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SÍFILIS – (IST’S)
As IST’s – Infecções Sexualmente Transmissíveis são doenças infecciosas que se caracterizam, como o próprio nome indica, essencialmente pela transmissão via ato ou contato sexual. No entanto a transmissão destas doenças pode ocorrer, também, pela transfusão de sangue contaminado ou pela partilha de seringas e agulhas. O HIV e a sífilis também podem ser transmitidas ao bebê se a mãe estiver infectada.
As doenças mais comuns são:
Candidíase;
Cancro mole;
Clamídia;
Gonorreia;
Sífilis;
HPV;
Infecção pelo HIV (mais conhecida por sida);
Hepatite B;
Herpes genital.
Estas doenças quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem causar problemas de saúde graves como: infertilidades, malformações congênitas, aborto, cancro e até a morte. O melhor método para evitar a transmissão de uma DST é a prevenção. Ficam aqui algumas recomendações.
Introdução
“Começa com um machucado. Indolor, costuma não ser bonito, mas também não é o fim do mundo. Quando aparece na área genital, fica evidente nos homens, mas pode acabar escondido dentro da vagina sem chamar qualquer atenção. Há ainda outros casos discretos, como na garganta ou no ânus. Aí, quando você está começando a se preocupar, Bam! Desaparece. Parabéns! Seu sistema imunológico é mesmo incrível, né? Na verdade, não. Você só passou para a próxima etapa de uma doença que, a curto ou longo prazo, pode atacar seu cérebro, mudar a estrutura dos seus ossos, deformar seu rosto e matar seus filhos. Você tem sífilis.”
ORIGEM DA SÍFILIS
Quando o poeta italiano Girolamo Fracastoro criou o personagem Syphilis, em 1530, não imaginava que ele emprestaria seu nome a uma moléstia infecciosa que, segundo relatos, fora trazida das Américas nas caravelas de Cristóvão Colombo. Nos versos de Fracastoro, Syphilis é um pastor de rebanho grego que desperta a ira divina e é castigado com pústulas pelo corpo. Quase 500 anos depois, o mal provocado por uma bactéria volta a ser motivo de preocupação, agora entre profissionais de saúde. E ele não vem sozinho. Outras infecções sexualmente transmissíveis (IST’s) e conhecidas do homem há milhares de anos — a gonorreia é mencionada no Antigo Testamento —parecem ter retornado com a força de uma praga bíblica.
Sífilis é o nome dado à infecção decorrente da bactéria Treponema pallidum. Ela invade o corpo em quatro fases. Cada etapa determina o quão dominado ele está pelos micro-organismos. A primeira, já citada no começo desse texto, é rápida (dura no mínimo quatro e no máximo oito semanas) e se manifesta como uma ferida indolor que desaparece sozinha, sem deixar rastros. O fato de o machucado não doer está longe de ser bondade. É estratégia de sobrevivência das bactérias. Se não dói, dá para transar – e disseminá-las. A segunda fase é ainda mais favorável para os micróbios.
A doença volta a dar as caras entre seis semanas e seis meses após os machucados genitais sumirem. O infectado pode apresentar feridas pelo corpo, manchas vermelhas e, sobretudo, lesões na palma das mãos ou dos pés – sintomas que podem ser facilmente confundidos com uma alergia cutânea. E adivinha só: se você tomar um antialérgico, é provável que as feridas sumam. O que é péssimo. As reações afinal são tentativas do corpo de sinalizar a doença, e uma medicação equivocada para abafar os sintomas mascara o pedido de socorro. Uma vez que os sinais se vão mais uma vez – mesmo sem medicação isso acontece -, passe livre para voltar a transar e multiplicar a espécie – da bactéria. E começa a terceira fase da doença: a sífilis latente. O nome não é à toa. Nesse período (que pode durar até 40 anos), a sífilis fica reclusa. Na verdade, ela perde até seu caráter infeccioso; ou seja, o portador não passa mais a bactéria para frente. Fica tudo bem até explodir a sífilis terciária, fase aguda da moléstia. As úlceras que começam a brotar pelo corpo são tão agressivas que, em regiões de contato direto da pele com ossos, como no crânio, o esqueleto começa a ser corroído. Na tíbia, principal osso da canela, o corpo até tenta combater a degeneração: conforme a erosão óssea aparece, o estrago vai sendo calcificado.
A região afetada começa a engrossar e, com o avanço do desgaste, a canela vai ficando curvada. Em alguns casos, a bacia também é afetada e o doente perde a capacidade de andar em linha reta. Uma das maneiras mais antigas de identificar portadores de sífilis, inclusive, é ver se a pessoa caminha como um pato, rebolando por causa da bacia deteriorada. Implacável, a infecção ainda ataca os sistemas vascular e nervoso – o que pode acontecer precocemente entre a primeira e a segunda fase. Quando a bactéria finalmente ocupa o cérebro, o infectado começa a sentir alterações de humor e pode desenvolver demência. É a chamada neurosífilis. Nesta última fase, finalmente, transar não ameaça mais aos outros. A sífilis deixa de ser infecciosa e quer acabar somente com o portador.
Como citado acima a sífilis funciona em fases. Os diferentes sintomas (ou a falta deles) ajudam a determinar a gravidade da infecção
Sífilis primária
A sífilis primária é o estágio inicial da doença, que surge cerca de 3 semanas após o contágio. Essa fase é caracterizada pelo aparecimento do cancro duro, pequenas lesões avermelhadas nos órgãos genitais que acabam desaparecendo após 4 ou 5 semanas, sem deixar cicatrizes.
Nos homens, essas feridas geralmente aparecem em volta do prepúcio, enquanto nas mulheres elas surgem nos pequenos lábios e na parede vaginal. Também é comum o aparecimento dessa ferida no ânus, na boca, na língua, nas mamas e nos dedos das mãos.
Sífilis secundária
Os sintomas da sífilis secundária surgem cerca de 6 a 8 semanas depois do desaparecimento das lesões causadas pela sífilis primária. Nessa nova fase, as lesões aparecem espalhadas na pele e nos órgãos internos do corpo.
Alguns sintomas desta fase da sífilis são:
Manchas vermelhas na pele, na boca, no nariz, nas palmas das mãos e nas plantas dos pés;
Descamação da pele;
Ínguas, principalmente na região genital;
Dor de cabeça;
Dor muscular;
Dor de garganta;
Mal estar;
Febre leve, geralmente abaixo de 38ºC;
Falta de apetite;
Perda de peso;
Alopécia.
Essa fase continua durante os dois primeiros anos da doença, e surge em forma de surtos que regridem espontaneamente, mas que passam a ser cada vez mais duradouros.
Sífilis Latente
É a forma da sífilis adquirida na qual não se observam sinais e sintomas clínicos e, portanto, tem seu diagnóstico feito por meio de testes sorológicos. Sua duração é variável, e seu curso poderá ser interrompido por sinais e sintomas da forma secundária ou terciária.
Sífilis terciária
A sífilis terciária aparece em pessoas que não conseguiram combater espontaneamente a doença na sua fase secundária ou que não fizeram o tratamento adequado. Neste estágio, a sífilis é caracterizada por:
Lesões maiores na pele, boca e nariz;
Problemas em órgãos internos: coração, nervos, ossos, músculos, fígado e vasos sanguíneos;
Dor de cabeça constante;
Náuseas e vômitos frequentes;
Rigidez do pescoço, com dificuldade para movimentar a cabeça;
Convulsões;
Perda auditiva;
Vertigem, insônia e AVC;
Reflexos exagerados e pupilas dilatadas;
Delírios, alucinações, diminuição da memória recente, da capacidade de orientação, de realizar cálculos matemáticos simples e de falar quando há paresia geral.
Esse sintomas costumam surgir entre 3 e 12 anos depois da infecção inicial, e quando o indivíduo não é tratado. Por isso, para evitar complicações em outros órgãos do corpo, deve-se fazer o tratamento logo após o surgimento dos primeiros sintomas da sífilis.
Sífilis congênita
A sífilis congênita é uma infecção causada pela disseminação hematogênica do Treponema Pallidum, da gestante infectada para o seu concepto. Sabe-se que:
- a transmissão materna pode ocorrer em qualquer fase gestacional;
- a taxa de transmissão vertical da sífilis, em mulheres não tratadas, é de 70 a 100%, na fase primária e secundária da doença, reduzindo-se para 30% nas fases latentes eterciária;
- ocorre morte perinatal em 40% das crianças infectadas.
Quando a mulher adquire sífilis durante a gravidez, pode ocorrer abortamento espontâneo, morte fetal, prematuridade, feto hidrópico, recém nascidos sintomáticos, e recém nascidos assintomáticos.
Acredita-se que a infecção de mãe com sífilis não ocorresse antes do quarto mês de gestação. Entretanto, já se constatou a presença de Treponema Pallidum em fetos desde o primeiro trimestre de gestação. As alterações patológicas observadas na mulher grávida são as mesmas que ocorrem naquelas não grávidas. A sífilis congênita apresenta, da mesma forma que a sífilis adquirida, dois estágios: precoce quando as manifestações clinicas são diagnosticadas até o segundo ano de vida, e tardia, após esse período.
Em bebês vivos, os sintomas podem surgir desde as primeiras semanas de vida até mais de 2 anos após o nascimento, e incluem:
Manchas arredondadas de cor vermelho pálido ou cor de rosa na pele, incluindo a palma das mãos e a sola dos pés;
Irritabilidade fácil;
Perda de apetite e da energia para brincar;
Pneumonia;
Anemia
Problemas nos ossos e nos dentes;
Perda da audição;
Deficiência mental.
Qual profissional devo procurar?
O clínico geral, urologista ou ginecologista. Os sintomas da sífilis costumam ser muito similares a sintomas de outras doenças, então o médico deve realizar exames específicos para conseguir fazer o diagnóstico.
Diagnóstico
Veja alguns exames que o especialista poderá solicitar:
Cultura de bactérias: o médico pode optar também por recolher amostras de uma secreção expelida por alguma ferida presente.
Teste rápido (TR) de sífilis: para fazer o diagnóstico, este teste está disponível nos serviços de saúde do SUS, sendo prático e de fácil execução, com leitura do resultado em, no máximo, 30 minutos, sem a necessidade de estrutura laboratorial.
VDRL (Venereal Disease Research Laboratory): é feito atrvés de um simples exame de sangue. Para a realização deste exame é recomendável jejum de 4 horas, mas não é obrigatório. E o resultado geralmente sai em 7 dias. Basicamente o VDRL pode ser positivo (reagente) ou negativo (não reagente).
Na gravidez deve ser solicitado no primeiro, segundo e terceiro trimestre.
Tratamento 
Tem cura e pode ser facilmente tratada com injeções de penicilina, mas ele deve ser iniciado o mais rapidamente possível para evitar o surgimento de complicações graves em outros órgãos como o cérebro, o coração e os olhos, por exemplo.
Quando a Sífilis é diagnosticada precocemente, ela não costuma causar maiores danos à saúde e o paciente costuma ser curado rapidamente.
O tratamento mais indicado pelos médicos é feito à base de penicilina, um antibiótico comprovadamente eficaz contra a bactéria causadora da doença. Uma única injeção de penicilina já é o bastante para impedir a progressão da doença, principalmente se ela for aplicada no primeiro ano após a infecção. Se não, o paciente poderá precisar de mais de uma injeção.
A penicilina, aliás, é o único tratamento recomendado por especialistas para mulheres grávidas diagnosticadas com sífilis. 
Também podem ser utilizados:
Doxiciclina;
Estearato ou estolato eritromicina.
Observação: convocar parceiros(as) para a realização do tratamento.
Grupos e fatores de risco
- Qualquer pessoa que pratique relações sexuais desprotegidas estão propensas a entrar no grupo de risco da Sífilis.
- Manter relações sexuais desprotegidas com uma ou mais pessoas.
- Estar infectado com o vírus do HIV, causador da AIDS.
Referências Bibliográficas:
https://super.abril.com.br/saude/a-nova-cara-da-sifilis/
http://alemfronteiras.com/180/o-que-sao-as-dsts
https://saude.abril.com.br/bem-estar/numero-de-infeccoes-sexualmente-transmissiveis-nao-para-de-crescer/ http://www.minhavida.com.br/saude/temas/sifilis
http://www.tuasaude.com/sintomas-da-sifilis/
http://www.aids.gov.br/pagina/sifilis
http://www.mdsaude.com/2009/01/dst-sifilis.html
http://www.medicinapratica.com.br/2010/03/29/saude-medicina-pratica/sifilis-quem-e-do-grupo-de-risco/
http://www.suacorrida.com.br/saude/o-perigo-da-sifilis/

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