Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL CURSO DE ENGENHARIA CIVIL CONCRETO ARMADO ICONCRETO ARMADO I CISALHAMENTOCISALHAMENTO BIBLIOGRAFIA ARAÚJO, José Milton; “Curso de Concreto Armado”, 4 volumes, Rio Grande do Sul, Editora DUNAS, 2ª Edição, 2003. Notas de AulasNotas de Aulas Prof. FlProf. Fláávio S. Silvavio S. Silva EsforEsforççoo CortanteCortante Considere-se a viga biapoiada da figura abaixo submetida a duas forças concentradas e equidistantes dos apoios. Na mesma figura indicam-se os diagramas de esforços cortantes e de momentos fletores. Observa-se que no trecho entre as cargas, o único esforço atuante é o momento fletor M, enquanto nos trechos entre as cargas e os apoios atuam o momento fletor e o esforço cortante V. Componente de tensões em um elemento infinitesimal localizado entre as duas cargas. EsforEsforççoo CortanteCortante A tensão σx é obtida em função do momento fletor. Abaixo da linha neutra, a tensão σx é positiva (de tração) e acima da linha neutra a tensão σx é negativa (de compressão). Nos trechos onde há esforço cortante, surgem tensões de cisalhamento ζxy=ζyx. As tensões σ1 e σ2 estão inclinadas em relação ao eixo da vigas. Na altura da linha neutra, o ângulo de inclinação θ=45º. EsforEsforççoo CortanteCortante A treliça de MORSCH Para as estruturas de concreto armado, o dimensionamento ao esforço cortante é feito de acordo com o modelo da treliça idealizada por MORSCH, no qual após a fissuração do concreto, o esforço cortante é equilibrado pela associação de bielas comprimidas de concreto e de diagonais tracionadas acompanhando as trajetórias das tensões principais. As tensões de compressão nas bielas inclinadas devem ser limitadas para se evitar o esmagamento do concreto. As diagonais tracionadas são formadas por estribos convenientemente dimensionados para o esforço de tração de cálculo. Deve-se observar que o espaço entre as armaduras transversais deve ser limitado a um valor máximo para que as mesmas possam costurar as fissuras inclinadas. EsforEsforççoo CortanteCortante A Treliça Generalizada de MORSCH Indica-se um trecho de uma viga submetida ao esforço cortante de cálculo Vd e a treliça idealizada em seu interior. O ângulo de inclinação das bielas é igual a θ e os estribos estão inclinados de um ângulo a a a a em relação ao eixo da viga. A distancia entre duas bielas sucessivas é dada por: EsforEsforççoo CortanteCortante As condições de equilíbrio são estabelecidas considerando-se as seções S1 e S2 , onde Fc é a força de compressão na biela e Fs é a força de tração nas diagonais da treliça. EsforEsforççoo CortanteCortante Cálculo da tensão de compressão na biela. EsforEsforççoo CortanteCortante Cálculo da tensão de compressão na biela. Comparando-se as equações, verifica-se que a compressão no concreto é menor quando se utilizam estribos inclinados a 45º. Entretanto, por razões práticas, empregam-se quase sempre estribos verticais. EsforEsforççoo CortanteCortante Adotando como uma aproximação Z=0,9d, sendo d a altura útil da viga, a expressão de calculo da tensão de compressão será: A tensão σc dever ser limitada para evitar o esmagamento da biela de compressão. Deve-se portanto limitar o valor de σc < fcdr que é a resistência reduzida de compressão do concreto. Onde: Onde ζwd é a tensão convencional de cisalhamento. EsforEsforççoo CortanteCortante Cálculo da tensão de tração da diagonal tracionada A força de tração na diagonal é dada pela expressão: Para evitar o surgimento de uma fissura não interceptada por barras de armadura transversal (estribos), será considerada a disposição real dos estribos indicada na figura abaixo: A área da seção transversal de um estribo considerando todos os seus ramos é dada po As1 e o espaçamento entre os estribos é dado por s. Logo a área total da armadura no trecho de comprimento ac é dado por: EsforEsforççoo CortanteCortante Sendo Fsr a força de tração resistida pelos estribos no comprimento ac onde: E considerando Fsr = Fs , obtém-se a expressão: Para se obter a área de armadura dos estribos por metro de comprimento da viga, que denominaremos Asw , e considerando-se Z = 0,9.d, teremos: EsforEsforççoo CortanteCortante –– CritCritéériosrios de de projetoprojeto segundosegundo a NBRa NBR--61186118 As condições de cálculo a seguir são as definidas pela NBR-6118 sobre o dimensionamento ao esforço cortante de vigas de concreto armado. Estas condições são aplicáveis às peças lineares com armaduras de cisalhamento e nas quais bw < 5d , sendo bw e d a largura e altura útil da seção transversal. A tensão convencional de cisalhamento é dada por: Conforme determinado anteriormente, Onde Caso ζwd > ζwu , deve-se redimensionar a seção transversal da peça. EsforEsforççoo CortanteCortante –– CritCritéériosrios de de projetoprojeto segundosegundo a NBRa NBR--61186118 Para o cálculo da armadura transversal (estribos) teremos Onde ζd é a tensão de cálculo e ζc é definido pela NBR-6118 em função da resistência a tração de cálculo do concreto. Adotando-se o coeficiente de minoração da resistência gc = 1,4, teremos: Para a flexão simples e para a flexo-tração cortando a linha neutra, que são os casos abordados neste capítulo, teremos: EsforEsforççoo CortanteCortante –– CritCritéériosrios de de projetoprojeto segundosegundo a NBRa NBR--61186118 As armaduras necessárias são obtidas com as equações: A tensão de escoamento do aço fyd a ser adotada nos cálculos não deve ser maior que 435MPa (igual a tensão de escoamento dos aços CA-50). Logo, mesmo utilizando-se aço CA-60, o cálculo dos estribos deve ser feito como se o aço fosse CA-50. EsforEsforççoo CortanteCortante –– CritCritéériosrios de de projetoprojeto segundosegundo a NBRa NBR--61186118 A seção de armadura calculada não deve ser menor que Asw, min que será dado pelas fórmulas: Onde, e temos os valores tabelados abaixo: EsforEsforççoo CortanteCortante –– CritCritéériosrios de de projetoprojeto segundosegundo a NBRa NBR--61186118 Para reduzir o consumo de armadura, pode-se fazer o dimensionamento por trechos, dentro de cada vão da viga. Assim, o espaçamento será variável dentro de cada vão da viga. Entre duas seções onde o esforço cortante característico é menor que Vk,min basta adotar a armadura mínima. Nos outros trechos, dimensiona- se a armadura para os maiores esforços cortantes. EsforEsforççoo CortanteCortante –– CritCritéériosrios de de projetoprojeto segundosegundo a NBRa NBR--61186118 EsforEsforççoo CortanteCortante –– CritCritéériosrios de de projetoprojeto segundosegundo a NBRa NBR--61186118 EsforEsforççoo CortanteCortante –– CritCritéériosrios de de projetoprojeto segundosegundo a NBRa NBR--61186118 Para o diagrama de esforços cortantes indicado abaixo, dimensionar a estrutura calculando a área de armadura para as seções principais da viga. fck=20MPa Aço CA-60 EsforEsforççoo CortanteCortante –– PePeççasas de de alturaaltura varivariáávelvel Considera-se a viga de altura variável indicada na figura abaixo. A força de tração na armadura principal pode ser decomposta em uma componente horizontal Rsd cosβ e em uma componente vertical Rsd senβ Onde β é o ângulo de inclinação da face da viga. EsforEsforççoo CortanteCortante –– PePeççasas de de alturaaltura varivariáávelvel Considera-se a viga de altura variável indicada na figura abaixo em que a altura diminui no sentido crescente do momento fletor. A decomposição da força de tração na armadura longitudinal é idêntica ao caso anterior. Entretanto, a variação da altura da viga tem um efeito desfavorável no dimensionamento do esforço cortante. EsforEsforççooCortanteCortante –– ExercExercííciocio Para o diagrama de esforços cortantes indicado abaixo, dimensionar a estrutura calculando a área de armadura para as seções principais da viga. fck=20MPa Aço CA-60 A viga deverá ter seção com altura variável. EsforEsforççoo CortanteCortante –– ExercExercííciocio Para o diagrama de esforços cortantes indicado ao lado, dimensionar a estrutura calculando a área de armadura para as seções principais da viga. fck=25MPa Aço CA-50 Cobrimento c=3cm Largura b=12cm Altura h=50cm
Compartilhar