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Guia de Estudos da Unidade 1 - Economia e Mercado

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Economia e Mercado
UNIDADE 1
2
UNIDADE 1
ECONOMIA E MERCADO
 PALAVRAS DO PROFESSOR
Olá, aluno!
Vamos iniciar um estudo muito importante para entendermos a forma como nossa sociedade está 
organizada e sobre como podemos melhor agir para otimizar nossa participação nela. Na disci-
plina, além deste guia de estudo, está disponível um livro texto e é fortemente recomendado que 
seja lido integralmente como forma de tornar o aprendizado mais consistente e aprofundado. 
Também estão disponíveis as aulas em vídeos e diversos materiais cujos links estão ao longo do 
texto abaixo. Todas essas informações poderão ser solicitadas nas avaliações de desempenho.
PARA iníciO DE cOnVERSA
Confira assuntos que vamos abordar em várias passagens deste guia e que ao final da unidade 1 
você deve estar familiarizado em seus principais aspectos: 
•	 PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ECONOMIA;
•	 DEFINIÇÃO DE ECONOMIA;
•	 ESCASSEZ, ESCOLHA E NECESSIDADES
•	 FATORES DE PRODUÇÃO;
•	 CUSTO DE OPORTUNIDADE E SUAS APLICAÇÕES;
•	 CURVA DE POSSIBILIDADE DE PRODUÇÃO.
 
Começando!
Estudar Economia pode parecer uma tarefa desinteressante para muitas pessoas, especialmente 
quando temos tantos atrativos diversos à nossa volta. Este guia vai ajudar você nesse desafio 
necessário para sua formação e, como veremos a partir de agora, talvez até revelador e estimu-
lante para se conhecer melhor a realidade em que vivemos. Veremos também algumas formas de 
transformarmos essa realidade em algo mais adequado ao nosso desejo ideal.
Escolhas nossas de cada dia
Para começar essa jornada, existem alguns princípios básicos para atentarmos. As ESCOLHAS que 
fazemos a cada instante muitas vezes parecem ser de pouca importância, estamos tão habituados 
a certas decisões que já quase nem pensamos profundamente sobre aquilo que já estamos acos-
tumados. 
3
Quando fazemos uma escolha, normalmente focamos naquilo que escolhemos, e deixamos de 
lado as opções preteridas... mas, e quando nos faltam recursos? Por exemplo, se temos uma tarde 
livre e podemos fazer várias coisas durante essas quatro ou cinco horas (até estudar economia...). 
O fato é que basta ficar navegando na Internet ou conversando com amigos, ou mesmo assistindo 
televisão ou ouvindo música, que o tempo passa tão rápido, que quando nos damos conta já está 
de noite e outros compromissos nos aguardam. 
Essas escolhas que fazemos podem nos levar a alcançar objetivos, como no caso de você dedicar-
se ao seu curso com afinco e concluí-lo no tempo previsto. Também podemos “perder” tempo e 
não chegar a lugar nenhum. É muito difícil convencer alguém muito jovem que a vida é curta. Ao 
passar do tempo, vemos que tudo passou muito depressa e começamos a entender o significado 
da palavra escassez.
Escassez
A escassez é o problema fundamental da economia, dê uma olhada no que se diz sobre essa pa-
lavra na Internet.
 
LEituRA cOmPLEmEntAR: Leia o seguinte artigo, disponível no link.
 
É a questão da escassez que torna necessário tomar decisões, sobre como empregar nossos 
recursos, que quase sempre são limitados. Por serem limitados, esses recursos são alvos de com-
petições para se decidir quem vai usá-los. Por exemplo, a terra. Quando uma fazenda improdutiva 
é invadida por um grupo de trabalhadores rurais sem-terra, o dono da propriedade vai tentar lutar 
para manter seu patrimônio. Na nossa sociedade, essa questão da escassez é tratada no âmbito 
do mercado. Quem pode pagar mais, leva o recurso. Veremos esse tema mais adiante, quando 
trataremos da questão da propriedade privada dos fatores de produção, que é uma característica 
no nosso sistema econômico vigente.
Sobre fatores de produção
 
GuARDE ESSA iDEiA!
Para se produzir qualquer coisa, qualquer produto (ou mesmo prestar um serviço), independente-
mente do tipo de produto e do grau de tecnologia empregada, para qualquer tipo de produção, faz-
se necessário usar recursos, ou seja, insumos de produção ou fatores de produção. São três tipos 
de FATORES DE PRODUÇÃO. O primeiro tipo é a própria força de trabalho, os recursos humanos 
ou MÃO DE OBRA, sem a qual nada pode ser executado. A mão de obra pode ser mais ou menos 
qualificada, pouco ou bem remunerada, mas toda produção ou prestação de serviço precisa de 
alguém trabalhando, precisa de suas habilidades, dos conhecimentos produtivos e científicos, sua 
força de trabalho. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Escassez
4
Um segundo fator de produção, igualmente importante, é o capital. Este é o fator de produção que 
mais qualifica ou melhora o resultado do bem final, os bens físicos. É importante entender que 
é diferente do uso comum para a palavra capital (utilizada como quantia de dinheiro). Quando se 
fala do CAPITAL como fator de produção, estamos falando do conjunto de estruturas que a socie-
dade dispõe para a produção de fato. Máquinas, prédios, armazéns, ferramentas e equipamentos 
podem ser considerados capital. 
Por fim, mas não menos importante temos os RECURSOS NATURAIS, que alguns 
autores chamam apenas de terra. Consideramos como recursos naturais tudo 
que veio da natureza e que possa ser incorporado em atividades econômicas. 
Rios, lagos, oceanos, minérios, florestas, animais e plantas, entre tantos outros, 
podem ser usados como insumos produtivos de bens ou serviços. Podemos ver 
mais informações no link. 
Uma vez que a quantidade desses fatores de produção é limitada, ainda que tenhamos uma grande 
quantidade, seus usos precisam ser bem pensados. Ainda que tenhamos mais de oito milhões e 
meio de quilômetros quadrados no território brasileiro, sendo um dos maiores países do mundo, 
ainda se trata de uma quantidade limitada. Analise, por exemplo, nosso tempo. Todos nós temos 
as mesmas vinte e quatro horas por dia para desenvolver várias atividades, mas será que todos 
nós fazemos o melhor uso desse recurso? Como está seu grau de aproveitamento dos recursos 
que possui?
necessidades e desejos humanos
Nós todos temos necessidades diversas, e desejos mais diversos ainda! Basta fazer um exercício 
de listar tudo o que você precisa para viver. Podemos usar como base um estudo feito nos anos 
1950’s sobre a PIRÂMIDE DAS NECESSIDADES HUMANAS, desenvolvido por Abraham Maslow 
(mais sobre Maslow no no link], que demonstra uma hierarquia entre cinco diferentes níveis 
de necessidades humanas. Começando pelas necessidades fisiológicas ou básicas, como comer, 
dormir. Passando pelas necessidades de segurança como ter uma morada, um salário. Depois as 
necessidades sociais de interação com outros seres humanos, a de autoestima, de ser reconheci-
do pela sociedade como pessoa de valor. Por fim, no topo da pirâmide, a autorrealização. Segundo 
a pirâmide de Maslow, as pessoas necessitam preencher um degrau da pirâmide de cada vez, ou 
seja, as necessidades básicas devem ser saciadas primeiro, depois as de segurança e assim por 
diante, antes de subir ao nível mais alto como a autorrealização.
http://economiasemsegredos.com/terra-capital/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Abraham_Maslow
5
Pirâmide das necessidades do ser humano de Abraham Maslow. | Fonte: http://sereduc.com/nQSykG
Vemos assim que as necessidades humanas são muito diversas e numerosas, mas ainda podemos 
enxergar alguma finitude nelas, ou seja, embora seja muito difícil chegar à autorrealização, as 
necessidades humanas podem ser consideradas limitadas. O problema começa a complicar quan-
do juntamos às necessidades uma quantidade ainda maior de DESEJOS. Esses definitivamente 
são INFINITOS. É totalmente impossível satisfazer uma pessoa em todos os seus desejos, sim-
plesmente porque além de numerosos, os nossos desejos também mudam muito rapidamente. Se 
fizermos o mesmo exercício de listar todos os nossos desejos, a lista seria muito maior que a lista 
das necessidades. Ainda que usássemos todas as páginas de um caderno grande, dificilmente 
seria possível concluirmos. E mesmo concluindo, logo muitos mais desejos apareceriam. O ser 
humano, quanto mais tem, mais quer!
Chegamos aoque chamamos de PROBLEMA FUNDAMENTAL DA ECONOMIA, que é justamente 
a escassez. Veja bem, vivemos em uma sociedade majoritariamente urbana e assim, precisamos 
comprar bens e serviços para suprir nossas necessidades e alguns de nossos desejos. No ambien-
te rural, poderíamos suprir parte das necessidades através da subsistência, ou seja, plantando e 
colhendo o que vamos comer. Mas no meio urbano isso não é possível. Vamos precisar comprar 
até o pãozinho do café da manhã. Como a maioria da população possui recursos bastante limita-
dos, é preciso muito cuidado para escolher como vamos gastar nosso dinheiro, pois se o gasta-
mos com coisas supérfluas, provavelmente vai nos faltar dinheiro para comprar o que realmente 
necessitamos.
Do mesmo modo que no âmbito do indivíduo, nossa sociedade como um todo também precisa fazer 
escolhas de o que vai produzir, para quem e como produzirá. Vimos que os recursos são escassos, 
todos os três fatores de produção. No entanto, os desejos, como vimos, são infinitos. Ora, se 
precisamos usar os fatores de produção (que são escassos) para produzir os bens e serviços, a 
quantidade desses bens e serviços que poderão ser produzidos é também limitada. Então, como 
podemos produzir o suficiente para suprir necessidades e desejos humanos, se principalmente 
esses últimos são claramente infinitos? Não podemos. A sociedade vai escolher o que vai produzir 
e para quem, uma vez que não podemos produzir tudo, nem muito menos para todos.
	
  
http://sereduc.com/nQSykG
6
De que trata a economia
A competição por fatores de produção escassos e, por conseguinte, pelos bens e serviços produzi-
dos com eles, já aconteceu através de violência física, como no reino animal, onde apenas os mais 
fortes acasalam e garantem comida e assim sobrevivem. Com o passar do tempo com o desenvol-
vimento das sociedades, foi necessário se criar melhores maneiras de organizar o relacionamento 
entre as pessoas. A palavra economia deriva do grego. “Eco” vem de ÓIKOS, que a maioria dos 
autores traduz como “casa”, mas também é possível encontrar essa tradução como “aquilo que 
é de uso comum” ou “um bem comum”. A segunda parte da palavra, “nomia”, deriva de NOMUS, 
que significa norma ou lei. Podemos entender economia como “lei da casa”, ou por analogia, lei 
da cidade, do país, de tudo aquilo que pertence à coletividade.
Embora a ciência econômica seja muito associada com números, não se trata de uma ciência exa-
ta. A economia é uma CIÊNCIA SOCIAL, e como tal estuda o funcionamento da sociedade e como 
os indivíduos se organizam para resolver as questões econômicas. Ou ainda, como a sociedade 
decide como vai empregar seus recursos escassos e quais bens e serviços serão produzidos. A 
economia não é uma ciência que esteja completamente concluída em seus conceitos e métodos, 
a prova disso é que as sociedades contemporâneas ainda padecem de diversos males como fome, 
miséria e guerras. Assim, estamos em um momento muito propício de se estudar economia, uma 
vez que o mundo precisa de mais pessoas dedicadas a decifrar as questões econômicas e propor 
novas alternativas sobre o uso dos recursos e os níveis de consumo. 
Continuando, a nossa sociedade brasileira foi constituída basicamente segundo o modelo ameri-
cano e europeu e assim, sofre de males semelhantes àquelas. Um problema que hoje enfrentamos 
e que é muito sério é a questão do consumismo. Será que você consome apenas aquilo de que 
necessita? 
 
VEjA O VíDEO!
Assista ao vídeo “História das Coisas” (21 min. de duração), disponível no link.
O vídeo foi produzido nos Estados Unidos, mas retrata uma realidade que muito nos interessa. De 
fato, nós vivemos em um sistema finito. Nosso planeta é lindo e grande, porém nossa capacidade 
de extrair seus recursos naturais cresceu tanto nas últimas décadas que a capacidade do planeta 
renovar certos recursos foi comprometida. Poluímos tanto, minamos tanto, destruímos tanto que, 
pela primeira vez na história da humanidade, nos deparamos com a iminência de comprometer-
mos a capacidade de existência de vida em nosso planeta. A questão da sustentabilidade está se 
tornando central e cada vez mais motiva as pessoas a se posicionarem em relação às escolhas 
econômicas que fazem. 
Se consumirmos algo, pagamos por isso, e estamos financiando toda cadeia produtiva desse 
produto. E no rótulo de um produto não diz se o mesmo usou agrotóxicos perigosíssimos, mão-de
-obra infantil ou trabalho escravo na produção. Concordamos sem saber também com a extração 
www.youtube.com/watch?v=7qFiGMSnNjw
7
da matéria prima e com o lixo que será acumulado com a embalagem e o próprio produto, depois 
de se tornar obsoleto.
As estratégias de muitas empresas para maximizar seus lucros vão muito além de campanhas de 
marketing, como nos ensina os conceitos de obsolescência apresentados no vídeo. Os preços pa-
gos pelos produtos não são os únicos custos existentes, uma vez que em diversos casos a saúde 
dos trabalhadores é comprometida por rotinas insalubres de trabalho, baixos salários, poluição e 
desequilíbrio nas zonas de extração de recursos naturais.
cuStO DE OPORtuniDADE
Com certeza você já ouviu falar que nada é de graça. Isso é uma verdade, principalmente agora 
que sabemos da finitude dos fatores de produção. O fato é que para conseguirmos algo, sempre 
teremos que abrir mão de outras coisas, só que nem sempre temos total consciência disto. Quan-
do fazemos uma escolha, tomamos uma decisão, sempre (SEMPRE!) deixamos de lado a possibi-
lidade de ir em outra direção. Por exemplo, quase todo mundo hoje em dia tem telefone celular. 
Você tem? Quantos? Quando você comprou seu aparelho e quando pretende comprar o próximo? 
Tem gente que é tão fã de smartphone, que não consegue ter um modelo antigo, precisa sempre 
comprar um novo, mesmo não sendo muito barato. É claro que será preciso usar dinheiro para 
comprá-lo, mas isso não é tudo. O custo do aparelho não se resume ao preço pago na loja pelo 
cliente. Veja bem, quando trocamos de celular, o que fazemos com o aparelho antigo? Vai parar 
no lixo! Mesmo que passe para outra pessoa e outra, quando o bem foi fabricado, já se sabia que 
viraria sucata em alguns anos (ou meses!). Com o aparelho, vão para o lixo seus componentes 
eletrônicos, inclusive a bateria que é altamente poluente. Mas ninguém nos fala disso na hora de 
vender o aparelho novo: “olha o seu aparelho antigo ainda pode lhe servir, as diferenças não são 
tão significativas assim...”. A loja quer vender e a indústria já fabrica a versão atual, sabendo o 
que vai colocar na próxima versão mais nova para convencer você a trocar de aparelho novamente 
nos próximos meses.
Outro exemplo, que pode nos ajudar a entender esse importante conceito econômico é a própria 
utilização do seu tempo. Para alcançar seu objetivo e concluir o curso que você está realizando 
agora, é necessário que você abra mão de algumas coisas que talvez gostasse de fazer. Até pre-
feriria fazer, não fosse o objetivo importante de conseguir seu certificado de conclusão. Cito ir ao 
cinema, namorar, passar tempo com amigos e parentes legais, assistir TV ou mesmo navegar em 
redes sociais. A questão é que para cada hora que você se dedica a estudar, deixa de fazer outras 
coisas e vice-versa. 
Imagine agora que você vai planejar seu orçamento mensal e decidir em que vai gastar seu di-
nheiro. Aconselho começar pagando as contas e daí para as necessidades mais básicas, como 
moradia e alimentação. Mas se você preferir pode comprar o valor de toda renda comprando 
roupas novas ou aparelhos eletrônicos de ponta. Tudo tem um custo. Para cada real que decidir 
gastar com algo, terá um real a menos para outras coisas. 
 
 
8
GuARDE ESSA iDEiA!
O CUSTO DE OPORTUNIDADE, que é também chamado por alguns autores pelo 
termo em inglês TRADEOFF, representa algo que é preciso abrir mão para con-
seguir outra coisa. A expressão define uma situação de escolha conflitante, é a 
alternativa de maior valor que deve ser sacrificada,como resultado de escolha 
de uma das alternativas possíveis.
Assim o homem contemporâneo precisa agir racionalmente, para escolher com o objetivo de con-
seguir um benefício específico ao menor custo possível. Esse comportamento econômico resulta 
diretamente de decisões racionais, para atingir objetivos ao menor custo possível e com o melhor 
resultado. Você pode escolher vários tipos de comida para satisfazer sua necessidade fisiológi-
ca de comer. Várias são as opções para “matar” a fome, cada uma com um valor nutricional e 
calórico, uma localização mais próxima ou mesmo entrega em casa e, é claro, um preço. Talvez 
você se arrependa de “economizar” dinheiro sempre, trocando o almoço por uma coxinha, quando 
perceber que ganhou uns quilinhos a mais ou ainda, que suas taxas de colesterol estão subindo. 
Tudo tem um custo!
 
nOSSA SOciEDADE DE mERcADO
Vivemos em uma época em que as informações são muito dinâmicas e fluidas. Tudo acontece 
muito rápido e o que era novo ontem, já está velho e no lixo hoje, não é assim? São muitos estí-
mulos que nos cercam todo o tempo. Lembra do vídeo “História das Coisas”, indicado nesse texto? 
Vemos e ouvimos tantos comerciais de TV e rádio a cada dia e ainda a publicidade na Internet... a 
todo momento estamos assimilando novas informações e a maioria delas vêm de empresas priva-
das, que desejam nos vender algo. Nós respondemos a esses estímulos, é para isso que serve uma 
propaganda: nos convencer que precisamos comprar algo. Ficaremos mais bonitos se usarmos o 
novo shampoo e nossos dentes serão mais brancos com o novo creme dental. Somos induzidos a 
procurar nossa satisfação no consumo, a satisfazer as necessidades pelo consumo, não apenas 
as fisiológicas como comer, ou de segurança como vestir, mas também somos levados a crer que 
podemos suprir necessidades sociais, de auto-estima e até de autorrealização, comprando. Imagi-
ne a cena: “Mãe, todos meus amigos têm tal coisa e eu PRECISO ter também para fazer parte do 
grupo”, ou, “Eu preciso daquela roupa!” e se tiver em “promoção” então, fica quase irresistível.
Os estímulos vêm de todos os lados e nós respondemos a eles, até mesmo sem perceber. O exem-
plo da promoção é uma boa forma de entender. Uma jovem mulher vai num centro comercial, pois 
precisa comprar, digamos, um remédio. Quando está passando em frente a uma loja de roupas, 
percebe que aquela calça Jeans de tecido especial e corte moderno está em promoção, pela me-
tade do preço. O que acontece? Muitas vezes o impulso fala mais alto e a compra se realiza, ainda 
que mediante endividamento. Neste caso, muito comum, há um efeito secundário, aliás, sempre 
há efeitos secundários, além dos efeitos imediatos nas ações econômicas. 
9
Os efeitos secundários acontecem com o passar do tempo e a antecipação do seu impacto é fun-
damental para que se tenha uma ideia mais acertada do verdadeiro custo de uma ação econômica. 
Em um exemplo simples, comer dá prazer e em um rodízio de sua comida preferida pode haver o 
impulso de comer mais que o necessário. Essa ação trará um prazer imediato, porém pode pro-
mover uma má digestão e até provocar dores ou doenças, esses seriam efeitos secundários. Um 
exemplo um pouco mais sério se dá na sua ida à feira. Se optar por alimentos orgânicos, que são 
mais saudáveis, provavelmente você terá que desembolsar um pouco mais de dinheiro, ao passo 
que comprando alimentos transgênicos, poderá pagar menos imediatamente. E tem algum efeito 
secundário? Claro! Os agrotóxicos usados na produção convencional de alimentos pode gradati-
vamente comprometer sua saúde e assim lhe custar muito mais caro, com o passar do tempo. É 
também um exemplo de custo de oportunidade, uma vez que abrimos mão parcialmente da nossa 
saúde ao optarmos por alimentos mais baratos, produzidos em grande escala, com uso de quími-
cos tóxicos no cultivo.
Um ponto fundamental para estudar nossa sociedade do ponto de vista da economia e como uma 
instituição básica para o nosso sistema econômico (lógica amplamente aceita e dada como certa, 
é o DIREITO DE PROPRIEDADE. O que corresponde ao direito de uso, controle e extração de benefí-
cios de um bem ou serviço (Carvalho, José eT.al. 2008). Quando uma troca acontece, o que de fato 
muda de mãos são os direitos de propriedade do objeto da troca. O direito de propriedade garante 
que o uso de um recurso apenas seja usado com consentimento do seu proprietário, que deverá 
assegurar-se sobre o melhor uso possível dos recursos, sob pena de um custo de oportunidade. 
 
 
GuARDE ESSA iDEiA!
Os direitos de propriedade são baseados em três atributos: UNIVERSALIDADE, 
ou seja, todo recurso deve pertencer a alguém; EXCLUSIVIDADE, apenas o pro-
prietário pode determinar como o recurso será utilizado; e TRANSFERIBILIDADE, 
que trata da capacidade do proprietário de vender ou doar sua propriedade sem 
interferência de terceiros.
Junto ao direito de propriedade, o nosso sistema econômico (conforme veremos com mais deta-
lhes na unidade II) responsabiliza o proprietário de determinado bem pelo seu uso eficiente, sob 
pena de perder oportunidades melhores. Por exemplo, se o dono de uma propriedade não zelar 
de sua manutenção, o valor de mercado do bem cairá relativamente. Por ser o proprietário de um 
bem, lhe cabe escolher sobre o melhor emprego desse recurso, inclusive como meio de produção, 
pode alugá-lo ou vendê-lo, de acordo com seu desejo, e se baseando no valor de mercado e opor-
tunidades que apareçam. A propriedade privada, característica do nosso sistema econômico ca-
pitalista, regula o RELACIONAMENTO entre agentes no mercado, de acordo com o valor subjetivo 
que cada um perceba sobre os bens e as oportunidades. Se eu perceber que existe uma vantagem 
no negócio eu vou fazê-lo voluntariamente, se encontrar alguém disposto a “trocar” comigo. 
10
O processo de troca não é uma relação de soma zero, ou seja, para que alguém ganhe, não precisa 
necessariamente que outro alguém sofra uma perda. Por exemplo, se eu tenho figurinhas dupli-
cadas no meu álbum, elas não valem muito para mim... mas pode ser muito bom para meu colega 
que ainda não às têm. Assim como ele pode ter alguma em duplicata que faltam à minha coleção, 
todos ganham. Eu pago R$10 num sanduíche e engano minha fome, fico mais contente, enquanto 
quem me vendeu igualmente estará satisfeito. Vamos falar mais do assunto, na unidade seguinte, 
ao abordarmos o mercado competitivo. Por hora, vamos abordar o último assunto da primeira uni-
dade, considerando o objetivo de usar da melhor forma possível os nossos recursos.
cuRVA DE POSSiBiLiDADE DE PRODuÇÃO
Como vimos, os recursos são limitados. Assim precisamos assegurar um uso eficiente deles para 
maximizar os resultados que serão obtidos e evitar o desperdício. Vimos também que os fatores 
de produção são usados para fabricar bens e serviços e muitas vezes eles podem ser usados para 
diferentes fins, por exemplo, posso usar meu quintal para plantar uma horta ou para construir uma 
piscina. 
A CURVA DE POSSIBILIDADE DE PRODUÇÃO, é uma ferramenta econômica para estudar as possí-
veis combinações de produção, considerando que (1) a disponibilidade de recursos é limitada; (2) 
o uso dos recursos é eficiente, ou seja, sempre aproveitaremos ao máximo os recursos utilizados; 
(3) a tecnologia é um dado constante, quer dizer que, se mudar a tecnologia, precisaremos traçar 
uma nova curva; e (4) vamos considerar apenas dois bens de cada vez. O que a curva nos mostra é 
quanto se deve deixar de produzir de um bem para se produzir mais do outro bem.
Vamos ver um exemplo simples. Imagine que em sua propriedade rural exista um pequeno espaço 
de 100 m2, ou 10 x 10m, e você precisa decidir como vai utilizá-lo. Suponhamos que a dúvida 
esteja entre plantar macaxeira ou milho e que para que possamos plantar uma planta de qualquer 
uma das duas espécies, vamos usar um metro quadrado. Assim podemos plantar até 100 unidades 
de plantas, se plantarmos todo o espaço com macaxeira, não sobrará nenhumespaço para milho 
e se, no entanto, plantarmos 100 pés de milho, nenhuma macaxeira será plantada. A curva vai 
representar todas as alternativas possíveis de combinações entre as quantidades de milho e de 
macaxeira, considerando o uso de todo o espaço.
 
	
  
MILHO
 100
100
MACAXEIRA
0
0
11
Observe a figura acima. Todos os pontos sobre a linha da curva representam proporções de pro-
dução das duas culturas, sem desperdiçar nenhum recurso, ou seja, usando todos os 100 metros 
quadrados. Se desejarmos plantar 100 (cem) pés de milho ou 100 pés de macaxeira, nada será 
plantado do outro bem. O ponto (A) representa uma produção de aproximadamente 80 pés de 
milho e 20 de macaxeira, ao passo que o ponto (C) representa a escolha de plantar 20 de milho e 
80 de macaxeira. O ponto (B) representa a escolha de dividir o terreno igualmente, plantando 50 
metros quadrados de cada cultura. Veja que nos pontos (A), (B) e (C), todo o terreno é utilizado, 
sem desperdícios, o que representa o uso eficiente do recurso. No ponto (D), ao contrário, temos o 
uso de apenas uma parte do terreno, representando o plantio aproximado de 20 pés de macaxeira 
e 40 pés de milho, deixando outros 40m2 sem utilização, não sendo uma decisão eficiente, dessa 
forma. 
De fato, qualquer ponto “para dentro” da curva representa uma escolha ineficiente, apenas os 
pontos na curva, fazem uso da totalidade do potencial produtivo da propriedade.
Por outro lado, o ponto (E), ou qualquer ponto fora da curva (“para fora”) é inatingível, pois re-
presenta uma produção maior que a capacidade produtiva da propriedade nas atuais condições 
tecnológicas e de disponibilidade de recursos. Para atingir um ponto fora da curva, seria neces-
sário ou o desenvolvimento de novas tecnologias que permitissem o aumento da produção com os 
recursos disponíveis, ou o próprio aumento na quantidade de recursos, neste exemplo, na quanti-
dade de terra (comprando o terreno do lado, por exemplo)
Bom, chegamos ao fim desta primeira unidade. Parabéns! Agora temos conhecimento de alguns 
elementos básicos, para prosseguirmos nossa caminhada.

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