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Aula 5 PROCESSO DE ENFERMAGEM NO APARELHO URINÁRIO

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SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR III 
Aula 5: PROCESSO DE ENFERMAGEM NO APARELHO URINÁRIO 
SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR III 
Conteúdo desta aula 
AULA 5: PROCESSO DE ENFERMAGEM NO APARELHO URINÁRIO 
 
Nesta aula, veremos a aplicação do processo de enfermagem (PE) direcionado ao sistema urinário. 
Portanto, nossos objetivos serão: 
 
• Estabelecer a importância do conhecimento técnico do profissional realizador do exame; 
• Descrever o passo a passo do planejamento e a execução da prática do exame físico urinário. 
 
1 
ENTREVISTA 
3 
PRÓXIMOS 
PASSOS 
PLANEJAMENTO 
DO EXAME FÍSICO 
2 
FASES E 
TÉCNICAS DE 
 EXAME 
4 
POSSÍVEIS NANDA 
E CUIDADOS 
5 
CONTEXTUALIZAÇÃO 
SISTEMA URINÁRIO 
As funções primordiais deste sistema são: 
 
 Manter equilíbrio hídrico e eletrolítico; 
 Excretar ureia, creatinina, K, H, derivados 
nitrogenados tóxicos; 
 Regular volume e composição dos líquidos corpóreos; 
 Regulação hormonal: realizada pela angiotensina II e 
ADH; 
 Produzir a eritropoetina; 
 Regulação do equilíbrio ácido básico. 
1. Contextualização - Sistema urinário 
1.1 BREVE REVISÃO SOBRE A FISIOLOGIA E ANATOMIA 
 
O sistema urinário é o responsável em formar e eliminar a urina através dos órgãos que o compõem, 
sendo eles dois rins, dois ureteres, bexiga urinária e uretra. 
SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR III 
AULA 5: PROCESSO DE ENFERMAGEM NO APARELHO URINÁRIO 
Fig. 1 Sistema Renal (MARQUES, 2011). 
1. Contextualização - Sistema urinário 
SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR III 
AULA 5: PROCESSO DE ENFERMAGEM NO APARELHO URINÁRIO 
1.2 O processo patológico e a ação de enfermagem 
 
A abordagem ao cliente, com suspeita de problemas do sistema urinário, deve ser orientada à 
obtenção de uma história de saúde abrangente a qual inclui situações clínicas e diversas 
doenças que aumentam o risco de disfunções do TU (Trato Urinário). 
 
Obter uma história de saúde urológica requer competência do enfermeiro, pois muitos 
pacientes sentem-se embaraçados em discutir/comentar as funções ou sintomatologias 
geniturinárias. 
 
São pontos de foco na avaliação a presença de doenças, tais como: infecções do TU, 
hipertensão, LES (Lúpus Eritematoso Sistêmico), diabetes melito, lesões obstétricas, cirurgias 
pélvicas, síndromes nefróticas. tumores e lesões raquimedulares (SMELTZER, 2005). 
2. Planejamento do exame físico 
SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR III 
AULA 5: PROCESSO DE ENFERMAGEM NO APARELHO URINÁRIO 
2.1 Preparo do ambiente: 
 
 É de extrema importância o preparo do ambiente para a realização do exame. Alguns fatores devem ser 
considerados: 
 
 O ambiente em si – o local, a iluminação, a privacidade do cliente, o som ambiente, a temperatura, o 
conforto; 
 A condução da entrevista – a prática do acolhimento, a criação do vinculo, o processo de escuta ativa. 
 
BARROS e cols. (2009), citam como fatores pertinentes: 
 
 O preparo do ambiente – quarto ou sala de consultório com mobiliários básicos, com boa iluminação, 
privacidade e sem correntes de ar; 
 O preparo do material – refere-se aos materiais para tomada de medidas antropométricas; 
 O preparo do paciente – o posicionamento mais adequado aos procedimentos. 
Lembre-se: compete ao enfermeiro dialogar com o paciente proporcionando conforto para exposições de questões 
relacionadas a sua saúde sejam elas gerais ou de campo íntimo. 
3. Entrevista 
SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR III 
AULA 5: PROCESSO DE ENFERMAGEM NO APARELHO URINÁRIO 
3.1 Coleta de dados: 
 
Ao obter a história de saúde o enfermeiro deve perguntar sobre: 
 
 A queixa principal; 
 A localização da dor bem como a duração fatores de alivio e precipitação; 
 História de infecções do trato urinário (ITU) pregressos e hospitalizações; 
 Febres e calafrios, alterações da coloração, odor e volume da urina, anemia inexplicada; 
 Exames diagnósticos e uso de sondas urinárias; 
 Sintomas tais como: disúria, hesitação ou esforço na micção, hematúria, nictúria, oligúria , 
anúria e poliúria; 
 Hábitos: uso de tabaco, álcool ou drogas; 
 Histórico de DST e número de partos vaginais. (SMELTZER, 2005). 
3. Entrevista 
SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR III 
AULA 5: PROCESSO DE ENFERMAGEM NO APARELHO URINÁRIO 
3.2 Principais focos de dor: 
 
São demonstradas no Quadro 1: 
 
Tipo de dor Localização Caráter Possível Etiologia 
Rim Ângulo costovertebral 
até a cicatriz umbilical. 
Dor maciça e 
pontiaguda constante 
quando ocorre 
distensão súbita. Cólica. 
Obstrução aguda, 
cálculo renal, 
pielonefrite. 
Bexiga Área suprapúbica. Dor maciça e contínua, 
grave quando a bexiga 
está cheia. 
Bexiga hiperestendida, 
infecção e cistite 
intersticial. 
3. Entrevista 
SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR III 
AULA 5: PROCESSO DE ENFERMAGEM NO APARELHO URINÁRIO 
Tipo de dor Localização Sinais e sintomas 
Associados 
Possível Etiologia 
Ureteral Ângulo costovertebral, 
flancos, testículo e 
grandes lábios. 
Dor intensa, penetrante 
tipo cólicas. 
Cálculo ureteral, edema 
ou estenose, coágulo 
sanguíneo. 
Prostático Períneo e reto. Desconforto vago, 
sensação de plenitude, 
dor lombar. 
Câncer de próstata, 
prostatite aguda ou 
crônica. 
Uretral Homens: ao longo do 
pênis até o meato 
uretral. 
Dor variável, mais 
intensa durante e 
imediatamente a 
micção. 
Irritação do colo 
vesical, infecção da 
uretra, trauma, corpo 
estranho. 
Quadro 1: Tipos de dor e etiologias (SMELTZER, 2005). 
4. Fases e técnicas de exame 
SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR III 
AULA 5: PROCESSO DE ENFERMAGEM NO APARELHO URINÁRIO 
a) Inspeção 
 
 O rim, em condições normais, pouco informa sobre alterações, no entanto, nos grandes 
aumentos dos rins (hidronefrose e tumores) poderão ser observados abaulamentos localizados 
no flanco e na fossa ilíaca; 
 
 Deve-se realizar a inspeção da urina a partir do qual se observa coloração, aspecto e odor; 
 
 Também é imprescindível verificar a presença de sinais de insuficiência renal tais como: edema 
periorbital, sacral e de extremidades, mudanças na coloração da pele, estado mental e sinais de 
encefalopatia urêmica, hálito urêmico, alterações do peso e volume urinário entre outros. 
 
(BARROS e cols, 2009). 
4. Fases e técnicas de exame 
SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR III 
AULA 5: PROCESSO DE ENFERMAGEM NO APARELHO URINÁRIO 
O rim normal é capaz de eliminar 1200 a 1500 ml de urina em 24 horas. 
 
Quanto ao volume urinário identificamos: 
 
 Poliúria: Volume aumentado de urina eliminada (acima de 1800 ml nas 24 horas) que pode 
estar relacionada ao diabetes melito, diabetes insípido, uso de diuréticos, ingesta hídrica 
excessiva e intoxicações por lítio; 
 
 Oligúria: Débito urinário menor que 400 ml/dia podendo estar relacionado à pouca ingesta 
hídrica ou à insuficiência renal crônica. 
 
 Anúria: Débito urinário menor que 50 ml/dia. 
 
(SMELTZER, 2005; BARROS e cols, 2009). 
4. Fases e técnicas de exame 
SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR III 
AULA 5: PROCESSO DE ENFERMAGEM NO APARELHO URINÁRIO 
b) Percussão 
Através da punho percussão, nos processos inflamatórios agudos, podemos constatar a presença 
do sinal de Giordano (positivo se houver dor / negativo na ausência de dor) conforme a figura 2. 
Fig. 2 Punho percussão/ Sinal de Giordano 
(SEMIOLOGIA, 2006). 
4. Fases e técnicas de exame 
SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR III 
AULA 5: PROCESSO DE ENFERMAGEM NO APARELHO URINÁRIO 
c) Palpação 
 
Método semiológico que fornece algumas evidências importantes. Algumas técnicas podem ser seguidas 
tais como o método de Devoto (Fig. 3) e o Método de Israel (Fig. 4). 
MÉTODO DE DEVOTO 
 
 Paciente em decúbito dorsal com joelhos 
levemente fletidos; 
 Enfermeiro pede ao paciente relaxar a 
musculatura; Mão contrária ao rim a ser examinado, 
no ângulo lombocostal exercendo a 
pressão de trás para frente; 
 Procura-se pinçar o polo inferior do rim 
na sua descida inspiratória. 
Fig. 3. Método de Devoto (BARROS e cols, 2009). 
4. Fases e técnicas de exame 
SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR III 
AULA 5: PROCESSO DE ENFERMAGEM NO APARELHO URINÁRIO 
MÉTODO DE ISRAEL 
 
 Paciente posicionado em decúbito lateral, 
oposto ao lado que será palpado; 
 Coxa correspondente ao órgão que vai ser 
examinado deverá ficar fletida sobre a bacia; 
 O enfermeiro deverá sentar-se ao lado do 
dorso do paciente; 
 Colocar uma das mãos no ângulo lombocostal, 
fazendo pressão de trás para a frente; 
 Com outra mão espalmada no abdome, logo 
abaixo do rebordo costal, o enfermeiro 
procura pinçar o rim na sua descida 
inspiratória. 
Fig. 4. Método de Israel (BARROS E COLS, 2009). 
4. Fases e técnicas de exame 
SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR III 
AULA 5: PROCESSO DE ENFERMAGEM NO APARELHO URINÁRIO 
d) Ausculta 
 
 Realizada para observar a presença de ruído da artéria renal, causado por estenose 
ou aneurisma da artéria ou da aorta abdominal; 
 
 Posteriormente na 12ª costela e anteriormente flancos e fossa ilíaca. 
 
5. Possíveis diagnósticos de enfermagem 
SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR III 
AULA 5: PROCESSO DE ENFERMAGEM NO APARELHO URINÁRIO 
 Medo relacionado com alteração potencial da função renal, caracterizado por angústia, ansiedade 
e choro; 
 
 Dor aguda relacionada à infecção, caracterizada por expressões faciais de algia; 
 
 Incontinência urinária funcional relacionada a aumento do débito urinário, caracterizado por 
perda de esfíncteres uretrais; 
 
 Eliminação urinária prejudicada relacionada por corpo estranho em ureteres, caracterizada por 
redução do volume urinário e estrangúria; 
 
 Risco de função cardiovascular prejudicada relacionada à retenção hídrica; 
 
 Hipertermia relacionada a processo infeccioso, caracterizado por temperaturas acima de 38 graus; 
 
 Disfunção sexual relacionada a aumento prostático, caracterizado por diminuição da libido. 
5. Possíveis diagnósticos de enfermagem 
SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR III 
AULA 5: PROCESSO DE ENFERMAGEM NO APARELHO URINÁRIO 
ANDRIS, Debora A. et al. Semiologia — bases para a prática assistencial. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2006. 
BARROS e Cols. Anamnese e exame e exame físico. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. (Material Estácio) 
MARQUES, Elaine Cristina Mendes (Org). Anatomia e fisiologia humana. São Paulo: Martinari, 2011. 
SMELTZER, Suzane C. BRUNNER & SUDDARTH. Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2005. 
T. Heather (Org). Diagnósticos de Enfermagem da NANDA: definições e classificações 2015-2017. Porto 
Alegre: Artmed, 2015. 
 
Assuntos da próxima aula: 
AVANCE PARA FINALIZAR 
A APRESENTAÇÃO. 
CONTEÚDO DA PRÓXIMA AULA 
 
 
Conceito de CIPE ® 
 
Como utilizar a CIPE ® 
 
Caso Clinico I- Aplicação da CIPE® 
 
Caso Clinico II- Aplicando o NANDA 
 
Estreitando NIC e NOC

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