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AD2 2009.2

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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Curso de Administração
AD2 – Avaliação a Distância - Período - 2º sem/2009
Disciplina: Gestão Logística
Coordenador: Carlos Cova
Data para entrega: 31/10/2009
Aluno (a): ...........................................................................................................................
Pólo: ...................................................................................................................................
Só serão aceitas respostas feitas a caneta esferográfica azul ou preta;
GABARITO
1 – Diga em que se baseia a estratégia do adiamento; como se dá o seu procedimento; quais são suas vantagens; e quais são os tipos de adiamento: (2,5 pontos)
Resposta: A estratégia do adiamento (traduzido do termo, em inglês, postnement) ou configuração postergada, baseia-se no seguinte princípio: os produtos devem ser projetados utilizando-se de plataformas, componentes e módulos comuns, mas a montagem ou customização final só ocorrem no momento da destinação ao mercado final e/ou quando se conhece a necessidade do cliente.
O procedimento que contempla o adiamento consiste em retardar a decisão quanto à localização do processamento do produto final, bem como a distribuição do mesmo, até o recebimento do pedido do cliente, com as características de customização já definidas. A idéia é evitar o embarque de mercadorias antes de a demanda ocorrer, o que caracteriza um adiamento de tempo, e evitar a criação da forma de produtos finais antes daquela forma ser definida pelo cliente, caracterizando o adiamento de forma.
São muitas as vantagens da estratégia do adiamento. Primeiro, o estoque pode ser mantido em um nível genérico, com menos variantes de produtos e, portanto, com menos estoque total. Segundo, como o estoque é genérico, sua flexibilidade é maior, o que significa que, os mesmos componentes, módulos ou plataformas podem ser incorporados em uma variedade de produtos finais. Terceiro, a previsão é mais fácil em nível genérico do que no nível do item acabado. Essa última questão é particularmente pertinente em mercados globais, nos quais as previsões locais serão menos precisas que a previsão para volume mundial. 
Além do mais, a capacidade de customizar os produtos o mais próximo da demanda, significa que se pode oferecer um nível superior de variedade a um custo total mais baixo - esse é o princípio da "customização em massa". 
Existem diferentes tipos de adiamento, que podem ocorrer de acordo com o local da cadeia de suprimentos em que o produto vai ser customizado ou diferenciado, o que permite tanto a postergação no tempo quanto na forma. O adiamento da forma consiste em postergar as tarefas de diferenciação. São quatro os tipos de adiamento de forma: rotulagem, embalagem, montagem e fabricação. O adiamento do tempo consiste em adiar a real fabricação do produto.
2 – Você sabe que uma das principais barreiras à implementação dos novos conceitos logísticos é a organizacional. As empresas que não reconhecerem a necessidade de mudança organizacional ou que não estão dispostas à implementá-la provavelmente não vão alcançar os avanços em termos de vantagens competitivas que o gerenciamento logístico integrado pode proporcionar. 
Além disso, existem vários problemas que são criados no contexto das organizações convencionais, que impedem ou dificultam a implementação bem-sucedida de um planejamento logístico integrado. Descreva quatro desses problemas. (2,5 pontos)
Resposta: O primeiro deles é o fato de que os estoques aumentam nas fronteiras funcionais. Isto ocorre porque há uma tendência por parte das funções em otimizar o custo por unidade, seja comprando em maior quantidade, seja fabricando em grandes lotes. Em ambos os casos acabam gerando estoques desnecessários, que produzem encargos financeiros sob a forma de custos de capital de giro e outros, nas fronteiras da organização e entre as organizações, fazendo com que as atividades à montante não tenham uma visão clara da demanda real à jusante.
Outro problema, que está relacionado à questão anterior, é o fato de que os custos do canal não são transparentes, o que significa que os custos relativos aos fluxos de matéria-prima entre áreas funcionais não são fáceis de medir. Isto impede que sejam avaliados corretamente os custos reais de atender a diferentes clientes, com um mix variado de produtos. 
Este problema decorre do fato das organizações convencionais conseguem apenas identificar custos em termos funcionais, mesmo assim num nível de agregação elevado. Por exemplo, uma empresa convencional talvez consiga identificar seus custos totais de transporte, mas talvez não tenha capacidade para identificar como estes custos variam por categoria de clientes ou por característica da entrega. Este é o chamado custo de saída. O problema em questão existe apenas porque os sistemas de custeio tradicionais estão projetados para mensurar os custos de entrada ou custos funcionais, e não os custos de saída.
Existe ainda o fato de que as fronteiras funcionais impedem o gerenciamento dos processos. Os processos de atendimento da demanda do consumidor têm início com a entrada dos suprimentos ou matérias-primas, e prossegue por meio das operações de manufatura ou montagem, até a distribuição ao cliente. A melhor maneira de gerenciar este processo é por intermédio de um sistema completo. Porém, nas empresas convencionais, os processos são estanques e fragmentados, gerando uma série de ineficiências ao longo das etapas de atendimento às demandas dos consumidores. Existe uma crítica ainda com relação às organizações convencionais, que decorre do fato de que o cliente em geral, em vez de fazer negócios com uma organização apenas, acaba negociando com muitas “organizações” ao mesmo tempo, o que dá a impressão de que as empresas convencionais apresentam muitas faces para o cliente. Na realidade os clientes tratam com várias organizações ao invés de uma só: uma para a compra, outra para o recebimento, outra para o pagamento, outra ainda para a assistência pós-venda etc. Ou seja, nas organizações convencionais ninguém, ou setor algum, está autorizado a gerenciar um cliente desde a solicitação de uma informação até a entrega do pedido. A tarefa é feita de forma seqüencial passando o pedido para a próxima função, sendo que mesmo a geração dos documentos não são feitos em paralelo, mas em série.
3 – Dependendo do tipo de consumidor, o padrão do sistema logístico deve ser adaptado para o atendimento do cliente final. A classificação ampla dos produtos é valiosa para sugerir estratégias de logística e, para explicar as razões que levam a um determinado tipo de distribuição logística. Tradicionalmente, emprega-se uma classificação que divide os produtos e serviços em dois tipos básicos. Explique e caracterize quais são estes tipos e suas espécies: (2,5 pontos)
Resposta: produtos de consumo e produtos industriais. 
a) Produtos de consumo - os produtos de consumo são aqueles diretamente dirigidos para o consumidor final. São especialmente compreendidos pelos especialistas de marketing, que distinguem as diferenças fundamentais no comportamento dos clientes que os levam a escolher entre distintos bens e serviços, bem como entre os locais que os comercializam. Com base nesse conhecimento acumulado, os especialistas estabeleceram uma classificação dos produtos em três ramos principais: produtos de conveniência; produtos de concorrência; e especialidades. 
Os produtos de conveniência são os bens e serviços mais rotineiros do mercado. São de fácil acesso ao público. Estes produtos dependem de uma ampla estrutura de distribuição e múltiplos pontos-de-venda. Esta estrutura de distribuição ampla tem custos elevados, mas é justificada pelo potencial de vendas que uma distribuição abrangente e capilarizada proporciona. A parte intangíveldestes produtos, caracterizada pelo nível de serviço ao cliente, é definida em termos de sua disponibilidade no mercado e acessibilidade, que são os elementos determinantes para incentivar um nível razoável de preferência por parte dos clientes. Um exemplo típico deste tipo de produto são as máquinas de refrigerante instaladas em múltiplos locais.
Os produtos de concorrência são aqueles sobre os quais o cliente está disposto a fazer uma pesquisa prévia antes do ato de compra. Tal pesquisa serve para comparar um produto com outro similar e buscar melhor custo/benefício. Em razão desta predisposição do cliente em fazer comparações, o número de pontos de estocagem é menor do que para produtos de conveniência. Um eventual fornecedor pode estocar seus produtos ou oferecer os serviços apenas em pontos fixos de uma determinada área do mercado. Em virtude desta última característica, a distribuição não precisa ser tão ampla, ao passo que os custos também são menores do que no caso dos produtos de conveniência. Ballou  (2006, p. 74) nos oferece o exemplo dos serviços médicos especializados de alto nível, que normalmente encontram-se concentrados em um pequeno número de hospitais e clínicas, de tal forma que os clientes que desejam um bom atendimento se dispõem a pesquisar e comparar bastante antes de optarem.
Por sua vez, os produtos de especialidade são aqueles destinados a clientes especiais que estão dispostos a sacrifícios para obtenção do bem. São produtos especificamente destinados a nichos de mercado. A sua distribuição é centralizada e os níveis de serviço não necessitam ser tão sofisticados quanto aqueles praticados nos outros casos (os produtos de conveniência ou de concorrência). 
b) Produtos industriais – são aqueles utilizados na elaboração de outros bens e serviços. Eles fazem parte da linha de produção destes bens. Sua relação comprador/fornecedor é inversa à dos produtos de consumo. Geralmente os compradores que vão ate os fornecedores na busca de seus produtos, e, por esta razão, não é conveniente empregar uma classificação baseada em padrões de compra. 
Sua classificação é baseada no grau de influência de sua entrada na linha de produção. São múltiplas as formas que estes produtos podem assumir. Existem os produtos que integram os produtos finais, tais como matérias-primas e componentes. Há também aqueles que participam do processo de fabricação, tais como as máquinas e os equipamentos. E ainda existem aqueles que não entram diretamente no processo, mas que são também importantes, tais como os serviços associados aos negócios.
Embora esta classificação seja muito importante na hora de se planejar uma estratégia de vendas, ainda não é convergente a idéia de que ela possa ser importante para o planejamento da distribuição física. Isto ocorre porque os planejadores industriais não têm o hábito de evidenciar preferências por níveis distintos de serviços nos produtos que adquirem. Dessa forma, as tradicionais classificações para produtos industriais tendem a não evidenciar as mesmas funções e utilidades que as classificações de produtos de consumo.
4 – Quais são os passos que devem ser adotados para operacionalizar o método de empurrar quantidades de produtos aos pontos de estocagem: (2,5 pontos)
Resposta : 
1º - determinar, por meio de técnicas de previsão, as necessidades do período compreendido entre o momento atual e o próximo processo de produção ou a próxima compra de fornecedores;
2º - verificar as quantidades disponíveis atualmente em cada ponto de estoque;
3º - determinar o nível de disponibilidade de estoques em cada ponto de estocagem;
4º - calcular as necessidades totais das previsões mais as quantidades adicionais necessárias para cobrir eventuais variações na demanda prevista;
5º - com base nos dados anteriores, determinar as quantidades líquidas que são necessárias, a partir das diferenças entre as necessidades totais e as quantidades disponíveis;
6º - distribuir o excedente das necessidades totais por meio de um rateio entre os pontos de estoque, empregando a demanda média de cada ponto como critério de rateio.

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