10. Cópias de Segurança ou Backup ................................................................. 23 
2. COMPETÊNCIA 02 | SELECIONANDO O SISTEMA OPERACIONAL ..................................... 24 
2.1. Versões dos Sistemas Operacionais da Microsoft............................................. 24 
2.2. Família Microsoft Windows 2000..................................................................... 28 
2.3. Família Windows XP ........................................................................................ 29 
2.4. Família Windows Server 2003 ......................................................................... 30 
2.5. Família Windows 2008 Server ......................................................................... 34 
2.6. Sistema Operacional Linux ............................................................................... 35 
Sumário 
 
 
 
 
 
2.6.1. O que é o SO Linux? ..................................................................................... 35 
2.6.2. Software Livre / Código Aberto ..................................................................... 37 
2.6.3. Licença GPL .................................................................................................. 37 
2.6.4. GNU’s Not Unix ............................................................................................ 39 
2.6.5. Personalidades do Linux - Richard Stallman .................................................. 40 
2.6.6. Distribuições................................................................................................. 40 
2.6.7. Principais Sistemas Operacionais Linux ......................................................... 44 
3. COMPETÊNCIA 03 | CONHECENDO MELHOR OS SISTEMAS OPERACIONAIS .................... 51 
3.1. Gerenciamento de Usuários Locais no Windows2000/XP/2003/2008 .............. 57 
3.2. Criando Contas de Usuários ............................................................................. 60 
3.2.1. Alterando as Contas de Usuários .................................................................. 61 
3.2.2. Gerenciamento de Contas de Usuários em Modo Avançado ......................... 64 
3.2.3. Alterando o Grupo do Usuário ...................................................................... 69 
3.3. Permissionamento .......................................................................................... 78 
3.4. Adicionando Grupos e/ou Usuários à lista de Permissões ................................ 88 
3.5. Tornando-se um proprietário de uma pasta e/ou arquivo................................ 89 
3.6. Compartilhando Pastas (Servidor de Arquivos) ................................................ 91 
4. COMPETÊNCIA 04 | FERRAMENTAS DE GERENCIAMENTO DOS SISTEMAS OPERACIONAIS
 .......................................................................................................................................... 97 
4.1. O que é o gerenciador de tarefas? ................................................................... 97 
4.2. Usando o Gerenciador de Tarefas .................................................................... 98 
4.3. Identificar o Processo associado a um Programa ............................................. 98 
4.4. Finalizando um processo ............................................................................... 100 
4.5. Ferramentas do Sistema ................................................................................ 101 
4.6. Como fazer backup de arquivos e pastas usando o utilitário de Backup ......... 107 
4.7. Restauração de dados ................................................................................... 115 
Conclusão ........................................................................................................................ 118 
Referências ......................................................................................................................119 
CURRÍCULO DO PROFESSOR-PESQUISADOR ..................................................................... 121 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
Sistemas Operacionais 
INTRODUÇÃO 
Caro (a) Aluno (a), 
Seja bem vindo (a) a nossa Disciplina SISTEMAS OPERACIONAIS do curso 
Técnico em Informática oferecido pela Secretaria de Educação de 
Pernambuco. Meu nome é: Eduardo Arruda. O prazer em conhecer você 
através deste documento, inicialmente, é todo meu. Depois, nos 
conheceremos um pouco mais no Ambiente Virtual de Aprendizagem, local 
onde você terá todo o material de aula e atividades para estudar. 
Nossa disciplina (Sistemas Operacionais) irá nos fornecer uma base de 
conhecimento necessária para expandir a utilização das outras matérias que 
serão estudadas no curso Técnico de Informática, portanto não vamos nos 
prender apenas neste material, devemos buscar sempre o algo a mais, que 
fará a diferença em seu aprendizado. Nossa disciplina está dividida em 04 
competências, são elas: 
 COMPETÊNCIA 1: Introdução aos Sistemas Operacionais 
o Analisar os serviços e funções de sistemas operacionais, utilizando 
suas ferramentas e em atividades de configuração, manipulação de 
arquivos, segurança e outras. OK 
 COMPETÊNCIA 2: Características dos Sistemas Operacionais 
o Selecionar o sistema operacional de acordo com as necessidades do 
usuário. OK 
 COMPETÊNCIA 3: Conhecendo melhor os Sistemas Operacionais 
o Conhecer as características de um sistema operacional que 
potencializam o trabalho dos usuários em escritórios. 
 COMPETÊNCIA 4: Ferramentas de Gerenciamento dos Sistemas 
Operacionais 
o Conhecer as ferramentas de um sistema operacional que afetam a 
automação de escritórios. 
 
 
 4 
Técnico em Informática 
Para começarmos a estudar, quero dizer a você que não deixe de fazer nada 
do que será solicitado, no decorrer do curso, seja uma leitura, uma atividade 
prática ou perguntas e respostas, como uma dinâmica. Se tiver dificuldade, 
use o ambiente virtual para registrar seu pedido, para que seja devidamente 
atendido. Conte comigo nessa jornada de estudos, um forte abraço, 
Eduardo Nascimento de Arruda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
Sistemas Operacionais 
 Competência 01 
1. COMPETÊNCIA 01 | INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS 
OPERACIONAIS 
Caro Amigo(a) para descrever o que é um sistema operacional existem alguns 
autores que são famosos por suas definições, eu poderia dizer assim para 
você: é um programa ou um conjunto de programas cuja função é servir de 
interface, um elo, entre um computador e o usuário. 
 
Segundo alguns autores (Stallings, 2004; Tanenbaum, 1999), existem dois 
modos distintos de conceituar um sistema operacional: 
 
Pela perspectiva do usuário ou programador - é uma abstração do hardware, 
fazendo o papel de intermediário entre o aplicativo (programa) e os 
componentes físicos do computador (hardware). 
 
Figura 1 – Sistema Operacional 
Fonte: Autor 
 
Numa outra visão (olhando a partir do hardware) - é um gerenciador de 
recursos. Controla quais aplicações (processos) podem ser executadas, 
quando, e que recursos (memória, disco, periféricos) podem ser utilizados. 
 
A sigla usual para designar esta classe de programas é SO (em português) ou 
OS (do inglês Operating System). 
 
 
 
 6 
Técnico em Informática 
 Competência 01 
Dentre as diversas funções de um sistema operacional, destacamos: 
 
 Cria um elo entre o usuário e o hardware; 
 Inicializa o hardware do computador; 
 Fornece rotinas básicas para controle de dispositivos; 
 Fornece gerência, escalonamento e interação de tarefas; 
 Mantém a integridade do sistema; 
 Gerencia o funcionamento dos aplicativos; 
 Gerencia memória; 
 Gerencia discos; 
 Gerencia o I/O (Input e Output): A entrada e saída de dados do sistema. 
 
Veja abaixo a função básica de um sistema operacional: 
 
Figura 2 – Diagrama do Sistema Computacional 
Fonte: Autor 
Em destaque, a função de ser a interface (ligação) entre os aplicativos e o 
hardware. Há muitos tipos de Sistemas Operacionais, cuja complexidade varia 
e depende dos tipos de funções de que são providos, e para qual função do 
computador esteja sendo utilizado. Alguns sistemas são responsáveis pela 
gerência de muitos usuários, outros controlam dispositivos de hardware como 
bombas de petróleo etc. Existem sistemas operacionais chamados 
Embarcados, que são construídos para pequenos dispositivos como aparelhos 
celulares, SmartPhones e PDAs. 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
Sistemas Operacionais 
 Competência 01 
Por exemplo: Um pequeno Sistema Operacional é armazenado na memória 
ROM (Memória Somente de Leitura) de todo computador. Na hora em que o 
computador é ligado, ele entra em ação e sua primeira tarefa é testar e 
verificar os componentes de hardware. Esse sistema citado é chamado de 
BIOS (Basic Input Output System) e a rotina de testes que é disparada por este 
sistema é chamada de POST (Power On Self Test). Nessa mesma memória 
existe um pequeno programa que configura as funções destes dois sistemas, 
chamada comumente de Setup, que você acessa na maioria das vezes 
pressionando a tecla DEL quando o computador é ligado. 
 
Em um grande computador multiusuário, com muitos terminais, o Sistema 
Operacional é muito mais complexo. Tem que administrar e executar todos os 
pedidos de usuários e assegurar que eles não interfiram entre si. Tem que 
compartilhar todos os dispositivos que são seriais por natureza (dispositivos 
que só podem ser usados por um usuário de cada vez, como impressoras e 
discos) entre todos os usuários que pedem esse tipo de serviço. 
 
O SO poderia ser armazenado em disco, e partes dele serem carregadas na 
memória do computador (RAM) quando necessário. Utilitários são fornecidos 
para: 
 Administração de Arquivos e Documentos criados por usuários 
 
 Desenvolvimento de Programas 
 
 Comunicação entre usuários e com outros computadores 
 
 Gerenciamento de pedidos de usuários para programas, espaço de 
armazenamento e prioridade. 
 
Adicionalmente, o SO precisaria apresentar a cada usuário uma interface 
(uma tela) que aceita, interpreta, e então executa comandos ou programas do 
usuário. Essa interface é comumente chamada de SHELL ou interpretador de 
linha de comando. 
 
 
 8 
Técnico em Informática 
 Competência 01 
Em alguns sistemas, ela poderia ser uma simples linha de texto que usam 
palavras chaves (como Linux ou UNIX); em outros sistemas poderiam ser 
gráficas, usando janelas e um dispositivo apontador como um mouse 
(Windows, MacOS e Linux). 
 
Abaixo, vamos ver as figuras que exibem cada uma destas interfaces gráficas 
citadas e a tela do Shell do Linux (modo texto) e do Windows. 
Figura 3 – Gnome (Interface gráfica do SO Linux) 
Fonte: Ubutu Linux 
 
Figura 4 – Windows 8 
Fonte: Autor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
Sistemas Operacionais 
 Competência 01 
 
Figura 5 – Mac OS 
Fonte: apple.com 
 
Figura 6 – Ambiente Texto do Linux (Shelll do Linux) 
Fonte: Autor 
 
 
Figura 7 – Shelll do Windows 
Fonte: Autor 
 
Caro aluno (a), você sabia que o Windows também possui um Shell(modo 
texto para comandos)?. Nas versões mais antigas, era chamado de 
command.com, nas versões acima do Windows 2000, começou a ser chamado 
 
 
 10 
Técnico em Informática 
 Competência 01 
de cmd.exe. Para acessar o Shell do Windows, basta ir ao Iniciar / Executar e 
digitar CMD seguido da tecla Enter. Nas versões atuais do Windows, a 
localização é por meio do nome Prompt deComando. Agora, vamos ver como 
se divide um sistema operacional. 
1.1. As Várias Partes de Sistema Operacional 
Agora vamos estudar como um sistema operacional de um computador é 
usado por muitas pessoas ao mesmo tempo. Como Windows XP, Windows 8 
ou Ubuntu Linux é um sistema complexo. Contém milhões de linhas de 
instruções escritas por programadores. Para tornar os sistemas operacionais 
mais fáceis de serem utilizados, eles são construídos como uma série de 
módulos, cada módulo sendo responsável por uma função. Alguns módulos 
típicos em um grande SO multiusuário geralmente são: 
 Núcleo (Kernel em inglês) 
 Gerenciador de processo 
 Gerenciador de memória 
 Gerenciador do Sistema de Arquivo 
1.1.1. O Kernel – “Um Executivo em Tempo-Real” 
Quem já viu o Erro de Kernel do seu Sistema Opertacional? O Kernel é o 
núcleo de um sistema operacional responsável por todo o gerenciamento do 
hardware e gerenciamento de rotinas. Algumas das funções executadas por 
ele são: 
 Chaveamento entre programas 
 Controle e programação de dispositivo de hardware 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
Sistemas Operacionais 
 
Note a divisão bem 
definida das 
aplicações que 
ficam no espaço do 
usuário do Kernel. 
Espaço do Usuário 
(User Space): é um 
conceito que se 
refere a um modo 
de execução em 
que um 
processador 
executa apenas 
instruções não 
privilegiadas. É a 
área de memória 
onde os aplicativos 
são executados. 
(Vide figuras 
acima). 
Espaço do Kernel 
(Kernel Space ou 
Kernel Mode): 
espaço restrito às 
rotinas do Kernel, 
instruções de 
hardware e drivers 
de dispositivos, não 
sendo permitido 
acesso direto de 
nenhuma rotina do 
espaço do usuário. 
 
 Competência 01 
 Gerenciamento de memória 
 Gerenciamento de processos 
 Escalonamento de tarefas 
 Comunicação entre processos 
Veja abaixo uma figura que mostra o Kernel do Windows. 
Figura 8 – Versão Simplificada do Kernel do Windows 
Fonte: Autor 
 
1.1.2. Gerenciamento de processos 
Você é uma pessoa multitarefas? Vamos ver se é como os sistemas 
operacionais com esta característica. O sistema operacional multitarefa é 
preparado para dar ao usuário a ilusão de que o número de processos em 
execução simultânea no computador é maior do que o número de 
processadores instalados. Cada processo recebe uma fatia do tempo e a 
alternância entre vários processos é tão rápida que o usuário pensa que a 
execução é simultânea. Os processos podem comunicar-se, isto é conhecido 
como IPC (Inter-Process Communication). 
1.1.3. Gerenciamento de memória 
 
 
 
 12 
Técnico em Informática 
 Competência 01 
O sistema operacional tem acesso completo à memória do sistema e deve 
permitir que os processos dos usuários tenham acesso seguro à memória 
quando forem requisitados. 
Vários sistemas operacionais usam memória virtual, que possui três funções 
básicas: 
1) Assegurar que cada processo tenha seu próprio espaço de endereçamento 
(Tanenbaum, 1999); 
2) Prover proteção da memória para impedir que um processo utilize um 
endereço de memória que não lhe pertença; 
3) Possibilitar que uma aplicação utilize mais memória do que a fisicamente 
existente (a chamada memória virtual ou memória swap). 
1.1.4. Gerenciamento do Sistema de Arquivo. 
A nossa memória é fundamental, não é verdade e a do computador. A 
memória principal do computador é volátil, ou seja, se desfaz ao desligar ou 
reiniciar o sistema, e seu tamanho é limitado pelo custo do hardware. Assim, 
os usuários necessitam de algum método para armazenar e recuperar 
informações de modo permanente. 
Um arquivo é um conjunto de bytes, normalmente armazenado em um 
dispositivo periférico não volátil (exemplo: disco), que pode ser lido e gravado 
por um ou mais processos. O sistema de arquivos é a estrutura que permite o 
gerenciamento de arquivos e realiza tarefas como: criação, exclusão, leitura, 
gravação, controle de acesso, proteção e organização dos dados. São 
exemplos de sistemas de arquivos: FAT32, NTFS e EXT3. 
Vamos a partir de agora classificar os Sistemas Operacionais em categorias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
Sistemas Operacionais 
 Competência 01 
1.2. Classificação dos Sistemas Operacionais 
Os Sistemas Operacionais são divididos nas seguintes categorias: 
1.2.1. Licenciamento 
 Sistemas Proprietários - Aqueles que são pagos e cujo código fonte não é 
livremente disponibilizado. (Exemplo: Windows e MacOS). 
 Sistemas Gratuitos - Aqueles que não são pagos, mas cujo código fonte 
também não é de livre acesso (Exemplo: BeOS). 
 Sistemas Livres (Open Source) - Aqueles cujo código fonte ao ser acessado, 
alterado e copiado, distribui-se sobre a mesma licença. (Exemplo: Linux, 
OpenBSD e FreeBSD) 
1.2.2. Gerenciamento de Tarefas ou Processos 
 Monotarefa: pode-se executar apenas um processo de cada vez Ex.: MS-
DOS. 
 Multitarefa: além do próprio SO, vários processos do utilizador (tarefas) 
estão carregados em memória, sendo que um pode estar ocupando o 
processador e outros ficam enfileirados, aguardando a vez. O 
compartilhamento de tempo no processador é distribuído de modo que o 
usuário tenha a impressão de que vários processos estão sendo 
executados simultaneamente. Ex: Windows, Linux, FreeBSD e o MacOS X. 
 Multiprocessamento: o SO distribui as tarefas entre dois ou mais 
processadores. Ex: Windows Vista e Linux. 
1.2.3. Quanto à aplicação do Sistema 
 Cliente (Sistemas Operacionais Workstation ou Desktop): Sistemas 
Operacionais que geralmente são construídos para o usuário final, aquele 
que vai usar em um Desktop ou em um Notebook ou em um ambiente 
corporativo. Ex: Linux, Windows XP e Windows Vista. 
 
 
 14 
Técnico em Informática 
 Competência 01 
 Servidor (Sistemas Operacionais de Rede): Sistemas Operacionais que são 
projetados para disponibilizar serviços em redes. É utilizado em máquinas 
robustas ou em computadores de grande porte (conhecido como 
Mainframes). Não deve ser utilizado por usuário final por não conter 
algumas facilidades de configuração e aplicativos disponíveis, por exemplo: 
Windows 2003 Server, Linux e Windows 2008 Server. 
1.2.4. Quanto à arquitetura 
 Kernel monolítico ou monobloco: o Kernel consiste em um único processo 
executado numa memória protegida (espaço do kernel) onde são 
realizadas as principais funções. Ex.: OS/2, Windows, Linux e FreeBSD. 
Figura 9 – Kernel Monolítico 
Fonte: Autor 
 Microkernel ou modelo cliente-servidor: o Kernel consiste de funções 
mínimas (comunicação e gerenciamento de processos), e outras funções, 
como sistemas de arquivos e gerenciamento de memória. As funções são 
executadas no espaço do usuário como serviços; as aplicações (programas) 
são os clientes. Ex.: Minix. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
Sistemas Operacionais 
 
A comunicação 
entre processos, 
em inglês Inter-
Process 
Communication 
(IPC), é o grupo de 
mecanismos que 
permite aos 
processos 
transferirem 
informação entre si. 
 
Outro excelente 
material para 
estudos está no 
endereço: 
http://www.mlau
reano.org/ensino/
sistemas-
operacionais 
 
 
Veja o funcionamento 
do sistema 
operacional através 
de uma animação 
bem humorada. 
Acesse o link: 
http://www.youtube.
com/watch?v=nt0P8Z
AYuUo&feature=relat
ed 
 
Assista à outra aula 
sobre Arquitetura de 
Sistemas 
Operacionais 
http://www.youtube.
com/watch?v=N148ur
tM63k 
 
 Competência 01 
 
Figura 10 – MicroKernel 
Fonte: Autor 
1.2.5. Quanto à quantidade de usuários que podem utilizar o sistemasimultaneamente 
 Monousuário: apenas um usuário por vez (apesar de poder suportar 
recursos como troca de usuário). Ex.: Windows XP e Windows 8. 
 Multiusuário: vários usuários usam o computador ao mesmo tempo, seja 
por diversos terminais, seja por conexão remota como o SSH. Ex.: Linux, 
Unix, Windows 2003 Server e Windows 2008 Server. 
1.3. Manipulação de Arquivos 
Prezado Aluno, antes de começarmos a explicação sobre Manipulação de 
Arquivos, vamos primeiramente conceituar o que é Arquivo. Já que estudamos 
anteriormente a arquitetura do sistema operacional, agora iremos detalhar 
algumas de suas principais tarefas deste software tão importante. Vamos 
juntos! 
 
 
 
 
 
 16 
Técnico em Informática 
 Competência 01 
1.3.1. Arquivo 
Em informática, arquivo é um agrupamento de registros que seguem uma 
regra estrutural e que contém informações (dados) sobre uma área específica, 
registrados na memória de um computador (disco rígido, cds, dvds, pendrive, 
etc). Um arquivo pode abrir, fechar, ler, editar, imprimir ou apagar. 
Podemos identificar um arquivo por nome, com o formato e extensão, 
dependendo do sistema operacional. 
Diversos sistemas operacionais dividem o arquivo em duas partes, fazendo 
com que a identificação do tipo do arquivo seja através da segunda parte, 
como, por exemplo: INSTALAR.EXE (um arquivo EXECUTÁVEL) ou 
INFORMAÇÃO.TXT (arquivo de texto). Esses arquivos contêm diversos tipos de 
informações: imagens, textos, programas, áudios, vídeos, etc. 
1.3.2. Tipos dos Arquivos 
Como falamos no assunto anterior, podemos identificar um tipo de arquivo 
pelo nome e a sua extensão. 
A extensão de arquivos são sufixos que distinguem seu formato e qual função 
o arquivo executará no computador. Cada extensão tem funcionamento e 
característica própria e necessita de um programa especÍfico para trabalhar 
com cada uma delas. 
Com certeza, já encontramos algum tipo de arquivo cuja extensão não 
conhecÍamos e não sabíamos qual programa usar para abri-lo. Vamos conferir 
na lista abaixo algumas das extensões mais comuns: 
 DOCUMENTOS 
TXT – Como o próprio nome deixa indicado, a extensão de nome TXT refere-se 
aos arquivos simples de texto criados com o bloco de notas do Windows. Eles 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
Sistemas Operacionais 
 Competência 01 
são extremamente leves e podem ser executados em praticamente qualquer 
versão do sistema operacional. 
DOC – Denomina a extensão utilizada pelo Microsoft Word, o editor de textos 
mais conhecido pelos usuários. A partir da versão 2007 do Office, o formato 
passou a se chamar DOCX, e apresenta incompatibilidades com as versões 
anteriores do aplicativo, o que pode ser resolvido com uma atualização. 
XLS – A descrição deste tipo de arquivo é muito semelhante à do Word, mas 
refere-se ao Excel, editor de planilhas da Microsoft. 
PPT – Esta extensão é exclusiva para o Microsoft Powerpoint, aplicativo que 
permite criar apresentações de slides para palestrantes e situações 
semelhantes. 
PDF – Formato criado pela Adobe, atualmente é um dos padrões utilizados na 
informática para documentos importantes, impressões de qualidade e outros 
aspectos. Pode ser visualizado no Adobe Reader, aplicativo mais conhecido 
entre os usuários do formato. 
• IMAGEM 
BMP – O Bitmap é um dos formatos de imagem mais conhecidos pelo usuário. 
Pode-se dizer que este formato é o que apresenta a ilustração em sua forma 
mais crua, sem perdas e compressões. No entanto, o tamanho das imagens 
geralmente é maior que em outros formatos. Nele, cada pixel da imagem é 
detalhado especificamente, o que a torna ainda mais fiel. 
GIF – Sigla que significa Graphics Interchange Format. É um formato de 
imagem semelhante ao BMP, mas amplamente utilizado pela Internet, em 
imagens de sites, programas de conversação e muitos outros. O maior 
diferencial do GIF é ele permitir a criação de pequenas animações com 
 
 
 18 
Técnico em Informática 
 Competência 01 
imagens seguidas, o que é muito utilizado em emoticons, blogs, fóruns e 
outros locais semelhantes. 
JPEG - Joint Photographic Experts Group é a origem da sigla, que é um formato 
de compressão de imagens. Enganando o olho humano, a compactação 
agrega blocos de 8X8 bits, tornando o arquivo final muito mais leve que em 
um Bitmap. 
PNG – É um formato para imagens que surgiu em meados de 1996 para 
substituir o formato GIF, devido ao fato de este último incluir algoritmos 
patenteados. 
• ÁUDIO 
MP3 – Esta é atualmente a extensão para arquivos de áudio mais conhecida 
entre os usuários, devido sua ampla utilização para codificar músicas e álbuns 
de artistas. O grande sucesso do formato deve-se ao fato dele reduzir o 
tamanho natural de uma música em até 90%, ao eliminar frequências que o 
ouvido humano não percebe em sua grande maioria. 
WMA – Esta extensão, muito semelhante ao MP3, foi criada pela Microsoft e 
ganhou espaço dentro do mundo da informática por ser o formato especial 
para o Windows Media Player. Ao passar músicas de um CD de áudio para o 
seu computador usando o programa todos os arquivos formados são criados 
em WMA. Hoje, praticamente todos os players de música reproduzem o 
formato sem complicações. 
WAV – Abreviação de WAVE, ou ainda WAVEForm audio format, é o formato 
de armazenamento mais adotado pelo Windows. Ele serve somente para esta 
função, não podendo ser tocado em players de áudio ou aparelhos de som, 
por exemplo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
Sistemas Operacionais 
 Competência 01 
• VÍDEO 
AVI – Abreviação de áudio vídeo interleave, menciona o formato criado pela 
Microsoft que combina trilhas de áudio e vídeo, podendo ser reproduzido na 
maioria dos players de mídia e aparelhos de DVD, desde que sejam 
compatíveis com o codec DivX. 
MPEG – Um dos padrões de compressão de áudio e vídeo de hoje, criado pelo 
Moving Picture Experts Group, origem do nome da extensão. Atualmente, é 
possível encontrar diversas taxas de qualidade neste formato, que varia de à 
transmissões simples para filmes HDTV. 
MOV – Formato de mídia especialmente desenhado para ser reproduzido no 
player QuickTime. Por esse motivo, ficou conhecido através dos 
computadores da Apple, que utilizam o QuickTime da mesma forma que o 
Windows faz uso do seu Media Player. 
• COMPACTADORES 
ZIP – A extensão do compactador Winzip se tornou tão famosa que já foi 
criado até o verbo “zipar” para mencionar a compactação de arquivos. O 
programa é um dos pioneiros em sua área, sendo amplamente usado para a 
tarefa desde sua criação. 
RAR – Este é o segundo formato mais utilizado de compactação, tido por 
muitos como superior ao ZIP. O Winrar, programa que faz uso dele, é um dos 
aplicativos mais completos para o formato, além de oferecer suporte ao ZIP e 
a muitos outros. 
1.3.3. Entenda melhor os Arquivos 
Os arquivos contêm diferentes tipos de informações e cada informação 
necessita de um método específico. Ou seja, um arquivo de imagem não pode 
 
 
 20 
Técnico em Informática 
 Competência 01 
ser acessado por um programa de áudio, isso porque as informações de um 
arquivo de imagem são estruturadas de forma totalmente diferente de um 
arquivo de áudio. 
O sistema operacional e os demais programas necessitam diferenciar os 
diversos tipos de arquivos disponíveis para evitar que um programa tente 
manipular um tipo de arquivo que não suporta. 
1.3.4. Organização dos Arquivos 
A organização dos arquivos é uma forma de como os dados podem ser 
armazenados dentro do computador. É definida no momento de sua criação. 
Sua estrutura pode variar dependendodo tipo de dados de cada arquivo. 
De acordo com os SO, existem diversos tipos de organizações de arquivos e 
cada arquivo segue um modelo a que seja suportado. 
Há diversas formas de acesso às informações. Alguns programas fornecem 
apenas um tipo, outros disponibilizam diferentes métodos, dependendo da 
necessidade. Das organizações mais conhecidas, destacamos: 
Sequencial - É o método mais simples. Os dados são lidos e escritos em 
sequência. A gravação de novos registros só é possível no final do arquivo e a 
leitura é feita na ordem de gravação dos registros. 
Direto ou Relativa - É mais eficaz que o sequencial, pois permite a leitura e 
gravação de um registro diretamente na sua posição, é possível ler e gravar 
registros rapidamente e sem uma sequência particular. 
Indexado - É o mais sofisticado dos métodos. São criados índices que 
permitem acessar de forma mais eficiente os dados. Para encontrar um 
arquivo, primeiro é feita a pesquisa do arquivo de índice e então usado o 
apontador para obter acesso direto ao arquivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
Sistemas Operacionais 
 Competência 01 
1.3.5. Atributos dos Arquivos 
As informações que controlam os arquivos - tamanho, data e hora da criação 
e proteção – são os Atributos de Arquivos. Esses atributos diferem de um 
sistema operacional para outro. 
Alguns desses atributos podem ser alterados pelo próprio SO, como a data e 
hora de criação, por exemplo. Já outros só podem ser modificados pelo 
usuário, com o atributo de proteção. 
1.3.6. Diretórios ou Pastas 
A organização de diretórios é a forma como o sistema organiza logicamente 
os arquivos armazenados na memória do computador. No diretório, há 
informações sobre os arquivos, como o nome, localização, tamanho, tipo e 
demais atributos. 
Ao abrir um arquivo, o Sistema Operacional procura a sua entrada na 
estrutura de diretórios em uma tabela mantida na memória principal que 
contém todos os arquivos. 
1.3.7. Manipulação dos Arquivos 
Depois de estudarmos vários conceitos sobre manipulação de arquivo, você já 
se sente seguro com o conhecimento adquirido até o momento? 
Vamos tentar melhorar nossa explicação para que todos possam aprender e 
aplicar os conhecimentos no Polo e em suas vidas profissionais. 
Um arquivo é um recurso manipulado pelo SO, ao qual toda rede de 
programação do computador tem acesso. Ele permite acessar dispositivos 
externos de entrada e saída de dados. Embora os arquivos estejam associados 
a um espaço de armazenamento em disco, outros dispositivos de entrada e 
saída são manipulados como arquivos, tais como o teclado e a tela de um 
 
 
 22 
Técnico em Informática 
 
 
Para maiores 
informações, 
acesse o site: 
http://www.gsig
ma.ufsc.br/~popo
v/aulas/so1/cap1
0so.html 
http://www.dca.f
ee.unicamp.br/cu
rsos/EA876/apost
ila/HTML/node33.
html 
 
 Competência 01 
monitor. Na maioria das vezes, para trabalhar com um arquivo, ele deve ser 
primeiramente aberto. Ao abrirmos um arquivo, o sistema operacional está 
sendo avisado de que o mesmo será manipulado, de forma que informações 
são mantidas em memória. Exemplo: Abrir um arquivo word ou excel. 
Resumindo, o SO deve ser capaz de achar informações/dados em arquivos 
armazenados em unidades de armazenamento, ou seja, HD ou discos rígidos, 
discos magnéticos, pen drives, CD’s, DVD’s dentre outros meios, veja a 
Figura11. 
 
Figura 11 – Meios de Armazenamento 
Fonte: Autor 
A Organização do sistema de arquivos, como já detalhado anteriormente 
nesta seção, é apresentada na Figura 12: 
Diretórios = agrupamentos de arquivos e outros diretórios. 
Hierarquia: árvore genérica. 
Figura 12 – Estrutura de Arquivos 
Fonte: www.mlaureano.org/ensino/sistemas-operacionais/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
Sistemas Operacionais 
 Competência 01 
1.3.8. Segurança dos Arquivos 
Prezados estudantes, neste momento podemos afirmar que já temos 
conhecimentos sólidos para entender situações envolvendo sistemas de 
arquivos em sistemas operacionais, além de poder manipulá-los. Agora, 
vamos entender um pouco sobre como manter a confiabilidades desses 
arquivos. 
1.3.9. Blocos com Defeitos 
Geralmente discos apresentam blocos defeituosos (bad blocks), ou seja, 
blocos onde a escrita e/ou leitura ficam impossibilitadas de ocorrer. Quando 
estamos utilizando o sistema operacional Windows, ele é detectado pelo 
software denominado de utilitários tais como CHKDSK. Muitas vezes, esse tipo 
de software consegue isolar a parte defeituosa do disco para que futuros 
arquivos não sejam gravados nas áreas com badblocks. Existem outros 
programas, tais como o HDD REGENERATOR que em 60% dos casos 
conseguem “remapear” o HD, assim inutilizando os 'bad sectors'. 
1.3.10. Cópias de Segurança ou Backup 
Apesar de todos nós termos a consciência de que devemos manter tudo 
conforme as melhores práticas de segurança, é necessário elaborar uma 
estratégia para tratar os blocos defeituosos. Além disso, também é 
importante termos uma política de backups ou cópias de segurança de forma 
frequente. 
Atualmente, temos no mercado alguns dispositivos para backup com grandes 
capacidades de armazenamento, tais como: HD, Fita Dat, Computação em 
Nuvem e etc. No próximo capítulo, faremos um estudo sobre os sistemas 
operacionais mais usados no mundo, para entender tudo o que estudamos na 
competência 1. 
 
 
 24 
Técnico em Informática 
 Competência 02 
2. COMPETÊNCIA 02 | SELECIONANDO O SISTEMA OPERACIONAL 
Caro Amigo(a), após conhecermos as estruturas que compõem um Sistema 
Operacional, descrevendo sua arquitetura, com seus principais componentes 
e suas funcionalidades dentro do sistema computacional, agora convido você 
para estudarmos sobre os sistemas operacionais da atualidade, de forma que 
você saiba como selecionar qual sistema será ideal para atividades e 
necessidades específicas. Vamos juntos! 
2.1. Versões dos Sistemas Operacionais da Microsoft 
Vamos, a partir de agora, conhecer a família dos Sistemas Operacionais da 
Microsoft de uma forma mais detalhada. Apesar de o fabricante estimular o 
uso dos seus sistemas mais novos que são Windows 8 e Windows 2012 
Server, lembre-se de que isso requer um investimento altíssimo e nem 
sempre as empresas e usuários estão dispostos a estar na “crista da onda” por 
um preço que nem sempre é atrativo. 
Você vai encontrar em muitas empresas versões do Windows 95, Windows 
98, Windows ME e Windows NT, pois são sistemas que ainda atendem a 
tarefas simples, como um Caixa na Padaria ou um Quiosque Multimídia, ou 
um computador de consulta a livros de uma biblioteca. Para esses fins, nem 
sempre você precisa desembolsar entre R$ 500,00 e R$ 1.000,00, se o sistema 
já atende as necessidades. 
Um dos pontos que devemos prestar bastante atenção são os requisitos 
mínimos de instalação. É crucial para levantamento de hardware a ser 
adquirido. Por outro lado, você também deve ser capaz de indicar o sistema 
apropriado para um computador que já tenha sido adquirido. 
Antes de começarmos a detalhar as famílias de Sistemas Operacionais da 
Microsoft, acompanhe a evolução dos requisitos de hardware, dos sistemas 
operacionais que a empresa não dá mais suporte, como o Windows XP. Esses 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
Sistemas Operacionais 
 Competência 02 
são os requisitos mínimos especificados pelo fabricante, não quer dizer que 
seja o ideal. 
 WINDOWS 95: Processador 486DX2-66 ou Pentium 100, 16MB de 
memória RAM e 150MB de disco; 
 WINDOWS 98: Processador Pentium 133MHz, 32MB RAM e 500MB de 
disco; 
 WINDOWS ME: Processador Pentium200 ou 233MHz, 64MB RAM e 
700MB de disco; 
 WINDOWS NT4: Processador Pentium 100 ou 133MHz, 32MB RAM e 
200MB de disco; 
 Windows XP: Processador Pentium de 233 megahertz (MHz) ou mais 
rápido (300 MHz é recomendado), Pelo menos 64 megabytes (MB) de RAM 
(128 MB é recomendado), Pelo menos 1,5 gigabytes (GB) de espaço disponível 
no disco rígido; 
 Windows7: Processador de 1 gigahertz (GHz) ou superior, de 32 bits (x86) 
ou 64 bits (x64),1 gigabyte (GB) de RAM (32 bits) ou 2 GB de RAM (64 bits),16 
GB de espaço em disco disponível (32 bits) ou 20 GB (64 bits), dispositivo 
gráfico DirectX 9 e driver WDDM(Windows Display Driver Model) 
 Windows 8: Processador: 1 gigahertz (GHz) ou superior com suporte a PAE 
(Extensão do Endereço Físico), bit NX e SSE2 (Extensões SIMD de Streaming 2), 
RAM: 1 gigabyte (GB) (32 bits) ou 2 GB (64 bits), Espaço no disco rígido: 16 GB 
(32 bits) ou 20 GB (64 bits) e Placa gráfica: Dispositivo gráfico Microsoft 
DirectX 9 com driver WDDM; 
 Windows Server 2008: Processador: 1 gigahertz (GHz) ou superior com 
suporte a PAE, NX e SSE2, RAM: 1 gigabyte (GB) (32 bits) ou 2 GB (64 bits), 
 
 
 26 
Técnico em Informática 
 Competência 02 
Espaço no disco rígido: 16 GB (32 bits) ou 20 GB (64 bits) e Placa gráfica: 
Dispositivo gráfico Microsoft DirectX 9 com driver WDDM; 
 Windows Server 2008: 
 Processador : Mínimo: 1 GHz, Recomendado: 2 GHz, Ideal: 3 GHz ou mais 
veloz; 
o Observação: é necessário um processador Intel Itanium 2 para Windows 
Server 2008 para sistemas com base em Itanium; 
 Memória: Mínimo: 512 MB de RAM, Recomendado: 1 GB de RAM, Ideal: 2 
GB de RAM (instalação completa) ou 1 GB de RAM (instalação do Server Core) 
ou Máximo (sistemas de 32 bits): 4 GB (padrão) ou 64 GB (Enterprise e 
Datacenter) 
 Máximo (sistemas de 64 bits): 32 GB (padrão) ou 2 TB (Enterprise, 
Datacenter e sistemas baseados em Itanium), Espaço disponível em disco, 
Mínimo: 8GB, Recomendado: 40 GB (instalação completa) ou 10 GB 
(instalação do Server Core) e Ideal: 80 GB (instalação completa) ou 40 GB 
(instalação do Server Core) ou mais. 
 Windows Server 2012: 
Se o seu computador não atender aos requisitos "mínimos", não será possível 
instalar este produto corretamente. Os requisitos reais variam conforme a 
configuração do seu sistema e os aplicativos e recursos instalados. Mínimo: 
processador de 1,4 GHz e 64 bits, 512 MB de RAM, 32 GB de HD, estando 
ciente de que 32 GB deve ser considerado um valor mínimo absoluto para 
uma instalação bem-sucedida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
Sistemas Operacionais 
 Competência 02 
o Observação: computadores com mais de 16 GB de RAM precisarão de 
mais espaço em disco para operações de envio de mensagens, hibernação e 
despejo de arquivos. 
Apesar da Microsoft não estar mais dando suporte a Família Windows 2000, 
vamos detalhar este sistema pela razão de muitas empresas ainda utilizarem 
em seus servidores e com os clientes. Abaixo, as Figuras 13 e 14 mostram, 
respectivamente, o Windows 2000 Professional e Windows 2000 Server. 
Figura 13 – Microsoft Windows 2000 Professional 
Fonte: pt.wikipedia.org 
Figura 14 – Microsoft Windows 2000 Server 
Fonte: pt.wikipedia.org 
 
 
 28 
Técnico em Informática 
 Competência 02 
2.2. Família Microsoft Windows 2000 
 Windows 2000 Professional (Cliente) 
 Windows 2000 Server (Servidor) 
 Windows 2000 Advanced Server (Servidor) 
 Windows 2000 Data Center Server (Servidor) 
Como você pode observar, existem divisões categóricas das versões para o 
mesmo sistema operacional, no caso o Windows 2000, como dito antes, 
muito utilizado ainda nas empresas. Assim como vamos descrever este SO, 
você poderá pesquisar sobre as versões mais atuais. Vamos em frente. 
A Diferença entre as diversas versões de uma família de sistemas operacionais 
pode estar em: 
 Quantidade de aplicativos 
 Quantidade de processadores reconhecidos 
 Quantidade de memória RAM que pode ser gerenciada. 
 
 
 
Sistema Operacional Quantidade Máxima de Memória RAM Quantidade Máxima de Processadores 
Professional 4GB 2 
Server 4GB 4 
Advanced Server 8GB 16 
Data Center Server 16GB 32 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
Sistemas Operacionais 
 Competência 02 
 
Figura 15 – Microsoft Windows XP 
Fonte: pt.wikipedia.org 
2.3. Família Windows XP 
Já a família Windows XP, foi voltada única e exclusivamente para o mercado 
de computadores Desktop e Clientes de Redes, ou seja, voltado para o 
consumidor residencial que compra PC (Personal Computer) e Notebooks, 
com o visual exuberante como mostra a Figura 15. 
Windows XP Starter Edition 
Windows XP Home Edition 
Windows XP Professional 
Windows XP Media Center 
Windows XP 64 Bits 
Windows XP Professional 64 Bits 
Windows XP Tablet PC Edition 
 
 
 30 
Técnico em Informática 
 Competência 02 
Veja aqui os requisitos mínimos que você precisa para usar o Windows XP: 
 PC com processador de 300 megahertz (MHz) 
 Mínimo de 233 MHz necessário (sistema de processador único ou duplo); 
 Família Intel (Pentium/Celeron), família AMD (K6/Athlon/Duron) ou 
processador compatível - recomendado 128 megabytes (MB) de RAM ou mais 
recomendados; 1,5 gigabytes (GB) de espaço disponível em disco rígido; 
 Adaptador de vídeo e monitor super VGA (800 x 600) ou superior; 
Unidade de CD-ROM ou DVD; Teclado e Microsoft Mouse ou dispositivo 
apontador compatível. 
2.4. Família Windows Server 2003 
 Windows 2003 Web Edition 
 Windows 2003 Standard Edition 
 Windows 2003 Enterprise Edition Windows 
 2003 Datacenter Edition 
Todas as versões para processadores de 32 ou 64 bits. É mais um dos sistemas 
operacionais, do tipo servidor, da Microsoft, que ainda existe em muitas 
empresas no mercado mundial. Vale a pena você estudar mais sobre o 
próprio, mas não se esqueça de que devemos nos atualizar. 
Veja agora os requisitos mínimos para cada versão da Família 2003: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
Sistemas Operacionais 
 Competência 02 
 Web Edition: processador 133MHz, 128MB de RAM e 1,5GB livres de 
espaço em HD. 
 Standard Edition: Processador 133MHz 128MB de RAM e 1,5GB livres de 
espaço em HD. 
 Enterprise Edition: Processador 133MHz 512MB de RAM e 1,5GB livres de 
espaço em HD. 
 DataCenter Edition: Processador 400MHz 512MB de RAM e 1,5GB livres 
de espaço em HD. 
Figura 16 – Microsoft Windows 2003 Server 
Fonte: social.technet.microsoft.com 
Veja na família 2003 quais as principais diferenças entre as versões: 
Obs: Lembre-se de que as versões do Windows 2003 foram projetadas para 
processadores de 32 e 64 bits. 
 
 
 
 
 32 
Técnico em Informática 
 Competência 02 
 
 
 
 
Logo após o lançamento da versão 2003 para servidores, a Microsoft voltou a 
produzir sistemas para Desktop. O Windows Vista chegou ao mercado 
prometendo revolucionar o uso do Desktop e de Notebooks, porém essa 
versão não agradou muito, pela quantidade exagerada de requisitos mínimos 
e também com grandes problemas de compatibilidade. A Microsoft prometeu 
resolver todos os problemas lançando a versão de Sistemas para Desktop que 
“atualmente” é chamada de Windows Seven (Figura 17). 
Figura 17 – Microsoft Windows 7 
Fonte – http://ww2.smartnet.com.br/portal/instalacao-para-windows-7.html 
Mas que logo foi substituída pelo Windows 8, o qual foi uma das grandes 
revoluções mercadológicas no cenário de sistemas operacionais. A Microsoft 
apostou todas as suas “fichas” neste sistema operacional para garantir sua 
continuidade no ramo de SO. 
Sistema 
Operacional 
QuantidadeMáxima de 
Memória RAM 
Quantidade Máxima de 
Processadores 
Web Edition 4GB 2 
Standard Edition 4GB 4 
Interprise 
Edition 
32GB (32 bits) 
64GB (64 bits) 
8 
Data Center 
Edition 
64GB (32 bits) 
512GB (64 bits) 
32 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
Sistemas Operacionais 
 Competência 02 
Ah, conseguiu e muito bem. Apesar de algumas críticas, o sistema, mais uma 
vez, continua sendo um dos mais usados no mundo inteiro. Visualiza-se nas 
Figuras 17 e 18 cada um destes SO mencionados anteriormente, o Windows 7 
e o Windows 8. 
 
Figura 18 – Microsoft Windows 8 
Fonte – Autor 
Estamos quase finalizando os sistemas operacionais da Microsoft. A empresa, 
no ano de 2008, lançou uma nova família de Sistemas Operacionais, desta vez 
contemplando apenas o mercado de servidores. Surge o Windows 2008 
Server (Figura 19). 
Figura 19 – Microsoft Windows Server 2008 
Fonte – www.techfuels.com 
 
 
 34 
Técnico em Informática 
 Competência 02 
2.5. Família Windows 2008 Server 
 Windows Server 2008 Standard 
 Windows Server 2008 Enterprise 
 Windows Server 2008 Datacenter 
 Windows Server 2008 Webserver 
 Windows Server 2008 para Processadores Itanium 
 Windows Server 2008 Standard sem Hyper-V 
 Windows Server 2008 Enterprise sem Hyper-V 
 Windows Server 2008 Datacenter sem Hyper-V 
O Hyper-V permite que as organizações de TI reduzam custos, melhorem a 
utilização do servidor e criem uma infraestrutura de TI mais dinâmica. Além 
disso, essa tecnologia fornece maior flexibilidade devido às capacidades 
dinâmicas, confiáveis e escalonáveis de plataforma combinadas com um único 
conjunto de ferramentas integradas de gerenciamento para recursos físicos e 
virtuais, permitindo, assim, a criação de um datacenter ágil e dinâmico e a 
obtenção de progressos por meio de sistemas dinâmicos de 
autogerenciamento. O Hyper-V é o Sistema de Virtualização da Microsoft que 
vem para concorrer com o Vmware Server, o líder do mercado. 
Atualmente, já está disponibilizada a versão do Windows 2012 Server, com 
mais recursos ainda de virtualização de servidores. Então, estudar é preciso. 
Agora, vamos partir para outro mundo, o ambiente dos pinguins, o sistema 
operacional Linux. 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
Sistemas Operacionais 
 Competência 02 
2.6. Sistema Operacional Linux 
Você deve ter percebido que dedicamos a maior parte do curso ao Sistema 
Microsoft Windows. É que a importância dele no mercado de trabalho e sua 
facilidade de uso é enorme. Como muitos dos conceitos abordados são de 
sistemas operacionais e não somente do Windows, iremos aproveitar grande 
parte deste assunto e aplicá-lo nesta última etapa do curso. 
Nesta segunda semana, você terá a oportunidade de conhecer o Software 
Livre. Uma das maiores revoluções em todos os níveis de conceitos, sejam 
eles filosófico ou econômico. 
Iremos conhecer as regras de mundo “livre”, as personalidades, os principais 
divulgadores, as filosofias de uso e claro, sem esquecer o mais importante: o 
Sistema Operacional Linux abrangendo sua instalação, configuração e uso. 
Aqui, copiar é legal! E não é pirataria! Ou seja, copiar é legal por ser bacana e 
divertido e também copiar é legal no sentido de estar correto perante as leis, 
ou seja, não há problemas em copiarmos e difundirmos conhecimento. 
Por isso, é dito que o Linux é uma das maiores revoluções da história da 
Informática. Imagine que existem milhares e milhares de pessoas que 
constroem um sistema para você usar totalmente de graça e, lhe dão a 
oportunidade de conhecer integralmente como cada programa é feito e ainda 
permitem que você altere o programa de acordo com sua conveniência. 
E ai? Vamos conhecer este novo mundo? 
2.6.1. O que é o SO Linux? 
O Linux é um sistema operacional, ou seja, a interface que gerencia o 
computador e torna possível a sua interação com o usuário. Sendo assim, o 
Linux é quem controla o gerenciamento dos dispositivos físicos (como 
 
 
 36 
Técnico em Informática 
 Competência 02 
memória, disco rígido, processador, entre outros) e permite que os programas 
os utilizem para as mais diversas tarefas. Outros sistemas operacionais 
incluem: a família UNIX BSD (FreeBSD, NetBSD, OpenBSD e outros), AIX, HP-
UX, OS/2, MacOS, Windows, MS-DOS, entre muitos outros. 
O criador do kernel (núcleo do sistema operacional) Linux se chama Linus 
Torvalds, que também é até hoje o mantenedor da árvore principal deste 
kernel. Quando Linus fez o kernel, seguiu os padrões de funcionamento POSIX 
– os mesmos utilizados por todos os sistemas UNIX – e por isso é um sistema 
operacional bem parecido com os outros da família UNIX (mas não igual). Um 
fato curioso é a origem do nome Linux: o autor juntou seu nome ao Unix 
(Linus + Unix) e o resultando foi Linux. 
Um dos recursos que tornou o Linux mais utilizado é sua alta portabilidade, 
que faz com que o sistema possa ser utilizado em diversas plataformas de 
hardware: PCs, main-frames, servidores de grande porte, sistemas 
embarcados, celulares, handhelds, roteadores, entre outros. Além disso, ele é 
um sistema operacional completo, multitarefa e multiusuário, o que significa 
que vários serviços e usuários podem utilizá-lo ao mesmo tempo. Outra 
característica importante é sua alta capacidade de “conversar” com outros 
sistemas operacionais, tais quais outros sistemas UNIX, redes Windows, 
Novell, entre outros. 
Além de todas essas funcionalidades, uma das principais e mais importantes 
características do Linux é ele ser um software livre e gratuito (Open Source – 
ou em português – Código Aberto). Isto significa que você não precisa pagar 
para usá-lo, além de ter a possibilidade de não depender de nenhuma 
empresa que controle o sistema operacional. O código-fonte do núcleo do 
sistema (kernel) está liberado sob a licença GPL e pode ser obtido na Internet 
por qualquer pessoa, pode também ter seu código alterado e redistribuído, 
modificando ao seu gosto e suas necessidades, caso preciso. Por ser livre, o 
Linux tem como desenvolvedores vários programadores espalhados pelo 
mundo, de várias empresas diferentes ou até pessoas isoladas, que 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
Sistemas Operacionais 
 Competência 02 
contribuem sempre mandando pedaços de códigos e implantações ao Linus 
Torvalds, que organiza e decide o que ir ao kernel oficial ou não. 
2.6.2. Software Livre / Código Aberto 
Quando um software é lançado, o autor geralmente escolhe uma licença para 
a sua criação. Esta licença é quem vai dizer o que se pode ou o que não se 
pode fazer com o software disponibilizado. Historicamente, com a 
popularização da informática, as licenças geralmente constituíam uma série 
de restrições para os usuários quanto ao uso do software, como por exemplo: 
usuários tinham que pagar para usar e não podiam modificar ou mexer na sua 
base de programação. 
Quando Linus Torvalds criou e lançou seu kernel, ele o colocou sob a licença 
GPL (General Public Licence – Licença Pública Geral), uma licença criada pela 
fundação GNU que permitia o livre uso dos softwares, protegendo-os de 
pessoas mal intencionadas. A licença GPL foi uma das responsáveis pela 
popularização do sistema operacional Linux, pois permitia que usuários e 
desenvolvedores pudessem usar e modificar o sistema de acordo com suas 
necessidades. Ao mesmo tempo em que ela permite liberdades em relação ao 
software, ela também protege o código para que a licença e suas liberdades 
não sejam modificadas. Este tipo de licença permissiva é quem define quando 
um software é livre, ou é de código-aberto. 
2.6.3. Licença GPL 
A licença GPL permite queo autor distribua livremente o seu código, 
oferecendo assim quatro liberdades: 
1. A liberdade de executar o programa, para qualquer propósito; 
2. A liberdade de estudar como o programa funciona e adaptá-lo para as 
suas necessidades; 
 
 
 38 
Técnico em Informática 
 Competência 02 
3. A liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar ao seu 
próximo; 
4. A liberdade de aperfeiçoar o programa, e liberar os seus 
aperfeiçoamentos, de modo que toda a comunidade se beneficie deles. 
Em outras palavras, todos podem utilizar, modificar e redistribuir o software 
(e inclusive as modificações), contanto que tudo isto seja feito respeitando e 
mantendo a mesma licença GPL. Isso permite que o software nunca seja 
fechado, assim pessoas mal intencionadas não podem fazer uso desleal do 
código. 
Outras Licenças 
Além da GPL, há uma grande quantidade de outras licenças que permitem o 
uso livre dos softwares. Podemos citar alguns exemplos como a LGPL, Original 
BSD, Modified BSD, Apache License, Intel Open Source License, Mozilla Public 
License, entre muitas outras. 
FSF e o Projeto GNU 
A FSF – Free Software Foundation (Fundação do Software Livre, em 
português) – criada em 1985 por Richard M. Stallman é uma fundação sem 
fins lucrativos com o objetivo de incentivar o movimento do software livre. A 
FSF foi pioneira na discussão e criação de softwares livres no mundo, em uma 
época em que tudo estava tendendo ao software pago. 
Free Software Foundation 
Em 1985, Richard Stallman criou a Free Software Foundation, uma 
organização que atua na defesa do software livre e suas licenças. A FSF cuida 
de licenças como a GPL, importantes na implantação e adoção do software 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
Sistemas Operacionais 
 Competência 02 
livre no mundo. Além disso, ela também gerencia o projeto GNU, auxiliando 
todo o grande número de programas que participam do projeto. 
A organização tem sua sede em Boston, MA, EUA. Além da sede, ela também 
tem filial na América Latina, Europa e Índia. 
2.6.4. GNU’s Not Unix 
O Projeto GNU foi o berço do software livre. Iniciado em 1984 e idealizado por 
Richard Stallman, seu propósito era criar um sistema operacional livre, de 
código aberto. Stallman começou com a ideia criando o editor de textos 
chamado emacs, que foi muito bem recebido, contemplando o projeto com 
outros pedaços de software como o compilador gcc. 
Depois de algum tempo, o projeto GNU tinha todas as ferramentas prontas 
para os usuários utilizarem, mas faltava apenas uma coisa: o kernel. Sem um 
kernel próprio e livre, o ideal de software livre do projeto GNU não poderia 
ser alcançado. 
Por essa razão, um estudante da Finlândia chamado Linus Torvalds criou um 
kernel chamado Linux e utilizou todas as ferramentas do projeto GNU nele. 
Como o kernel era livre, rapidamente as pessoas ao redor do projeto GNU 
começaram a utilizá-lo e apesar de não ser considerado oficial, o Linux acabou 
se tornando o kernel principal do sistema GNU. 
Por essa razão, muitas pessoas utilizam o termo “GNU/Linux” para chamar o 
sistema operacional que tem como kernel o Linux e muitas de suas 
ferramentas básicas do projeto GNU. Essa questão é bastante polêmica e gera 
muitas controvérsias, pois atualmente não se usa apenas as ferramentas GNU: 
as distribuições possuem vários outros programas de diversos projetos 
diferentes. 
 
 
 
 40 
Técnico em Informática 
 Competência 02 
2.6.5. Personalidades do Linux - Richard Stallman 
Fundador e criador de várias políticas sobre softwares livres, Richard Stallman 
pode ser considerado um dos pais do software livre. Até os dias de hoje, 
Stallman continua atuando como articulador pela Free Software Foundation, 
defendendo o software livre e a GPL com todas suas forças. 
Outras personalidades do mundo do Software Livre que você deve conhecer e 
pesquisar um pouco: 
John Maddog Hall – Presidente da Linux Internacional, instituto que, dentre 
outras funções, é responsável pelas provas de certificação LPI (Linux 
Professional Institute). 
Marcelo Tossati – Brasileiro que foi mantenedor de umas das versões do 
Kernel. 
Eric Raymond – Um famoso hacker americano que escreveu o livro “A 
Catedral e o Bazar” que faz analogia entre o software livre e proprietário. 
Linus Torvalds – Criador do Kernel do Linux. 
Sérgio Amadeu – Ativista brasileiro do software livre. 
Ian Murdock – Criador do Debian. 
Mark Shuttleworth – Dono da Canonical, empresa que faz o Ubuntu Linux. 
2.6.6. Distribuições 
O Kernel de um sistema operacional sozinho não faz nada. É necessário o uso 
de ferramentas, programas, interfaces para o usuário e um Shell apropriado. 
Então, como reunir todos os elementos básicos de um sistema operacional e 
torná-lo funcional para o usuário final? 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
Sistemas Operacionais 
 
No dia a dia dos 
usuários Linux, 
Distribuição pode 
ser chamada de 
Distro. 
 
 Competência 02 
Essa questão foi resolvida com o surgimento das distribuições. As empresas e 
pessoas criaram processos de empacotamento do kernel e ferramentas 
diversas e forneciam aos usuários o pacote todo pronto: uma distribuição. Os 
usuários obtinham cópias de disquetes ou CDs através de amigos ou pela 
Internet e instalavam em suas máquinas através dos sistemas de instalação 
que as empresas e pessoas por trás das distribuições fizeram, tornando assim 
o trabalho muito mais fácil. 
Um bom ponto de partida para se conhecer muitas distribuições é o site 
Distrowatch – http://www.distrowatch.com – que contém uma lista gigante 
de distribuições, seus conteúdos, descrições e objetivos. 
Exemplos de distribuições Linux são: 
 Mandriva (Antiga Conectiva Linux) 
 Kurumin (brasileira) 
 Debian 
 Fedora 
 Red Hat 
 Slackware 
 SUSE 
 Ubuntu 
 Yellow Dog Linux (para Mac) 
 
 
 
 42 
Técnico em Informática 
 Competência 02 
Tipos de Distribuições 
Existe distribuição para tudo! Distribuição voltada para jogos, lan houses, 
igrejas, músicos, médicos, advogados, professores, telecentros, crianças, 
deficientes visuais, matemáticos... Distribuições que atendem a todos em 
geral, que trazem aplicativos para acesso a Internet, pacotes Offices e 
programas utilitários também. 
Há também distribuições com fins específicos como: 
 Sistemas embarcados (para celulares e smartphones) 
 Segurança de Redes wireless 
 Análise de redes Forense (para auxílio à descoberta de crimes digitais) 
 Live-CD (Distribuições que podem ser utilizadas sem a necessidade de 
instalar no computador. Basta dar boot pelo CDROM e utilizá-la). 
O que vem em uma Distribuição Linux? 
Quando empresas e/ou pessoas fazem uma distribuição, eles tem dois 
objetivos. O primeiro é facilitar a vida do usuário e criar meios para que seja 
possível utilizar o Linux com facilidade. A outra é trazer uma reunião de 
aplicativos específicos de um assunto como uma distribuição voltada para 
estúdio de música ou ainda uma distribuição que atenda a maioria dos 
usuários, como o Ubuntu Linux. 
Uma distribuição feito Ubuntu, Fedora ou SuSE traz aplicativos genéricos de 
acesso à internet, bate-papo, clientes de e-mail, pacote Office e também 
alguns joguinhos. 
Os itens citados abaixo não são obrigatórios em uma distribuição Linux, mas é 
prática comum do mercado utilizá-los. 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
Sistemas Operacionais 
 Competência 02 
Kernel 
 Claro! O kernel do Linux, o coração do sistema. 
Instalador 
 Um programa que ajude o usuário a instalar o Linux no seu computador. 
Shell 
 O interpretador de comandos.O mais comum do mundo Linux é o Bash. 
Mas existem outros como o csh, bsh e o sh. 
Aplicativos em Modo Texto 
 O Shell do Linux é muito utilizado. É possível fazer absolutamente tudo em 
modo texto através de linhas de comando. 
Servidor X 
 É o servidor que proporciona ter Interface Gráfica no Linux. Não é 
obrigatório, mas, se desejado, você pode ter mais de uma interface gráfica no 
Linux. 
Interfaces Gráficas 
 Graças ao Servidor X, é possível ter diversas interfaces gráficas. Conheça 
alguma delas: KDE, GNOME, FLUXBOX, WindowMaker, BlackBox e 
Enlightnment. 
Gerenciadores de Boot 
 O NTLDR é utilizado pelo Windows para possibilitar a escolha do sistema 
operacional na hora em que ligamos o computador. 
 
 
 44 
Técnico em Informática 
 Competência 02 
No Linux os principais são: 
o LILO – Linux Loader 
o GRUB - Grand Unified Bootloader 
Módulos 
 Programas que ligam o sistema operacional ao hardware, como o módulo 
da placa de som. Módulo é o mesmo que Driver no mundo Microsoft. 
Agora que conhecemos algumas das principais características de um dos 
sistemas mais utilizados no mundo, o Linux, você pode usar qualquer uma das 
distribuições do Linux, como sistema operacional servidor ou como sistema 
operacional cliente. Porém, existem distribuições que são mais utilizadas para 
fins específicos, vamos estudar sucintamente algumas delas. 
 2.6.7. Principais Sistemas Operacionais Linux 
Existem algumas das distribuições que são mais conhecidas e utilizadas 
mundialmente, que inclusive serviram e servem de base para criar outras 
distribuições, devido a fortes características, como vamos relatar a seguir. 
Vamos juntos. 
Distribuição Debian Linux 
O Debian é uma distribuição de GNU/Linux que tem como característica 
principal a universalidade, ou seja, seu objetivo é fazer com que ele seja um 
Sistema Operacional de caráter livre e que possa ser usado em qualquer lugar 
do mundo, por qualquer pessoa. O Debian é feito por mais de 1500 
voluntários ao redor de todo o globo. Cada pacote, seja ele um programa, 
uma biblioteca ou documento, tem como responsável o chamado 
mantenedor, cujas tarefas incluem a compilação e a correção de bugs do 
pacote. O Debian tem sido adotado por muitas entidades e tem atraído 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
Sistemas Operacionais 
 
Site da Distribuição: 
http://wiki.debianb
rasil.org/ 
 
 
 Competência 02 
especialmente os governos por ser independente de fornecedor, ser uma 
iniciativa 100% comunitária e ter um desenvolvimento aberto. 
Figura 20 – Sistema Operacional Debian Linux 
Fonte: pt.wikipedia.org 
Alguns exemplos de uso do Debian como base são: 
 Ubuntu 
 Knoppix e o Kurumin 
 GNU/LinEx - que obteve sucesso mundial com seus 80 mil computadores 
rodando GNOME instalados em Extremadura, Espanha. 
 Distribuição dos Telecentros de São Paulo. 
 Porto Alegre GNU/Linux - criado para o IV FISL (Fórum Internacional de 
Software Livre). 
Distribuição Red Hat Linux 
 
 
 
 46 
Técnico em Informática 
 Competência 02 
Red Hat Linux é uma distribuição de Linux muito conhecida, líder do mercado 
nos Estados Unidos, criada e mantida pela Red Hat. A distribuição Red Hat 
está atualmente voltada para o mercado empresarial. No entanto, mantém a 
sua vertente comunitária através do projeto Fedora Core, que é uma 
distribuição totalmente livre, gratuita, desenvolvida comunitariamente e que 
serve de base ao Red Hat Enterprise Linux. 
Figura 21 – Sistema Operacional Red Hat Linux 
Fonte: pt.wikipedia.org 
Distribuição Fedora Linux 
O Fedora é um sistema operacional que tem por base o Linux, uma coleção de 
software que faz com que o seu computador trabalhe. Pode utilizar o Fedora 
em conjunto com, ou em vez de, outro sistema operacional como o Microsoft 
Windows™ ou o Mac OS X™. O sistema operacional Fedora é completamente 
livre de custos para poder usufruir e partilhar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
Sistemas Operacionais 
 
Site: 
http://fedoraprojec
t.org/pt/ 
 
 
 Competência 02 
O Projeto Fedora é o nome de uma comunidade mundial de pessoas que 
amam, usam e constroem software livre. Esse projeto tem o objetivo de 
liderar a criação e divulgação de código e conteúdos livres e abertos 
trabalhando em conjunto como uma comunidade. O Fedora é patrocinado 
pela Red Hat, o fornecedor de tecnologia de código aberto de maior confiança 
da escala mundial. A Red Hat investe no Fedora para encorajar a colaboração 
e promover novas tecnologias com software livre. 
Figura 22 – Sistema Operacional Fedora Linux 
Fonte: linux-noob.com 
Distribuição Slackware Linux 
Slackware Linux é o nome da mais antiga e conhecida distribuição GNU/Linux 
mantida ainda em evidência. Seu criador e mantenedor, Patrick Volkerding, 
estabelece uma meta de produção da distribuição baseada em simplicidade e 
estabilidade, alcançando o padrão de distribuição mais Unix-like ao manter 
seus usuários nas camadas de configuração em console de modo texto para 
uma total personalização do ambiente. Além de seu uso profissional, é 
considerada também como uma distribuição de nível acadêmico, mantendo 
uma vasta documentação atualizada em sua raiz, para os usuários que 
necessitem de maior conhecimento para dominá-lo. 
 
 
 48 
Técnico em Informática 
 
Site: 
http://pt.wikipedia.
org/wiki/Slackware
_Linux 
 
 
 
Site: 
https://www.suse.c
om/pt-br/ 
 
 Competência 02 
O Slackware Linux é um sistema operacional computacional baseado em 
projetos oficiais de software livre, desenvolvido por pessoas espalhadas no 
mundo, organizadas em comunidades e instituições, sendo a principal delas a 
FSF (Free Software Foundation) com seus projetos e licenciamentos GNU LGPL 
de software livre. Utiliza como cerne do sistema o projeto oficial da Linux 
Foundation, o kernel Linux. 
 
Figura 23 – Sistema Operacional Slackware Linux 
Fonte: archive09.linux.com 
Distribuição SUSE Linux 
Criado em 1992, o SUSE é o provedor original da distribuição empresarial do 
Linux e a plataforma com a maior troca de informações para ambientes de 
computação essenciais. Com um portfólio centrado no SUSE Linux Enterprise, 
são capacitadas milhares de organizações ao redor do mundo em ambientes 
físicos, virtuais e em nuvem. Com um compromisso contínuo com produtos 
inovadores e suporte Linux da mais alta qualidade, o crescimento do SUSE 
mais do que triplicou depois de ter sido adquirido pela Novell em 2004. Agora, 
operando como uma unidade de negócios independente do The Attachmate 
Group, o SUSE continua seu foco inabalável nos benefícios do código-fonte 
aberto e nas necessidades de seus parceiros e clientes comerciais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
Sistemas Operacionais 
 
Site: 
http://www.ubuntu
-br.org/ 
 
 Competência 02 
 
 
 
 
 
 
Figura 24 – Sistema Operacional Suse Linux 
Fonte: www.paradigm.ac.uk 
Distribuição Ubuntu Linux 
Ubuntu é um sistema operacional desenvolvido pela comunidade, e é perfeito 
para laptops, desktops e servidores. Seja para uso em casa, escola ou no 
trabalho, o Ubuntu contém todas as ferramentas que você necessita desde 
processador de texto e leitor de e-mails a servidores web e ferramentas de 
programação. Lança uma nova versão para desktops e servidores a cada seis 
meses. O que significa que você sempre terá as últimas versões dos maiores e 
melhores aplicativos de código aberto que o mundo tem a oferecer. 
O instalador gráfico lhe permite ter um sistema funcional de forma rápida e 
fácil. Uma instalação padrão deve levar menos de 30 minutos.50 
Técnico em Informática 
 Competência 02 
Uma vez instalado, seu sistema está imediatamente pronto para o uso. Na 
versão 
desktop você 
tem um 
conjunto completo de aplicativos para produtividade, internet, imagens, 
jogos, entre outras ferramentas. 
 
 
 
 
Figura 25 – Sistema Operacional Ubuntu Linux 
Fonte: blogdalurocha.wordpress.com 
Esse é o mundo dos sistemas operacionais corporativos e domésticos, que 
hoje em dia são muito parecidos. Podemos trabalhar de qualquer lugar, desde 
que tenha uma conexão com a Internet. Para dar continuidade aos nossos 
estudos sobre sistemas operacionais, na próxima competência convido você a 
estudar algumas ferramentas de software que potencializaram o uso dos 
sistemas operacionais da Microsoft e do Linux. Vamos juntos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
51 
Sistemas Operacionais 
 Competência 03 
3. COMPETÊNCIA 03 | CONHECENDO MELHOR OS SISTEMAS 
OPERACIONAIS 
Meu amigo(a), alguns dos recursos fundamentais a serem estudados nos 
sistemas operacionais da atualidade são os gerenciamentos de contas e 
grupos de usuários e os compartilhamentos de pastas e arquivos. Vamos 
saber como podemos usar esses recursos em todos os sistemas da Microsoft, 
desde o Windows XP, ainda hoje um dos mais usados comercialmente, além 
do uso liberado de sua licença, para estudos, sem gerar custos. Vamos juntos 
iniciar nossos estudos. 
A partir de agora, vamos aprender a gerenciar contas e grupos de usuários. 
Em primeiro plano, vamos abordar o assunto no Windows XP. Saiba que ao 
usar um Sistema Operacional Cliente (como o Windows XP), os usuários e 
grupos utilizados só funcionarão onde eles foram criados. Esses usuários são 
chamados de usuários locais e não são reconhecidos em outra máquina, 
mesmo que esteja em rede. 
Imagine que temos uma estação chamada COMPUTADOR_1 e o usuário 
chamado MATEUS é criado. Não adianta ir no COMPUTADOR_2 e tentar fazer 
operação com esse usuário, pois ele pertence ao COMPUTADOR_1. Imagine 
agora um laboratório com quatro computadores e que quatro alunos que irão 
ter aulas nesse laboratório utilizem essas máquinas. É necessário que em cada 
máquina sejam criados os usuários. Note que no exemplo cada aluno só vai 
poder usar a máquina em que a conta dele foi criada. Caso a máquina dele 
esteja indisponível e ele queira utilizar outra máquina, a conta dele terá que 
ser criada lá. 
Veja na figura abaixo. O exemplo do nosso laboratório ficaria assim: 
 
 
 
 
 52 
Técnico em Informática 
 Competência 03 
Figura 26 – Usuários_1 
Fonte: Autor 
Note que cada máquina tem uma conta pra cada usuário. Cada aluno só 
poderá utilizar a máquina onde ele tem conta cadastrada. Caso o 
COMPUTADOR_1 estivesse quebrado, o aluno MATEUS não poderia utilizar 
outra máquina, pois o usuário dele só existe no COMPUTADOR_1. 
Caso eu quisesse que todos os alunos utilizassem qualquer máquina, a solução 
seria adotar a arquitetura abaixo. 
Figura 27 – Usuários_2 
Fonte: Autor 
Note que o problema foi resolvido. Agora todos os alunos podem utilizar 
todas as máquinas. 
Mas você acha que essa solução funcionaria para uma empresa de grande 
porte com 500 computadores? Imagine que nessa empresa tenha três 
 
 
 
 
 
 
 
 
53 
Sistemas Operacionais 
 Competência 03 
turnos... Como manter 1.500 contas de usuários dessa forma? Máquina a 
máquina? 
Para resolver problemas como esse é que adotamos a arquitetura 
Cliente/Servidor. No caso da empresa com 1.500 funcionários e 500 
computadores basta termos um Servidor de Autenticação de Usuários, uma 
máquina que concentraria as 1.500 contas e disponibilizaria essas contas para 
todas as 500 máquinas da empresa e todos os funcionários poderiam usar 
qualquer computador. Com essa arquitetura o profissional que gerencia esta 
rede (Geralmente chamado de Administrador de Redes ou Sysadmin) teria o 
gerenciamento fácil, centralizado e íntegro. Uma arquitetura assim dá ao 
Sysadmin poderes como: 
 Escolher em que horário o usuário pode logar na rede; 
 Escolher em que máquinas o usuário pode logar; 
 Escolher que programas o usuário pode utilizar; 
 Liberar ou proibir o uso da internet; Monitorar as ações do usuário. 
Nesse caso, precisaríamos ter uma estrutura lógica, centralizada, que pudesse 
gerenciar todo o ambiente corporativo, uma estrutura cliente/ servidor, como 
podemos ver na Figura 28. 
 
Figura 28: Usuários_3 
Fonte: Autor 
 
 
 54 
Técnico em Informática 
 Competência 03 
Note que as contas foram criadas apenas no servidor. E todos os clientes 
poderão usufruir desse recurso. Na plataforma Microsoft, quem faz esse papel 
é um servidor chamado ACTIVE DIRECTORY, disponibilizado em todos os 
sistemas operacionais servidores da Microsoft desde o Windows 2000 Server 
até o presente Windows 2012 Server. Existem operações que são pertinentes 
ao gerenciamento de usuários. São elas: 
Logar ou Logon: 
 O ato de se registrar na rede, geralmente utilizando nome de usuário 
(login) e senha. 
Login (ou logname): 
 Nome do usuário. Ex: Pedro 
Logout ou Logoff: 
 O Ato de encerrar uma sessão. 
Autenticar: 
 Quando o usuário fornece as credenciais corretas (nome de usuário e 
senha, por exemplo), o sistema autentica a sessão dele, ou seja, reconhece 
que o usuário é verdadeiro (autêntico). 
Sessão: 
 É a atividade de um usuário no sistema. Quando o usuário loga ele abre 
uma nova sessão. Quando o usuário faz um logoff ele encerra a sessão. 
Log: 
 Arquivo descritivo que registra as ações de um usuário ou programa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
55 
Sistemas Operacionais 
 Competência 03 
Exemplo: 
O usuário Pedro logou às 19:30. 
Abriu o Internet Explorer. 
Acessou o site: www.ead.sectma.pe.gov.br. 
Encerrou a sessão às 19:50. 
Quando um conjunto de usuários tem as mesmas características e vão utilizar 
os mesmos recursos e programas, devemos reuni-los em grupos de usuários. 
A ferramenta do Windows que gerencia esse recurso é chamada de GRUPOS 
DE USUÁRIOS. Para entender grupos de usuários basta lembrar-se de 
conjuntos. Por exemplo: Conjunto das cores: contém somente as cores (azul, 
amarelo...) ou Conjunto dos carros (Fusca, Chevette...). Grupos de Usuários do 
Dep. de Vendas: deve conter apenas os usuários do Dep. de Vendas (João, 
José...) e assim por diante. Quando o administrador da rede for liberar ou 
proibir algum recurso, em vez de aplicar a regra a cada usuário 
individualmente (o que seria demorado e cansativo), ele deve aplicar ao grupo 
que contém esses usuários e todos receberão essa política (regra), 
exemplificado na Figura 29. 
 
Figura 29 – Usuários_4 
Fonte: Autor 
 
 
 
 56 
Técnico em Informática 
 Competência 03 
Note na figura acima que existem três grupos. Cada grupo tem seus usuários 
distintos e também existem alguns usuários que não estão em grupo nenhum. 
Note também que José faz parte de dois grupos: VENDAS e DIRETORES. Esse 
tipo de associação é permitido e não há limite. Posso colocar um usuário em 
quantos grupos forem necessários. Ou seja, JOSÉ vai usufruir dos direitos e 
políticas dos dois grupos. 
Imagine um exemplo com pastas. Quero liberar e/ou negar gravação e leitura 
aos Departamentos desta empresa. A maneira mais fácil é utilizando os 
grupos de usuários. Veja o exemplo abaixo: 
Figura 30 – Usuários_5 
Fonte: Autor 
Veja que somente os funcionários de cada setor têm acesso à pasta do seu 
setor. O usuário de vendas não tem acesso à pasta de Diretores, mas veja que 
existe uma pasta em comum. A pasta TODOS pode ser vista por todos os 
usuários, mas eles não podem alterar seu conteúdo.

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