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historia do direito estudo resumido para AV1 moesio

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ESTUDO RESUMIDO PARA AV1 HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO
I. Ordenamento jurídico pré colônia
 1. A criação do Reino de Portugal
O Condado Portucalense
Reino de Leão recebeu o apoio dos franceses em uma guerra contra os mouros (muçulmanos da Península ibérica). Em contrapartida a esse apoio, concedeu aos Borgonhas ( franceses) algumas terras que foram conhecidas como Condado Portucalense. Dando início a dinastia dos Borgonhas.
 Afonso Henrique mantem a dinastia dos Borgonhas e cria o reino de Portugal até dom Fernando, que morre sem deixar herdeiros. Ocorre então a Revolução de Avis, em que Dom João I, irmão bastardo, assume o trono.
Dom João estabelece algumas prioridades para garantir seu reinado: manter a soberania de Portugal enfrentando os mouros ao sul e mantendo o reinado de Castela ao norte. Utiliza-se do direito para unificação política com a criação das ordenações do Reino, substituir as normas diferentes em cada feudo.
2. O início do Direito no Brasil
	Em 1822 ocorre a ruptura política com Portugal. Após essa data deixamos de ser colônia (status jurídico). Logo o ordenamento jurídico não era produzido no Brasil.
	 Antes de 1500 As leis existiam em terras brasileiras, pois os índios viviam em sociedade, porém essas não eram escritas.
	 De 1500 a 1822 no Brasil colônia prevalecia o direito português. Qual o Direito vigente em Portugal? Como foi concebido?
3. Entendendo os primórdios do Direito vigente na América Portuguesa ou Brasil Colonia
No período colonial brasileiro o direito vigente era o direito lusitano que possua vez se expressava na forma de compilações de leis e costumes entendida como Ordenações do Reino. 
 A tradição jurídica portuguesa = Principais influências:
Direito romano (Corpus Iuris Civilis) 
Direito canônico – concílios, decretais, etc. 	
Direito germânico - (visigodos e suevos)
Tradição romano-germânica (civil law)( Direito legislado ,produzido pelo legislador)
4. A Era das Ordenações ou Ordenações do Reino
As Ordenações foram compilações jurídicas organizadas pelos monarcas da época (séculos XV, XVI e XVII), com o intuito de reunir em um só corpo legislativo as diversas leis extravagantes e outras fontes do direito, que por estarem avulsas dificultava a correta aplicação do Direito. O objetivo final era fortalecer a autoridade do poder do rei no período de transição de feudo à reino de Portugal.
As Ordenações levaram o nome de seus mandantes régios :
a. As Afonsinas de 1447, finalizada no mesmo ano em que Afonso V assume o poder, constituíram a primeira compilação oficial do direito do país. Com a publicação das Ordenações Afonsinas, as leis tornaram-se uniformes para todo o país impedindo, desta forma, os abusos praticados pela nobreza no que diz respeito à sua interpretação, permitindo ao rei amplificar a sua política centralizadora.
Possuía cinco livros que versavam sobre; 
Livro I - ocupa-se daquele direito que hoje poderíamos denominar administrativo e traz os regimentos dos cargos públicos e organização judiciária, quer régios, quer municipais, 
Livro II ocupa-se dos bens e privilégios da igreja, dos direitos régios e sua cobrança, da jurisdição dos donatários, das prerrogativas da nobreza e legislação especial para judeus e mouros.
 	Livro III – Processo Civil, 
Livro IV – Direito Civil em sentido amplo: contratos, sucessões, tutelas, formas de distribuição e aforamentos de terras e
 Livro V – Direito Penal (Teoria do Delito e Teoria da Pena) 
 	b. As Manuelinas datam de 1521 que foram finalizadas no reinado de D. Manuel, “O Venturoso”, mantendo a mesma sistematização da Ordenação do Reino anterior.
Para explicar esta decisão do rei apontam-se três motivos fundamentais: 
 a descoberta da prensa, 
 a transformação da sociedade lusitana por conta, principalmente, da expansão comercial e marítima 
 a necessidade de correção e atualização das normas, assim como a modernização do estilo afonsino; qual seja, em estilo decretório – redação em decretos, como se fossem todas normas novas.
Semelhança: Estrutura e divisão dos cinco livros, subdivididos em títulos e parágrafos.
Inovação: os judeus tendo sido expulsos do Reino em 1496, todas as leis que lhes dizia respeito foram abolidas. Tratamento específico às questões de Direito Marítimo, de contratos e mercadores devido ao incremento do comércio. A legitimidade do cargo de juiz de fora como expressão dos somente bacharéis em Direito (como posição e função). Juízes de vintena, para as pequenas povoações. As normas desta ordenação passaram a ser dispostas na forma de decretos.
c.As Ordenações Filipinas, reinado de D. Felipe II. Sua sistematização quanto aos assuntos jurídicos é a mesma das Ordenações anteriores, onde encontram-se cinco livros, subdivididos em títulos e parágrafos.Essas novas combinações não sofreram grandes alterações em relação as anteriores.
5. Diplomas Legais que antecederam o Tratado de Tordesilhas
Ao final do século XV Portugal e Espanha discutiam o controle das regiões ultramarinas. Os principais tratados firmados para regulamentar a questão foram:
O Tratado de Toledo (1480) - este acordo garantia a exploração exclusiva e legítima de todas as terras ao sul das Ilhas Canárias, no Atlântico, para o Império Português.
Bula Inter Coetera (1493) Essa bula determinava a divisão das terras americanas por um meridiano situado a 100 léguas a oeste (esquerda) de Cabo Verde que pertenceriam a Espanha e as que ficassem a leste (direita) pertenceriam a Portugal. A divisão determinada pela bula não foi aceita por Portugal porque se o meridiano fosse traçado a 100 léguas a oeste de Cabo Verde o país ficaria sem terra na América.
Tratado de Tordesilhas (1494) Celebrado entre Espanha e Portugal, por mediação do Papa Alexandre VI como resultado da reclamação interposta do governo português ao estabelecido pela Bula Inter Coetera. O acordo estabeleceu um meridiano situado a 370 léguas a oeste de Cabo Verde como linha divisória das terras. As terras que ficassem a oeste pertenceriam a Espanha, as que ficassem a leste pertenceriam a Portugal. 
Obs:
Francisco I, de França, não se conformou com a legitimidade do Tratado atribuindo um irônico comentário: “indagou em que cláusula do testamento de Adão havia a determinação do legado do mundo à Portugal e à Espanha”.
As outras potências marítimas europeias (França, Inglaterra, Países Baixos, etc.) foram totalmente excluídas do Tratado, não tendo assim direito algum sobre as novas terras. Puderam somente recorrer a pirataria e ao contrabando para explorar as riquezas do Novo Mundo
II. Primórdios da Colonização: Sistema Administrativo Jurídico
 1.Capitanias Hereditárias 
a. Emergência quanto ao efetivo processo de colonização da “Terra Brasilis”(1530):
 Portugal precisava efetivar a posse sobre o Brasil (ameaça dos corsários e piratas ingleses, franceses e holandeses).
 Declínio do monopólio português sobre o comércio oriental.
 Descoberta de ouro na América Espanhola.
 A experiência bem-sucedida dos portugueses nas ilhas do Atlântico: Açores, Madeira, Cabo Verde.
b. Porque da Opção pela Administração através do Sistema de Capitanias:
Faltava recursos a D. João III de Portugal, para fazer investimentos diretos na colonização do Brasil.
Em 1534, o rei D. João III criou o sistema de Capitanias Hereditárias, 15 lotes (capitanias ou donatárias)
O Sistema de Capitanias Hereditárias (1534-1548) – primeiro modelo de gestão administrativo jurídico imposto pela Metrópole Lusitana no espaço territorial que depois convencionou-se chamar Brasil. As Capitanias hereditárias tinham a ordem administrativa descentralizada (privado cuidando do público). 
c. DOCUMENTOS DE NATUREZA JURÍDICA
Carta de Doação: garantia da legitimidade da posse, determinava a localização, a extensão da Capitania e o direito de hereditariedade (inalienável e indivisível). Jurisdição civil e criminal ao donatário.
Foral: documento de origem medieval, constituía um complemento da carta de doação, que estabelecia os direitos e deveresdos donatários. A Carta Foral tratava, principalmente, dos tributos a serem pagos pelos colonos. Definia ainda, o que pertencia à Coroa e ao donatário fornecendo à ele legitimidade de poder a ser exercido na Capitania. Fundar vilas ou núcleos de povoação; distribuir lotes de terras ou sesmarias; exercer a justiça civil e criminal; colonizar, defender e fazer progredir a Capitania com seus próprios recursos. 
Outros:
Regimentos → como complemento do Livro I das Ordenações do Reino ou como lei orgânica – disciplinavam os diversos cargos da administração pública colonial. (Regimento de 1548 – institucionalizando o sistema de governos gerais).
Cartas Régias → Continham as resoluções régias destinadas às autoridades públicas.
Cartas de Lei → normas de caráter geral.
Alvarás → normas de caráter específico, geralmente de vigência temporária, com duração formal de um ano (podendo, muitas vezes, ter o prazo de validade dilatado) se constituíam em importantes atos jurídicos da administração colonial. 
Observação: 
 O quinto livro ( legislação penal) era o único que se adequava perfeitamente a colônia.
2.O Governo-Geral
Diante do fracasso do antigo sistema administrativo colonial, tratou a Metrópole Lusitana de fornecer à Colônia nova orientação administrativo jurídica. O governo geral tinha ordem administrativa centralizada.
Instituído pelo instrumento legal Regimento de Almeirim de 1548 : Diploma legal de ordem administrativa e fazendária ,cujo poder administrativo emana de forma centralizadora, sendo exercido através dos legítimos agentes do governo português nomeados por D. João III – Tomé de Souza era nomeado Governador Geral do território colonial “brasileiro”. É a desprivatização do Público.
Objetivos do Governo-Geral: 
Centralizar a administração das capitanias
Limitar a autonomia dos donatários
Garantir a segurança dos colonos
Zelar pela ocupação estratégica do território
harmonizar as relações entre os colonos e indígenas 
a. Administração Geral
Governador-Geral: sediado em Salvador (1549), respondia pela administração perante o rei.
Provedor-Mor: responsável pela administração fazendária (arrecadação e recursos financeiros).
Ouvidor-Mor: responsável pela Justiça Colonial.
Capitão-Mor: responsável pela segurança interna e pela manutenção da defesa da colônia.
b. Centralismo versus Localismo
Os Homens-Bons - homens livres, católicos, não praticantes de trabalhos manuais, representavam a elite colonial (homens que possuíam comportamento probo e moral ilibada) – eram os únicos que podiam participar das Câmaras Municipais, garantindo a manutenção dos seus interesses locais, em oposição ao centralismo administrativo imposto pelo Governador-Geral. Também exerciam a função judicante como juízes ordinários eleitos para mandato de 1 ano e, consequentemente, também presidiam as sessões na Câmara Municipal da Comarca.
Os reinóis (portugueses) eram privilegiados com os cargos mais importantes. 
A relativa autonomia municipal dos homens-bons, foi duramente atingida a partir de 1642, quando foi criado o Conselho Ultramarino, que passou a fiscalizar a ação das Câmaras Municipais, através dos chamados Juízes-de-Fora (representantes da magistratura togada).
3. Organização Judiciária no Brasil Colonial – século XVI
	
	Juiz ordinário ou da terra (interesse da elite), de primeiro grau e eleitos. Não possuíam diplomas, eram muitas vezes analfabetos.
 juiz de Fora vinha de Portugal (interesses do rei) nomeados pelo desembargo do Paço. Eram juristas formados na Universidade de Coimbra.
“Ao lado do ouvidor vinha o séquito de oficiais menores: escrivão para lavratura dos autos do processo, tabelião (para a redação de documentos como notário), meirinhos (oficiais de diligências), eventualmente os inquiridores (cuja função era tomar os depoimentos das testemunhas, portanto, inquiri-las).”
Principais limitações impostas aos operadores jurídicos no período colonial: 
Designação apenas por um período de tempo no mesmo lugar.
Proibição de casar sem licença especial.
Proibição de pedir terras na sua jurisdição.
Não podiam exercer comércio em proveito pessoal
“Essas regras funcionavam muito bem em Portugal, mas no Brasil eram constantemente violadas.”
4. Instâncias Jurídicas 
a. Terceira Instância – Casa da Suplicação -Tribunal Supremo de uniformização da interpretação do Direito Português, em Lisboa, constituindo suas decisões assentos que deveriam ser acolhidos pelas instâncias inferiores como jurisprudência vinculante.
 	Desembargo do Paço (Originariamente fazia parte da Casa da Suplicação, para despachar as matérias reservadas ao rei (graça real), tornou-se corte autônoma em 1521, como tribunal de graça para clemência nos casos de penas de morte e outras), 
Mesa da Consciência e Ordens (Para as questões relativas às ordens religiosas e de consciência do rei ‘instância única’=aconselhamento do rei sobre as matérias que tocassem a “obrigação de sua consciência”). 
b. Segunda Instância – composta de juízes colegiados que atuavam nos chamados Tribunais da Relação (apreciavam os recursos e embargos).
O primeiro Tribunal de Relação for criado na Bahia (1587) mas somente entrando em funcionamento em 1609. Composto por dez Desembargadores. 
Depois, Rio de Janeiro (1751), Maranhão (1812) e Pernambuco (1821).
Competência – compreendia basicamente três situações processuais: 
- era uma instância recursal e, em grau de recurso, recebia dois tipos de recursos: apelações e agravos; 
- competência para ações originárias (acolhimento de ações novas) - nas áreas cível, criminal e do patrimônio estatal; 
- competência avocatória (o juiz de instância superior ou tribunal avoca feito aforado em juízo inferior, por atribuir-se competência para o “conhecer, em determinadas situações de juízo criminal”). 
Portanto, não era um Tribunal exclusivamente recursal.
c. Primeira Instância – formada por juízes singulares que eram distribuídos nas categorias de ouvidores, juízes ordinários, juízes de vintena, de fora, de órfãos, de sesmarias.
Obs
 A dominação social de uma elite agrária (latifúndio).
 A um passado colonial patrimonialista (tipo de dominação tradicional em que não se diferenciam nitidamente as esferas do público e do privado) e escravocrata.
 A hegemonia ideológica de um liberalismo paradoxalmente conservador.
 A submissão econômica aos Estados mais avançados.
 Vícios do sistema jurídico português – o fato de um cargo ou função pública serem considerados patrimônio pessoal de seu ocupante.
 A aliança do poder aristocrático lusitano com as elites agrárias locais permitiu construir um modelo de Estado calcado na defesa dos interesses de segmentos sociais donos da propriedade e dos meios de produção.
III. Ouro, conjuração e ideias emancipatórias: o contexto do período pré-independência.
1. Era da mineração ( descoberta de ouro)
	 Ação dos bandeirantes principalmente os de São Paulo visando escravizar índios e buscar metais preciosos
	 Deslocamento do eixo Nordeste para gerais
	 Crescimento das cidades (surgimento de vilas e povoados)
	 Cenário externo: a Inglaterra se fortalece com potência marítima assumindo o comércio escravos. Holanda e França desenvolvem a cana-de-açúcar América Central.
	 Início do comércio no interior da colônia para suprir as necessidades das cidades crescentes
	 Desenvolvimento de uma classe média( médicos, Artesões, escritores e comerciantes)
	 Portugal cada vez mais dependente da Inglaterra em declínio comércio de açúcar devido à concorrência com franceses e holandeses na América Central.
Documentos de natureza jurídica 
	 Código Mineiro
		 Todos podem explorar desde que paguem 1/5
		 Criação das casas de fundição que controlavam a cobrança do quinto
		 Demarcava as minas 
		 Provedor específico fiscal
	 Regimento de 1702
		 a região fica subordinada diretamente à metrópole desligado do governo Geral
		 governo especial chamado a intendência de Minas ( policiamento, fiscalização de impostos e tribunal)observação: modificação nas tributações:
 Cobrança por números de escravos, cobrança anual, taxa de captação dos escravos e o senso das Indústrias, derrama (impostos atrasados do ano cobrados à população).
2.Linha do Tempo – Brasil status jurídico - Colônia
3.Crise do sistema colonial brasileiro Século XVIII
Motivações Externas:
Político.
Independência das Colônias Inglesas na América do Norte 1776.
Revolução Francesa – 1789 – pondo fim ao Antigo Regime na França.
Econômico
Inglaterra – Revolução Industrial (1760); utilização de novas fontes de energia, invenção de máquinas (indústria têxtil), desenvolvimento agrícola.
Surgimento da ideia do livre comércio com o paulatino abandono de princípios mercantilistas.
Ideológico.
Eclosão dos ideais Iluministas – originar o pensamento liberal.
4.MOVIMENTOS DE REBELDIA E CONSCIÊNCIA NACIONAL.
Na verdade, foram movimentos de revoltas regionais e não propriamente revoluções de cunho nacional.
a. ALGUNS DOS CONFLITOS E REVOLTAS QUE MARCARAM O MUNDO COLONIAL BRASILEIRO NA SEGUNDA METADE SÉCULO XVII E PRIMEIRAS DÉCADAS DO SÉCULO XVIII
Revolta de Beckmam (1684) Maranhão: revolta que decorreu das relações conflituosas entre colonos, jesuítas e o governo português em torno do problema do emprego do indígena como mão-de-obra escrava.
	“Guerra” dos Emboabas (forasteiros-colonos baianos e portugueses) (de 1707 a 1709): conflito civil travado entre paulistas e grupos de forasteiros pelo controle da exploração de ouro na região das Minas Gerais.
	“Guerra” dos Mascates (Pernambuco) - foi um conflito entre senhores de engenho de Olinda e comerciantes do Recife. Estes últimos, denominados "mascates", que eram, em sua maioria, portugueses. Dependentes economicamente dos comerciantes, junto a quem contraíram dívidas por causa da queda internacional do preço do açúcar, os proprietários pernambucanos não aceitaram a emancipação político-administrativa da cidade do Recife (que até então era uma comarca subordinada a Olinda). A emancipação de Recife só agravaria a situação dos fazendeiros diante da burguesia lusitana, que passaria a estar em igualdade política com os devedores.
b. Revoltas antifiscais: na maioria dos casos, motins, sedições motivadas por oscilações circunstanciais de preços, de abastecimento ou por pressões fiscais advindas de Portugal.
Revolta de Felipe dos Santos ou Revolta de Vila Rica, ocorrida em 1720 - As principais exigências dos rebeldes eram a redução dos preços dos alimentos e a anulação do decreto que criava as casas de fundição. Mineiros e escravos contra o Governo.
Furores Sertanejos de Minas Gerais: mobilização ocorrida em vilas e fazendas das margens do rios S. Francisco, das Velhas e no sul da Bahia, em 1736. Uma série de motins deflagrados contra a cobrança do imposto da capitação, no norte de Minas. 
Revolta do Pitangui (Minas), ocorrida em 1718. Contra a cobrança do quinto do ouro.
Revolta do Maneta (Salvador), ocorrida em 10/1711. Sal e escravos
Revolta da Cachaça (Rio de Janeiro), ocorrida entre 10/1660 e 04/1661. 
c. Conjuração Mineira (1789)
	A Inconfidência Mineira, ou Conjuração Mineira, foi uma tentativa de revolta de natureza separatista abortada pela Coroa portuguesa em 1789, na então capitania de Minas Gerais, contra, entre outros motivos, a execução da derrama(uma taxação compulsória em que a população de homens-bons deveria completar o que faltasse da cota imposta por lei de 100 arrobas de ouro (1.500 kg) anuais quando esta não era atingida) e o domínio português. 
 d. Conjuração dos Alfaiates ou Conjuração Baiana (1798)
	A Conjuração dos Alfaiates foi um movimento organizado na Bahia em 1798 por gente marcada pela cor e pela condição social: mulatos e negros livres ou libertos, ligados às profissões urbanas como artesãos ou soldados, e alguns escravos. Para compreender a deflagração do movimento, devemos nos reportar à transferência da capital para o Rio de Janeiro, em 1763. Com tal mudança, Salvador (antiga capital) sofreu com a perda dos privilégios e a redução dos recursos destinados à cidade. Somado a tal fator, o aumento dos impostos e exigências a colônia vieram a piorar sensivelmente as condições de vida da população local.
5. A Lei da Boa Razão de Pombal de 1769.
 A decadência da influência do direito romano e eclesiástico no processo de interpretação das normas estatais.
	 Ocorria uma divergência quanto ao subsídio ( canônico ou direito romano) a solução foi a separação e as jurisprudências passaram a ser os costumes interpretações do rei. Porém a interpretação nas leis da boa razão era aplicação do direito romano. Glosadores ( comentadores intérpretes da lei)
Prevalecendo a relevância da aplicação do Direito Natural. A força de um ordenamento nacional racionalmente elaborado, no qual a lei, pensada e escrita em conformidade com o direito natural.
Três anos depois da Lei da Boa Razão, promulgaram-se os Estatutos da Universidade de Coimbra, reformados justamente com a intenção de preparar os juristas para essa nova realidade do Direito Português.
Obs:
A repressão à Inconfidência Mineira, por parte das autoridades portuguesas, se fez nos quadros legais e mentais fixados no livro V das Ordenações Filipinas que previa uma série de penas: 
 perda e confisco dos bens e multas, 
 prisão simples e prisão com trabalhos forçados, 
 galés temporárias ou perpétuas, 
 desterro (condenação a deixar o local do crime) 
 degredo (condenação de residência obrigatória em certo lugar), 
 banimento ou exílio (degredo perpétuo), 
 os açoites e as várias formas de pena de morte – morte simples (sem tortura), morte natural (forca), morte para sempre (com exposição do cadáver na forca), morte atroz (com cadáver esquartejado) e morte cruel (com tortura prévia).
Aqueles que gozassem de determinados privilégios (privilégios de fidalguia, de cavalaria, de doutorado em cânones ou leis, ou medicina, os juízes e vereadores) não poderiam ser submetidos a penas infames.
IV A Transmigração da família real portuguesa para a colônia Brasil
1.Cenário: 
	 A guerra varreu a Europa nos primeiros anos do século XIX: Napoleão Bonaparte lutava contra absolutismo presente principalmente na Inglaterra. 
 Inglaterra impõe o bloqueio marítimo da França (pois possuía uma força marítima mais eficaz).
	 França impõe o Bloqueio continental a Inglaterra (a indústria Francesa não conseguia competir com os produtos ingleses e impõem uma restrição comercial a Inglaterra que estavam em plena industrialização).
	 Portugal tinha fortes relações comerciais com a Inglaterra e não poderia aderir ao bloqueio.	
	 Tropas francesas napoleônicas invadiram o território luso, sob a alegação de que a monarquia portuguesa havia desrespeitado o bloqueio continental contra a Inglaterra determinado por Napoleão.
	 convenção secreta de Lisboa (Portugal e Inglaterra) instalação de bases militares inglesas em Portugal e escolta da família real para Brasil.
	 tratado de Fontainebleau ( frança e Espanha) dividindo Portugal.
Consequência: Instalação do governo do Império Luso no Rio de Janeiro e fim do período colonial brasileiro.
2. Política Joanina.
A Reorganização do Estado Português na Colônia Brasil:
Com a instalação da Corte Lusa no Rio de Janeiro, o regente D. João sancionou uma série de medidas administrativas e jurídicas de forma a adequar e acomodar a parasitária nobreza portuguesa e propiciar à cidade a condição necessária a sede da monarquia lusitana.
Esta reorganização do Estado Monárquico Português na Colônia Brasil foi feita de forma impositiva e a revelia dos próprios colonos, sendo um governo totalmente fora da realidade colonial e estabelecido no modelo vigente do Antigo Regime.
 
3. Tratados Comerciais
Abertura dos Portos às Nações Amigas – Carta Régia de 28/01/1808 – liberação do comércio entre o Brasil e o exterior. Objetivo da medida: promover a normalização do comércio exterior, assegurando rendas alfandegárias para a manutenção da corte na nova sede do Império Português.Ao mesmo tempo, atendia à demanda da aliada Inglaterra, ao garantir mercado para os produtos britânicos num momento de restrição comercial pela França na Europa. FIM DO PACTO COLÔNIAl E INíCIO DA INDEPENDÊNCIA ECONÔMICA DO BRASIL.
Tratado de Comércio e Navegação (fevereiro de 1810) - estabelecendo medidas como a fixação de tarifas alfandegárias preferenciais para os produtos ingleses (taxas de 15%) além da garantia de um porto livre de impostos (o de Santa Catarina).
Tratado de Aliança e Amizade – a Coroa Portuguesa comprometia-se a promover a extinção gradual do tráfico negreiro para a colônia. Consequência: trabalho assalariado e mercado consumidor.
4. A Estrutura Judiciária no Período Joanino.
Com a vinda da Família Real para o Brasil, o Tribunal de Relação do Rio de Janeiro foi transformado em 3ª Instância ou Corte Suprema da Justiça na Colônia pelo Alvará Régio de 1808 . Marco do Judiciário Independente Brasileiro.
 (possibilidade de se esgotar os aspectos, processos jurídicos na colônia ; contextualização pessoal do judiciário pleno na colônia )
No tocante ainda aos Tribunais Superiores, o Governo do Regente fundiu os dois principais Tribunais Superiores Portugueses: a Mesa do Desembargo do Paço e da Consciência e Ordens.
5. Competência dos Tribunais Superiores
Criou-se a Mesa do Paço e da Consciência e Ordens, por meio de Alvará datado de 1808, órgão da administração pública, com competência sobre assuntos relativos à Mesa do Desembargo do Paço, à Mesa da Consciência e Ordem e ao Conselho Ultramarino. 
6. Criação de Órgãos Superiores com Jurisdição Especializada:
a. Justiça Militar.
Conselho Supremo Militar + Conselho de Justiça = Conselho Supremo Militar e da Justiça (Órgão máximo da Justiça Militar no Br.Alvará de 1/4/1808).
b. Intendente Geral de Polícia – Alvará de 10/5/1808. (Espécie de Polícia Civil da época). 
Com a finalidade de controlar as obras públicas e organizar as tropas na Corte.
Mesmo com escassos recursos, o intendente organizou a GUARDA REAL DA POLÍCIA e iniciou o patrulhamento da cidade.
Com jurisdição sobre juízes criminais, que poderiam recorrer a ele porque detinha o poder de prender ou soltar presos para investigação. Portanto, auxiliavam as autoridades judiciais nos processos.
c. Juiz Conservador da Nação Britânica – Decreto de 4/5/1808.(Lei extravagante ).
Como garantia de foro privilegiado para os súditos ingleses, sendo exercido por um juiz brasileiro, mas eleito pelos ingleses residentes no Brasil e aprovado pelo Embaixador Britânico.(tribunal do almirantado)
7. De Colônia a Reino Unido.
Carta de Lei de 16 de dezembro de 1815 (definição da condição jurídica da sede do governo português)
Objetivo: Elevar o Brasil a “Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves” seria colocá-lo como igual a Portugal fornecendo-lhe um status jurídico que não poderia ser retirado. Portanto, tal medida não somente colocou a até então colônia em um patamar de importância político-administrativa, como reforçou a posição dos grupos que defendiam junto ao Regente a transferência definitiva da sede do Império Português para o Rio de Janeiro.
OBS:
 As tropas napoleônicas foram definitivamente derrotadas na Europa e a revolução do porto (movimento que busca um regime monárquico constitucional para Portugal). Criaram condições políticas para o retorno da família real à metrópole. Afinal o Rei não queria perder sua coroa em Portugal. D. João tratou de reforçar a presença da Corte Portuguesa na “Colônia”, elevando-a à Reino Unido a Portugal e Algarves e alguns anos depois , ocorreu o grito de Ipiranga, em 1822, a Independência política do Brasil. Dom Pedro I assume o trono.
V. DIREITO NO ESTADO IMPERIAL
Após a independência existe a necessidade de se manter o instituto jurídico colonial (livros 3 Direito processual, 4 Direito privado e 5 direito penal, das ordenações Filipinas, são reafirmados na vigência do direito português; legislação infraconstitucional) 
1. Constituição do Brasil de 1824 (A Constituição Política do Império do Brasil outorgada em 25 de março de 1824 pelo Imperador D. Pedro I)
A Primeira Constituição do Brasil começou a ser preparada no dia 3 de maio de 1823, quando se instalou na Corte a Assembléia Constituinte. Dela faziam parte proprietários rurais, advogados, juízes, religiosos, militares, funcionários públicos e alguns poucos médicos.
O debate constituinte foi marcado por disputas entre grupos que defendiam posições opostas em relação a organização do País.
Para uns, a influência do Poder Executivo deveria ser reduzida em favor do Poder Legislativo, exercido pelo Parlamento, fonte legítima do Poder, já que representava a maioria da nação. As posições deste grupo foram derrotadas.
Já para o grupo liderado pelos irmãos Andradas, o governo deveria se concentrar nas mãos do Imperador.
Havia o receio de que o Poder Legislativo, composto por deputados eleitos nas Províncias, fosse incapaz de garantir a unidade territorial do Império.
a. Característica da Assembléia Constituinte:
 Anticolonialismo
Firme oposição aos portugueses (comerciantes e militares) que ainda ameaçavam a independência brasileira e desejavam a recolonização do País. Assim, por exemplo, o projeto proíbe os estrangeiros de ocupar cargos públicos de representação nacional
 Antiabsolutismo
Preocupação de limitar e reduzir os poderes do Imperador e valorizar e ampliar os poderes do Legislativo. Assim, por exemplo, o projeto estabelecia que: a) o Imperador não tinha poderes para dissolver o Parlamento; b) as Forças Armadas deviam obedecer às ordens do Legislativo e não de D. Pedro I.
 Classismo
Intenção de reservar o poder político só para a classe dos grandes proprietários rurais.
Exatamente no momento em que o processo constitucional parecia favorecer a elite rural, surgiu o golpe imperial com a dissolução da Constituinte e consequente outorga da Constituição. Esse golpe, impedia que o controle do Estado fosse feito pela aristocracia rural, que somente em 1831 restabeleceu-se na liderança da nação.
b. A “Constituição da Mandioca”
Com o intuito de afastar a maioria da população do exercício de cidadania, o projeto preconizava a eleição em dois turnos, condicionando-se a capacidade eleitoral à renda.
Portanto, a maioria do povo não era considerado cidadão e não tinha o direito de votar, nem de ser votado. O projeto estabelecia que o mais humilde eleitor precisava ter renda mínima por ano no valor de 150 alqueires de farinha de mandioca. Por isso, o projeto ficou conhecido, popularmente, como Constituição da Mandioca. “Gente rica que não possuísse terras ficava fora das eleições. Foi o caso de comerciantes portugueses, ricos, que tinham dinheiro, mas não alqueires de mandioca”. 
c. Antecedentes à outorga da Constituição do Império (1824)
O Primeiro Reinado (1822/1831) se constituiu como uma etapa de consolidação da emancipação política brasileira, a qual não produziu grandes alterações na ordem social e econômica e na forma de governo. Dessa forma, a independência foi imposta verticalmente, com a preocupação em manter a unidade nacional, conciliar as divergências existentes dentro da própria elite rural, afastando os setores mais baixos da sociedade representados por escravos e trabalhadores pobres em geral.
Portanto, o “7 de setembro” significou apenas a separação política de Portugal. Pouca coisa iria mudar no país. O Brasil iria continuar sendo uma nação agrária, com uma mentalidade escravista, dominado politicamente pela aristocracia rural e com a economia totalmente dependente do capital inglês.
Motivação para a outorga da 1ª Constituição Brasileira: As desavenças entre o Imperador e os Constituintes se produziram em torno das atribuições do Poder Executivo (o Imperador) e o Legislativo – os Constituintes não queriam que o Imperador tivesse o poder de dissolver a Câmara dos Deputados e nem que pudesse negar a validade de qualquer lei aprovada pelo Legislativo.
Com a Assembléia Constituinte dissolvida, D. Pedro I nomeou um Conselhode Estado para elaborar uma Carta Constitucional formado por 10 membros (Comissão de 10 notáveis), utilizando vários artigos do anteprojeto de Antônio Carlos (um dos irmãos Andradas) e que após ser apreciada pelas Câmaras Municipais, foi outorgada (imposta)
d. A composição da constituição de 1824
 Monarquia de caráter hereditário e de governo constitucional, pessoal e representativo (Imperador e Assembléia Geral – Câmara de Deputados e Senado). O estado brasileiro apresentava-se na forma unitária (províncias não autônomas).
 Divisão dos Poderes: Clássicos – Executivo, Legislativo e Judiciário → Imperador cria um quarto poder Moderador.
 Religião católica era a religião oficial do Estado ≠ dispositivo constitucional indica uma certa “liberdade de religião” (culto particular).
Possibilita o indivíduo a ter registro civil (registro de nascimento e batismo, casamento, morte).
A igreja ficava subordinada ao Estado, pelo regime de padroado e beneplácito, ou seja, nenhuma ordem
 do papa poderia vigorar no Brasil sem antes ter sido aprovada por ele (despacho régio).
Voto censitário, descoberto (não secreto) e indireto. 
Instituiu a formação de um Conselho de Estado composto por Conselheiros vitalícios escolhidos pelo Imperador.
e. Organização dos Poderes Políticos pela Constituição de 1824( quadriparticiti )(legitimação do poder do imperador , conceder ao monarca poderes divinos – ato de sagração e aclamação popular – ) 
Legitimação dos poderes ...
Poder moderador: Exercido pelo Imperador; um Poder Absolutista disfarçado na norma constitucional, que de acordo com o art. 98, cabendo a ele: velar sobre a manutenção da independência, do equilíbrio e da harmonia dos demais Poderes Políticos (competência constitucional ) obs: beneplácito régio – cumpra-se.
As atribuições do Poder Moderador: Art. 101, CI/1824 - interferindo nos outros poderes.
Obs : a constituição limita os poderes do imperador , em tese , pois ao interpretar a norma , vemos que o poder moderador interfere de maneira definitiva na aprovação e execução das normas.
 dissolver apenas os deputados , porém tem poder de veto absoluto em ambas as câmaras.
 Nomeando os senadores, na forma do art. 43 (legislativo).
 Convocando a Assembleia Geral extraordinariamente nos intervalos das sessões, quando assim o pede o bem do Império (legislativo).
 Sancionando os Decretos e Resoluções da Assembleia Geral para que tenham força de lei, art. 62 (legislativo).
 Aprovando e suspendendo interinamente as Resoluções dos Conselhos Provinciais, art. 86 e 87(legislativo).
 Prorrogando ou adiando a Assembleia Geral e dissolvendo a Câmara dos Deputados, nos casos em que exigir a salvação do Estado, convocando imediatamente outra, que a substitua (legislativo).
 Nomeando e demitindo livremente os Ministros de Estado(executivo).
 (movimentar os juízes das províncias ) suspender os magistrados, nos casos do art. 154(judiciário).
 ( reformar qualquer decisão em juízo )Perdoando e moderando as penas impostas aos réus condenados por sentença(judiciário).
 Concedendo anistia em caso urgente e que assim aconselhem a humanidade e bem do Estado(judiciário)
( garantias constitucionais ao exercício da magistratura, constituição de 88 , vitaliciedade , irredutibilidade de subsídios e inamovibilidade )
Poder legislativo: Bicameral; câmara dos deputados (4 anos) e Senado ( vitalício ) legitimizado por processo eleitoral ; Assembleia provinciais 
Poder executivo: imperador e conselho de estado (vitalício) ministros legitimizado por nomeação ; presidentes das Províncias 
Poder judiciário: Supremo tribunal de justiça( conselheiro de justiça – vitalício - nomeação); tribunal relação provincial(desembargador provincial- nomeação ) ;(Juiz de direito- nomeação e de paz)( leiga e eleita diretamente competindo a conciliação)
f. O restrito direito de voto
	 O principal direito político da cidadania – de votar e de ser votado – era restrito e descoberto (não secreto)
 Eleições indiretas e realizadas em dois turnos.votante( 100 mil) elege o eleitor(200 mil ) formação de um corpo eleitoral e esse corpo elegeis deputados e a lista tríplice para o senado, lista essa encaminhada ao imperador para seleção, recebendo a vitaliciedade.
 Eleições primárias, de primeiro grau ou paroquiais 14 províncias → quando eram escolhidos os eleitores de província.( masculino, católico , renda mínima )
 Excluídos: escravos, índios, mulheres, religiosos de claustro, criados de servir, menores de 25 anos e solteiros. ALÉM DE TODOS AQUELES QUE TIVESSEM RENDA ANUAL INFERIOR A 100 MIL RÉIS (bens imóveis por definição), INDÚSTRIA, COMÉRCIO OU EMPREGO.
Voto censitário ou pecuniário 
 E para ser um cidadão ativo e ter direito a voto nos Colégios Eleitorais que escolhiam os Deputados e Senadores – renda mínima de 200 mil réis.
 - Conceder a apenas um pequeno número da população o direito de participar do processo político eleitoral foi uma das soluções encontradas pelo governo imperial para impor a ordem em um País tão “misturado e heterogêneo”.
	
g. A Organização Judiciária no Brasil Império.
A Constituição Imperial de 1824 deu nova feição a Justiça Brasileira, elevando-a à condição de um dos poderes estatais
Supremo Tribunal de Justiça: (Em substituição à Mesa de Consciência e Ordens e à Casa de Suplicação)
Apenas responsável pelos recursos de revista de determinadas causas (nulidade manifesta ou injustiça notória) e solução de conflitos de jurisdição e competência das Relações Provinciais
Tribunais de Relação (Províncias) : Julgamento de recursos. 
Juízes de Direito : Julgamento das contendas cíveis e criminais. Nomeados pelo Imperador.
Juízes de Paz (criado em 1827) : Conciliação prévia das contendas cíveis e para instrução inicial das criminais. Eleitos nos Municípios à semelhança das eleições dos vereadores das Câmaras.
h. Direitos Individuais (art. 179) obs : escravo não é indivíduo).
Inciso 2 – nenhuma lei será estabelecida sem utilidade pública. → o público não engloba a maioria da população – escravos e homens livres não proprietários.
Inciso 5 – liberdade religiosa?? – Título I, art. 5, religião oficial do Estado: Católica!( liberdade da crença apenas em domicílio )( em publico somente a católica ) 
Inciso 7 – todo cidadão tem em sua casa um asilo inviolável. → inobservável pela polícia quando tratava-se dos homens livres não proprietários.
Inciso 13 – a lei será igual para todos, quer proteja, quer castigue, e recompensará em proporção dos merecimentos de cada um. – Sujeito de Direito é o Sujeito de Patrimônio!
Inciso 16 – ficam abolidos todos os privilégios, que não forem essencial e inteiramente ligados aos cargos, por utilidade pública. – E a Corte e nobreza de privilégio?
Inciso 18 – Organiza-se-á quanto antes um código civil e criminal fundado nas sólidas bases da justiça e equidade. Civil? Sujeito de Patrimônio? Escravismo!
Inciso 19 – abolição dos açoites, torturas, marca de ferro quente e demais penas cruéis. – não p/ escravos!
Inciso 20 – nenhuma pena passará da pessoa do réu. (princípio da instranscedência da pena) – escravos eram sentenciados no lugar de seus senhores! 
Inciso 22 – é garantido o direito de propriedade em toda a sua plenitude. – utilizado como defesa da manutenção da escravidão!
Obs : o escravo de ganho ( alugado ) é julgado e apenado pelo Estado )
Obs : A escravidão era a marca da produção e da cultura do Império e, ainda assim, o Imperador e seu Conselho de Estado decidiram praticamente copiar a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão dos revolucionários franceses na elaboração do presente dispositivo constitucional.
i. Religião na constituição (estado laico ?)
 A Religião Católica Apostólica Romana continuará a ser a Religião do Império.
 Todas as outras Religiões serão permitidas com seu culto doméstico, ou particular em casas para isto destinadas, sem forma algum exterior do Templo. 
 Estado Monárquico Brasileiro limita às demais crenças e manifestaçãode fé que não a católica no território brasileiro.
Por conseguinte, qual a diferença entre liberdade religiosa e tolerância religiosa?
A liberdade de religião implica em :
 a liberdade de crença; 
 a liberdade de culto; 
 e a liberdade de organização religiosa e ausência de estado Confessional. 
Liberdade religiosa-é o princípio jurídico fundamental que regula as relações entre o Estado e a Igreja.
Tolerância Religiosa é a atitude respeitosa e a aceitação diante de diferentes religiões, admitindo formas diferenciadas de cultos distintos e permitindo o convívio e manifestações dos mesmos pelo Estado.
Prova av1
-Marco jurídico da colônia) capitanias e governo geral )
-Civil law e common law 
-A penas contextos jurídicos marcos jurídicos 
- Organização do estado no período imperial , constituição da mandioca, porque dissolvê-las a constituinte e consequência e a organização do estado , quais os poderes e competências , organização eleitoral e a judiciária e característica de estado unitário( sem autonomia política ) e confecional (religião oficial )
0940 horário da prova 25 
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