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Fichamento SOPA (Lei de Combate à Pirataria Online): a indústria midiática combate a violação online dos direitos autorais

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1 
 
 
 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
MBA EM COMUNICAÇÃO E MARKETING EM MÍDIAS 
DIGITAIS 
 
 
 
 
Fichamento de Estudo de Caso 
 
Larissa Souza da Costa 
 
 
 
 
 
 
Trabalho da disciplina Direito do consumidor e propriedade intelectual 
 Tutor: Prof. Ana Cristina Augusto Pinheiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
2017 
 
 
 
 
2 
 
 
Estudo de Caso: 
 
SOPA (Lei de Combate à Pirataria Online): a indústria midiática combate a 
violação online dos direitos autorais 
Estudo de caso de Stanford Graduate School of Business 
 
 
REFERÊNCIA: HOYT, David; CALLANDER, Steven. 
 
 Grandes nomes do mercado de entretenimento, como Walt Disney Company e outros, 
acreditavam, piamente, que eram vítimas da tecnologia, já que suas propriedades eram 
retransmitidas o tempo todo, sem suas permissões. A internet, por um lado, permitiu que 
diversos conteúdos (muitos inacessíveis em outras épocas) fossem amplamente divulgados 
para todo o mundo; mas por outro lado, fez surgir um dos maiores problemas do mundo 
tecnológico atual: a pirataria. 
 Em 2011, após muita pressão dos donos de direitos autorais, foram aprovadas nos 
EUA a Lei de Combate à Pirataria (Stop Online Piracy Act -SOPA) na Câmara dos 
Deputados e um projeto de lei no Senado, o Protect IP Act (PIPA). Qualquer site suspeito de 
violação, poderia ser barrado através de ordem judicial, tendo bloqueado o seu acesso pelos 
provedores de serviço de internet. 
 O propósito do Direito Autoral é dar aos criadores de trabalhos o monopólio temporário 
de suas criações, e que, posteriormente, se tornariam de domínio público. A primeira lei 
americana de direitos autorais, de 1790, garantia direito exclusivo para publicar “mapas, 
tabelas e livros”, por 14 anos, podendo se estender por mais 14, caso o autor requisitasse. 
Com o passar do tempo, mais itens foram adicionados à proteção: impressões, música, 
peças de teatro e fotografias. Com o surgimento de novas formas de expressão, as leis de 
direito autoral foram atualizadas para incluir traduções, obras derivadas, gravações, filmes, 
programas de computadores e obras arquitetônicas. 
 O prazo de proteção do direito autoral tem sido debatido por autoridades. A natureza 
da proteção gera conflitos econômicos e de interesses privados e públicos, já que os autores 
querem que a proteção dure o máximo de tempo possível em que o público tenha 
capacidade de produzir sobre o material. O período inicial de 14 anos, foi estendido para 28 
anos com renovação por mais 14; posteriormente a renovação foi atualizada para 28, 
totalizando 56 anos, caso o autor requeresse. Em 1976, novamente foi estendido por 50 além 
da vivo do autor. No caso de organizações, 75 anos após a publicação ou 100 após a criação 
do trabalho. 
 
 
 
3 
 Após a última atualização, os direitos autorais não era mais um problema para a 
maioria das pessoas físicas, mas pessoas jurídicas poderiam ser impactadas ao fim da 
proteção. A Disney, por exemplo, foi criada em 1900, mas ao longo desses 117 anos teve 
acrescentados em seu catálogo diversos filmes e personagens, além de todos os 
subprodutos dessas obras: parques, mercadorias e outros negócios. 
 Em 2003, a Disney perderia os direitos do seu personagem principal – o Mickey 
Mouse -, além dos de outros destaques, como Donald Duck, Bambi, Dumbo e A Branca de 
Neve e os Sete Anões. Qualquer utilização dos personagens não precisaria mais passar pelo 
aval da Disney, o que representaria um rombo em seus cofres. 
 Mesmo com diversos grupos contra a extensão do prazo, a Disney teve seu pedido 
aprovado pelo Congresso, onde o presidente assinou a Sonny Bono Copyright Term 
Extension Act of 1998 (também conhecida como “Lei de Proteção do Mickey Mouse”), válida 
até 2023. 
 Em 1996, a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), uma agência da 
ONU “dedicada a usar a propriedade intelectual... como um meio de estimular a inovação e 
criatividade”, traçou o Tratado de Direito Autoral, que protege softwares e base de dados e o 
Tratado de Performances e Fonogramas, que lida com músicas e outros trabalhos e cobre 
cópia e distribuição legal. Os EUA assinou ambos e implementou-os através da Lei dos 
Direitos Autorais do Milênio Digital (Digital Millennium Copyright Act – DMCA). 
 A DMCA proibia a cópia online, mas não solicitou que empresas buscassem em seus 
materiais itens ou links que violavam a proteção. Gigantes como Google, Facebook ou 
Youtube não foram acionados para verificar seus arquivos. Mas em 2011, o Google 
(proprietário do Youtube) afirmou que cumpriu com mais de 5 milhões de notificações por os 
donos de direito alegarem que seus trabalhos estavam disponíveis sem autorização. A lei 
americana não pode barrar sites estrangeiros, mas pode combater a interação dos domínios 
estrangeiros com os nacionais que violem as regras. 
 Sob a DMCA, diversos sites americanos de compartilhamento gratuito de arquivos 
foram fechados, mas os que apareceram com domínios de outros países não foram retirados 
do ar. 
 O ambiente virtual, seu baixo custo de armazenamento, o aumento da velocidade da 
transferência de dados e a dificuldade em localizar os responsáveis pela violação, 
proporcionaram cópias e compartilhamentos de conteúdos numa vasta proporção. 
 Os projetos de lei permitem que os donos das obras acionem a justiça, em caso de 
violação, que por sua vez, aciona as empresas e as forçam cortar as comunicações com o 
site acusado, efetivamente, eliminando o site. Essa ação é feita sem que ambas as partes 
apresentem defesa. Caso não cumpram, eles serão subjugados a ação legal. 
 
 
 
4 
 A SOPA define um site que viola as regra como sendo um site “dedicado ao roubo da 
propriedade americana”, se ele “possibilitar ou facilitar” a distribuição de cópias sem 
autorização. Mas um há impasse nessa interpretação: qualquer site que permita a interação 
de usuários, como Youtube, redes sócias e blogs, estariam sujeitos a serem enquadrados na 
lei, já que alguém poderia fazer algum comentário onde incluísse algum material não 
autorizado. Uma única postagem poderia, então, colocar o portal na lista de violadores. A 
DMCA mudou esse parâmetro quando passou a notificar o site para que ele apenas retirasse 
do ar o conteúdo apontado como impróprio. 
 Os projetos de lei permitiam que os sites fossem tirados do ar, baseando-se apenas 
na queixa do “suposto” autor. Caso fosse comprovado que não houve nenhuma violação, o 
site poderia buscar reparação apenas se o acusador tivesse apresentado acusação falsa. 
 Em novembro de 2010, vários sites foram tirados do ar, após serem enquadrados na 
DMCA. Um exemplo citado foi o dajazl.com, onde eram hospedados vários músicas do estilo 
hip hop. Com fins publicitários, muitas das músicas eram “vazadas” ali intencionalmente por 
produtores. Um ano após seu fechamento, o site foi recuperado, pois o conteúdo era cedido 
pelos responsáveis. 
 A SOPA expõe as empresas a responsabilidades legais e duvidosas: as grandes 
conseguiriam se defender das acusações e se adequar, caso necessário. Mas e as 
pequenas? Esse cenário dá brecha para concorrências desleais, já que as grandes 
organizações poderiam usar dessa artimanha de acusação para derrubar empresas menores 
e suas páginas. 
 A proteção dos direitos autorais tem sido reavaliada para beneficiar os autores/donos 
do conteúdo, mas por outro lado, é vista como uma afronta à liberdade de expressão pelos 
opositores, que acreditam que ela barra a colaboração em rede.

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