Buscar

DPCMT---Etica---Luiz---02

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

CURSO – DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL DO MATO GROSSO 
 
DATA – 12-05-17 
 
DISCIPLINA – ÉTICA E FILOSOFIA 
 
PROFESSOR – LUIZ FILIPE ARAÚJO 
 
MONITOR – RICARDO MARTINS OLIVEIRA SILVA 
 
AULA – SISTEMAS ÉTICOS 
 
• Thomasius – primeiro autor na modernidade a trabalhar distinção entre ética, moral e direito, 
colocando a moral enquanto um aspecto individual, a ética enquanto um aspecto coletivo, e o 
direito enquanto uma normatização impositiva e positiva de uma ordem social. 
 
No mesmo contexto, Leibniz afirma que o Direito não pode se eximir de comandar, além de 
proibir. 
 
Na ética, há uma coerção difusa, social. Na moral não existiria coercibilidade. 
 
• Kant - nesta distinção, Kant se preocupa quanto a origem da norma. A moral será autônoma, o 
próprio indivíduo cria suas regras a partir das expectativas valorativas da sociedade. Ou seja, a 
moral é uma ação individual que está conectada com expectativas valorativas da ética. Moral – 
Imperativo categórico/ Direito – Imperativo Hipotético. A heteronomia seria uma característica de 
distinção da moral/direito. A ética tem sua atuação com a ação do indivíduo, o ato sendo 
conhecido pela sociedade já teria as consequências coercitivas. Em relação ao Direito – 
imperativo hipotético atuando no direito penal como ultima ratio. 
 
• Ihering - Norma + coação. A coerção no direito esta atrelada à norma. Ao contrário da coerção 
na ética que não possui essa norma na estrutura que o direito constrói. A coerção seria difusa, 
bastante fraca, pois não vai dissuadir as pessoas a terem ações antiéticas. 
 
• Jellineck - Teoria do Mínimo Ético – O direito teria um conteúdo mínimo de eticidade. 
 
• Salgado - Teoria do Maximum Ético – O direito tem uma tentativa de expansão de sua 
eticidade. Expansão de seu conteúdo ético, seria uma resposta à teoria de Jellineck. 
 
Questões importantes – características: 
 
- Quando não há coerção: normas imperfeitas/ius imperfectum; 
- Quando há coerção: normas perfeitas/Ius perfectum. 
 
O Direito trabalha com dois modos de coerção, em ato e em potencia: 
 
 
- em ato: a aplicação de uma pena restritiva de liberdade; 
- em potencia: prevista na norma, possiblidade da sanção. 
 
Característica que faz grande diferenciação entre direito, moral e ética: Bilateralidade atributiva; O 
caráter da bilateralidade já estava presente em outros teóricos – intersubjetividade. Toda ação 
moral, ética e jurídica leva em relação a existência dos indivíduos e da sua tensão na vida em 
sociedade. A partir do momento que essa relação bilateral que diferencia o direito das demais 
ordens, é uma bilateralidade qualificada, atributiva. O Direito atribui direitos/deveres, exigibilidade 
das obrigações. 
 
• Distinções básicas: 
 
• Direito: coercibilidade; heteronomia; bilateralidade; atributividade; 
• Moral: bilateralidade; 
• Costume: heteronomia; bilateralidade; 
 
Estudo histórico da ética – 3 modelos éticos: 
 
- Sistema Eudaimônico; deontológico; e teorias contemporâneas; 
 
Obs: Tensão entre pensamento de Sócrates e as escolas sofísticas na Grécia clássica – duelo 
ético. O conhecimento do que é o bem que possibilita a ação virtuosa. Agir ético está relacionado 
ao conhecimento da ação boa. Alguns chamam Sócrates como o pai da ética. 
 
Sistema Eudaimonaco 
 
- Eudaimonia – traduz-se em felicidade, enquanto uma auto-realização individual dentro da vida 
ética em uma sociedade. Aristóteles vai partir da virtude como ponto central da ética, pensando a 
ação ética enquanto um equilíbrio das virtudes. “A virtude está no meio termo” – o conhecimento 
do bem na sua pratica constante e atual. 
- Dois pontos importantes: 
Epicurismo – prazeres naturais e necessários: a satisfação moderada dos apetites. Prazeres 
naturais e não necessários: a gula. Prazeres nem necessário nem naturais: a glória. Atenção: 
Hedonismo é diferente de Epicurismo. O amor, por exemplo, seria um bem natural não 
necessário. Relação entre dor e prazer. “Não causar dano a outro” – máxima encontrada no 
Epicurismo. 
Estoicismo – é uma grande matriz. Tem uma duração tão longa quanto Epicurismo. Estoico é 
aquele que pensa a vida ética na ação racional. Agir de acordo com a razão correta. Ação ética é 
racional – dialoga com Sócrates, Platão. Pensar a razão enquanto medida para a vida ética. “Viver 
honestamente” – máxima encontrada no estoicismo. 
 
Sistema Deontológico 
 
- Kant opera a revolução copernicana da filosofia. Filosofia do sujeito. A partir do momento em que 
Kant coloca o ser humano como um fim em si mesmo, o homem passa a ser sujeito, e não objeto. 
Critica da razão pura. Unir experiência e razão. Três grandes perguntas importantes para o 
pensamento kantiano - O que posso conhecer?(preocupação dentro da crítica a razão pura) - O 
que devo fazer?(grande preocupação dentro da critica da razão prática) – O que devo 
esperar?(limites da religião e limites da estética, crítica da faculdade de julgar) 
 
- Imperativo Categórico - “Age de tal modo que a máxima da tua vontade possa valer sempre ao 
mesmo tempo como princípio de uma legislação universal”. 
A dignidade da pessoa humana para Kant pode ser pensada enquanto imperativo moral 
universal. Este pensamento é deontológico, pois põe-se um dever do agir ético. É o imperativo da 
razão que faz com que o agente atua eticamente. A busca da razão entre liberdade e igualdade 
faz com que o agente pretenda agir eticamente, a universalizar racionalmente a sua ação. 
Pretensão de universalidade das ações éticas enquanto lei universal, que é racional. 
 
 
Sistema Ético Utilitarista 
 
- Premissa básica – O bom é útil. A utilidade do bem comum. Grande princípio: o maior bem para 
o maior número de pessoas. Leva em consideração alguns elementos do Epicurismo. Diferente do 
pensamento deontológico que coloca o ser humano enquanto fim em si mesmo. Para o 
utilitarismo, preza-se o resultado, consequência útil que trará o bem para a sociedade. As 
consequências são essenciais. 
 
- Representantes: Jeremy Bentham e John Stuart Mill. 
 
- O Direito Penal é um grande exemplo do utilitarismo.

Outros materiais