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TCC Larissa e Juliane Pronto 19 5

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Credenciamento Portaria MEC nº. 2.762 de 06/09/2004 – 
D.O.U. 09/09/04
________________________
 INDEP – Instituto de Ensino, Capacitação e Pós-Graduação
DIREITOS LEGAIS RELACIONADOS Á PRÁTICA DO ABORTO NO BRASIL E SUAS REPERCUSSÕES
Julliane Ribeiro da Silva
Larissa Fabiani Gomes
MARÍLIA – 2016 
 
 Credenciamento Portaria MEC nº. 2.762 de 06/09/2004 – 
D.O.U. 09/09/04
________________________
 INDEP – Instituto de Ensino, Capacitação e Pós-Graduação
Julliane Ribeiro da Silva
Larissa Fabiano Gomes
DIREITOS LEGAIS RELACIONADOS Á PRÁTICA DO ABORTO NO BRASIL E SUAS REPERCUSSÕES
Artigo apresentada ao curso de Atenção Especializada e Integral, do INDEP como requisito parcial para obtenção do título de Especialista. 
Orientadora: Prof.ª 
MARÍLIA – 2016
 
 Credenciamento Portaria MEC nº. 2.762 de 06/09/2004 – 
D.O.U. 09/09/04
________________________
 INDEP – Instituto de Ensino, Capacitação e Pós-Graduação
Julliane Ribeiro da Silva
Larissa Fabiani Gomes
Direitos Legais Relacionados á pratica do aborto no Brasil e suas repercussões
FOLHA DE APROVAÇÃO 
Artigo apresentada ao curso de Atenção Especializada e Integral, do INDEP/FACULDADE IGUAÇU como requisito parcial para obtenção do título de Especialista. 
Data da aprovação:_______________________________
Conceito atribuído:_______________________________
Assinatura do Orientador:__________________________
MARÍLIA – 2016
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a Deus... Cuja nossa fé nos ensinou a ter fé em nós 
Agradecemos tudo àquilo que está nas nossas vidas até neste momento, incluindo até as dores. A nossa compreensão do universo ainda é muito pequena, para julgarmos o que quer que seja da nossa vida.
Agradecemos aos nossos pais e todos aqueles que nos ajudaram nessa caminhada, aos professores que sempre nos enriqueceu com conhecimentos e a nossa orientadora.
Julliane e Larissa 
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...não constituirmos, cada um de nós, senão um elo dessa imensa corrente fluida que é a vida e que, por isso mesmo não temos o direito de interromper...
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SUMÁRIO 
1	INTRODUÇÃO	9
2	JUSTIFICATIVA	11
3	OBJETIVO GERAL	12
3.1	Objetivos Específicos	12
4	METODOLOGIA	13
4.1	Caminho Metodológico	13
CAPÍTULO I – DIREITO FUNDAMENTAL A VIDA: Revisão Bibliográfica	14
1	DIREITO A VIDA	14
1.1	Dignidade da Pessoa	14
1.2	Legislação e legalização do aborto	15
1.3	Direitos Fundamentais e Humanos	16
CAPÍTULO II – ABORTO	19
2	ABORTO	19
2.1	O aborto e a saúde pública	19
2.2	Estatística no Brasil	21
CAPÍTULO III – A LEI E O ABORTO	22
3	LEGALIZAÇÃO X ABORTO	22
3.1	Aborto na legislação trabalhista	23
3.2	Aborto no Brasil	24
3.2.1	Constituição Federal Brasileira	24
3.2.1.1	Legislação infraconstitucional	24
CONSIDERAÇÕES FINAIS	26
REFERÊNCIAS	27
ANEXOS	31
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RESUMO 
Este estudo teve como objetivo estudar os direitos legais ao aborto sabendo que o aborto é uma discussão extensa e antiga que atravessa as diferentes áreas do conhecimento, abrangendo as teorias feministas, de gênero e da sexualidade. Esta monografia tem como objetivo descrever através da revisão bibliográfica os direitos legais sobre o aborto sendo que é um assunto polemico, pois envolve fundamentos éticos, envolvendo o direito a vida e o direito da mulher decidir. Conclui-se que A lei penal do aborto nunca teve uma realidade, nunca teve um embasamento realmente nos direitos humano e tão pouco reconhecido nos direitos. No Brasil o direito entra na questão de legalidade e ilegalidade, pois a negação do conhecimento das ciências médicas e biológicas. Ser a favor da vida, presume-se, é concordar em reduzir os números de abortos e de mortes de mulheres vítimas da prática insegura e ilegal. Para que possamos enfrentar as realidades sociais geradas em torno do aborto, é preciso descontruirmos os mitos que foram criados historicamente, e apropriarmo-nos dos conceitos que possam esclarecer e possibilitar uma melhor compreensão sobre a questão do aborto como tema que excede o direito. 
 
Palavras-chave: Aborto. Código Penal. Direito à vida. Constituição Federal
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ABSTRACT
This study aimed to study the legal rights to abortion knowing that abortion is an extensive discussion and old through the different areas of knowledge, including feminist theories, gender and sexuality. This paper aims to describe through literature review the legal right to abortion and that is a controversial issue because it involves ethical, involving the right to life and the right of women to decide. We conclude that the criminal law on abortion never had a reality, never had grounding in human rights and really so little recognized in rights. In Brazil the right comes into the question of legality and illegality, as the denial of knowledge of the biological and medical sciences. Be in favor of life, it is assumed, it is to agree to reduce the numbers of abortions and deaths of women victims of unsafe and illegal. So that we can face the social realities generated about abortion, we must descontruirmos the myths that have been created historically and appropriating the concepts that can clarify and enable a better understanding on the issue of abortion as a topic that exceeds the law.
Keywords: Abortion . Penal Code. Right to life. federal Constitution
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1	INTRODUÇÃO
O interesse da pesquisa pelos direitos legais sobre o aborto foi despertado ser um assunto polêmico, pois envolve fundamentos éticos, envolvendo o direito a vida e o direito da mulher decidir. 
Ao se tratar de um tema tão polêmico e de denso significado, torna-se imperativo diferenciar embrião e feto, pois isso possibilita um juízo mais inclusivo. A fase embrionária inicia-se normalmente na ampola da tuba uterina na sua porção mais dilatada, no encontro dos gametas masculino e feminino. Os eventos subseqüentes são: deslocamento pela tuba, implantação no epitélio endometrial do útero e o desenvolvimento até o final da oitava semana, quando tem início a próxima fase. Estágio de feto é a fase seguinte, quando há mudanças externas claramente perceptíveis, indicando a gestação inequívoca de um ser humano e a formação de órgãos importantes como o coração, o fígado, o encéfalo, os olhos, entre outros. O período fetal estende-se até o parto, quando o feto está fora do corpo da mãe, com condições biológicas autônomas (MOORE, 2004).
Segundo Santos (2013, p. 495), as transformações nas relações sociais de gênero criaram um ambiente propício para a construção de políticas nacionais específicas para a saúde da mulher, historicamente direcionadas à atenção para os momentos de gestação e parto. As mulheres, como sujeitos de direito, com necessidades que vão além da gravidez e parto, exigem ações que lhes proporcionem melhoria das condições de saúde em todos os ciclos de vida.
Quando uma mulher procura os serviços de saúde em relação a realizar o aborto, elas passam por experiências emocionais e físicas; sendo que a maioria que procura este serviço para o processo de aborto esconde seus sentimentos de solidão, angústia, ansiedade, culpa, autocensura, medo de verbalizar, de ser punida ou mesmo humilhada com sensação de incapacidade. Pode-se pressupor que, de fato, em muitas circunstâncias e instituições o aborto provocado seja criticado pelos profissionais que recebem as usuárias em abortamento (SANTOS 2013). 
Conforme Almeida (2014, p. 13), o aborto é uma realidade de todas as sociedades, a diferença reside em como cada sociedade lida e normatiza a sua prática. Porém, subtende-se que o maior interesse em questão, e que deve ser um ponto e objetivo em comum, é a solução para os altos índices de abortos e mortes de mulheres evitáveis, em especial nos países periféricos ou tidos em desenvolvimento, e que os Estados garantamatravés dos direitos fundamentais, a vida das mulheres.
O presente trabalho é para uma melhor compreensão do assunto. 
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2	JUSTIFICATIVA
	Este trabalho torna se importante devido ao explorar sobre o assunto, pois se sabe que o aborto é um problema e não se sabe os direitos legais no Brasil. 
Enfrentar com seriedade esse fenômeno significa entendê-lo como uma questão de cuidados em saúde e direitos humanos, e não como um ato de infração moral de mulheres levianas. E para essa redefinição política há algumas tendências que se mantêm nos estudos à beira do leito com mulheres que abortaram e buscaram o serviço público de saúde: a maioria é jovem, pobre, católica e já com filhos. (BRASIL, 2009; AVILA, 2015). 
As desigualdades regionais tendem a se reproduzir no perfil das mulheres em situação de abortamento, em especial em temas como educação, procedimentos abortivos e seqüelas do aborto, mas foram raros os estudos que correlacionaram renda e trajetórias reprodutivas das mulheres. As desigualdades são: magnitude, idade; religião, conjugalidade, educação e mundo do trabalho, números de filhos e métodos contraceptivos, métodos abortivos. (DINIZ, 2007). 
Como sabemos “a onda” de legalização do aborto, como da esterilização, da contracepção, do casamento de homossexuais, da educação sexual hedonista faz parte de um “pacote” de medidas imperialistas que querem impor a nossos filhos. Não é fato isolado e não restringe ao Brasil e nem América do Sul. É importante examinarmos aqui o que está por trás de tudo isso. (VIEIRA, 2015). 
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3	OBJETIVO GERAL 
	Identificar os aspectos legais relacionados à prática do aborto 
3.1	Objetivos Específicos
Identificar os aspectos legais no Brasil;
Compreender as repercussões do aborto para a mulher. 
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4	METODOLOGIA
A revisão da literatura é indispensável não somente para definir bem o problema, mas também para obter uma ideia precisa sobre o estado atual dos conhecimentos sobre um dado tema, as suas lacunas e a contribuição da investigação para o desenvolvimento do conhecimento. (CARDOSO et al, 2010).
Como nos informam Cardoso et al (2010) “cada investigador analisa minuciosamente os trabalhos dos investigadores que o precederam e, só então, compreendido o testemunho que lhe foi confiado, parte equipado para a sua própria aventura”
Para operacionalizar essa revisão, foram utilizadas as seguintes etapas: estabelecimento do objetivo da revisão de literatura, estabelecimento dos critérios para a seleção da amostra, definição das informações a serem extraídas dos artigos selecionados, análise dos resultados, apresentação e discussão dos resultados. 
4.1	Caminho metodológico
	O estudo foi realizado por meio de busca online das produções científicas nacionais sobre o aborto e os direitos legais no Brasil. A captura dessas produções foi processada por meio de artigos, teses, monografias, mestrados e doutorados. 
Estabeleceram-se como critérios para a seleção da amostra: artigos publicados no Brasil, e apresentar de maneira explícita os descritores aborto, legalização, Brasil no resumo. 
Para maior embasamento, fez-se necessária a inclusão de referências complementares encontradas na base de dados Scientific Eletronic Library Online (Scielo), além de sites como o do Ministério da Saúde, Católicas pelo Direito de Decidir. 
Para facilitar a organização dos resumos de artigos encontrados realizou-se cópia. A seguir, procedeu-se a leitura do material por inúmeras vezes, a fim de evidenciar e delimitar o que se faz indispensável para a obtenção de um estudo aprofundado. Para isso, considerou-se a temática apresentada no seu enquadramento dos critérios previamente estabelecidos, e alcançar o objetivo proposto.
CAPÍTULO I 
DIREITO FUNDAMENTAL A VIDA – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
1	DIREITO A VIDA
A palavra VIDA é conceituada no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, sob diferentes aspectos, nos quais os que mais nos interessam no que pertine ao Direito à Vida, são os seguintes: ...3 - o período de um ser vivo compreendido entre o nascimento e a morte; existência... 5 - motivação que anima a existência de um ser vivo, que lhe dá entusiasmo ou prazer; alma, espírito...8 - o conjunto dos acontecimentos mais relevantes na existência de alguém; 9 - meio de subsistência ou sustento necessário para manter a vida (ROBERTO, 2004, p.3).
1.1	Dignidade da pessoa
A dignidade é um valor espiritual e moral inerente à pessoa, que se manifesta singularmente na autodeterminação consciente e responsável da própria vida e que traz consigo a pretensão ao respeito por parte das demais pessoas, constituindo-se em um mínimo invulnerável que todo estatuto jurídico deve assegurar, de modo que, somente excepcionalmente, possam ser feitas limitações ao exercício dos direitos fundamentais, mas sempre sem menosprezar a necessária estima que merecem todas as pessoas enquanto seres humanos (AWAD, 2006, p.113). 
Adotar a dignidade da pessoa humana como valor básico do Estado democrático de direito é reconhecer o ser humano como o centro e o fim do direito.
	Segundo o estudo de Awad (2006) o princípio da dignidade da pessoa humana tem íntima relação com o direito natural. Se considerarmos que o direito natural é aquele que nasce com o homem, a dignidade humana faz parte dele, haja vista que o homem detém capacidades próprias e poder de raciocínio já ao nascer, o que diferencia dos demais seres.
A discussão relativa à dignidade da pessoa humana ganha relevo no plano doméstico dos Estados e no âmbito da sociedade internacional. Assim, para tentar enfrentar a questão, preliminarmente devem ser observados alguns conceitos que foram formulados pela doutrina sobre dignidade da pessoa humana (GUERRA; EMERIQUE, 2006). 
Temos por dignidade da pessoa humana a qualidade intrínseca e distintiva de cada ser humano que o faz merecedor do mesmo respeito e consideração por parte do Estado e da comunidade, implicando, neste sentido, um complexo de direitos e deveres fundamentais que assegurem a pessoa tanto contra todo e qualquer ato de cunho degradante e desumano, como venham a lhe garantir as condições existenciais mínimas para uma vida saudável, além de propiciar e promover sua participação ativa corresponsável nos destinos da própria existência e da vida em comunhão dos demais seres humanos (GUERRA, EMERIQUE, 2006, p. 382). 
O princípio da dignidade da pessoa humana garante essencialmente o reconhecimento do homem como ser superior, criador e medida de todas as coisas.
Assim, respeitar a dignidade da pessoa humana traz quatro importantes consequências: a) igualdade de direitos entre todos os homens, uma vez integrarem a sociedade como pessoas e não como cidadãos; b) garantia da independência e autonomia do ser humano, de forma a obstar toda coação externa ao desenvolvimento de sua personalidade, bem como toda atuação que implique na sua degradação e desrespeito à sua condição de pessoa, tal como se verifica nas hipóteses de risco de vida; c) não admissibilidade da negativa dos meios fundamentais para o desenvolvimento de alguém como pessoa ou imposição de condições subumanas de vida. Adverte, com carradas de acerto, que a tutela constitucional se volta em detrimento de violações não somente levadas a cabo pelo Estado, mas também pelos particulares (AWAD, 2006, p.115). 
No Brasil, em que pese o elevado grau de indeterminação, o princípio da dignidade da pessoa humana, constituí critério para integração da ordem constitucional, prestando-se para reconhecimento de direitos fundamentais atípicos e, portanto, as pretensões essenciais à vida humana afirmam-se como direitos fundamentais (GUERRA, EMERIQUE, 2006). 
1.2	Legislação e legalização do aborto 
De acordo com Morais (2008, p.50) o Código Penal Brasileiro pune o aborto provocado na forma do auto-aborto ou com consentimento da gestante em seu artigo 124; o aborto praticado por terceiro sem o consentimento da gestante, no artigo 125; o aborto praticadocom o consentimento da gestante no artigo 126; sendo que o artigo 127 descreve a forma qualificada do mencionado delito. No Brasil, admitem-se duas espécies de aborto legal: o terapêutico ou necessário e o sentimental ou humanitário. 
O Código Penal Brasileiro, promulgado em 1940, prevê a prática legal do aborto quando não houver outro meio de salvar a vida da gestante ou quando a gravidez resultar de estrupo ou incesto (CESAR et al., 1997). 
De acordo com Cesar et al. (1997):
Esta prática, indiscriminada e abusiva, provocou o aumento na taxa de hospitalização entre essas mulheres e se constituiu no principal determinante da mortalidade materna no Brasil. Trata se, portanto, de um dos mais importantes problemas de saúde pública enfrentados pela mulher neste País.
Quanto ao debate no Legislativo, a discussão sobre a questão do aborto entrou na Constituinte pelas mãos da Igreja Católica, para proibi-lo em todas as circunstâncias e, em grande parte, recebeu apoio de parlamentares evangélicos. O tema gerou um intenso debate em diversos momentos daquele processo, mas acabou não sendo contemplado na nova Carta – exatamente devido à sua característica controversa (ROCHA, 2006). 
A Constituição de 1988 abriu as portas para um conjunto de transformações a serem realizadas a partir da atuação do Executivo, do Legislativo e do Judiciário, e a sociedade civil passou a ter importantes instrumentos de controle social, ou seja, de controle da sociedade sobre o Estado. A experiência da democracia acabou por trazer algumas significativas mudanças na feição das discussões e decisões sobre os direitos das mulheres e, nesse quadro, sobre a questão do aborto (ROCHA, 2006, p.372). 
O tema é polêmico, controverso e cercado de preconceitos, envolvendo os direitos da mulher até políticas governamentais, passando pela questão religiosa e socioeconômica. 
1.3	Direitos Fundamentais e Humanos
Os direitos fundamentais são aqueles inerentes ao homem, podendo ser chamados de direitos humanos. Estão previstos no texto constitucional. Trata-se dos pressupostos fundamentais para se viver livre e com dignidade.
Conforme Ballei (2009, p.198):
O direito ao desenvolvimento é um direito humano inalienável em virtude do qual, todo ser humano e todos os povos estão facultados para participar em um desenvolvimento econômico, social, cultural e político, no qual possam se realizar plenamente todos os direitos 199 humanos e liberdades fundamentais, a contribuir a esse desenvolvimento e a dele desfrutar.
Atualmente, constitui garantia dos direitos humanos um Estado capaz de identificar as diferenças e as singularidades dos cidadãos, promovendo justiça social, corrigindo disparidades econômicas e neutralizando uma iníqua distribuição de renda, de prestígio e de conhecimento (BALLEI, 2009). 
De acordo o estudo realizado por Cademartori e Grubba (2012, p. 708):
Sustenta os direitos humanos como uma classe variável, em virtude de sua modificação ao longo da história. Com a mudança de interesses, condições sociais, econômicas, políticas e outras, o elenco dos direitos se modificou e vem se modificando. Direitos antes declarados de fundamento absoluto, hoje não mais são mencionados nesses termos nas novas declarações normativas. E direitos contemporâneos, como os sociais, na modernidade clássica sequer poderiam ser concebidos.
	Ainda conforme os autores citados acima: 
Os direitos podem ser considerados fundamentais, pressupôs três respostas distintas. A primeira é oferecida pela teoria do direito, em um plano teórico-jurídico, que consiste em considerar os direitos fundamentais todos aqueles adstritos a todos os humanos, universalmente, como pessoas humanas ou como cidadãos. São, portanto, indisponíveis e inalienáveis.
	Segundo Silva, Bezerra e Tanaka (2012, p.250):
A República Federativa do Brasil, enquanto Estado Democrático de Direito (EDD), fundamenta-se em aspectos como: cidadania, dignidade e soberania popular. A saúde passa, então, a ser declarada como um direito fundamental de cidadania, cabendo ao Estado a obrigação de provê-la a todos os cidadãos (Brasil, 1988). Historicamente, a responsabilidade do Estado pela vida de seus cidadãos é resultado do reconhecimento de problemas sociais e de saúde no âmbito da produção e reprodução da força de trabalho durante a Revolução Industrial.
Os direitos humanos e os direitos fundamentais, portanto, em seu fundamento racional pós-metafísico, decorrem dos processos de lutas pelo acesso igualitário aos bens materiais e imateriais, a uma vida digna de ser vivida, independentemente de quais sejam eles. O fundamento último se resume à vida, em sua integridade e dignidade. Assim entendidos, os Direitos são necessários, porém, apenas transitórios (no sentido de não serem absolutos) e nunca plenamente alcançados, mas legitimados em função dos resultados provisórios das lutas sociais e políticas pela dignidade humana (CADEMARTORI; GRUBBA, 2012). 
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CAPÍTULO II
ABORTO
2	ABORTO
O tema aborto atualmente é um dos temas mais controversos da nossa sociedade. Todos sabem o seu significado e, no entanto, sua aceitação ou não, causa inúmeras polêmicas, pessoais, coletivas e jurídicas.
O aborto é um crime e as mulheres são penalizadas por sua prática. Os pesquisadores não têm como oferecer medidas de sigilo ou proteção às mulheres que participarem das pesquisas, sejam elas realizadas em hospitais ou em suas residências. Não há direito ao sigilo para o exercício da pesquisa no Brasil. Foi nesse contexto paradoxal de contraste entre a lei penal e as necessidades de saúde das mulheres que grande parte dos estudos sobre magnitude do aborto foi conduzida no Brasil nas últimas décadas para subsidiar as políticas de saúde reprodutiva (DINIZ; MEDEIROS, 2010, 960).
O aborto é um tema que se manteve na pauta de pesquisas brasileiras nos últimos vinte anos. Há uma abundância de fontes, o que constitui um forte indício da importância do tema para a saúde pública no País (DINIZ, 2007).
	Ainda conforme Diniz (2007) o imposto pela ilegalidade do aborto é majoritariamente vivido pelas mulheres pobres e pelas que não têm acesso aos recursos médicos para o aborto seguro.
2.1	O aborto e a saúde pública
Objeto de forte repercussão social, o aborto no Brasil implica dificuldades para a obtenção da informação e de relatos por parte das mulheres. Situações de ilegalidade exigem cuidados metodológicos específicos, com implicações éticas, que resultam numa maior dificuldade de obtenção da informação. O aborto é considerado uma questão sensível, delicada ou mesmo embaraçosa, de difícil declaração (MENEZES; AQUINO, 2009). 
O abortamento é representado como um grave problema de saúde pública. Considerando apenas o território nacional, a estimativa é que ocorram anualmente mais de um milhão de abortamentos induzidos – uma das principais causas de morte materna no país. Esse tipo de aborto é uma temática que incita passionalidade e dissensão, além de atravessar um emaranhado de aspectos legais, sociais, culturais, morais, econômicos, jurídicos e ideológicos (BRASIL, 2009). 
O estudo de Diniz e Medeiros (2010) chamado “Aborto no Brasil: uma pesquisa domiciliar com técnica de urna” apresenta os primeiros resultados da Pesquisa Nacional sobre Aborto (PNA), levantamento realizado em domicílios de todo o Brasil urbano. As evidências indicaram que o aborto não era realizado somente para postergar o princípio da vida reprodutiva ou evitar filhos em idades avançadas, pois se notou que cerca de 60% das mulheres fizeram seu último, ou único aborto, no centro do período reprodutivo (18 e 29 anos). Entre as mulheres que abortaram 23% tinham até o 4º ano do ensino fundamental e 12%, o ensino médio completo. No Brasil há déficit de estudos epidemiológicos sobre abortamento inseguro, clandestino, especialmente quanto se trata de populações vulneráveis, de renda muito baixa, nas quais existe um peso maior do aborto sobre as taxas de morbidadee mortalidade materna.
Enfrentar o fenômeno do aborto como uma questão de saúde pública significa entendê-lo como uma questão de cuidados em saúde e não como um ato de infração moral de mulheres consideradas levianas. E, para essa redefinição política, existem algumas tendências que se mantêm nos estudos à beira do leito com mulheres que abortaram. O conveniente é que essa descrição não representa apenas as mulheres que abortam, mas as mulheres brasileiras. Neste sentido, compreender o aborto como uma questão de saúde pública em um Estado laico e plural representa um novo caminho de argumentações, no qual o campo da saúde pública no Brasil suscita complexas e relevantes evidências para o debate (DINIZ, 2007).
2.2	Estatística no Brasil 
	Mundialmente, a prevalência de aborto inseguro é estimada em 19 a 20 milhões, dos quais 97% pertencem a países em desenvolvimento. Em 2000 ocorreram 14 abortos induzidos por 1.000 mulheres entre 15 a 44 anos. A maior prevalência é para a América Latina com 20 abortos por 1.000 mulheres entre 15 a 44 anos (MENEZES et al., 2009). 
	Ainda conforme o estudo dos autores acima citados o aborto induzido é um tema polêmico que envolve questões religiosas, culturais, e políticas. Os dados existentes sobre sua ocorrência são imprecisos, mesmo onde sua prática é legal. Em países que criminalizam o procedimento, esses dados são ainda mais difíceis de serem obtidos. No Brasil, a magnitude do abortamento inseguro não é conhecida com exatidão, devido a seu caráter ilegal, pois o aborto só é permitido em caso de estupro ou risco de vida materna. Em casos de malformações fetais (acrania e, especialmente, anencefalia), condições incompatíveis com a vida extrauterina, o aborto tem sido realizado no país apenas após autorização judicial.
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CAPÍTULO III
A LEI E O ABORTO 
3	LEGALIZAÇÃO X ABORTO
	Em países como o Brasil, onde o aborto é criminalizado na maioria das situações, há uma perversidade para com as mulheres, especialmente, às de classe social menos favorecida. Neste contexto, verifica-se que o caráter de ilegalidade do aborto favorece a sua realização de maneira clandestina, e isso é sentido na ausência de serviços e na má qualidade da assistência. Por esse motivo, a quantidade elevada de abortos induzidos no País pode ser constatada (GESTEIRA; DINIZ; OLIVEIRA, 2008).
O Ministério da Saúde, ao se pronunciar sobre “o aborto e saúde pública no Brasil: 20 anos”, descreve que a criminalização do aborto propicia implicações negativas à saúde das mulheres, pouco coíbe a prática, além do que perpetua a desigualdade social. O risco imposto pela ilegalidade do aborto é, em sua maioria, vivido pelas mulheres pobres e pelas que não têm acesso aos recursos médicos para o aborto seguro (BRASL, 2009).
Nos debates sobre aborto induzido, os estágios da gestação e do desenvolvimento fetal são determinantes, pois algumas linhas que defendem a descriminalização partem do princípio de que o aborto é um direito da mulher. Segundo essa teoria, é uma prerrogativa da mulher usar o próprio corpo. Além desta, existe a explicação biológica da vida fetal. Conforme esta linha de discussão, se os estímulos nervosos, decorrentes da formação do tubo neural, acontecem em torno do terceiro mês (12 semanas), a interrupção da gestação até esse momento não traria sofrimento para o feto (SOUZA et al., 2010).
A criminalização do aborto viola os direitos das mulheres a sua autodeterminação reprodutiva, violando assim seus direitos humanos (SYDOW et al., 2011).
As mulheres precisam ter o direito de decidir se querem ou não interromper a gestação. Trata-se de uma complexa e delicada decisão, mesmo para quem tem acesso ao aborto seguro. Ao retratar a prática do aborto, é preciso considerar que várias mulheres engravidam sem planejar (ALMEIDA, 2012). 
O ser humano precisa ter livre-arbítrio, e isto se aplica à decisão da mulher frente às questões relacionadas ao aborto, pois cada indivíduo tem direito e deveres para com o Estado, que, em vez de punir e incriminar deveria apoiar e ajudar. Além disso, a política de planejamento familiar não funciona com qualidade no Brasil, logo, o Estado não pode cobrar da mulher algo que ele não executa em conformidade como os direitos dessa mesma mulher (SYDOW et al., 2011). 
Sendo assim, a revisão da legislação brasileira frente ao aborto pode favorecer a implementação de ações que assegurem maior autonomia das mulheres nas questões reprodutivas (MENEZES; AQUINO, 2009). 
As mulheres necessitam ter autonomia sobre sua sexualidade e seu corpo, além do que o debate do aborto deveria ser guiado pelo bem comum da sociedade. Sob o ponto de vista da saúde pública, a situação contemporânea de mortes de mulheres em plena capacidade reprodutiva é insustentável. Nessa direção, e em coerência com as bases democráticas do Brasil, torna-se essencial à instalação de amplo debate nacional sobre a temática, que culminaria em manifestação da sociedade em voto plebiscitário. A descriminalização do aborto seria uma medida de elevado impacto para a reversão dos atuais indicadores de morbidade e mortalidade feminina (TEMPORÃO, 2012).
3.1	Aborto na legislação trabalhista
	A CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) determina que, em caso de aborto, a mulher tem direito a duas semanas de repouso, recebendo seu salário normalmente durante este período. Da mesma forma, a mulher não perde o direito a férias caso tenha faltado por motivo de aborto, pois essas faltas são justificadas. (CFMEA, s.d).
3.2	Aborto no Brasil 
O aborto legal ou necessário é um fato atípico e, portanto, para ser realizado, depende apenas do consentimento válido da mulher. Ocorre que, mesmo sendo expressamente permitidos, os médicos escusa-se de realizá-lo sob alegação de divergência moral. Ademais, não há infraestrutura adequada para o procedimento e os profissionais de saúde exigem da mulher autorização judicial termo de boletim de ocorrência ou avaliação por uma Junta Médica (MORAIS, 2008).
3.2.1	Constituição Federal Brasileira
	Santos (2013, p. 15) em seu trabalho relata que:
De acordo com o caput do artigo 5º da carta magna brasileira, há a isonomia de todos seus cidadãos perante a lei, garantindo-se a inviolabilidade do direito à vida. Ter direito à vida no âmbito constitucional não significa, tão somente, viver. Imprescindível, coloca-se o direito à vida uma garantia fundamental do ser humano, visto que decorrem dela todos seus outros direitos. Além disso, o artigo 5º e todos os seus incisos são cláusulas pétreas, não podendo em nenhum momento, serem suprimidos da Constituição, mesmo em emendas constitucionais. Não obstante, o §1º do inciso LXXVIII do art. 5º da Constituição dispõe que as normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.
O artigo 2º do Código Civil Brasileiro, o qual regula o início da personalidade civil dos cidadãos brasileiros, dispõe que, apesar desta iniciar-se com o nascimento com vida, está a salvo, desde sua concepção, os direitos do nascituro (SANTOS 2013). 
Ainda conforme estudo do autor acima se aplicando este artigo em conjunto com o disposto no caput do art. 5º da CF, seria o feto, no ventre de sua genitora, é destinatário de direitos, inclusive, dos direitos e garantias fundamentais constitucionalmente previstos. Logo, olhos postos na carta magna seriam inconstitucionais no Brasil o aborto, tendo em vista a indisponibilidade do direito a vida.
3.2.1.1 Legislação infraconstitucional
	O direito brasileiro regula o aborto, de forma direta, pelo Decreto Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – o Código Penal, em seus artigos 124 ao 128 e, com uma disposição sutil, no Decreto Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 – a Consolidação das Leis Trabalhistas (SANTOS, 2013).
(...). O Direito infraconstitucional protege por modo variado cada etapa do desenvolvimento biológico do ser humano. Os momentos da vida humana anteriores ao nascimento devem ser objeto de proteção pelodireito comum. O embrião pré-implanto é um bem a ser protegido, mas não uma pessoa no sentido biográfico a que se refere à Constituição. (Grifei)
Mutismo constitucional hermeneuticamente significante de transpasse de poder normativo para a legislação ordinária. A potencialidade de algo para se tornar pessoa humana já é meritório o bastante para acobertá-la, infraconstitucionalmente, contra tentativas levianas ou frívolas de obstar sua natural continuidade fisiológica. Mas as três realidades não se confundem: o embrião é o embrião, o feto é o feto e a pessoa humana é a pessoa humana. Donde não existir pessoa humana embrionária, mas embrião de pessoa humana. (FREITAS, 2015). 
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Podemos perceber durante a realização do trabalho que o aborto tem várias teorias englobadas como um todo (religião, direito, sexualidade), o aborto tem que ser visto de uma maneira social, pois é um problema social ser a favor da vida, presume-se, é concordar em reduzir os números de abortos e de mortes de mulheres vítimas da prática insegura e ilegal, e esse deve ser o objetivo em comum da sociedade e principalmente do Estado, responsável pelo acesso à justiça, ao direito e aos instrumentos de Políticas Públicas. 
A lei penal do aborto nunca teve uma realidade, nunca teve um embasamento realmente nos direitos humano e tão pouco reconhecido nos direitos. No Brasil o direito entra na questão de legalidade e ilegalidade, pois a negação do conhecimento das ciências médicas e biológicas. 
Esperamos que esse trabalho mostre que a vida da pessoa teve ter proteção e não pode estar sujeita ao desenvolvimento da vida em potencial, que as leis sejam revisadas e colocadas em praticas. 
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REFERÊNCIAS
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ANEXOS
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ANEXO A – PROJETOS DE LEI REFERENTES AO ABORTO
1 FAVORÁVEIS 
PROJETO DE LEI N.º 4403 de 2004 (Da Dep. Jandira Feghali e Outros) 
Acrescenta inciso ao art. 128 do Decreto - Lei 2848, de 07 de dezembro de 1940 - Código Penal. 
O Congresso Nacional decreta: Art. 1º - O art. 128 do Decreto – Lei 2848, de 07 de dezembro de 1940, Código Penal, fica acrescido do seguinte inciso III: “ Art. 128 
Aborto Terapêutico III – Houver evidência clínica embasada por técnica de diagnóstico complementar de que o nascituro apresenta grave e incurável anomalia, que implique na impossibilidade de vida extra uterina.” 
Art. 9º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. 
O Código Penal, em seu art. 124, criminaliza a prática de aborto, impondo pena de detenção, de um a três anos a quem “provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque”. 
O art. 128, porém, prevê dois casos em que o aborto não é considerado crime: “se não há outro meio de salvar a vida da gestante” e “se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal.” Hoje é grande o clamor da sociedade no sentido de permitir o aborto nos casos de gravidez de feto anencéfalo. Mesmo sob a evidência científica de que o feto não terá vida extra uterina por mais de 48 horas as mulheres brasileiras são obrigadas a levar a termo a gestação de feto anencéfalo. 
Na prática transforma uma fase de extrema felicidade na vida das mulheres num martírio psicológico ao se constatar que a gravidez não resultará no convívio com o filho. Devemos dar a opção para que cada mulher possa decidir se terá ou não condições físicas e psicológicas para levar a termo a gravidez. Tal opção poderá significar, para muitas, condições psicológicas mais adequadas a uma nova tentativa. Lembro, ainda, que a alteração proposta não obriga nenhuma mulher a se submeter ao aborto terapêutico no caso em questão, apenas lhes dá esta opção. Acredito que negar-lhes esta opção é um retrocesso e aprofunda o abismo criado entre direitos de homens e mulheres. É papel do Congresso Nacional debater o assunto e aprovar 27 uma legislação avançada, que responda aos verdadeiros anseios da sociedade brasileira.
 Sala das Sessões, em de Novembro de 2004. 
Deputada JANDIRA FEGHALI / PC do B/RJ
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ANEXO B - Título III – Da Interrupção Voluntária da Gravidez 
Capítulo I – Condições da interrupção voluntária da gravidez
Art. 10º - Toda a mulher tem o direito a realizar a interrupção voluntária da gravidez, realizada por médico e condicionada ao consentimento livre e esclarecido da gestante, nos serviços do SUS e na rede privada nas condições que determina a presente Lei. Parágrafo único – Ninguém será discriminado no acesso aos instrumentos e mecanismos previstos nesta Lei por motivos de origem racial ou étnica, religião, convicção ou opinião, sexo, identidade de gênero, deficiência física, orientação sexual, estado civil ou qualquer outro pretexto discriminatório. 
Art. 11 - Toda mulher tem o direito a decidir livremente pela interrupção voluntária de sua gravidez durante as primeiras doze semanas do processo gestacional. 
Art. 12 – Ultrapassado o prazo estabelecido no artigo 11 da presente Lei, a interrupção voluntária da gravidez somente poderá ser realizada:
I – Até a vigésima segunda semana, desde que o feto pese menos de quinhentos gramas, nos casos de gravidez resultante de estupro, violência sexual ou ato atentatório à liberdade sexual, sem a necessidade de apresentação de boletim de ocorrência policial ou laudo médico-legal.
II – A qualquer tempo, nos casos de risco de vida para a gestante, comprovado clinicamente. 
III – A qualquer tempo, nos casos de risco à saúde da gestante, comprovado clinicamente. 
III – A qualquer tempo, nos casos de incompatibilidade e/ou inviabilidade do feto com a vida extrauterina, comprovado clinicamente.
 Art. 13 – Todas as gestantes que manifestem sua intenção de submeter-se a uma interrupção voluntária de gravidez receberão informação sobre: 
I - saúde sexual e reprodutiva e direita reprodutivos; 
II - os distintos métodos de interrupção da gravidez; 
III - as condições para a interrupção previstas na presente Lei; IV - as unidades de saúde disponíveis e acessíveis a que deva se dirigir; 
V - os trâmites para obter a prestação do serviço. 
Art. 14 - Nos casos em que a gestante opte pela interrupção voluntária da gravidez, ela receberá ainda, um envelope que conterá as seguintes informações: 
I - as políticas públicas disponíveis para as mulheres grávidas e os serviços de saúde disponíveis durante a gravidez e o parto; 
II - os direitos trabalhistas vinculados à gravidez e à maternidade, além das políticas públicas para o cuidado e atenção dos filhos e filhas; 
III - dados sobre as unidades disponíveis para o acesso à informação adequada sobre contracepção e sexo seguro; 
IV - dados sobre as unidades onde a mulher possa receber voluntariamente acompanhamento antes e depois da interrupção da gravidez. 
§ 1° - A elaboração, o conteúdo e o formato destas informações serão determinados através de normas expedidas pelo Ministério da Saúde. 
§ 2° - As informações acima listadas terão caráter público e também deverão ser explicadas presencialmente às gestantes. 
§ 3° - Uma vez cumpridas as condições descritas acima, a interrupção voluntária da gravidez deverá ser realizada em até no máximo três dias. 
Art. 15 – Salvo nos casos de risco iminente de vida, em que a mulher esteja impossibilitada de manifestar sua vontade, a interrupção voluntária da gravidez só será realizada mediante consentimento expresso e por escrito: 
I - da gestante capaz, maior de dezoito anos. 
II - do representante legal, no caso das gestantes maiores de dezesseis e menores de dezoito anos, que se manifestam conjuntamente com a gestante. 
III – dos pais, representantes ou responsáveis legais, no caso de gestante com idade inferior a dezesseis anos. 
IV do representante legal, no caso de uma mulher declarada incapaz em juízo. 
§ 1º – Gestantes maiores de dezesseis e menores de dezoito anos poderão ser liberadas do consentimento do representante legal no caso de perigo certo e fundamentado de violência intrafamiliar, ameaças, coações, maus tratos ou situação de desamparo total em função da interrupção voluntária de gravidez. 
§ 2º - No caso da interrupção voluntária da gravidez ser realizada em uma menor de catorze anos, será exigido o consentimento de pelo menos um de seus representantes legais. Nesse caso, a criança deverá ser ouvida e, frente a qualquer outro interesse, será considerada primordialmente a satisfação do seu interesse, no pleno gozo de seus direitos e garantias consagrados na Convenção Internacional dos Direitos da Criança e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). 
§ 3º - Sempre que a mulher ou adolescente tiver condições de discernimento e de expressão de sua vontade, deverá também consentir, assim como deverá ser respeitadaa sua vontade se não consentir com o abortamento, que não deverá ser praticado, ainda que os seus representantes legais assim o queiram. 
§ 4º - Nos processos que envolverem crianças e adolescentes menores de dezoito anos obrigatoriamente se manifestará o Ministério Público. Se nesses casos a gestante ou sua família estiver em condições de vulnerabilidade ou hipossuficiência, serão assistidos pela Defensoria Pública. 
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ANEXO C - Título IV – Dos Procedimentos Prévios e Posteriores à Interrupção Voluntária da Gravidez 
Art. 16 – Todas as unidades especializadas para a realização da interrupção voluntária de gravidez terão a obrigação de cumprir com o que preceitua a presente Lei, devendo estabelecer as condições técnico-profissionais e administrativas necessárias para possibilitar o acesso ao procedimento. 
Art. 17 – As unidades de saúde que prestem o serviço da interrupção voluntária da gravidez assegurarão a intimidade das mulheres e a confidencialidade no tratamento dos seus dados de caráter pessoal. Quando o acesso for solicitado por outro profissional de saúde a fim de prestar a adequada assistência médica a uma paciente, as informações serão limitadas estrita e exclusivamente aos dados necessários para a assistência médica, deixando de constar a realização da interrupção voluntária da gravidez. Parágrafo único – As unidades de saúde que tenham realizado uma interrupção voluntária de gravidez deverão cancelar de ofício a totalidade dos dados das paciente uma vez transcorrido cinco anos a partir do último registro da intervenção. Entretanto, a documentação clínica poderá ser conservada para fins estatísticos desde que cancelados todos os dados identificadores da paciente. 
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ANEXO D - Título V – Da Objeção de Consciência 
Art. 18 – Os médicos que manifestem objeção de consciência para intervir nos atos médicos a que faz referência esta Lei deverão informar, de forma circunstanciada e individual, às autoridades dos estabelecimentos a que pertençam, que deverão promover o registro da informação nos assentos institucionais. 
§ 1º - É direito do/a médico/a recusar a realização de atos médicos que, embora permitidos por lei, sejam contrários aos ditames de sua consciência. 
§ 2º - Nos casos de interrupção voluntária da gestação, não cabe objeção de consciência: 
I - Em caso de necessidade de abortamento por risco de vida para a mulher; 
II - Em qualquer situação de abortamento juridicamente permitido, na ausência de outro(a) médico(a) que o faça e quando a mulher puder sofrer danos ou agravos à saúde em razão da omissão do(a) médico(a); 
III - No atendimento de complicações derivadas de abortamento inseguro, por se tratarem de casos de urgência. 
§ 3º É dever do(a) médico(a) informar à mulher sobre suas condições e direitos e, em caso que caiba a objeção de consciência, garantir a atenção ao abortamento por outro(a) profissional da instituição ou de outro serviço. Não se pode negar o pronto-atendimento à mulher em qualquer caso de abortamento, afastando-se, assim, situações de negligência, omissão ou postergação de conduta que violem os direitos humanos das mulheres. 
§ 4º - Em todo os casos, as instituições e unidades de saúde e as autoridades responsáveis pela prestação do serviço deverão garantir a realização do procedimento da interrupção voluntária da gravidez, observadas as disposições da Lei nº 11.108, de 7 de abril de 2005. 
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ANEXO E - Título VI – Das Disposições Finais 
Art. 19 – Ficam revogados os artigos 124, 126 e 128 do Decreto-lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940. 
Art. 20 – O artigo 127 do Decreto-lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 127. A pena cominada no artigo 125 deste Código será aumentada de 1/3 (um terço) se, em consequência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofrer lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevier a morte.” 
Art. 21 – Para a fiel execução da presente Lei, regulamento do Ministério da Saúde disciplinará, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias após a promulgação, as normas complementares para a implementação do disposto nesta Lei no âmbito do Sistema Único de Saúde. 
Art. 22 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
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