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Doença de Lyme e outras riquetsioses Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Ciências da Saúde Doenças infecciosas, emergentes, remergentes e negligenciadas Aluna: Caroline Ribeiro da Cunha Doença de Lyme A doença de Lyme é uma infecção bacteriana sistêmica causada pela espiroqueta Borrelia burgdoferi e transmitida por carrapatos do gênero Ixodes e Amblyomma. A doenca de Lyme (DL), inicialmente descrita por Steere et al na década de 1970 Transmissão É transmitida através da picada de um carrapato que está contaminado com a bactéria. Pode acometer o homem, animais silvestres e domésticos. A exposição primária a um carrapato não contaminado é um fator de proteção, já que alguns moradores de regiões endêmicas não desenvolvem a doença. Acredita-se que este fato é devido a uma hipersensitividade cutânea que desenvolve uma reação imune protetora. Porém, o organismo não mantém imunidade natural para a doença, portanto uma pessoa pode sofrer reinfecção a partir de uma picada subsequente pelo carrapato. Transmissão Requer um diagnóstico médico: A doença de Lyme causa uma irritação na pele, geralmente em forma de alvo, e sintomas semelhantes aos da gripe. Também podem ocorrer dores nas articulações e fraqueza nos membros; Apresentação: Dores locais: nas articulações ou nos músculos No corpo: fadiga, febre ou mal-estar Na pele: manchas vermelhas, irritação na pele olho-de-boi ou vermelhidão Também é comum: dor de cabeça, fraqueza de um membro ou inchaço nas articulações Sintomas A imunidade patogênica contra Borrelia burgdoferi desencadeia reações auto-imunes que podem causar lesões cardíacas e artrite. Este mecanismo auto-imune pode ter influência na persistência dos sintomas . Alguns estudos mostram que o organismo humano apresenta fatores protetores contra estes anticorpos para Borrelia burgdoferi, como a decorina (presente na pele, articulação e, em menor quantidade, no coração), portanto facilita a concentração da espiroqueta nessas regiões, favorecendo a infecção crônica. Sintomas Sintomas RASH 7 O diagnóstico é feito por meio da associação dos sintomas clínicos, dados epidemiológicos (áreas de maior endemicidade) e testes laboratoriais. Os exames laboratoriais mais utilizados são: ELISA, Western Blot e Pesquisa de Anticorpos por Imunofluorescência Indireta. Diagnóstico Para paciente sintomático com até quatro semanas, deve-se solicitar ELISA e também Western Blot para IgM e IgG. Após quatro semanas, solicitar somente para IgG, fim de evitar IgM falso-positivo. Diagnóstico O exame de PCR não é muito utilizado, apesar de ser mais sensível na fase aguda. O Western Blot é o melhor método de diagnóstico. Diagnóstico Evitar áreas onde se concentram os carrapatos é a melhor profilaxia. Caso isso não seja possível, há vários cuidados que podem ser tomados: Usar camisa de manga comprida e calça. Se possível prender a calça dentro das meias, além de usar roupas de cores claras que facilitem a visualização do carrapato; Caminhar no centro das trilhas, evitando as margens. Aplicar repelentes de inseto a base de DEET (dietiltoluamida) sobre a pele e roupa; Prevenção O tratamento é iniciado após o diagnóstico, que deve ser o mais precoce possível; Antibiótico profilático não é recomendado para quem é picado pelo carrapato e esta assintomático, porém o paciente deve ficar observando caso sintomas; A terapia é feita com antibiótico oral ou endovenoso, dependendo do estágio da doença . O medicamento de primeira escolha é doxiciclina 100 mg, duas vezes por dia, via oral, por 14 a 21 dias, seguido por cefuroxima, amoxicilina com probenecida e macrolídeos. Tratamento Dado o reconhecimento relativamente recente da doença de Lyme (LD) pelo CDC em 1990 como uma condição infecciosa de notificação nacional, o aumento de casos humanos relatados todos os anos defende uma melhor compreensão de seu alcance geográfico. Epidemiologia 2015 Epidemiologia Extensão geográfica das atividades da doença de Lyme (LD). mostra que a doença de Lyme (LD) se estendeu a muitos países ao redor do mundo além dos focos endêmicos. As atividades de LD relatadas que foram mapeadas incluem casos diagnosticados, bem como carrapatos infectados, animais infectados e amostras humanas soropositivas. O sombreado cinza escuro significa países com (pelo menos) alguma atividade de LD reportada, e a presença de atividade é conhecida apenas no nível do país. O sombreamento cinza mais claro representa áreas em que a doença de Lyme foi relatada em nível subnacional em regiões específicas de alguns países. O cinza mais claro representa municípios com atividade rara ou desconhecida. 15 A distribuição da doença corresponde à distribuição dos carrapatos Ixodes que transmitem B. burgdorferi . Epidemiologia 16 Casos relatados de doença de Lyme (LD) para 2002–2013, por região endêmica de exposição e taxas de teste de LD por autoridade distrital de saúde para 2013, Escócia e Canadá. Epidemiologia Sintomas apresentados no Canadá e Escócia no período de 2008-2013 Epidemiologia As riquetsioses, são zoonoses causadas por bactérias do gênero Rickettsia, apesar de manterem caráter endêmico, estão presentes em todos os continentes do mundo. As Rickettsia spp. habitam glândulas salivares e ovários de artrópodes hospedeiros, e dentre os vetores, os carrapatos são os mais comuns; Grupo de cocobacilos Gram-negativos intracelulares obrigatórios. Outras riquetsioses Nos humanos, a febre maculosa é adquirida pela picada do carrapato infectado com riquétsia, e a transmissão geralmente ocorre quando o artrópode permanece aderido ao hospedeiro Febre Maculosa Os sintomas são febre de início súbito, dor de cabeça e nas articulações e/ou prostração, seguida de exantema máculo-papular, predominantemente nas palmas das mãos e plantas dos pés, que pode evoluir para petéquias, equimoses e hemorragias e lesão no local onde o carrapato ficou aderido Erlichiose canina a doença do carrapato. A Erliquiose(ou Erlichiose) é uma doença infecciosa severa que acomete os cães, causada por bactérias do gênero Ehrlichia, sendo a principal a Ehrlichia canis; A erliquiose canina é transmitida pela mordida de carrapatos infectados com a bactéria Ehrlichia Canis. Erliquiose Sintomas: Falta de apetite e perda de peso Febre frequente Secreções ou hemorragias nos olhos e no nariz Dificuldade para respirar ou respiração intensa Edema pelo corpo Equimoses ou hematomas na pele Inchaço dos gânglios linfáticos OBRIGADA! https://www.rbmfc.org.br/rbmfc/article/viewFile/349/240 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4690907/pdf/ijerph-12-14971.pdf https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4593424/pdf/14-1640.pdf https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3652387/pdf/nihms-468944.pdf http://www.conhecer.org.br/enciclop/2014a/AGRARIAS/riquetsioses.pdf http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/febre-maculosa https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doencas-infecciosas/riqutsias-e-organismos-relacionados/outras-riquetsioses-de-febre-macular https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doencas-infecciosas/riqutsias-e-organismos-relacionados/erliquiose-e-anaplasmose https://meusanimais.com.br/o-que-e-a-erliquiose-canina/ Referências Bibliográficas
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