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Fichamento Gestão de Riscos Financeiros

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO FINANCEIRA E CONTROLADORIA
Fichamento de Estudo de Caso
Walter Menezes Porto
Trabalho da disciplina Gestão de Riscos Financeiros
Tutor: Prof Nylvandir Liberato Fernandes de Oliveira
Fortaleza/CE 
2018
Estudo de Caso:
Governança Gestão de Riscos Financeiros
Blaine Kitchenware Inc.: Estrutura de Capital
REFERÊNCIA:
A questão do texto em estudo é fundamentada na postura de investimento da estrutura de capital que culturalmente era ultraconservador da empresa Blaine Kitchenware Inc. detinha há mais de 80 anos. Empresa essa que foi fundada em 1927 como The Blaine Electrical Apparatus Company, que produzia eletrodomésticos residenciais inovadores para a época como ferros de passar, aspiradores de pó, máquinas de waffle e desnatadeiras, que eram promovidos como mais modernos, simples e fáceis de usar do que os produtos dos seus concorrentes análogos que era a óleo, carvão, gás ou mesmo manuais.
A companhia em 2006 estava em um patamar de médio porte, produtora de eletrodomésticos pequenos, como utensílios para preparo de comidas, para cozinhar e para preparo de bebidas, usados principalmente em cozinhas residenciais, os quais primavam por inovações constantes. Proprietária de uma pequena fábrica em Minnesota que produzia peças de ferro fundido com revestimentos especiais para uso próprio, e terceirizava a produção para outras empresas do mesmo setor. Tinha fornecedores e fabricantes contratados na China, Vietnã, Canadá e México.
Detinha pouco menos de 10% do mercado, mas manteve um relativo crescimento modesto gradativo durante os anos que se passavam. Crescimento esse que foram limitados pelos principais fatores que eram a forte concorrência de importados baratos, os preços agressivos que os hipermercados, os produtos de marca própria dos distribuidores, as vendas da empresa depender mais de 95% dos segmentos de mercado de preço baixo que a empresa fabricava, como também grande parte da sua produção era lançado no mercado através do canal indireto dos atacados (65%) reduzindo a sua de retorno. 
Para mudar esse cenário das vendas, objetivando o seu maior crescimento e melhor a sua margem de contribuição a empresa resolveu incluir em seu portfólio eletrodomésticos com mais tecnologia com foco no consumidor de classes mais altas e consequentemente melhorar a sua rentabilidade.
Outros fatores que interferiam nos negócios e principalmente as vendas eram os picos de sazonalidade fixas, ou seja, de acordo com épocas do ano, nos meses que antecediam o natal, o dia das mães, o verão as vendas cresciam para depois caírem. Desta forma essa sazonalidade poderia ser previsível para a empresa e ela poder se planejar para os períodos de baixa. No entanto existia outro tipo de sazonalidade fixa, ou como o texto relata, que seus períodos cíclicos das vendas também eram afetados fortemente pela conjuntura macroeconômicos do País, como por exemplo o aumento de vendas imobiliário.
O texto enfatiza a trajetória do atual CEO até sua chegada a esse posto na empresa e suas principais mudanças. Ressalta que o novo CEO, Victor Dubinski, era bisneto de um dos fundadores, Engenheiro de formação, serviu na Marinha dos EUA, trabalhou para uma grande empresa aeroespacial e de defesa, até entrar para os negócios da família em 1981 como chefe de operações. Entrou para o Conselho de Administração em 1988 e em 1992, substituindo o tio, foi escolhido CEO. 
Devido a esse excesso de conservadorismo cultural da empresa, Dubinski não efetuou muitas mudanças, conforme escrito continuou operava praticamente como sempre com três alterações que foram abertura de capital em 1994 com oferta pública inicial (IPO), a partir de 1990 efetuou a transferência gradativa da sua maior parte da sua produção para o exterior se beneficiando com o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA), adotou estratégia com foco em aumentar e complementar sua oferta de produtos pela aquisições de pequenos fabricantes independentes ou de linhas de utensílios de cozinha de vários grandes fabricantes
A Blaine Kitchenware era uma empresa tipicamente familiar, muito conservadora, de capital aberto, com mais de 50% das ações nas mãos dos familiares e seguiu cuidadosamente as mudanças no comportamento e as tendências do mercado. A companhia estava ansiosa para continuar o que acreditava se a melhor estratégia que era de aumentar sua participação no segmento de utensílios para bebidas, que demonstrava o mais forte crescimento, era mais rentável e que a BKI tinha a menor participação.
No encerramento de 2006, apesar da lucratividade da empresa, o retorno dos acionistas havia ficado um pouco abaixo da média, e o lucro por ação havia caído significativamente. Entre 2004 e 2006 o retorno anual dos acionistas da Blaine foi de aproximadamente 11% ao ano, o que continuava abaixo dos 16% recebidos pelos acionistas de empresas concorrentes. Motivado que 80% dos resultados operacionais provinham de produtos intermediários e o seu crescimento era atribuidor atribuído somente a estratégia de aquisições, pois na realidade as suas marcas vinham perdendo mercado devido à forte concorrente e o mercado em baixa.
Relata o texto no seu início que o Dubinski que investidores de private equity o sondou discretamente, através de um banker amigo seu, sobre uma possível aquisição da empresa, mas a família não tinha interesse em vender a empresa, pelo contrário, a BKI que estava interessada em adquirir outras empresas do setor. Desse modo, essa seria educadamente mais uma a ser rejeitada.
No entanto, conforme é descrito, Dubinski ficou surpreso com a afirmação do comprador que poderia adicionar valor intrínseco forte operação da Blaine e ao seu balanço patrimonial, sendo usando a solidez do caixa da companhia e novos empréstimos contratados pela própria Blaine. O fundo de private equity poderia comprar todas as ações em circulação da companhia por um preço maior que US$ 16,25 e a dívida seria paga ao longo do tempo com os lucros futuros da companhia ou através de um empréstimo para comprar suas próprias ações. Enfatiza ainda o texto que Dubinski perguntou: Mas por que farão isso? A resposta do banker foi direta: Porque vocês estão com alta liquidez e sub-alavancados. Seus acionistas estão pagando por isso. Desde a reunião, Dubinski não parou mais de pensar sobre a questão.
A Blaine só tomou empréstimos apenas duas vezes e tão logo quitou. Tinha realmente um balanço patrimonial extremamente forte em termos de financeiro de liquidez, o melhor do setor, livre de dividas, mas seu resultado de caixa tinha tido ligeira queda devido a política da empresa de aquisições e os declinantes resultados econômicos. Seu maior uso de caixa era para pagamento de dividendos aos acionistas e compromissos de aquisições.
Após rever sua política financeira de investimentos em 2007, a Blaine resolveu reavaliar se a recompra de ações e empréstimos para aumentar a alavancagem financeira da empresa, já que a liquidez não era o seu problema, objetivando maximizar os resultados econômicos da companhia que vinham em queda e poderiam afetar a liquidez no futuro.
A política de recompra de ações por um lado daria mais flexibilidade para o conselho definir futuros dividendos, os membros da família manteriam suas ações como anteriormente e mexeria no payout. Por outro lado, essa recompra trazia uma preocupação com relação a endividamento, descontinuidade de aquisições e diminuição das reservas de caixa da empresa. Isso só seria viável após um estudo aprofundado da sua estrutura de capital atual, relacionado seu plano estratégico, e a sua política de dividendos.
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