Buscar

caso 5

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO 
PERTENCENTE À VARA CÍVEL Nº__DA COMARCA DE BRUSQUE-SC 
 
 
 
Nº do processo : ?????
 
 
 
PAULO, brasileiro, viúvo, militar da reserva, idoso na f orma da lei,
residente e domiciliado na Rua Bauru, 371, Brusque/SC, inscrito no registro
geral sob o co rrespondente número:______ e no cadastro nacional de pessoas
físicas Nº___________, vem, mui respeitosamente, através de seu advogado
devidamente qualificado, PROPOR, PELO RITO COMUM, AÇÃO
DECLARATÓRIA DE NULID ADE DE NEG ÓCIO JURÍDICO CUMULADO
COM REINTEGRAÇÃO DE POSSE E P EDIDO DE LIMIN AR, EM FACE DE
JUDITE, brasileira, solteira, advogada, residente na Rua dos Diamantes, n°
123, Brusque/SC, e de JONATAS, espanhol, casado, comerciante e sua
esposa JULI ANA, br asileira, casada, ambos residentes na Rua Jirau, 366,
Florianópolis cujo cadastro n os registros gerais de pessoas f ísicas é ignorado, PELOS MOTIVOS QUE PASSA A EXPOR:
 
I. DAS PRELIMINARES 
 
I.II. DA GRATUIDADE JUDICIÁRIA 
Requer o Autor, nos termos da lei nº 1.060 de 1950 e do artigo 98 e 
seguintes do CPC, que lhe seja deferido os benefícios da justiça Gratuita, 
tendo em vista em que o mesmo nã o pode arcar com as custas processua is e 
com os honorários advocatícios sem o prejuízo do sustento próprio. 
 
 
I.III. DA COMPETÊNCI A DO JUÍZO 
É competente este foro para a propositura da p resente ação, haja vista o 
objeto do caso em te la ser o direito de moradia, da dignidade da pessoa humana 
do ido so, previsto em seu estatuto (Lei nº 10.7 41/03), e com clara disposição no 
código de processo civil, ao teor do artigo 53, inciso III, alínea “e”. Veja-se:
Art. 53. É competente o foro: 
III - do lugar: (...) 
e) de residência do idoso, para a causa que verse sobre direito 
previsto no respectivo estatuto; (CPC) 
 
I.IV. DA TRAMIT AÇÃO PRIORITÁRIA 
 O Autor da presente demanda, é pessoa idosa na f orma da lei, o mesmo 
já possui 65 (sessenta e cinco) anos de idade, com isso o arrimo d a tramitação 
prioritária na prestação jurisdicional se f az necessário, d evendo sua ca usa ter 
prioridade de análise e ce lerida de em toda a tram itação de atos, d iligências e 
procedimentos do f eito, Conform e o que aduz o artigo 71 da Lei nº 10.741/03 
(Estatuto do idoso) e o artigo 1.048 do CPC. Nesse ínterim: 
 
Art. 71. É assegurada prioridade na tramitação dos processos e 
procedimentos e na execução dos atos e diligências judiciais 
em que figure como parte ou interveniente pessoa com idade 
igual ou superior a 60 (sessenta) anos, em qualquer instância. 
(Lei nº 10.741/03)
Art. 1.048. Terão prioridade de tramitação, em qualquer 
juízo ou tribunal, os procedimentos judiciais: 
I - em que figure como parte ou interessado pessoa c om 
idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos ou portadora 
de doença grave, assim compreendida qualquer das 
enumeradas no art. 6o, inc iso XIV, da Lei no 7.713, de 22 de 
dezembro de 1988. (CPC)
I.V. Art. 1.048. Terão prioridade de tramitação, em qualquer 
juízo ou tribunal, os procedimentos judiciais: 
I - em que figure como parte ou interessado pessoa c om 
idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos ou portadora 
de doença grave, assim compreendida qualquer das 
enumeradas no art. 6o, inc iso XIV, da Lei no 7.713, de 22 de 
dezembro de 1988. (CPC)
II. DOS FATOS 
Ocorre que o Sr. Paulo, já qualificado devidamente em alhures, era 
proprietário de um imóvel de veraneio situado n a Rua Rubi nº 350, na cidade 
de B alneário Camboriú/SC, e outorgou p rocuração com p oderes espe ciais e 
expressos para alienação a sua irmã, Ju dite, a dvogada. No seguimento dos 
fatos, em 15/12/2016, Jud ite, utilizando-se da procuração outorgada por Autor 
desta demanda, em no vembro de 2011, alienou o imóvel em questão para 
Jonatas, e sua esposa Juliana. Entretanto, antes da concretização do referido 
negócio jurídico, a procuração especial havia sido revogada pelo Sr. Paulo, em 
16/11/2016, sendo que o titular d o Cartório do 1º Ofício d e Notas onde foi 
lavrada a procuração, bem como sua irmã foram devidamente notificados da 
revogação em 05/12/2016, exatos de z dias ante s d a a lienação. O Sr. Paulo só 
teve ciência da alienação no d ia 1º de f evereir o d e 20 17 ao chegar no aludido 
imóvel e ver que o m esmo e stava oc upado por Jonatas e sua esposa. É o que 
se h á de mais importan te para se relatar. Passa -se agora a exposição do 
mérito. 
 
III. DO MÉRITO 
 III. I. DA NULIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO 
 Registre-se, desde logo, que o negócio jurídico firmado no ca so o ra sob 
análise, padece de patente nulidade na celebração da avença referida, uma 
vez que a procuração outrora outorgada já estava revogada à ép oca da venda, 
eivando a alienação em um nítido negócio jurídico viciado p ela ilegalidad e. 
Ilegalidade esta expressa pelo ato do mandatário deposto, que exercera 
mandato sem acatamento aos preceitos obrigatórios que se pode extrair do 
artigo 6 62 do cód igo civil, quais sejam, ter poderes suficientes para a execução 
do ato, ind o, dessa maneira, ao encontro do que se dispõe n o artigo 166, inciso 
V, do mesmo código, ceifando mortalmente de nulidade o negócio jurídico entre 
as partes. Nesse teor: 
 
Art. 662. Os atos praticados por quem não tenha mandato, ou o 
tenha sem poderes suficientes, são ineficazes em relação àquele 
em cujo nome foram praticados, salvo se este os ratificar. (CC) 
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: 
I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz; 
II - for ilícito, im possível ou indeterminável o seu objeto; 
III - o motivo det erminante, comum a ambas as part es, for ilí cito; 
IV - não revestir a forma prescrita em lei; 
V - for preteri da alguma solenidade que a lei considere essencial 
para a sua val idade; (CC)
II. DOS FATOS 
Ocorre que o Sr. Paulo, já qualificado devidamente em alhures, era 
proprietário de um imóvel de veraneio situado n a Rua Rubi nº 350, na cidade 
de B alneário Camboriú/SC, e outorgou p rocuração com p oderes espe ciais e 
expressos para alienação a sua irmã, Ju dite, a dvogada. No seguimento dos 
fatos, em 15/12/2016, Jud ite, utilizando-se da procuração outorgada por Autor 
desta demanda, em no vembro de 2011, alienou o imóvel em questão para 
Jonatas, e sua esposa Juliana. Entretanto, antes da concretização do referido 
negócio jurídico, a procuração especial havia sido revogada pelo Sr. Paulo, em 
16/11/2016, sendo que o titular d o Cartório do 1º Ofício d e Notas onde foi 
lavrada a procuração, bem como sua irmã foram devidamente notificados da 
revogação em 05/12/2016, exatos de z dias ante s d a a lienação. O Sr. Paulo só 
teve ciência da alienação no d ia 1º de f evereir o d e 20 17 ao chegar no aludido 
imóvel e ver que o m esmo e stava oc upado por Jonatas e sua esposa. É o que 
se h á de mais importan te para se relatar. Passa -se agora a exposição do 
mérito. 
 
III. DO MÉRITO 
 III. I. DA NULIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO 
 Registre-se, desde logo, que o negócio jurídico firmado no ca so o ra sob 
análise, padece de patente nulidade na celebração da avença referida, uma 
vez que a procuração outrora outorgadajá estava revogada à ép oca da venda, 
eivando a alienação em um nítido negócio jurídico viciado p ela ilegalidad e. 
Ilegalidade esta expressa pelo ato do mandatário deposto, que exercera 
mandato sem acatamento aos preceitos obrigatórios que se pode extrair do 
artigo 6 62 do cód igo civil, quais sejam, ter poderes suficientes para a execução 
do ato, ind o, dessa maneira, ao encontro do que se dispõe n o artigo 166, inciso 
V, do mesmo código, ceifando mortalmente de nulidade o negócio jurídico entre 
as partes. Nesse teor: 
 
Art. 662. Os atos praticados por quem não tenha mandato, ou o 
tenha sem poderes suficientes, são ineficazes em relação àquele 
em cujo nome foram praticados, salvo se este os ratificar. (CC) 
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: 
I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz; 
II - for ilícito, im possível ou indeterminável o seu objeto; 
III - o motivo det erminante, comum a ambas as part es, for ilí cito; 
IV - não revestir a forma prescrita em lei; 
V - for preteri da alguma solenidade que a lei considere essencial 
para a sua val idade; (CC)
 o autor justifique previamente o alegado, ci tando-se o réu para 
comparecer à audi ência que for designada. (CC) 
 
 
IV. DOS PEDIDOS 
 
Por todo o exposto , uma vez con statado a efetiva nulidade do negócio 
jurídico celebrado, o Autor, desde logo requer: 
 
I.A d eclaração de nulidade do negócio
jurídico que ocorrera no caso aqui 
discutido, tendo em vista o claro ato ilegal 
que se sucedeu na venda sem procuração 
válida, à vista do que se expressa nos 
artigos 166, inciso V, e 662, todos do 
código civil; 
II.O re conhecimento do esbu lho sofrido pelo 
legítimo proprietário do imóvel em qu estão, 
ora Autor, levando em co nta que o Autor 
resta-se impedido de adentrar na casa que 
à luz de tod o direito, lhe pertence. Assim 
sendo, faz-se mister o concessão de 
liminar, inaudita altera pars, para 
reintegração de posse em face dos Réus 
Juliana e Jônatas, visto que os mesmos 
constituíram residência no local e impedem 
o retorno do genuíno possuidor. 
Ressaltando ace rca da possibilidade de 
uma p ossível ação de regressiva contra o 
vendedor impróprio, haja vista este o 
crucial motivo dete rminante que os levaram 
ao polo passivo desta demanda; 
III. Protestar em provar o aleg ado por todos os 
meios de prova s em direito admitidos, 
estando já em poder da notifica ção sobre a revogação do mandato, enviada em 
16/11/2016 pe lo mesmo a autoridade 
competente e exatamente de z antes da 
alienação do imóvel, devida mente 
acostado aos autos do presente feito; 
IV. Deixar expresso a não possibilidade p ara 
audiência de mediação e conciliação; 
V. Honorários advocatícios estabelecidos em 
20% sobre o valor da causa. 
VI. O deferimento do pedido de justiça gratuita, 
visto que o mesmo é pobre no sentido 
jurídico do termo. 
VII. A tramitação prioritária da presente 
demanda, em razão d e ser pessoa idosa 
na forma da lei, devendo, p ois ter a 
prioridade d e análise e ce leridade em toda 
a tramitação d os atos, diligências e 
procedimentos do feito, Conforme o que 
aduz o artigo 71 da Lei nº 10.741/03 
(Estatuto do idoso) e o artigo 1.048 do 
CPC. 
 
 
 Dar-se-á o valor da causa em R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil 
reais). 
 
Nestes termos, pede e espera deferimento. 
Fortaleza-Ce, segunda-feira, 20 de março de 2017.

Outros materiais