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FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DISCIPLINA: FISIOLOGIA HUMANA ROTEIRO: SISTEMA NEUROMUSCULAR- 1ª PARTE EQUILÍBRIOS IÔNICOS FISIOLOGIA DO NERVO: EXCITAÇÃO, CONDUÇÃO E TRANSMISSÃO DOS IMPULSOS NERVOSOS POTENCIAL DE MEMBRANA A diferença de potencial elétrico, através da membrana celular, é denominada de potencial de membrana. Existem potenciais elétricos através das membranas de todas as células do corpo. Algumas células, como as neurais e as musculares são chamadas excitáveis: Por serem capazes de transmitirem impulsos eletroquímicos através de suas membranas Em outros tipos celulares: - As variações dos potenciais de membrana têm, provavelmente, - Participação significativa no controle de muitas das funções celulares. A FÍSICA BÁSICA DOS POTENCIAIS DE MEMBRANA POTENCIAIS DE MEMBRANA RESULTANTE DA DIFUSÃO POTENCIAL DE MEMBRANA RESULTANTE DA DIFUSÃO DE ÍONS POTÁSSIO (K+) POTENCIAL DE MEMBRANA RESULTANTE DA DIFUSÃO DE ÍONS SÓDIO (NA+) POTENCIAL DE REPOUSO DA MEMBRANA NOS NERVOS PAPEL DOS CANAIS DE VAZAMENTO DE K+ - NA+ e DA BOMBA DE SÓDIO – POTÁSSIO Vazamento de potássio e sódio através da membrana neural a- Uma proteína de canal na membrana celular: Por onde íons K+ e Na+ podem vazar É chamada de canal de “vazamento de potássio – sódio” 3.1.2- PAPEL DA BOMBA DE SÓDIO – POTÁSSIO Transporte ativo de Na+- K+ através da membrana - A bomba de sódio- potássio: 1º- Todas as membranas celulares do corpo Apresentam uma potente bomba de sódio – potássio Que é uma BOMBA ELETROGÊNICA. 2º- Com isto quando esta bomba está funcionando: O potencial no interior da membrana É de cerca de - 90mv 3.2 - ORIGEM DO POTENCIAL DE REPOUSO NORMAL DA MEMBRANA SOB 3 CONDIÇÕES DIFUSÃO DE ÍONS a- Contribuição do Potencial de Difusão do K+ Único movimento de íons K+ através da membrana Pelo potencial de Nernst é da ordem de - 94 mV. b- Contribuição da Difusão de Na+ através da Membrana Neural Pelo potencial de Nernst O potencial de membrana é da ordem de + 61 mV c- A Interação dos Potenciais de Na+ e K+ produz Um potencial de membrana resultante Da ordem de - 86 mV BOMBA ELETROGÊNICA Contribuição da Bomba Eletrogênica de Na+ - K+ A bomba eletrogênica de sódio – potássio gera: - Um grau adicional de negatividade (cerca de - 4 mV) no interior. O Verdadeiro Potencial de Membrana Onde todos esses fatores atuando ao mesmo tempo É cerca de - 90 mV. O POTENCIAL DE AÇÃO: SINALIZAÇÃO PROPAGADA O POTENCIAL DE AÇÃO É GERADO PELO FLUXO DE ÍONS Os sinais nervosos são transmitidos por potenciais de ação que são variações rápidas do potencial de membrana. Cada potencial de ação começa por alteração abrupta do potencial de repouso. Para conduzir um sinal neural Um potencial de ação se desloca, ao longo da fibra nervosa Até atingir sua extremidade. Alterações ocorrem na membrana durante o potencial de ação Com transferências de cargas positivas para o interior da fibra no começo E, retorno das cargas positivas para o exterior ao seu término. 4.2- ETAPAS DO POTENCIAL DE AÇÃO ESTADO DE REPOUSO ETAPA DE DESPOLARIZAÇÃO Corrente pelos canais de íons sódio ETAPA DA REPOLARIZAÇÃO (no momento da hiperpolarizaçao a membrana está muita mais negativa) Corrente pelos canais de íons potássio. O POTENCIAL DE AÇÃO É GERADO PELO FLUXO DE ÍONS POR CANAIS VOLTAGEM – DEPENDENTES a- O potencial de ação é causado por - Uma corrente de influxo na membrana, seguida por corrente de efluxo - E essas correntes fluem por canais voltagem- dependentes de condutância na membrana. Papel dos canais de Na+ e K+ - 1º- O agente necessário para a produção da despolarização e da repolarização da membrana neural - É o canal de sódio voltagem – dependente 2º- O canal de potássio voltagem – dependente - Também tem participação importante no aumento da velocidade de repolarização da membrana. 3º- Os dois canais voltagem – dependentes atuam junto com a bomba de sódio e potássio e com os canais de vazamento K+ - Na+. ESTADOS DISTINTOS DOS CANAIS DE SÓDIO VOLTAGEM – DEPENDENTES Estados distintos de: REPOUSO, ATIVAÇÃO E INATIVAÇÃO. TIPOS DE ESTÍMULOS LIMIAR - (é o estimulo mínimo, mas suficiente pra deflagrar um potencial de ação) SUB- LIMIAR – (é um estimulo insuficiente para gerar um potencial de ação) SUPRA- LIMIAR-(é um estimulo onde a resposta é rápida e de grande intensidade) SISTEMA NEUROMUSCULAR - 2ª PARTE TRANSMISSÃO SINÁPTICA - NEUROTRANSMISSORES SINAPSE (local onde é transmitido o impulso nervoso onde ocorre estruturas especializadas para essa transmissão) 1.1- CONCEITO Estruturas celulares especializadas através das quais os sinais nervosos são transmitidos de um neurônio para o próximo. Assim, a SINAPSE é um local onde o impulso é transmitido de uma célula para a outra. TIPOS DE SINAPSES SINAPSE ELÉTRICA Sinapse que se dá entre duas células excitáveis que se comunicam entre si pela passagem de corrente elétrica entre elas. São caracterizadas por CANAIS DIRETOS que conduzem fluxo direto de corrente iônica de uma célula para a próxima. A transmissão é do tipo bidirecional e ocorre sem retardo sináptico. A maioria destes canais: - É constituída por pequenas estruturas de proteínas tubulares - Chamadas de JUNÇÕES ABERTAS (“gap junctions”) Que permitem os movimentos livres de íons do interior de uma célula para a próxima. 1.2.2- SINAPSE QUÍMICA CONCEITO Sinapse em que os impulsos nervosos são transmitidos através de substâncias químicas, chamadas de NEUROTRANSMISSORES. Em uma sinapse química: - O potencial de ação faz com que a substância transmissora seja liberada pelo neurônio pré- sináptico. - Esse transmissor, então se difunde pela fenda sináptica, indo se fixar em receptores na membrana da célula pós-sináptica. - Podendo excitar ou inibir o neurônio pós-sináptico. TRANSMISSÃO SINÁPTICA QUÍMICA 2.1- CONCEITO A transmissão sináptica refere-se à propagação dos impulsos nervosos de uma célula nervosa a outra através de substâncias químicas. 2.2- ESTRUTURA DA SINAPSE QUÍMICA Neurônio Pré- Sináptico: TERMINAÇÕES PRÉ- SINÁPTICAS (botão sináptico) Fenda Sináptica: LEC Neurônio Pós- Sináptico: Membrana Pós- Sináptica- RECEPTORES. 2.3- MORFOLOGIA DAS SINAPSES QUÍMICAS Não há continuidade estrutural entre os neurônios pré e pós- sinápticos. A fenda sináptica nas sinapses químicas: - É GERALMENTE UM POUCO MAIOR (20-40 nm). As terminações pré-sinápticas contêm vesículas sinápticas: - Cada uma delas com vários milhares de moléculas de neurotransmissores químicos. 2.4- ETAPAS DA TRANSMISSÃO QUÍMICA 1ª- ETAPA TRANSMISSORA Na qual a célula pré- sináptica libera um mensageiro químico para a fenda sináptica 2ª- ETAPA RECEPTORA No qual o transmissor se fixa a moléculas receptoras na célula pós- sináptica. 2.5- MECANISMOS DE LIBERAÇÃO DE TRANSMISSORES NAS TERMINAÇÕES PRÉ- SINÁPTICAS Eventos: 1 FASE (1-) chegada do potencial de ação no botão sináptico (2-) despolarização do botão sináptico. 3-)Abertura de canal de Ca e entrada de íons de Ca++ 4-)entrada de Ca++ leva a vesícula para o lugar da sinapse 5-)Liberação dos neurostransmissores na fenda sináptica 2-FASE 1-)Chegada dos neuros transmissores na membrana pós sináptica 2-)Fixação nos receptores 3-)Respostas dos potencias pós sinápticos Respostas 1-PPSE 2-PPSI TERMINAÇÕES PRÉ- SINÁPTICAS a- Vesículas Sinápticas: Moléculas neurotransmissoras Liberação do transmissor: Papel do influxo de íons cálcio. 2.6- AÇÃO DOS NEUROTRANSMISSORES SOBRE O NEURÔNIO PÓS- SINÁPTICO- A FUNÇÃO DOS RECEPTORES CARACTERÍSTICAS BIOQUÍMICAS DOS RECEPTORES Na sinapse química, a membrana do neurônio pós- sináptico: - Contém grande número de proteínas receptoras. Todos os receptores dos transmissores químicos têm duas características bioquímicas em comum: 1º- São proteínas que atravessam a membrana: - A região exposta ao ambiente externo da célula reconhece e fixa o neurotransmissor 2º- Desempenham uma função efetora na célula-alvo: - Tipicamente, os receptores influenciam a abertura ou o fechamento dos canais iônicos. COMPONENENTES DOS RECEPTORES Estes receptores tem 2 componentes importantes: a- COMPONENTE DE FIXAÇÃO - Que se projeta a partir da membrana para dentro da fenda sináptica - Onde se fixa o neurotransmissor da terminação pré- sináptica. b- COMPONENTE IONÓFORO Que atravessa completamente a membrana até o interior do neurônio pós-sináptico. - Pode ser de 2 tipos: 1º- Um CANAL IÔNICO: - Que permite a passagem de tipos específicos de íons através do canal. 2º- Ou um ATIVADOR DE “SEGUNDO- MENSAGEIRO”: - O “segundo- mensageiro”: - E ativa uma ou mais substâncias dentro do neurônio pós-sináptico - Essas substâncias, por sua vez, servem com “segundos- mensageiros” - Para modificar funções celulares. 2.6.3- CANAIS IÔNICOS Os canais iônicos na membrana pós-sináptico são geralmente de 2 tipos: 1º- CANAIS DE CÁTIONS: - Que, em sua maioria, permite a passagem de íons Na+, K+, Ca++ 2º- CANAIS DE ÂNIONS: - Que permitem, sobretudo, a passagem de íons Cl- Mas também de diminutas quantidades de outros ânions. TRANSMISSOR EXCITATÓRIO e TRANSMISSOR INIBITÓRIO a- A abertura dos canais de Na+ excita o neurônio pós-sináptico: - Assim, a substância transmissora que abre os canais de sódio - É chamada de TRANSMISSOR EXCITATÓRIO. b- Por outro lado, a abertura dos canais de K+ e Cl- - Inibe o neurônio - E as substâncias que os abrem são chamadas de TRANSMISSORES INIBITÓRIOS. NEUROTRANSMISSORES CONCEITO Substâncias químicas liberadas na sinapse permitindo a transmissão de impulsos nervosos. CLASSES DE NEUROTRANSMISSORES TRANSMISSORES DE MOLÉCULA PEQUENA- AÇÃO RÁPIDA - CLASSE I: Acetilcolina ( a falta dela pode ser um dos causadores do auzhamer) - CLASSE II: - Adrenalina (neurotranmissores do sistema nervoso simpatico) - Noradrenalina (neurotranmissores do sistema nervoso simpatico) - Dopamina (a falta de dopamina pode levar ao mal de parkson,a insuficiença dela pode criar um depreção endogena) - Serotonina ( neurotranmissor que está ligado ao sono,humor e tambem depreção) - Histamina (liberado em processos alergicos) - CLASSE III (podem ser neurotransmissores excitatórios e inibidores) - Glicina (NT/INIBITÓRIO)-a deficiente dela pode provocar rigidez muscular e parada respiratoria - GABA (Ácido gama-aminobutírico) (NT/INIBITÓRIO) (medicamento prescrito na depreção e anti-hipertencivo, e a insuficiência dele Tb pode causar convulçoes) - Aspartato (NT/ EXCITATÓRIO) - Glutamato (NT/EXCITATÓRIO) - CLASSE IV: - Óxido Nítrico PEPTÍDIOS NEUROATIVOS- CADEIAS CURTAS DE AMINOÁCIDOS- AÇÃO LENTA- EVENTOS ELÉTRICOS DURANTE A AÇÃO NEURONAL POTENCIAL PÓS-POTENCIAL SINÁPTICO EXCITATÓRIO- (PPSE) *ocorre entrada de íons Na+ *provocando despolarização e, portanto, a ativação da membrana. POTENCIAL PÓS-POTENCIAL SINÁPTICO INIBITÓRIO- (PPSI) -ocorre saída de íons K+ -provocando hiperpolarização e, portanto, a inativação da membrana. FISIOLOGIA DA CONTRAÇÃO MUSCULAR- 3ª PARTE 1- ANATOMIA FUNCIONAL DO MÚSCULO ESQUELÉTICO - CONSIDERAÇÕES GERAIS (a acetilcolina é o único neurotransmissor que é liberado no músculo,tem o papel de despolarizar a membrana) Cerca de 40% do corpo é composto por músculo esquelético e, 10% por músculo liso e cardíaco. Todos os músculos esqueléticos: São formados por numerosas fibras com diâmetro variando entre 10 e 80 (m Cada uma destas fibras, por sua vez, é formada por subunidades menores: - MIOFIBRILAS - Na maioria dos músculos: As fibras se estendem por todo o comprimento do músculo 98% das fibras são inervadas apenas por uma única terminação nervosa, Localizada próxima ao meio da fibra. 2- ESTRUTURAS FUNCIONAIS DA FIBRA MUSCULAR SARCOLEMA-(membrana da fibra muscular,onde encontramos receptores de acetilcolina) MIOFIBRILAS: FILAMENTOS DE ACTINA E DE MIOSINA Cada fibra muscular: Contém de várias centenas a vários milhares de miofibrilas. Cada miofibrila por sua vez: - Contém, dispostas lado a lado: filamentos de miosina filamentos de actina Ambos filamentos são responsáveis pela contração. Os filamentos de miosina:- são espessos Os filamentos de actina: - são delgados. Sarcômero: - Unidade funcional da miofibrila - Porção da miofibrila contida entre duas linhas Z consecutivas SARCOPLASMA-(lic da fibra muscular) As miofibrilas estão suspensas, no interior da fibra muscular: No LIC, chamado: SARCOPLASMA. O sarcoplasma contém grande quantidade de K+, fosfato, Mg, enzimas. E também grande número de MITOCÔNDRIAS: - Condição indicativa da grande necessidade, pelas miofibrilas contráteis - De quantidade elevada de ATP, formada pelas mitocôndrias. RETÍCULO SARCOPLASMÁTICO Retículo citoplasmático extenso: Com organização especializada Extremamente importante para o controle da contração muscular. O retículo sarcoplasmático é formado por 2 partes principais: Longos túbulos longitudinais E nas extremidades grandes câmaras, chamadas CISTERNAS - Local de armazenamento intracelular de Ca++. SISTEMA DOS TÚBULOS TRANSVERSOS (TÚBULOS T) São muito pequenos e cursam transversais às miofibrilas. As correntes do potencial de ação em torno desses túbulos T: Desencadeiam, então, a contração muscular. TRÍADE: O acoplamento das cisternas com os túbulos dá uma aparência de uma tríade Formada pelo túbulo T e cisterna de cada lado do túbulo T. 3- MECANISMOS MOLECULARES DA CONTRAÇÃO MUSCULAR 3.1 - PAPEL DOS ÍONS CÁLCIO NO MECANISMO DA CONTRAÇÃO Existem forças de atração entre os filamentos de miosina e actina. b- Mas, na condição de repouso, essas forças estão inibidas. c- Quando um potencial de ação passa pela membrana da fibra muscular: Faz com que o retículo sarcoplasmático libere grandes quantidades de Ca++ Que rapidamente alcançam as miofibrilas. Por sua vez, os íons Ca++: Ativam as forças de atração entre os filamentos de actina e miosina Dando início à contração. Mas também é necessário energia para o prosseguimento do processo contrátil: Energia essa derivada das ligações ricas em energia do ATP Que é degradado em ADP para liberar a energia exigida. CARACTERÍSTICAS MOLECULARES DOS FILAMENTOS CONTRÁTEIS O FILAMENTO DE ACTINA É formado por 3 componentesprotéicos: Filamento de actina f Filamento de tropomiosina (quando esta inativa é porque cobra a parte ativa de actina f) Moléculas protéicas: TROPONINA. O FILAMENTO DE MIOSINA O filamento de miosina é formado por muitas moléculas de miosina. Cada molécula de miosina é formada por cadeias polipeptídicas: Cadeias pesadas: Meromiosina leve Cadeias leves: Meromiosina pesada. Constituição do filamento de miosina: Pontes Cruzadas Dobradiças. 4- MECÂNICA DA CONTRAÇÃO MUSCULAR ESQUELÉTICA �PAGE � �PAGE �15� _1470760724.xls
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