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ÉTICA
A moral e a ética são estudos que se confundem. A moral é um conjunto de normas de conduta adotado como absolutamente válido por uma comunidade, numa época determinada. A ética é o estudo sobre a moral, e auxilia na resolução de situações sociais com sua reflexão crítica das posturas humanas auxiliando na condução histórica humana. 
A ética é a reflexão distinta sobre o comportamento humano e a moral seria pautada pelos valores e normas práticas que norteiam e conduzem o comportamento do ser humano na sociedade. ( Aliane, Sirlene Cristina. Valores urbanos, ética e moral social – fundamentos humanísticos da civilização ocidental.)
Ética é a vitória da convivência sobre os interesses singulares, a vitória da vontade geral sobre a vontade de cada um, a vitória do interesse público sobre os interesses particulares de circunstâncias. Ética está intrinsicamente ligado ao caráter e a liberdade humana de escolha, liberdade que nos permite escolher como queremos conviver, é a inteligência compartilhada a serviço do aperfeiçoamento da convivência em sociedade. (Clóvis de Barros Filho.)
Ética é de cada tempo, é de cada cultura, não é universal, não é individual, é de um grupo, uma comunidade, uma sociedade. 
Tradicionalmente ela “a ética” é entendida como estudo ou reflexão científica ou filosófica, e eventualmente até teológica, sobre os costumes ou sobre as ações humanas. Mas chamamos de ética a própria vida... A ética pode ser o estudo das ações e dos costumes, e pode ser a própria realização de um tipo de comportamento. ( Valls )
A ética portanto é um estudo no que se refere à boa conduta humana, do bem e mal, do certo ou errado de acordo com cada costume, comportamento e cultura de cada região.
O Bem Supremo que tanto falam os filósofos gregos só pode ser alcançado mediante a prática de uma vida virtuosa, tendo a razão como guia de nossas ações. Para Sócrates uma vida virtuosa depende do “conhecimento de si mesmo”. O filósofo acreditava que através da razão era possível alcançar um ideal de vida ético. O lema “conhece-te a ti mesmo” expressa toda preocupação moral de Sócrates e não era um lema meramente teórico, mas prático pois não buscava um conhecimento puro e sim uma sabedoria de vida.
Aristóteles também trouxe grandes contribuições para o campo da ética, cujo pensamento também pode ser pensado a partir de uma “ética racionalista”. A ideia deste filósofo é a de que as virtudes não algo que se adquirem de uma hora para outra, mas são adquiridas através do uso da razão, do hábito e de ações virtuosas. “O homem precisa converter suas melhores disposições naturais em hábitos, de acordo com a razão.”
Devemos exercitar a virtude para podermos então sermos mais críticos, mais éticos, agirmos de acordo com nossa reflexão diária. Agir eticamente para os gregos é algo voltado para uma atividade da razão: a razão como guia de nossas ações na busca do ideal de Bem.
No que diz respeito a Situação – problema: caso: Ética em Gestão de Projetos; podemos afirmar que:
Após uma extensa análise de fornecedores de softwares brasileiros, a Tecnosampa chamou a atenção dos executivos da Steinadler brasileira, devido a sua proposta de flexibilidade e garantia de entrega em cenários complexos. Portanto sua responsabilidade era realizar os projetos com a máxima competência e transparência, seguindo a disciplina descrita nas normas e regras da matriz, alcançando assim as expectativas da matriz.
A empresa Steindler alemã era uma grande indústria química multinacional, com 45 anos de existência e com filiais espalhadas por todo o mundo, seu faturamento anual era em torno de 300 milhões/ano, uma empresa consolidada no mercado, com um considerável portfólio de produtos e serviços, sua especialização era o ramo de tintas e solventes (domésticos e industriais), a filial brasileira era importante e contribuiu com 40% do faturamento global, o que lhe assegurou grande atenção da matriz, recebendo um destacado investimento financeiro para melhoria de seus resultados.
Já a Tecnosampa com uma empresa de médio porte, que oferece ao mercado serviços de desenvolvimento de sistemas de informação, possuía um bom reconhecimento no mercado de tecnologia, seus destaques são: inovações tecnológicas e compromisso de entrega.
No início da parceria entre a Steinadler e Tecosampa os projetos eram relacionados a contexto de menor risco operacional, o primeiro projeto relacionado a um sistema de comissionamento de vendedores e canais de vendas agradou muito a corporação, o qual foi em pouco tempo adotado pelas filiais ao redor do mundo. Mesmo nesse primeiro projeto de sucesso já havia diversas dificuldades de Silvio para se alinhar com a forma de condução do gestor da Steinadler Sr. Oliveira, a gestão de requisitos foi o maior desafio do projeto.
Mais como a parceria com a gigante Steinadler traria um aumento considerável nos lucros da Tecnosampa, e consequentemente uma maior visibilidade e consolidação do nome da empresa no mercado devido a essa importante parceria, a Tecnosampa cometeu um grave erro: ser permissiva e fechar os olhos para graves problemas na execução de seus projetos, adotando a máxima que tudo é possível para que os objetivos sejam atingidos, ou seja, os fins justificam os meios, como preconizava Maquiavel, para uma empresa que pretende ampliar sua área de atuação e se firmar cada vez mais no mercado como uma empresa que oferece serviços de desenvolvimento de sistemas de informação, uma área de extrema importância dentro das empresas, e que requer grande grau de confiança entre a empresa contratada Tecnosampa e seu cliente a Steinadler, falsificar dados, superfaturar projetos que nem sequer eram realizados, recursos alocados superiores ao previsto em projetos, é uma grave falha na quebra de confiança e solidez nessa parceria, já que princípios básicos de ética, não eram respeitados entre empresas que deveriam ser parceiras em seus objetivos, pois o crescimento e fortalecimento de uma seria consequentemente os devidos a outra empresa parceira .
Nos modelos adotados de ética no nosso tempo e na nossa sociedade creio que fazer de tudo de bom e ruim para alcançar um objetivo não seja válido, principalmente no ambiente empresarial onde erros e mentiras podem ser facilmente desvendados, acabando assim com uma reputação que demorou anos para ser formada.
Como esta situação foi acontecendo:
Sílvio Becker, o gerente de projetos da empresa Tecnosampa, era um profissional altamente qualificado, se apresentava como líder na execução de projetos, graduado em engenharia e com uma vasta experiência na sua área de atuação, enfrentava um grave conflito interno que era o de ser obrigado a forjar evidências e artefatos irreais que registrariam o andamento de determinados projetos de software, na prestação de serviços para seu maior cliente, a Steinadler, uma grande indústria química multinacional com sede na Alemanha e filiais espalhadas pelo mundo todo.
A diretoria da Tecnosampa entusiasmada com o aumento do faturamento devido a realização dos projetos com Steinadler, instruía Silvio a ser permissivo com as falhas operacionais do gestor da Steinadler, Sr. Oliveira, fato que Silvio já havia constatado que o gestor da Steinadler não se preocupava em apresentar claramente os requisitos dos projetos, tanto no momento de descrever o objeto no contrato como na descrição detalhada do escopo, situação essa que gerava desde o início da parceria entre as empresas a necessidade de Silvio ser a pessoa responsável por criar os registros falsos, os quais precisariam sustentar de maneira estruturada uma possível auditoria da matriz sobre esses registros. Quando firmaram o acordo na parceria das empresas a Steinadler alemã e a brasileira Tecnosampa ficou explícita a condição de manter a disciplina descrita nas normas e regras da matriz alemã.
O conflito ético se baseava no fato de que para não perder a parceira com um cliente muito importante que gerava a maior parte de seus lucros, a empresa Tecnosampa era submissa aos devaneios da gestãoirresponsável da Steinadler brasileira que era conduzida pelo Sr. Oliveira, um profissional que tinha em seu currículo grande experiência na sua área, tendo sido a pouco tempo promovido para o cargo de gestor.
 Oliveira estava no quadro de colaboradores da Steinadler desde o início de sua operação no Brasil, de modo que conhecia bastante a empresa e suas necessidades, possuía então a confiança da matriz, mas que infelizmente ao assumir um posto de destaque na empresa como gestor, passou a ignorar as diretrizes da disciplina moral e ética devido a empresa a qual era subordinado. Para Steinadler Sr. Oliveira era um colaborador de valor, pensava Silvio. 
Silvio então estava frequentemente diante das dificuldades de gestão desses projetos, à repetição de falhas era constante o que gerava um volume considerável de retrabalhos, além de que alguns projetos contratados eram superfaturados e outros sequer eram executados, com o objetivo único de atender atividades não formalizadas, fatos graves que eram compartilhados com a vice – presidência da Tecnosampa Sr. Ferreira o vice – presidente Técnico e superior direto de Silvio. 
Sr. Ferreira fazia promessas recorrentes de resolução dos problemas expostos por Silvio, mas que nunca se cumpriam.

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