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Entre os defeitos congênitos que podem estar presentes, as malformações faciais, mais especificamente as fissuras ou fendas lábio palatinas, são consideradas as mais comuns em todas as populações e grupos raciais.
Nascem todos os dias cerca de 700 crianças com fissura de lábio ou fenda palatina no mundo, nascendo assim um bebê com fissura a cada 2 minutos. Em torno da 16 semanas, há um fechamento, um encontro das duas partes do rosto, e onde antes tinha uma fenda divisória de formação lado direito e esquerdo do rosto e passa a existir o sulco abaixo do nariz. Se esse sulco não se fecha completamente, o lábio leporino aparece ou em um ultrassom ou mesmo na hora do parto. O lábio leporino nada mais é do que a não junção dos ambos os lados da face verticalmente, céu da boca e até mesmo o palato ou ambos os lados, direito e esquerdo em alguns casos raros. (CUNHA, 2007).
 A fenda palatina é uma condição congênita comum. Pode ocorrer isoladamente ou como parte de um problema ou síndrome genética. Incluem dificuldade para falar e comer. O paciente fissurado apresenta um alto índice de anomalias dentárias, que levam não apenas a problemas estéticos, mas alteram também a mastigação, a respiração, a deglutição e a fonação.
A cirurgia restaura as funções normais com cicatrizes mínimas. Se necessário, a fonoaudiologia pode ajudar a corrigir dificuldades de fala. (FIGUEIREDO et al., 2004).
As fendas lábio palatinas podem ser consideradas como malformações de inibição: o desenvolvimento, até então normal, sofre no local uma paralisação que resulta em uma abertura que recebe o nome de fissura. A fissura labial ou palatal é um corte na região de lábio ou palato, ocasionada pela falta de encolamento envolvendo o processo frontonasal mediano e os processos maxilares, que são derivados do primeiro arco faríngeo. Assim, para que ocorra a fissura ou fenda é necessário que ocorra uma alteração na velocidade migratória das células da crista neural, encarregadas de comandar o fenômeno de fusão das proeminências faciais. (MOORE; PERSAUD, 2008).
Para HABIB (1978), constatou-se como sendo fatores etiológicos ao desenvolvimento de fissuras lábio palatais, ingestão de medicamentos pela mãe durante o primeiro trimestre de gravidez, como as drogas anticonvulsivas (fenobarbital e primidona); salicilatos e benzodiazepínicos; ocorrência de doenças como sarampo, gripe e outras infecções viróticas.
As fissuras lábio palatais, embora possam ser causadas por fatores ambientais, apresentam uma base genética, afirmaram CAPELOZZA FILHO et ai. (1988). Baseando em um estudo familiar, onde constataram que 1/3 de todos os casos de pacientes fissurados apresentaram uma história familiar positiva. Nos casos familiares, a predisposição genética é muito forte, mas nos casos esporádicos os fatores ambientais é que tem um importante papel.
Referências:
CAPELOZZA FILHO, L. et ai. Presenl concepts on lhe eliology of lhe cleft lip and palate. Revista Brasileira de Cirurgia, Rio de Janeiro, v.78, n.4, p.233- 240, jul.lago. 1988. 
CUNHA, Elza Cristina Miranda da et al . Antropometria e fatores de risco em recém-nascidos com fendas faciais. Rev. bras. epidemiol.,São Paulo, v. 7, n4.
FIGUEIREDO, I. M. B.; BEZERRA, A. L.; MARQUES, A. C. L.; ROCHA, I. M.; MONTEIRO, N. R. Tratamento cirúrgico de fissuras palatinas completas. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, Fortaleza, v. 17, n. 3, jul. 2004. 
HABIB, Z. Factors determining occurrence of cleftlíp and cleft palate. Surgery, Gynecology & Obstetrics, Chicago, v.146, p.1 05-11 O, 1978.
MOORE, K. L.; PERSAUD, T. V. N. Embriologia clínica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

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