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FACULDADE MULTIVIX DE VITÓRIA - ES FARMÁCIA / BIOMEDICINA - 1° PERÍODO (NOTURNO) Fernanda Kelly Araújo Alves, R.A: 1813500 Gislaine Pimenta Tavares, R.A: 1712278 Maria Ana Silva Pereira, R.A: 1712247 Milena Vidal Augusto, R.A:1520372 Nathália Souza Marcarini, R.A: 1813131 DA SERVIDÃO MODERNA 26-04-2018 Vitória - ES Abril / 2018 1 DA SERVIDÃO MODERNA 26-04-2018 Resenha do documentário “Da Servidão Moderna”, sob orientação da professora Tatyana Lellis da Matta e Silva, como requisito para a avaliação da disciplina de Ciências Sociais e Saúde. Vitória - ES Abril / 2018 2 SUMÁRIO 1. Introdução……………………………………………………………….4 2. Síntese ………………………………………………………………….5 3. Reflexão teórica e crítica ……………………………………………...8 4. Conclusão …………………………………………………………… 11 5. Referências…………………………………………………………….12 3 1. Introdução A servidão moderna é um livro e um documentário de 52 minutos produzidos de maneira completamente independente. O texto foi escrito na Jamaica em outubro de 2007 e o documentário foi finalizado na Colômbia em maio de 2009. Ele existe nas versões francesa, inglesa e espanhola. O filme foi elaborado a partir de imagens desviadas, essencialmente oriundas de filmes de ficção e de documentários. O objetivo principal deste filme é de por em dia a condição do escravo moderno dentro do sistema totalitário mercante e de evidenciar as formas de mistificação que ocultam esta condição bajuladora. Ele foi feito com o único objetivo de atacar de frente a organização dominante do mundo. 4 2. Síntese “Da Servidão Moderna” O documentário “Da Servidão Moderna”, relata o atual sistema na sociedade, mostrando os níveis elevados de consumo e a produção incansável no setor industrial. Ele expõe a escravidão voluntária, ou seja, a forma com que os homens são escravos no mundo capitalista e comerciário. O documentário aponta o quão somos alienados e não damos conta da nossa alienação: o mundo se tornou uma prisão construída por nós mesmos, “o explorado do tempo moderno deve pagar por sua jaula”. O dinheiro é um deus que é cultuado cegamente. Em muitos momentos nos reconhecemos como o fator problema no contexto, vivendo em uma vida de apenas servidão para o capitalismo. Sendo assim, somos induzidos pela mídia a consumir cada vez mais, a acumular bens materiais e estar sempre em busca de uma felicidade que nunca é alcançada. Talvez esta seja a única diferença entre o escravo moderno e o escravo da época da chibata. Nossa vida é totalmente dedicada ao trabalho, que exige o máximo do indivíduo para a reprodução do sistema. O Sistema econômico só existe devido o trabalho humano e este se torna contínuo em consequência da mão de obra que o rege. Somos escravos em tempo integral, mesmo quando não estamos exercendo nossas funções. As férias e os descansos são programados, horários são cumpridos, metas devem ser alcançadas. De certa forma entendemos que como trabalhamos para adquirir riquezas, e essas riquezas foram produzidas por outros trabalhadores que estão em busca de mais bens ou riquezas, subentende-se que temos na civilização moderna, capitalista e mercante, escravos trabalhando para 5 escravos, em uma rotina muito viciosa que é o consumismo, onde se procura trabalho, para se ter recursos financeiros, para se obter riquezas, sendo que, essas riquezas são produzidas na sua maioria de formas limitada, o que aguça ainda mais nossa vontade de consumir. As ofertas determinam às demandas, que materializam conhecimento e sentido em bens de consumo, a ilusão de pertencimento se dá através da posse, do acesso palpável ao que é colocado como belo e moderno. Podemos ver também que esse processo de alienação se inicia ainda na infância: o ser humano vai sendo domesticado nos ambientes em que tem acesso e nas relações que vai criando. A família, os professores, os amigos, a mídia, todos implantam ideias com o propósito de tornar estúpido, de retirar a capacidade crítica das pessoas, chegando ao ponto de convencer os escravos de que não existe saída, de que o sistema não permite mudança. Inclusive, existe a ideia de outros possíveis sistemas, mas torna-se errado perante a sociedade pensar que seja discutida mudanças. Utilizando de dura crítica e de imagens e argumentos que causam impacto, o documentário é totalmente contrário ao sistema atual. Acabando por assumir uma espécie de ataque contra os chamados “dominantes do mundo”, buscando conscientizar as pessoas quanto a nossa condição de escravos. Abordando as dificuldades enfrentadas no sistema mercantil, como a escassez de alimentos para camadas inferiores da população, a poluição gerada pelo setor industrial, a má distribuição de terras, entre outros. A solução oferecida pelo documentário é a libertação e conscientização do atual sistema, tendo como objetivo a revolução para a formação de uma nova sociedade, porém é de suma importância se desprender dos valores impostos e procurar de fato a mudança. Obediência é a chave do sistema capitalista, enquanto houver a aceitação sem questionamentos do que está sendo imposto o ciclo irá continuar. É necessário romper os preceitos do sistema para a descoberta de novos princípios. O autor nos coloca a pensar em como somos manipulados o tempo todo por este sistema controlador, somos condicionados a perder a maior parte do nosso dia, até mesmo da nossa vida trabalhando para obter cada vez mais dinheiro. Dessa forma, o documentário se mostra importante tanto para a nossa formação pessoal, quanto 6 para a profissional. Ele serve de incentivo para buscarmos um mundo diferente para nós e para as pessoas com que teremos contato, visando um consumo consciente e sustentável e que seja possível encontrar a real felicidade, a do não consumismo. 7 3. Reflexão Teórica e Crítica 3.1 A relação da sociologia com o surgimento dessa sociedade. Na idade média os trabalhadores do meio capitalista estavam cientes de que eram de uma classe totalmente escrava onde não tinham opção a não ser obedecer aquele que os designavam tarefas. Hoje temos uma realidade diferente, onde não seríamos obrigados a ser servos se não fôssemos uma sociedade de alienação em que nós mesmos escolhemos a quem vamos servir para que possamos ter uma vida, sem qualidade, porém satisfazendo nosso desejo de consumo para as indústrias de materiais, alimentação, moradia, entre outras. É aceitado todaa atividade que nos é imposta apenas para suprir o que achamos que seria para nosso bem-estar, quando na verdade estamos apenas beneficiando os empregadores com o totalitarismo mercante. “O explorado dos tempos modernos deve pagar por sua jaula”. 3.2 A Sociologia é ciência? Qual sua relação com a servidão moderna? A ciência da sociologia trata nosso meio social. O meio social frisa nossa dependência no capitalismo atual em que indivíduos e empresas privadas contratam a mão-de-obra do trabalhador. Trabalho esse retratado no filme como instrumento de tortura em que não admitimos que nós mesmo selecionamos quem vai nos liderar para satisfazer nosso consumismo, tanto nas áreas de produção quanto nos meios de lazer onde continuamos a ser dependente daquilo que nos é oferecido, chamado no filme de “Escravo integral”. 3.3 O que é o capitalismo? Capitalismo é o sistema socioeconômico em que os meios de produção e o capital, dinheiro, são propriedade privada com o interesse de gerar lucros. Os chamados “burgueses” ou “capitalistas”, são os proprietários dos meios de 8 produção que correspondem a uma pequena parte da sociedade capitalista. A maioria da população são os não-proprietários (proletários ou trabalhadores) que vivem dos salários pagos em troca da sua força de trabalho. 3.4 Qual o papel da Saúde no capitalismo nessa sociedade moderna? A Saúde deve ser inserida no sistema do capitalismo atual. Não levando em consideração apenas as exigências de trabalho sobre o profissional o deixando com nível de esgotamento trabalhando com coisas repetitivas, mas sim, visar a parte física, social e mental, conceito esse que beneficiaria ambas as partes do capitalismo. 3.5 Qual o sentido da palavra servidão na modernidade? A servidão moderna é uma escravidão voluntária, aceita por essa multidão de escravos que se arrastam pela face da terra. Ao contrário dos escravos da Antiguidade, aos servos da Idade Média e aos operários das primeiras revoluções industriais, estamos hoje frente a uma classe totalmente escrava, que no entanto não se dá conta disso ou melhor ainda, que não quer enxergar. Eles não conhecem a rebelião, que deveria ser a única reação legítima dos explorados. Aceitam sem discutir a vida lamentável que foi planificada para eles. A renúncia e a resignação são a fonte de sua desgraça. 3.6 Como os avanços científicos se relacionam com a “servidão moderna”? Com a evolução do capitalismo em uma atualidade onde mesmo com avanços científicos ainda somos escravos sem nem admitirmos, usando o mesmo exemplo retratado no filme, as crianças. Onde seus próprios pais contribuem para uma vida de alienação desde novos, escravizando-as com as mercadorias que lhe são dadas e deixando que a educação delas dependa disso. 9 3.7 Por fim, é possível relacionar os comportamentos das pessoas e as mudanças de valores como a sociedade que vivemos atualmente? É possível sim. Mesmo os escravos da idade média apesar de não terem escolhas de quem deviam servir. Nos dias de hoje a população continua a mercê de líderes em que acham que não tem opção de escolha, porém passam por cima do que querem, do que são de verdade e dos seus valores por se contentar com a “recompensa” que o trabalho lhes oferece. 3.8 Em que sentido o profissional da Saúde atua numa sociedade como a mostrada no filme? Com o stress diário, os escravos sempre tinham problemas de saúde e os profissionais da área sempre estavam a disposição para cuidar e fazer os tratamentos dos pacientes da medicina mercantil. Alguns desses tratamentos eram feitos à base de cirurgias, de antibiótico ou de quimioterapia. 10 4. Conclusão A intenção do “Da Servidão Moderna” é nos mostrar o quanto somos obedientes ao sistema capitalista, no entanto acaba nos deixando sem esperanças de viver em uma sociedade onde haja a real democracia, onde todos possuem direitos e oportunidades iguais. Somos inseridos desde o momento em que nascemos a uma sociedade movida a obediência e a tal servidão voluntária, e acaba sendo utópico imaginar viver em um mundo no qual não somos destinados a servir. Ao assistir o documentário, é possível sonhar com uma sociedade melhor mesmo estando tão distante. Somos movidos pelos nossos sonhos e por isso permanecemos fortes na luta por uma sociedade melhor, com educação de qualidade, com pessoas mais unidas, sem ganância, sem a necessidade desenfreada de consumo, onde não exista a dominação. 11 5. Referências https://www.google.com.br/amp/s/universidadedocotidiano.catracalivre.com.br/o-que -aprendi/una/o-que-e-o-capitalismo/amp/ http://www.culturabrasil.org/servidaomoderna.htm https://saudecomunista.files.wordpress.com/2014/07/o-papel-da-sac3bade-na-socied ade-capitalista-_victor-baiano_.pdf http://www.delaservitudemoderne.org/texto-po.html Da Servidão Moderna ("De La Servitude Moderne"). Direção: Jean - François Brient. Duração: 52 min. Dinponível em: https://www.youtube.com/watch?v=i7KaNFWJBG4 acesso em 04 e 21 de Abril de 2018. 12
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