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0 O seu Objetivo Básico Envolve A Prevenção de Acidentes. Aline Barros - Técnica em Segurança do Trabalho – 0014628/PR SENAI – Curitiba / Paraná Aline Barros -Técnica em Segurança do Trabalho 0014628/PR Saú de e Segúrança no Trabalho Segurança do Trabalho é um conjunto de ciências e tecnologias que visam à proteção do trabalhador no seu local de trabalho, no que se refere à questão da consciência e da higiene do trabalho. Saúde Ocupacional lida unicamente com a saúde do trabalhador, é voltada para a prevenção de doenças e demais problemas que possam surgir no ambiente de trabalho. Seu objetivo principal é trazer uma maior qualidade de vida para o trabalhador, com bem- estar tanto físico quanto emocional, e é a ferramenta mais efetiva contra os riscos que os colaboradores da empresas enfrentam diariamente. A Evolução da Sociedade e do Trabalho O Ser Humano começou desde muito cedo a recolher da natureza aquilo que precisava para satisfazer as suas necessidades, caça, pesca, agricultura, carvão. Os acidentes do trabalho rememoram destas primeiras atividades do homem voltadas à sua sobrevivência: a caça e a coleta. Os primitivos ancestrais do homem passavam por toda forma de penúria para conseguirem seu sustento. As caçadas eram atividades perigosas e extremamente arriscadas, com risco tanto de apanhar e matar uma presa quanto de serem, eles próprios, devorados. Na medida em que se deu a evolução humana e principalmente os processos de produção, aumentaram os riscos de acidentes do trabalho. Foi a partir da Revolução Industrial – século XVIII, que se verificou a intensificação da degradação do meio ambiente natural e humano. As condições humanas neste século foram completamente esquecidas. Centenas de milhares de pessoas dizimadas pela exploração no trabalho, por doenças como a tuberculose, por acidentes na produção, por doenças infecciosas, má-nutrição, entre muitas outras. A exposição dos seres humanos aos riscos do trabalho aumentou desde então. E atualmente, em plena época da globalização, embora algumas empresas tenham implantado e implementado com sucesso as normas de segurança e medicina do trabalho, o índice de acidentes ainda é altíssimo. SENAI – Curitiba / Paraná Aline Barros – Técnica em Segurança do Trabalho 0014628/PR Histórico Mundial Há mais de quatro décadas, as indústrias de processo têm desenvolvido uma abordagem específica em relação às possíveis falhas e perigos oriundos de suas atividades, as quais possam causar perda de vida e de propriedade. Em 1931, o pesquisador H. W. Heinrich efetuou uma pesquisa sobre os custos de um acidente em termos de Seguro Social e introduziu, pela primeira vez, a filosofia de “acidentes com danos à propriedade”, ou seja, acidentes sem lesão, em relação aos acidentes com lesão incapacitante. William Herbert Heinrich – (1881-1962), recebeu reconhecimento mundial por suas contribuições importantes para a ciência da prevenção da perda de vidas e bens resultantes do formulário de acidentes de trabalho. Desde então vários estudos sobre acidentes industriais com danos à propriedade se seguiram tendo como objetivo estimar os custos derivados das perdas. Em meados da década de 60, tornaram-se significativamente evidente que havia consideráveis diferenças na atuação das empresas com relação à saúde ocupacional, riscos de lesões e de perdas. Em 1970 foi estabelecido no Canadá o programa de “Controle Total de Perdas”, objetivando reduzir ou eliminar todos os acidentes que pudessem interferir ou paralisar um sistema. O contexto social também foi se transformando e outros temas, tais como a poluição ambiental, começaram a se tornar motivo de preocupação para o público e para os governos. Como consequência a indústria foi obrigada a examinar os efeitos de suas operações sobre o público externo e, em particular, a analisar mais cuidadosamente os possíveis perigos decorrentes de suas atividades. As indústrias nos últimos anos têm se desenvolvido muito tecnologicamente quando comparados com outros setores da economia, e os programas de prevenção de acidentes de trabalho precisam acompanhar esse desenvolvimento, promovendo a consciência prevencionista dos trabalhadores e empregadores. Legislação Todas as empresas privadas ou públicas e órgãos da administração direta e indireta, órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que tenham em seu quadro de funcionários trabalhadores regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT devem, sem exceção, observar e pautar suas estruturas físicas e de pessoal de acordo com as Normas Regulamentadoras (NR’s) do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE), relativas à Segurança e Medicina do Trabalho. Norma Regulamentadora - NR Atualmente existem 36 Normas Regulamentadoras em nossa Legislação. SENAI – Curitiba / Paraná Aline Barros -Técnica em Segurança do Trabalho 0014628/PR Algumas, a saber: Norma Regulamentadora Nº 04 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, SESMT. Norma Regulamentadora Nº 05 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, CIPA. Norma Regulamentadora Nº 06 – Equipamentos de Proteção Coletivo e Individual – EPC & EPI. Norma Regulamentadora Nº07 – PCMSO – Programa de Controle de Medicina e Saúde Ocupacional. Norma Regulamentadora Nº 09 – PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. Norma Regulamentadora Nº10 – Eletricidade. Norma Regulamentadora N°12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos. Norma Regulamentadora Nº17 - Ergonomia. Acidente do Trabalho Acidentes de trabalho são aqueles que acontecem no exercício do trabalho prestado à empresa e que provocam lesões corporais ou perturbações funcionais que podem resultar em morte, perda ou em redução permanente e/ou temporária das capacidades físicas e/ou mentais do trabalhador. Lei nº 8213/91. Causas dos Acidentes de Trabalho Um acidente não tem origem em uma causa, mas em diversas, que quando acumuladas precedem o ato imediato que ativa a situação do acidente. Causas dos acidentes: Humanas & Materiais Causas Humanas: assenta em ações perigosas criadas pelo homem cuja origem pode residir em diversos fatores tais como, incapacidade física ou mental, falta de conhecimento, experiência, motivação, stress, desrespeito de normas e regras, dentre outras. Causas Materiais: fundamentam-se em questões técnicas e físicas perigosas, apresentada pelo meio ambiente quer natural, quer construído e ainda por defeitos dos equipamentos. SENAI – Curitiba / Paraná Aline Barros – Técnica em Segurança do Trabalho 0014628/PR Ato Inseguro: É o modo como o indivíduo se expõe, consciente ou inconscientemente, a riscos de acidentes. É a contribuição do próprio indivíduo para o seu acidente. Exemplo: Não estar atento quanto às sinalizações, não tomar as devidas precauções para realizar a atividade, não usar EPI, tirar a atenção de colegas, fumar em local proibido. Condição Insegura: É toda falha no local de trabalho que possa levar ao acidente. É o veículo que nos leva ao acidente; Exemplo: Máquina sem dispositivo de segurança falta de limpeza no local de trabalho, armazenamento descuidado,iluminação inadequada. Incidentes Incidente de segurança pode ser definido como qualquer fato ou evento que possa afetar sua segurança pessoal ou a segurança de sua organização. Mas nem tudo representa um incidente de segurança. Por isto é preciso registrá-lo, tomando nota do fato poderá analisá-lo, percebendo assim, se realmente poderia afetar a sua segurança. Ao chegar a este ponto você poderá reagir face ao incidente. SENAI – Curitiba / Paraná Aline Barros -Técnica em Segurança do Trabalho 0014628/PR Ao mesmo tempo, estes tipos de incidentes permitem mudar sua conduta ou atividades e evitar lugares que poderiam ser perigosos ou mais perigosos do que o normal. Fatores Pessoais: Falta de motivação adequada, de capacidade física, distúrbios físicos e mentais, além de desconhecimento das normas exigidas pelo trabalho, com exposição aos riscos. Fatores do Trabalho: Falta de supervisão adequada, falta de treinamento e manutenção adequada dos equipamentos. CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho A comunicação de acidente de trabalho ou doença profissional será feita à Previdência Social por meio do Comunicado de Acidente de Trabalho - CAT, preenchido em quatro vias: 1ª via (INSS), 2ª via (empresa), 3ª via (segurado ou dependente), 4ª via (sindicato de classe do trabalhador). Servidor Público: Quando necessária a concessão de licença médica, o servidor apresentará os documentos básicos e a Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT, que deverá ser fornecida e preenchida pela Unidade de Recursos Humanos do servidor, ou por sua chefia imediata. A CAT deverá ser encaminhada à DIMS (Divisão de Medicina e Saúde Ocupacional ) ou à JIPM (Junta de Inspeção e Perícia Médica) até 24 horas do ocorrido, independentemente de concessão ou não de licença. Não será aceita CAT incompleta, fora do prazo legal ou rasurada. A CAT pode ser emitida pela empresa ou pelo próprio trabalhador, seus dependentes, entidade sindical, médico ou autoridade (magistrados, membros do Ministério Público e dos serviços jurídicos da União, dos estados e do Distrito Federal e comandantes de unidades do Exército, da Marinha, da Aeronáutica, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar) e o formulário preenchido tem que ser entregue em uma Agência da Previdência Social. São considerados acidentes de trabalho: Doenças profissionais provocadas pelo trabalho. (Problemas de coluna, audição, visão etc.;). SENAI – Curitiba / Paraná Aline Barros – Técnica em Segurança do Trabalho 0014628/PR Doenças causadas pelo ambiente de trabalho. (Ambiente com muita umidade e/ou com excesso de poeira: problemas respiratórios, ambiente muito quente: stress, escamação da pele, etc.;) Acidentes que acontecem na prestação de serviços, por ordem da empresa, fora do local de trabalho; Acidentes que acontecem em viagens a serviço da empresa; Acidentes que ocorram no trajeto entre a casa e o trabalho ou do trabalho para casa; No percurso de ida e volta para o local de refeição, em intervalos de trabalho ou descanso, ou ainda por motivo de outras necessidades fisiológicas. Também são considerados como acidente do trabalho: Atos de sabotagem; Ofensa física intencional; Imprudência, imperícia e negligência; Ato de pessoa privada do uso da razão; Desabamento, inundação ou incêndio (sinistros), quando ocorridos dentro do local de trabalho. Normas Mínimas e Básicas de Segurança: Não corra em local de trabalho; Não ande descalço; Abra as portas com cuidado; Obedeçam as placas sinalizadoras; Utilize os equipamentos de proteção. Portanto, todo o trabalho de prevenção de acidentes deve iniciar corrigindo as condições inseguras existentes nos locais de trabalho, não permitindo que criem outras, bem como, evitar os atos inseguros por parte das pessoas e estar sempre atento com relação aos fatores pessoais e do próprio trabalho. Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – NR5 A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) é, segundo a legislação brasileira, uma comissão constituída por representantes indicados pelo empregador e membros eleitos pelos trabalhadores de forma paritária (representantes) em cada SENAI – Curitiba / Paraná Aline Barros -Técnica em Segurança do Trabalho 0014628/PR estabelecimento da empresa, que tem a finalidade de prevenir acidentes e doenças decorrentes do trabalho de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. A CIPA tem suporte legal no artigo 163 da CLT - Consolidação das leis do Trabalho e na Norma Regulamentadora nº 5 (NR-5), aprovada pela Portaria nº 08/99, da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego. A NR-5 trata do dimensionamento, processo eleitoral, treinamento e atribuições da CIPA. As empresas devem constituir Comissão Interna de Prevenção de Acidentes nos estabelecimentos que se enquadrem no Quadro I da NR-5, de acordo com a atividade econômica e o número de empregados. O objetivo da CIPA é "observar e relatar as condições de riscos nos ambientes de trabalho e solicitar medidas para reduzir até eliminar os riscos existentes e/ou neutralizar os mesmos..." Sua missão é, portanto, a preservação da saúde e integridade física dos trabalhadores, evitando que acidentes venham a interromper esta normalidade, provocando prejuízos de ordem humana, social, material e financeira. É interessante que a empresa entenda que o (s) profissional (s) encarregado (s) de organizar e implantar um programa de segurança e saúde no trabalho na empresa como uma CIPA deve ter o seguinte perfil: Espírito de solidariedade; Vontade de servir ao próximo; Decisão rápida e objetiva; Tolerância e paciência. O “cipeiro” tem estabilidade empregatícia durante 24 meses após a eleição, podendo ser demitido mediante ato grave (roubar, matar, lesão corporal, fraudes...), “justa causa”, que será interpretado pelo juiz após apresentação de provas concretas e/ou dificuldades financeiras enfrentadas pela empresa. Equipamentos de Proteção – NR6 Equipamento de Proteção Individual - EPI’s: são quaisquer meios ou dispositivos destinados a ser utilizados por uma pessoa contra possíveis riscos ameaçadores da sua saúde ou segurança durante o exercício de uma determinada atividade. Um equipamento de proteção individual pode ser constituído por vários meios ou dispositivos associados de forma a proteger o trabalhador contra um ou vários riscos simultâneos. O uso deste tipo de equipamento só deverá ser contemplado quando não for possível tomar medidas que permitam SENAI – Curitiba / Paraná Aline Barros – Técnica em Segurança do Trabalho 0014628/PR eliminar os riscos do ambiente em que se desenvolve a atividade. OBS: Consolidação das Leis do Trabalho (CLT): Art. 166 – “A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, GRATUITAMENTE, equipamento de proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados”. Os EPI’s podem dividir-se em termos da zona corporal a proteger: Proteção da cabeça: Capacetes. Proteção auditiva: Abafadores de ruído (ou protetores auriculares) e tampões. Proteção respiratória: Máscaras, aparelhos filtrantes próprios contra cada tipo de contaminante do ar: gases, aerossóispor exemplo. Proteção ocular e facial: Óculos, viseiras e máscaras. Proteção de mãos e braços: Luvas, feitas em diversos materiais e tamanhos, conforme os riscos contra os quais se quer proteger: mecânicos, químicos, biológicos, térmicos ou elétricos. Proteção de pés e pernas: Sapatos, botinas, botas, tênis, apropriados para os riscos contra os quais se quer proteger: mecânicos, químicos, elétricos e de queda. Equipamento de Proteção Coletiva – EPC’s: são equipamentos utilizados para proteção de segurança enquanto um grupo de pessoas realiza determinada tarefa ou atividade. São aqueles que neutralizam a fonte do risco no lugar em que ele se manifesta. Como exemplos de EPC’s podem ser citados: Redes de Proteção: (nylon); Sinalizadores de segurança: (como placas e cartazes de advertência, ou fitas zebradas); Extintores de incêndio; Lava-olhos; Chuveiros de segurança; SENAI – Curitiba / Paraná Aline Barros -Técnica em Segurança do Trabalho 0014628/PR Exaustores; Kit de primeiros socorros; Higiene ocupacional O primeiro pensamento que vem à cabeça quando ouvimos o termo “Higiene do Trabalho” é limpeza no trabalho, não é? Porém, é importante destacar que a Higiene do Trabalho, ou Ocupacional nada tem a ver com limpeza no trabalho. DA ORIGEM A palavra Higiene é de origem grega, significa hygeinos. Hygeinos significa “o que é saudável”. Logo, aplicando esse conceito de saudável ao ambiente de trabalho, temos o termo Higiene do Trabalho. Higiene Ocupacional, também conhecida como Higiene do Trabalho e Higiene Industrial, é a ciência e arte dedicada ao reconhecimento, avaliação e controle de agentes ambientais que surgem no trabalho e que podem causar doenças e prejuízos à saúde dos trabalhadores e até mesmo da comunidade que circunda o trabalho. Até meados século 19 a produtividade era valorizada em detrimento da saúde e até mesmo da vida do trabalhador. Isso vem mudando ao longo dos anos… A partir da década de 50/60 surgem as primeiras tentativas sérias na área da Higiene do Trabalho, bem como o surgimento legislações na área de segurança do trabalho. Aos poucos o homem foi descobrindo que para atuar sobre as fontes de risco seria necessário quantificar o risco, e com isso a Higiene do Trabalho veio tomando forma e se tornando indispensáveis nas práticas de Segurança do Trabalho. HIGIENE OCUPACIONAL OU SEGURANÇA DO TRABALHO? – A segurança do trabalho lida com a prevenção e controle dos riscos de operação. – A higiene do trabalho lida com os riscos do ambiente na parte de avaliação do risco. Principalmente os que podem originar doenças ocupacionais. SENAI – Curitiba / Paraná Aline Barros – Técnica em Segurança do Trabalho 0014628/PR EXPOSIÇÃO A PERIGO OU A RISCO? Perigo: 1 – Fonte ou situação com potencial para provocar danos em termos de lesão, doença, dano à propriedade, meio ambiente, local de trabalho ou a combinação destes. 2 – Perigo exposição ao risco. Risco: 1 – Combinação da probabilidade de ocorrência e da consequência de um determinado evento perigoso. 2 – Situação com possibilidade de causar danos. Resumindo: – Perigo é a fonte geradora e o risco é a exposição a esta fonte. . ÁREAS DE ATUAÇÃO DE HIGIENE OCUPACIONAL A Higiene Ocupacional envolve: – Contaminantes (poluentes) do ambiente de trabalho. Objetivo: prevenir as doenças profissionais – Engenharia: atua diretamente na quantificação dos riscos do trabalho. Bem como, busca soluções para neutralizar os respectivos riscos da atividade. Medicina: pode atuar na quantificação, bem como no tratamento de doença e quantificações e relatórios dos agravos à saúde do trabalhador. – Epidemiologia: é a ciência que estuda de forma quantitativa a distribuição dos fenômenos de saúde e doença, bem como a eficácia dos tratamentos no âmbito da saúde pública, além de estudar seus fatores causadores e determinantes. – Toxicologia: é a ciência que estuda os efeitos dos nocivos das substâncias químicas sobre o organismo. – Química: estuda as propriedades da matéria e ainda a forma como elas se comportam mediante o manuseio no ambiente de trabalho. SENAI – Curitiba / Paraná Aline Barros -Técnica em Segurança do Trabalho 0014628/PR – Bioestatística: é a aplicação de ações estatísticas no campo biológico e médico. Essa ciência teve origem na contagem de fenômenos vitais como mortes, nascimentos, doentes, etc. Esse tipo de estatística sempre é feito de forma quantitativa. UM POUCO MAIS SOBRE HIGIENE OCUPACIONAL O objetivo final da Higiene do Trabalho é que após o levantamento quantitativo dos riscos ambientais possamos proceder à eliminação dos mesmos, nos locais de trabalho. Ou seja, que possamos eliminar tudo o que pode afetar a saúde. Ter saúde é ter equilíbrio e bem estar físico, mental e social. Saúde física: Funcionamento adequado das diferentes partes do corpo, órgãos, tecidos, células. Saúde mental: Equilíbrio intelectual e emocional. Saúde social: Bem estar na relação com os outros. Vacinação A importância da vacinação ocupacional Quando somos crianças, há uma série de vacinas que precisamos tomar. Temos um rígido calendário de saúde que permitiu, por exemplo, a extinção do vírus da varíola no mundo. No Brasil, houve o controle do tétano neonatal, da rubéola congênita, da difteria e do sarampo. Também diminuíram bastante os casos de coqueluche, rubéola, caxumba e meningite do tipo B. O problema é que, de acordo com um levantamento feito por órgãos internacionais, 76% das pessoas não completam os calendários básicos de imunização. Isso sem falar das SENAI – Curitiba / Paraná Aline Barros – Técnica em Segurança do Trabalho 0014628/PR vacinas que são criadas depois ou que precisam ser atualizadas com o tempo. É por isso que a vacinação dos adultos se faz tão necessária. Ela é feita para diminuir a mortalidade precoce e melhorar a qualidade de vida das pessoas, eliminando doenças e proporcionando proteção individual. Além disso, alguns trabalhadores ainda estão expostos a diversas infecções pela natureza de suas ocupações, com eventuais prejuízos para as empresas. Nesse cenário, a vacinação ocupacional surge como uma necessidade básica. NR 32 e a vacinação Por lei, as normas regulamentadoras (NRs) indicam os procedimentos obrigatórios e fornecem as orientações necessárias para garantir a segurança e a saúde do trabalhador. A NR 32 é a que trata dos estabelecimentos de saúde e, nela, é feita a regulamentação das vacinas para os funcionários. O primeiro artigo diz que o programa de imunização deve seguir o proposto pelo Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). Para isso, é preciso observar os riscos biológicos da função, os riscos individuais ou do ambiente, a presença de surtos e as vacinas indicadas pelo Programa Nacional de Imunização (PNI). O calendário de vacinação proposto pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) traz todas essas informações de forma detalhada. Dividido por áreas de atuação, ele mostra quais e quando devem ser tomadas, de acordo com a sua área de atuação. Higiene Pessoal Os cuidados com a higiene pessoal são extremamente importantes, diminuindo o risco de contaminação com bactérias e micróbios causadores de doenças. O banho diário, a limpeza dos cabelos e a higiene bucal; * Corte e limpeza das unhas e higiene das mãos; * Higienização das partes íntimas, lavagem e secagem dos pés; SENAI – Curitiba / Paraná Aline Barros -Técnica em Segurança do Trabalho 0014628/PR * O uso de roupas limpas ea limpeza e conservação de alimentos. As mãos devem ser lavadas muitas vezes ao dia. Ao sair à rua, por exemplo, todos nós estamos expostos à poluição e locais contaminados. Lavar as mãos é uma medida de higiene e preventiva contra doenças, com o simples fato de se lavar corretamente as mãos evita-se até 80% de doenças relacionadas à falta de higiene e pelo contato das mãos com o corpo. Usar uniformes e/ou roupas sempre limpas e calçados fechados; * Prender os cabelos e/ou protegê-los com toucas ou redes; * Evitar ambientes fechados e sempre que possível, permanecer com as janelas e portas abertas; * Não manipular alimentos se estiver doente ou com ferimentos nas mãos e/ou unhas; * Ao manipular alimentos, não cantar, tossir ou espirrar sobre os mesmos e nem manusear dinheiro ou fumar. SENAI – Curitiba / Paraná Aline Barros – Técnica em Segurança do Trabalho 0014628/PR A adoção de hábitos de higiene é fundamental para a nossa qualidade de vida e ao incorporar hábitos que favoreçam a sua higiene pessoal e em seu local de trabalho, você não só contribui para a prevenção de doenças, mas para a melhoria do ambiente e consequentemente para o seu desempenho profissional. Higiene Bucal A higiene da boca deve ser feita pelo menos três vezes ao dia, e deve- se seguir a esta sequência após a alimentação: a) Uso do fio dental; b) Escovação dos dentes; c) Escovação da língua. Mantenha uma boa higiene bucal escovando os dentes com frequência. Também use fio dental entre os dentes, faça gargarejo e escove a língua. Isso ajuda a evitar as bactérias, principal causa do mau hálito. DST – Doenças Sexualmente Transmissíveis Doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) são doenças caracterizadas por terem disseminação por meio de secreções, líquidos e contatos relativos às relações sexuais sem proteção. Esse grupo de doenças são causadas por bactérias, vírus e outros microrganismos. A maioria delas é evitada somente com o uso de preservativos e todas têm tratamento. SENAI – Curitiba / Paraná Aline Barros -Técnica em Segurança do Trabalho 0014628/PR Algumas DSTs agem diferente no organismo de mulheres e homens, outras não apresentam sintomas. Todas as pessoas que têm uma vida sexualmente ativa, precisam ser responsáveis por cuidar de sua saúde sexual, utilizar preservativos em todas as relações e realizar exames de sangue anuais. QUAIS SÃO AS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS: Aids (transmitida pelo vírus HIV) – viral; Cancro mole conhecida como Cavalo – bacteriana; Gonorréia – bacteriana; Condiloma acuminado (HPV) – viral; Herpes e herpes genital – viral; Sífilis – bacteriana; Hepatite B. – viral. TRANSMISSÃO A transmissão sexual acontece por via genital ou por via oral, por isso deve haver proteção para as duas práticas. A transfusão de sangue contaminado pode ser outra forma de infecção, assim como compartilhamento de seringas e agulhas. Algumas doenças como a sífilis e AIDS podem ser transmitidas a partir da mãe infectada para o filho, quando não há um tratamento médico especial para que o contágio da doença não ocorra, pois muitas vezes a mãe não sabe que é portadora de alguma DST, não tomando os devidos cuidados. A AIDS pode ser transmitida da mãe para o filho até durante a amamentação. SENAI – Curitiba / Paraná Aline Barros – Técnica em Segurança do Trabalho 0014628/PR PRINCIPAIS SINTOMAS Algumas DSTs não apresentam sintomas e quando são diagnosticadas se encontram em estágios avançados, fazendo o paciente sofrer mais e podendo haver sérias complicações. Por isso, uma vez que seja praticado sexo sem camisinha, o indivíduo deve procurar um posto de saúde ou hospital para realizar exames. Quanto mais cedo descobrir a doença, mais chances do tratamento ter sucesso em um curto período de tempo. As DSTs mais comuns podem apresentar sintomas similares – como dor ao urinar, irritação, coceira ou aparecimento de verrugas indolores na região genital (vagina, pênis, ânus, colo do útero) e em outras partes do corpo como boca e garganta. Esses sintomas podem aparecer meses ou até anos após o contato com o vírus ou bactéria, atingindo com mais facilidade pessoas com imunidade baixa e gestantes. DIAGNÓSTICO Não há um teste que funcione para todos os tipos de DSTs, portanto ao ter algum dos sintomas mencionados o paciente deve procurar orientação de um profissional o mais rápido possível, para ser encaminhado para o tipo de exame específico correto. Muitas pessoas sentem vergonha de falar sobre o assunto e realizar esses testes e exames, no entanto a importância de tratar essas doenças logo no início é crucial para a cura. O médico pode requerer exames de sangue, de urina, amostra de fluido/tecido e exame físico da região pélvica. Além dos exames, o paciente deve relatar de modo claro e objetivo para o médico detalhes sobre sua vida sexual, a fim de excluir possibilidades e chegar ao diagnóstico correto o mais rápido possível. Portanto, a conscientização é muito importante e o diálogo é a melhor forma de esclarecer as dúvidas com o seu médico. Os postos de saúde do Sistema Único de Saúde dão muita importância ao tratamento de doenças sexualmente transmissíveis. As primeiras coisas a serem relatadas no momento de informar são os sintomas e necessidade de confirmar o diagnóstico. O tratamento é sigiloso e os remédios podem ser adquiridos gratuitamente nas redes de Farmácia Popular. SENAI – Curitiba / Paraná Aline Barros -Técnica em Segurança do Trabalho 0014628/PR TRATAMENTO Após o diagnóstico, o médico indicará o tratamento específico para o tipo de DST contraída e o paciente deverá seguir a risca algumas recomendações. O tratamento pode ser feito com pomadas, medicamentos orais e injeções. O médico pode recomendar evitar relações sexuais durante o período de tratamento e se houver algum parceiro sexual, o levar para realizar exames. Algumas doenças como a herpes e o HIV não têm cura e devem ser acompanhadas pelo resto da vida. Principalmente se o paciente infectado for uma mulher que pretende engravidar. As DSTs podem afetar o desenvolvimento do feto, causando aborto ou má formação. PREVENÇÃO A forma mais efetiva de prevenir as doenças sexualmente transmissíveis é utilizar corretamente a camisinha em todos os tipos de relações sexuais. Não compartilhar agulhas e seringas, certificar-se de que o material de manicure seja devidamente esterilizado. E por fim, ter todos os cuidados necessários se for preciso realizar uma transfusão de sangue. Outra forma de prevenção para mulheres a partir dos 25 anos, que já iniciaram a vida sexual, é realizar o exame Papanicolau anualmente. O exame pode detectar alterações iniciais que podem se tornar câncer. VACINAÇÃO Muitas das doenças sexualmente transmissíveis possuem vacinação, que é a principal forma de prevenção, além do uso de preservativos. As vacinas são facilmente encontradas no SUS, basta levar a sua carteira de vacinação para conferir se as doses já foram devidamente tomadas ou não. Muitas são dadas ainda na infância. SENAI – Curitiba / Paraná Aline Barros – Técnica em Segurança do Trabalho 0014628/PR Em caso de dúvida sobre doenças sexualmente transmissíveis não tenha vergonha ou receio de procurar um médico especialista no assunto para pedir orientação. A prevenção é extremamente importante para o bem estar social, já que as DSTs são transmitidas com muita facilidade e podem gerar sérias complicações. PCMSO - Programa de Controle de Medicina e Saúde Ocupacional – NR7 “7.1.1. Esta Norma Regulamentadora -NR estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores.” Procedimento legal estabelecido pela Consolidação das leis do Trabalho, no Brasil, mediante a Norma Regulamentadora 7, visando proteger a Saúde Ocupacional dos trabalhadores. Algumas de suas exigências básicas: Ambiente físico de trabalho: • Iluminação – suficiente constante e uniformemente distribuída; • Ventilação- circulação de ar, ausência de gases; • Temperaturas – umidade, altas e baixas; • Ruídos – contínuos intermitentes ou variáveis. Limite 85 decibéis. Ambiente psicológico de trabalho: • Relacionamentos agradáveis; • Atividade laboral motivadora; • Gerência participativa e democrática; • Eliminação de stress. Aplicação dos princípios de ergonomia: • Máquinas e equipamentos adequados; • Mesas e instalações ajustadas; SENAI – Curitiba / Paraná Aline Barros -Técnica em Segurança do Trabalho 0014628/PR • Ferramentas que reduzam o esforço físico. Saúde Ocupacional - Sua ausência causa: • Aumento nas indenizações; • Afastamentos por doenças; • Aumento dos custos de seguro; • Rotatividade de pessoal; • Baixa produtividade e qualidade; • Pressões sindicais. PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – NR 09 Esse programa está estabelecido na Norma Regulamentadora 9 (NR-9) da CLT- Consolidação das Leis Trabalhistas. Estabelece uma metodologia de ação que garanta a preservação da saúde e integridade dos trabalhadores frente aos riscos dos ambientes de trabalho. Os riscos ambientais são os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde dos trabalhadores. Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos – NR12 “12.1. Esta Norma Regulamentadora e seus anexos definem referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores e estabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos, e ainda à sua fabricação, importação, comercialização, exposição e cessão a qualquer título, em todas as atividades econômicas, sem prejuízo da observância do disposto nas demais Normas Regulamentadoras – NR’s - aprovadas pela Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978, nas Normas Técnicas oficiais e, na ausência ou omissão destas, nas Normas Internacionais aplicáveis.” Mapa de Risco Mapa de Risco é uma representação gráfica de um conjunto de fatores presentes nos locais de trabalho (sobre a planta baixa da empresa, podendo ser completo ou setorial), capazes de acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores: acidentes e doenças de trabalho. SENAI – Curitiba / Paraná Aline Barros – Técnica em Segurança do Trabalho 0014628/PR O mapa de risco surgiu na Itália no final da década de 60. No início da década de 70 o movimento sindical desenvolveu um modelo próprio de atuação na investigação e controle das condições de trabalho pelos próprios trabalhadores. O mapa de risco se disseminou por todo o mundo, chegando ao Brasil na década de 80. A partir de uma planta baixa de cada seção são levantados todos os tipos de riscos, classificando-os por grau de perigo: pequeno, médio e grande. Estes tipos são agrupados em cinco grupos classificados pelas cores vermelho verde, marrom, amarelo e azul. Cada grupo corresponde a um tipo de agente: químico, físico, biológico, ergonômico e mecânico. Riscos Físicos: Cor Verde – ruídos, calor, vibrações, pressões anormais, radiações, umidade. Riscos Químicos: Cor Vermelha - Os riscos químicos presentes nos locais de trabalho são encontrados na forma sólida, líquida e gasosa e classificam-se em: poeiras, fumos, névoas, gases, vapores, neblinas e substâncias, compostos e produtos químicos em geral. Poeiras, fumos, névoas, gases e vapores estão dispersos no ar (aerodispersóides). SENAI – Curitiba / Paraná Aline Barros -Técnica em Segurança do Trabalho 0014628/PR Riscos Biológicos: Cor Marrom - São considerados riscos biológicos: vírus, bactérias, parasitas, protozoários, fungos e bacilos. Muitas atividades profissionais favorecem o contato com tais riscos. É o caso das indústrias de alimentação, hospitais, limpeza pública (coleta de lixo), laboratórios, etc. Riscos Ergonômicos: Cor Amarela - São considerados riscos ergonômicos: esforço físico, levantamento de peso, postura inadequada, controle rígido de produtividade, situação de estresse, trabalhos em período noturno, jornada de trabalho prolongada, monotonia e repetitividade, imposição de rotina intensa. Riscos de Acidentes (mecânicos): Cor Azul - São considerados como riscos geradores de acidentes: arranjo físico deficiente; máquinas e equipamentos sem proteção; ferramentas inadequadas; ou defeituosas; eletricidade; incêndio ou explosão; animais peçonhentos; armazenamento inadequado. A ideia é que os funcionários de uma seção façam a seleção apontando aos cipeiros os principais problemas da respectiva unidade. Na planta da seção, exatamente no local onde se encontra o risco (uma máquina, por exemplo) deve ser colocado o círculo no tamanho avaliado pela CIPA e na cor correspondente ao grau de risco. O mapa deve ser colocado em um local visível para alertar aos trabalhadores sobre os perigos existentes naquela área. O extraordinário avanço tecnológico não foi capaz de eliminar ou, ao menos, reduzir os infortúnios laborais a números aceitáveis. Prevenção e Combate a incêndios Surge desde a pré-história, quando o homem começa a controlar o fogo, inicialmente obtida da natureza, como na queda de raios, por exemplo. Durante sua evolução, descobriu como obtê-lo e utilizou-se de seus préstimos para inúmeras atividades, dentre elas: aquecimento, preparo de alimentos, têmpera de metais, etc. SENAI – Curitiba / Paraná Aline Barros – Técnica em Segurança do Trabalho 0014628/PR Mas o fogo, que tantos préstimos faz ao homem, é uma força imensa que deve ser controlada. Quando perde o controle sentimos os seus efeitos destruidores, denominados incêndios (sinistros). Fogo Há fogo quando há combustão. Combustão nada mais é do que uma reação química das mais elementares. Tetraedro do Fogo OXIGÊNIO 21% OUTROS 1% NITROGÊNIO 78% O tetraedro do fogo é a representação dos quatro elementos necessários para iniciar uma combustão. Esses elementos são o combustível que fornece energia para a queima, o comburente que é a substância que reage quimicamente com o combustível e o calor que é necessário para iniciar a reação entre combustívele comburente. REAÇÃO EM CADEIA CALOR GASES FOGO CALOR CONVECÇÃO MASSA DE AR AQUECIDO SENAI – Curitiba / Paraná Aline Barros -Técnica em Segurança do Trabalho 0014628/PR IRRADIAÇÃO OU RADIAÇÃO Temos hoje como fatores preventivos, a elaboração de normas e leis sobre edificações e suas ocupações, controle de materiais combustíveis e inflamáveis, controle de manutenção para máquinas e equipamentos em geral e sistemas elétricos, além de inspeções de risco, com o objetivo de detectar situações propícias para o surgimento e alastramento de um incêndio. No Brasil temos base Legal de prevenção de incêndios ditada pela Portaria 3.214/78 - Norma Regulamentadora 23 do Ministério do Trabalho e Emprego, além de Leis Estaduais e Municipais. Para ser bem sucedido na prevenção de incêndios, é preciso antes de tudo, ter mentalidade prevencionista e espírito de colaboração. A melhor medida para prevenir incêndios, como já foi dito, é evitar a formação do tetraedro do fogo, o que pode ser conseguido por meio de algumas medidas básicas. Armazenamento adequado de material: Materiais inflamáveis devem ser guardados fora dos edifícios principais, em locais bem sinalizados, onde a proibição de fumar deve ser rigorosamente obedecida. SENAI – Curitiba / Paraná Aline Barros – Técnica em Segurança do Trabalho 0014628/PR Organização e limpeza dos ambientes: Além de tornarem o ambiente de trabalho mais agradável, evitam que o fogo se inicie e se propague por um descuido qualquer. Lixo espalhado geralmente é fonte inflamável, podendo ter como consequência a ocorrência de incêndios. O setor administrativo deve merecer muita atenção, pois o volume de material combustível, representado por móveis, cortinas, carpetes e forros é muito grande. Instalação de para-raios: Os incêndios provocados pelos raios são muito comuns. Todas as edificações devem possuir a proteção do para-raios. Manutenção adequada de instalações elétricas, máquinas e equipamentos: Cuidado com as instalações elétricas, que ocupam um dos primeiros lugares como fonte causadora de incêndio. Elas devem ser projetadas adequadamente e receber manutenção constante. Fios e componentes desgastados devem ser substituídos, evitando as improvisações. Extintor de Incêndio Extintor de incêndio é um equipamento de segurança que possui a finalidade de extinguir ou controlar o fogo em casos de emergência. Em geral é um cilindro que pode ser carregado até o local do fogo, contendo um agente extintor sob pressão. SENAI – Curitiba / Paraná Aline Barros -Técnica em Segurança do Trabalho 0014628/PR Agentes extintores Existem casos que alguns agentes extintores não devem ser utilizados, pois colocam em risco a vida de quem opera o equipamento. Classes de incêndios Os extintores trazem em seu corpo as classes de incêndio para as quais é mais eficiente, ou as classes para as quais não devem ser utilizados: Classe A: Incêndio em materiais sólidos cuja queima deixa resíduos ocorrendo em superfície e em profundidade, como madeira, papel, tecidos, borracha. Para esta classe é recomendado o uso de extintores contendo água ou espuma. Classe B: Incêndio em líquidos e gases cuja queima não deixa resíduo e ocorre apenas na superfície, como a gasolina, o álcool, o GLP (gás liquefeito de petróleo). Para esta classe é recomendado o uso de extintores contendo espuma, dióxido de carbono e pó químico. SENAI – Curitiba / Paraná Aline Barros – Técnica em Segurança do Trabalho 0014628/PR Classe C: Incêndio que envolva materiais condutores que estejam potencialmente conduzindo corrente elétricas. Neste caso o agente extintor não pode ser um condutor para não eletrocutar o operador. Para esta classe devem ser utilizados apenas os extintores contendo dióxido de carbono e pó químico. Classe D: Incêndio que envolva metais pirofóricos como, por exemplo, potássio, alumínio, zinco ou titânio. Requerem extintores com agentes especiais que extinguem o fogo por abafamento, como os de cloreto de sódio. Classe K: Uma nova classificação de fogos. Fogo em cozinhas: Óleo vegetal ou animal e gorduras. Extintor para cozinhas a base de acetato de potássio. SENAI – Curitiba / Paraná Aline Barros -Técnica em Segurança do Trabalho 0014628/PR Sinalização de Equipamento de Combate a Incêndio Deve estar a uma altura de 1,8 m, medida do piso acabado à base da sinalização e imediatamente acima do equipamento sinalizado. A distância máxima a ser percorrida por uma pessoa do incêndio até o extintor varia com o risco de incêndio ao qual a construção está exposta. Em locais de risco alto não pode passar de 15 metros, e em locais de risco baixo pode chegar até a 25 metros. Isto orienta os engenheiros a como posicionar os extintores e quantos deles serão necessários. A sinalização de piso de extintores é necessária quando forem instaladas em garagem, áreas de fabricação, depósitos, locais de movimentação de mercadorias e de grande varejo. Simbologia de Riscos Os símbolos de risco são pictogramas representados em forma quadrada, impressos em preto e fundo laranja-amarelo, utilizados em rótulos ou informações de produtos químicos. Eles servem para lembrar o risco do manuseio do produto, representando nos pictogramas os primeiros sintomas com o contato com a substância. Um pictograma é um símbolo que representa um objeto ou conceito por meio de desenhos figurativos. Cores na Simbologia de Segurança A Norma Regulamentadora 26 – NR26 fixa às cores que devem ser usadas em locais de trabalho para prevenção de acidentes, fazendo a identificação de equipamentos de segurança, a delimitação de áreas, especificando a necessidade de canalizações usadas em indústrias para a condução de gases e líquidos. A cor utilizada para segurança em estabelecimentos ou locais de trabalho tem como objetivo indicar e advertir acerca dos riscos existentes. Primeiros Socorros SENAI – Curitiba / Paraná Aline Barros – Técnica em Segurança do Trabalho 0014628/PR São uma série de procedimentos simples com o intuito de manter vidas em situações de emergência, feitos por pessoas comuns com esses conhecimentos, até a chegada de atendimento médico especializado. Deixar de prestar socorro significa não dar nenhuma assistência à vítima. A pessoa que chama por socorro especializado, por exemplo, já está prestando e providenciando socorro. O artigo 135 do Código Penal Brasileiro é bem claro: “deixar de prestar socorro à vítima de acidentes ou pessoas em perigo eminente, podendo fazê-lo, é crime.” A omissão de socorro e a falta de atendimento de primeiros socorros eficiente são os principais motivos de mortes e danos irreversíveis nas vítimas de acidentes de trânsito. Diversas situações podem precisar de primeiros socorros. As situações mais comuns são para atender vítimas de acidentes automobilísticos, atropelamentos, incêndios, tumultos, afogamentos, catástrofes naturais,acidentes industriais, tiroteios ou para atender pessoas que passem mal: apoplexia (ataque cardíaco), ataques epilépticos, convulsões, etc. Avaliação da cena ou sinistro É muito importante salientar que para a abordagem de uma vítima, primeiro você deverá ter ideia do contexto geral da situação, pois apenas com uma pré-avaliação do local é que podemos conhecer o tipo de vítima com a qual está lidando. Assim sendo classificada de uma forma muito simples: CLÍNICA (mal súbito, problemas fisiológicos), ou TRAUMA (mecanismos de troca de energia). A avaliação da cena também é importante para que se possam dimensionar os riscos potências existentes na cena, prevenindo assim a pessoa que tem o intuito de aplicar os Primeiros Socorros não se tornem mais uma vítima da ocorrência. Minha segurança deve vir em primeiro lugar. SENAI – Curitiba / Paraná Aline Barros -Técnica em Segurança do Trabalho 0014628/PR Avaliação das condições gerais da vítima Todo procedimento de primeiros socorros deve começar com a avaliação das condições da(s) vítima(s). Identifique-se para vítima: Meu nome é Aline; Sou Técnica em Segurança do Trabalho e Bombeiro Civil; Estou aqui para te ajudar.... Qual o seu nome? Exame Primário: A – (Airway) Vias aéreas com controle cervical. B – (Breathing) Respiração. C – (Circulation) circulação com controle de hemorragias. D – (Disability) Exame neurológico. E - (Expoesure) Exposição da vítima com controle do ambiente. Não havendo nenhuma resposta à solicitação verbal estimularemos a (DOR): feche a mão e com a área da dobra dos dedos friccionarem o esterno da vítima, que fica localizado no meio do tórax, na junção das costelas. Havendo uma resposta muscular da vítima tanto em tentar inibir o estímulo ou qualquer outra que seja, saberemos que ainda existe uma atividade neurológica funcional, pois o cérebro ainda recebe oxigênio. SENAI – Curitiba / Paraná Aline Barros – Técnica em Segurança do Trabalho 0014628/PR Entretanto, se não houver nenhum tipo de resposta como em não estar em ALERTA, responsivo à VOZ ou à DOR, a vítima está no estágio de I (INCONSCIÊNCIA), no qual o cérebro não mais recebe oxigênio e por falta deste não haverá estímulo muscular. O que preocupa é a possibilidade da necrose, que é a morte de parte dos tecidos do cérebro por escassez de oxigênio. Isso pode levar à paralisia, ao coma, e, em casos mais graves, à morte. Acontece também o que chamamos de relaxamento muscular generalizado, e o músculo da cavidade bucal, localizado imediatamente abaixo da língua, pode fazê-la inclinar- se para trás, o que obstrui a passagem de ar. O fundamental é saber que, em situações de emergência, deve se manter a calma e ter em mente que a prestação de primeiros socorros não exclui a importância de um médico. Além disso, certifique-se de que há condições seguras o bastante para a prestação do socorro sem riscos para você. Não se esqueça de que um atendimento de emergência mal feito pode comprometer ainda mais a saúde da vítima. Seguem algumas dicas: Com calma informe: Quem é você; A natureza da ocorrência; Número de vítimas; Possíveis lesões; Endereço o mais exato possível; Ponto de referência; Só desligue o telefone quando o atendente mandar. “Se lhe parece caro investir em segurança, experimente um acidente de trabalho”. Aline Barros. Telefones úteis: Corpo de Bombeiros 193 Samu 192 SENAI – Curitiba / Paraná Aline Barros -Técnica em Segurança do Trabalho 0014628/PR Referências: Ref. Bibliográfica: Segurança e Medicina do Trabalho - Manuais de Legislação - 69ª Ed. 2012 - Equipe Atlas. www.mte.pr.gov.br, MTE, Normas Regulamentadoras – Ministério do Trabalho e Emprego. https://segurancadotrabalhonwn.com/o-que-e-higiene-ocupacional http://www.ocupacional.com.br/ocupacional/a-importancia-da-vacinacao-ocupacional https://www.significados.com.br/dst http://falandodeprotecao.com.br/entenda-a-importancia-da-saude-ocupacional https://www.googleimagem.com
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