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CONSUMO DE REFRIGERANTE DOS ALUNOS DA ARÉA DA SAÚDE DE UMA UNIVERSIDADE PARTICULAR DE CABO FRIO Elielton dos Santos Nascimento, Jhennifer Correa Costa, Lorena Ribeiro Tavares, Mariana Cristina Souza Sá, Raquel Mendes Rocha Rodrigues, Roberta Souza Gonçalves, Sheila Maia Macieira Feitosa Guedes, Suellen Mello da Silva Kopinits e Valdívia Rosa dos Santos de Campos Fac-Ferlagos, Av. Júlia Kubitscheck, 80 - Jardim Flamboyant - Cabo Frio, RJ Resumo: Este artigo apresenta o consumo de refrigerantes e seus malefícios para a saúde mostrando que no Brasil o consumo de refrigerantes cresceu principalmente entre crianças e adolescentes e que a mídia não proporciona a informação adequada sobre os malefícios desse líquido refrescante. O presente trabalho aponta também que o consumo de refrigerantes pelos alunos da Universidade particular de Cabo Frio é menor do que aqueles que não tomam esse produto. Nesta atividade o objetivo foi avaliar o consumo de refrigerante nessa universidade. Trata-se de um estudo transversal e quantitativo realizado com os alunos. Segundo as pesquisas foram entrevistados 90 estudantes de ambos os sexos dos cursos de Nutrição e Farmácia e foi observado que 51,11% relataram não consumir refrigerante, enquanto 48,89% relataram consumir refrigerante. Nota-se que 11,36% relataram que consomem cerca de duas a três vezes ao dia, 25% consomem de uma a três vezes por semana, 6,82% consomem de 4 a 6 vezes por semana, enquanto 45,45% afirmam consumir eventualmente. A pesquisa aponta sobre a importância do consumo do produto pelos alunos que consomem, cerca de 61,36% relataram ser importante pelo fato do refrigerante proporcionar prazer, 25% informaram que é importante por matar a sede e 13,64% apresentaram outros motivos como importância. A preferência ao consumo de refrigerante pelos alunos observou-se que 86,36% dos estudantes não tem preferência em consumir refrigerante seja diet, light ou zero, optando por consumir o refrigerante normal, porém 13,64% dos estudantes relataram ter preferência pelo refrigerante da categoria zero, e nenhum dos alunos relatou ter preferência por diet ou light. Pode-se concluir com este estudo que existem ainda alunos que consomem refrigerantes só que menos dos que não consomem, pois sabem que é uma bebida que não favorece nenhum beneficio á saúde. Palavras-chave: Consumo de refrigerante; Malefícios do refrigerante. Introdução De acordo com a ABIR (Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes), o refrigerante é uma bebida industrializada, gaseificada, não alcóolica, com alto poder refrescante, carbonatada e encontrada em sabores variados (ABIR, 2017). Os ingredientes que compõe os refrigerantes são: água, baixa alcalinidade, sulfatos e cloretos, cloro e fenóis, metais, padrões microbiológicos, açúcar, concentrados, acidulantes, ácidos cítricos, ácidos fosfóricos, ácidos tartáricos, antioxidantes, conservantes, ácidos benzoicos, edulcorantes, dióxido de carbono. (LIMA et al, 2009). A fórmula da marca Coca-Cola foi inventada pelo Drº John Stith Pemberton, farmacêutico, que desenvolveu um xarope onde foi adicionado água gaseificada dando origem a bebida “deliciosa e refrescante”. (THE COCA-COLA COMPANY, 2011). Atualmente o consumo de refrigerantes teve um aumento absurdo, através de pesquisas realizadas nos Estados Unidos, pode-se comprovar que nos últimos 50 anos, o consumo aumentou cerca de 500%. Mesmo com o conhecimento da população que se trata de bebida com quantidade de açúcar elevada, continua sendo introduzida na dieta das crianças e adolescentes, mantendo o consumo diário excessivo (FLORES et al., 2013). Dados relatam que a ingestão de refrigerantes no Brasil, segundo a POF 2002-2003, aumentou cerca de 400% quando comparado ao período de 1975-2003. Mesmo com esses dados alarmantes, os malefícios que essa bebida açucarada provoca é pouco divulgado no país. (RIBEIRO et al, 2012). O consumo excessivo de açúcar presentes nos refrigerantes podem causar danos à saúde tais como: diminuição de massa óssea, cáries, obesidade, gastrite, diabetes tipo 2, estresse, hiperatividade, hipertensão e aumento dos níveis de triglicerídeos sanguíneos, do colesterol total e da fração de lipoproteínas de baixa densidade (TOMAZ et. al, 2014). Com base no descrito acima, o objetivo desse trabalho é avaliar o consumo de refrigerantes em cursos de nutrição e farmácia de uma faculdade particular de Cabo Frio. Material e Métodos Trata-se de um estudo transversal realizado com alunos de uma universidade particular de Cabo Frio. A avaliação foi realizada nas dependências da universidade no período da noite com os alunos dos cursos de Nutrição e farmácia em um único dia e com o auxilio de um coletor de dados. Para a avaliação foi utilizado um questionário estruturado com quatro perguntas referentes ao consumo, a frequência do consumo, a preferência e a importância do refrigerante. Fig. 1- Questionário Consumo de refrigerante relacionado aos hábitos alimentares por estudantes de uma instituição de ensino superior em Cabo Frio Resultados e Discussão Participaram do presente estudo 90 estudantes dos cursos de Nutrição e Farmácia de ambos os sexos, ao avaliar o consumo de refrigerante pelos estudantes, observou-se que 51,11% relataram não consumir refrigerante, enquanto 48,89% relatam consumir refrigerante. Fig. 2- Percentual de alunos que consomem refrigerante No que se refere ao consumo diário de refrigerante, nota-se que 11,36% relataram consumir uma vez ao dia, 11,36% relatou que consomem cerca de duas a três vezes ao dia, 25% consomem de uma a três vezes por semana, 6,82% consomem de 4 a 6 vezes por semana, enquanto 45,45% afirmam consumir eventualmente. Fig. 3- Relação de frequência do consumo de refrigerante 47,50% 48,00% 48,50% 49,00% 49,50% 50,00% 50,50% 51,00% 51,50% 48,89% 51,11% Percentual de Alunos que consomem Refrigerante Consomem Não consomem 0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 11,36% 11,36% 25,00% 6,82% 45,45% Fr e q u ê n ci a( % ) Relação de frequência do consumo de refrigerante 1 ao dia 2 a 3 ao dia 1 a 3 por semana 4 a 6 por semana Eventualmente Em relação à preferência ao consumo de refrigerante observou-se que 86,36% dos estudantes não tem preferência em consumir refrigerante seja diet, light ou zero, optando por consumir o refrigerante original (normal), porém 13,64% dos estudantes relataram ter preferência pelo refrigerante da categoria zero, e nenhum dos alunos relatou ter preferência por diet ou light. Fig. 4- Preferência de consumo de refrigerante Sobre a importância do consumo, 61,36% relataram ser importante pelo fato de proporcionar prazer, 25% informaram que é importante por matar a sede, e 13,64% apresentaram outros motivos como importância. Fig. 5- Importância do consumo de refrigerante No presente estudo, observou-se que a maioria dos estudantes relatou que não tem o hábito de consumir refrigerantes, em relação aos refrigerantes sabe-se que este é um líquido calórico e, como tal, possuem em sua composição substâncias como o sódio, carboidratos e, principalmente o açúcar, fato que o faz ser bastante atrativo por todas as idades. A indústria alimentícia passou a incorporar vitaminas e minerais a seus produtos. Entretanto, a suposta adição de nutrientes não faz dessas bebidas alimentos saudáveis que possam substituir alimentos naturais. A quantidade de micronutrientes adicionada ao mesmo 0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00%90,00% 86,36% 0 0 13,64% Preferência de consumo de Refrigerante Normal Diet Light Zero 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 25,00% 61,36% 0 13,64% Importância do consumo do Refrigerante Mata sede Proporciona prazer Faz bem à saúde Outros não atende as necessidades das crianças e adolescentes. Os refrigerantes continuam agregando sódio, açúcar e adoçantes artificiais em quantidades que arriscam a saúde de seus consumidores (WIRTH, 2010). Do ponto de vista nutricional, os refrigerantes são verdadeiramente calorias vazias, ou seja, não conseguem agregar á saúde das crianças e adolescentes nenhum nutriente importante e adequado ás necessidades nutricionais de crescimento e desenvolvimento (WIRTH, 2010). Cabe ressaltar ainda que estudos mostram que o consumo de produtos sob a forma liquida podem ter efeitos psicológicos diferenciados dos alimentos no estado sólido. Estudos mostram que os líquidos calóricos não ativam os centros de saciedade, o que leva o individuo a ter maior ingestão energética quando comparado com o consumo de alimentos sólidos (BESSA, 2008, MOURÃO, 2009). O consumo de refrigerante pode estar associado ao aumento do peso, sendo assim, é importante que o consumo seja limitado ou ate mesmo abolido da dieta principalmente se apresentam ganho de peso (LOPES, 2010). Sabemos que as consequências ocasionadas pelo o consumo dos refrigerantes no corpo das pessoas variam de acordo com a genética, frequência e, principalmente, quantidade. Porem os altos teores de açúcares é prejudicial ate mesmo para quem não os ingere em grande quantidade. Obesidade é a maior das ameaças do século 21. O processo inflamatório crônico, os hormônios e os mediadores químicos produzidos e liberados pelo tecido adiposo acumulado em excesso, aumentam o risco de doenças cardiovasculares, metabólicas, pulmonares e de diversos tipos de câncer (VARELLA, 2013). Os refrigerantes de fato, escondem muito mais coisas que são prejudiciais à saúde, nesse estudo vamos citar alguns dos malefícios que podem ser causados a nossa saúde: Osteoporose, diabetes, doença cardiovascular, cárie, gastrite, insônia, pressão alta, câncer, envelhecimento precoce e infertilidade. Conclusões Foi possível observar por meio dos resultados deste estudo que a frequência do consumo de refrigerante dos alunos da área de saúde não é elevada, pois acreditamos que os mesmo tem conhecimento que esse produto é bastante prejudicial à saúde e que sabem que o acumulo de açúcar trás malefícios a saúde, e podem os tornar dependentes. Com base no presente estudo chegamos à conclusão que a maioria dos alunos da universidade particular de Cabo Frio não fazem o consumo de refrigerante. Referências Bibliográficas Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas, Refrigerante. Disponível em: <https://abir.org.br/o-setor/bebidas/refrigerante/>. Acesso em: 29 Out. 2017 LIMA, Ana Carla Da Silva; AFONSO, Júlio Carlos. A química do refrigerante. Revista Química nova na escola, Rio de janeiro, v. 31, n. 3, p. 210-215, ago. 2009. Coca-Cola Journey, Crônicas da Coca-Cola: Nasce uma ideia refrescante. Disponível em: <https://www.cocacolabrasil.com.br/historias/cronicas-da-coca-cola-nasce-uma-ideia- refrescante>. Acesso em: 29 Out. 2017 FLORES, T. R. et al. Consumo de refrigerantes entre escolares de séries iniciais da cidade de pelotas, rio grande do sul. . Revista ciência e saúde, Porto alegre, v. 6, n. 1, p. 59- 66, jan./abr. 2013. RIBEIRO, T. H. T. et al. Revisão bibliográfica: consumo de refrigerantes associado à obesidade. Revista adolescência e saúde, Rio de janeiro, v. 9, n. 4, p. 44-48, out./dez. 2012. TOMAZ, Marcilene; RAMOS, Andréia Aparecida De Miranda; MENDES, Larissa Loures. Consumo de refrigerantes e fatores relacionados aos hábitos alimentares de crianças e adolescentes de escolas municipais da região nordeste de juiz de fora. Hu revista, Juiz de fora, v. 40, n. 3,p. 189-194, jul./dez. 2014 SIS Saúde, Consumo de sucos e refrigerantes: um risco maior para crianças e adolescentes. Disponível em: < http://www.sissaude.com.br/sis/inicial.php?case=5&idnot=5819>. Acesso em: 30 Out. 2017 MOURÃO, D. M.; BRESSAN, J. Influência de alimentos líquidos e sólidos no controle do apetite. Revista de Nutrição, Campinas, SP, v. 22, n. 4, p.537-547, jul./ago., 2009 LOPES, P. C. S.; PRADO, S. R. L. A.; COLOMBO, P. Fatores de risco associados à obesidade e sobrepeso em crianças em idade escolar. Revista brasileira de enfermagem, vol. 63, no.1, Brasília, jan./ fev. 2010 Drauzio, Refrigerantes Açucarados. Disponível em: <https:/drauziovarella.com.br//Dráuzio/refrigerantes-acucarado>. Acesso em: 30 Out. 2017 Cria Saúde, Malefícios dos refrigerantes. Disponível em: <https://www.criasaude.com.br/10- maleficios-dos-refrigerantes.html>. Acesso em: 30 Out. 2017
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