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Fundamentos do Psicodiagnostico

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Fundamentos do Psicodiagnóstico 
Histórico da A.P. 
 
 2.200 a.C: O imperador chinês avaliava periodicamente 
os funcionários. 
 400 a.C: Platão sugere que as pessoas devem trabalhar 
em empregos compatíveis com suas capacidades e seus 
talentos. 
 1848: Caso Phineas Gage: intelecto não afetado mas a 
personalidade sim . 
 1920: 1ª Guerra Mundial avaliação rápida dos soldados 
em relação a problemas intelectuais e emocionais. 
 
Início do psicodiagnóstico 
 
 Galton – introduziu as diferenças individuais, onde afirmava 
que um homem inteligente teria filhos inteligentes. 
 
 Propôs o desenvolvimento de testes de inteligência para 
selecionar homens e mulheres brilhantes que seriam 
destinados a reprodução seletiva. 
 
 Teve também uma grande importância na criação de métodos 
estatísticos, deu origem ao conceito de testes mentais. 
 
 Pinel – paciente de lunático para neurótico 
 
 Notabilizou-se por ter considerado que os seres 
humanos que sofriam de perturbações mentais eram 
doentes e deviam ser tratados como doentes e não de 
forma violenta. 
 
 Foi o primeiro médico a tentar descrever e classificar 
algumas perturbações mentais. 
 Cattell – primeiras provas designadas como testes 
mentais, conhecido por explorar várias áreas da 
psicologia. Dentre elas: 
 
1. as dimensões básicas de personalidade; 
2. habilidades cognitivas,; 
3. dimensões clínicas da personalidade; 
4. padrões de grupo e comportamento social; 
5. métodos de investigação científica para explorar e 
medir essas áreas. 
 
 
 
 
 Rorschach - O teste passou a ser utilizado como um 
passo essencial, e às vezes único, do processo diagnóstico. 
 
 Grande popularidade é atribuída ao fato de que os dados 
gerados eram compatíveis com os princípios básicos da 
teoria psicanalítica. 
 
 
 
 Kraepelin - defendia que as doenças psiquiátricas são 
principalmente causadas por desordens genéticas e 
biológicas. 
 
 
 Anunciou que havia descoberto um novo modo de se 
entender a doença mental, referindo-se ao entendimento 
tradicional como "sintomático" e sua visão era "clínica". 
 
 Binet – propôs a utilização do exame 
psicológico (mensuração intelectual) como 
coadjuvante da avaliação pedagógica. 
 
 
 Pedagogo e psicólogo, conhecido por sua 
contribuição na psicometria, considerado o 
inventor do primeiro teste de inteligência 
(base dos testes de QI). 
 
 
 
 
 Jung - Teste de associação de palavras (1906), fornecendo 
lastro, para o lançamento mais tarde de técnicas projetivas. 
 
 Teste de associação de palavras: o método é constituído por 
cem palavras que segundo Jung foram escolhidas e ordenadas 
de tal forma a atingirem todos os complexos que ocorrem 
na prática. 
 
 
 
 
 Zacker (1989) - propõe uma questão: terá psicodiagnóstico o 
impacto que merece? 
 
 Achou que a evidência disso seria comprovada num ambiente 
psiquiátrico. 
 
 Assim desenvolveu uma pesquisa com 70 pacientes, 
encontrando concordância entre as recomendações 
diagnósticas do psicólogo e do psiquiatra em 94% dos casos. 
 
 Considera que o reconhecimento do psicodiagnóstico tem 
relação em primeiro lugar, com o refinamento dos instrumentos 
e em segundo lugar com estratégias do psicólogo. 
 
Avaliação Psicológica 
 Estratégias de avaliação 
 É a coleta e a integração de dados relacionados à 
psicologia com a finalidade de fazer uma estimação 
psicológica, que é realizada por meio de instrumentos 
como testes, entrevistas, estudos de caso, observação 
comportamental, aparatos e procedimentos de medida 
especialmente projetados. 
 
 OBJETIVO: responder a uma questão de 
encaminhamento, resolver um problema ou tomar uma 
decisão por meio do uso de instrumentos de avaliação. 
 
Contextos para a realização de A.P. 
 
 Clínico = Psicodiagnóstico 
 Vocacional/Profissional 
 Saúde / Hospitalar 
 Porte de armas 
 Trânsito 
 Forense / Jurídico 
 Trabalho/Organizacional 
 Escolar/Educacional 
 
Alguns pressupostos sobre a A.P. 
 
1) Existem traços, estados e estruturas (tipos) psicológicos. 
 Traços: qualquer forma distinguível, relativamente estável em 
que um indivíduo varia com relação ao outro. 
 Estados: diferenciam a pessoa mas são menos duradouros. 
 Estruturas (tipos): descrição do indivíduo. 
 
2) Traços e estados podem ser quantificados para isso devem 
ser cuidadosamente descritos e definidos. 
 
3) As técnicas de avaliação e os testes tem pontos fortes e 
fracos. 
 
4) A avaliação deve ser conduzida de forma justa e imparcial. 
 
INSTRUMENTOS 
I. Entrevistas 
 
II. Testes 
 
III. Observação comportamental 
 
IV. Computadores 
 
PSICODIAGNÓSTICO - Cunha 
 
 É uma avaliação psicológica, feita com propósitos clínicos 
e, portanto, não abrange todos os modelos de avaliação 
psicológica. 
 Procura avaliar forças e fraquezas no funcionamento 
psicológico, com o foco na existência ou não de uma 
psicopatologia. 
 
 Pressupõe a utilização de outros instrumentos além de 
testes, para abordar os dados psicológicos de forma 
sistemática, científica, orientada para a resolução de 
problemas. 
 
 O psicodiagnóstico surgiu com o advento da psicanálise 
que ofereceu novo entendimento para a classificação dos 
transtornos mentais. 
 
 
 Os pacientes que apresentam casos mais severos e que 
podem precisar de hospitalização tendem a ser 
encaminhados para psiquiatras, enquanto os casos menos 
graves costumam ser encaminhados para psicólogos ou 
psiquiatras. 
 
 
 É um procedimento científico de investigação e 
intervenção clínica, limitado no tempo, que emprega 
técnicas e/ou testes com o propósito de avaliar uma ou 
mais características psicológicas, visando um diagnóstico 
psicológico (descritivo e/ou dinâmico), construído à luz 
de uma orientação teórica que subsidia a compreensão 
da situação avaliada, gerando uma ou mais indicações 
terapêuticas e encaminhamentos. 
CARACTERIZAÇÃO DO PROCESSO 
 
 Psicodiagnóstico: é um processo científico, 
limitado no tempo, que utiliza técnicas e 
testes psicológicos, a nível individual ou não, 
seja para entender problemas à luz de 
pressupostos teóricos, identificar e avaliar os 
aspectos específicos ou para classificar o caso 
e prever seu curso possível, comunicando os 
resultados. 
 
 
 Processo científico: parte de um levantamento prévio de 
hipóteses que serão confirmadas ou não através de 
passos predeterminados e com objetivos precisos. 
 
 Tempo: uma estimativa de tempo (número aproximado de 
sessões) deve ser estabelecida entre psicólogo e paciente, 
ou responsável no caso de crianças. 
 
 Plano de avaliação: baseado nas perguntas ou hipóteses 
iniciais, definir os instrumentos necessários e quando 
serão usados. 
 
Processo do psicodianóstico 
 
 selecionados e aplicados os testes obtém-se dados que 
devem ser intercorrelacionados com as informações da 
história clínica, da história, pessoal ou com outras, a partir 
do elenco das hipóteses iniciais, para permitir uma 
seleção e uma integração, que determinam o nível de 
inferências que deve ser alcançado. 
 
Objetivos 
 
 Descritivo 
 Classificação Nosológica 
 Diagnóstico diferencial 
 Avaliação compreensiva 
 Entendimento dinâmico 
 Prevenção 
 Prognóstico 
 Perícia forense 
 
 O processo pode ter um ou vários objetivos, dependendo 
das perguntas ou hipóteses, inicialmenteformuladas. 
 
Descritivo 
 
 As perguntas mais elementares que podem ser 
formuladas em relação a uma capacidade, traço, um 
estado emocional seriam: Quanto? ou Qual? 
 
 O objetivo seria de classificação simples. 
 
 Ex 1: Um caso comum seria o de avaliação do nível 
intelectual, porém dificilmente um exame psicológico se 
restringe a este objetivo. Uma vez que os resultados dos 
testes, os escores dos subtestes e as respostas intratestes 
dificilmentes são regulares. 
 
Descritivo 
 
 
 É possível indentificar forças e fraquezas, dizer como é o 
desempenho do paciente do ponto de vista intelectual. 
 
 Neste caso o objetivo é de descrição. 
 
 Se o exame visasse examinar as funções cognitivas, não 
restritas a inteligência, seria também um psicodiagnóstico, com 
objetivo de descrição, mas seria uma avaliação 
neuropsicológica. 
 
Classificação nosológica 
 
 O diagnóstico nosológico é estabelecido através do 
conjunto de dados que envolvam anamnese (pesquisa), 
exame físico e testes complementares. 
 
 Frequentemente os dados resultantes desse exame, da 
história clínica e da história do paciente, permitem 
atender ao objetivo de classificação nosológica. Essa 
avaliação pode ser feita por psicólogo ou psiquiatra. 
Classificação nosológica 
 
 
 Quando sob a responsabilidade do psicólogo, sempre que 
possível, lança mão de outros recursos, instrumentos, 
jogos e técnicas. 
 
 A classificação nosológica, facilita a comunicação entre os 
profissionais, contribui para o lavantamento de dados 
epidemológicos de uma população. 
 
Diagnóstico diferencial 
 
 Onde o psicólogo investiga irregularidades e 
inconscistências do quadro sintomático e/ou dos 
resultados dos testes para diferenciar categorias 
nosológicas, níveis de funcionamento etc. 
 
 Para isso o psicólogo deve ter conhecimentos avançados 
de psicopatologia e de técnicas sofisticadas de 
diagnóstico. 
Avaliação compreensiva 
 
 Considera o caso de uma perscpetiva mais 
global, determinando o nível de funcionamento 
da personalidade, examinando funções do ego, 
para indicação terapêutica, ou ainda para 
estimativa de progressos ou resultados de 
tratamento. 
 
Avaliação compreensiva 
 
 Por exemplo: um paciente com uma crise vital pode se 
beneficiar com uma terapia breve, um paciente em surto, 
poderia requerer hospitalização. 
 
 
 Podem ou não ser usados testes, porém quando o 
objetivo do psicodiagnóstico é atingido, obtem-se 
evidências mais objetivas e precisas, que podem, inclusive, 
servir de parâmetro para avaliar resultados terapêuticos. 
 
Entendimento dinâmico 
 É uma forma da avaliação compreensiva, já que envolve 
personalidade de maneira global, mas pressupõe um nível 
de inferência mais clínica. 
 
 Procura entender uma problemática do sujeito com uma 
dimensão mais profunda, investigando fatores 
psicodinâmicos, identificando conflitos e chegando a uma 
compreensão do caso com base num referencial teórico. 
 
 Frequentemente se combina com os objetivos da 
classificação nosológica e do diagnóstico diferencial. 
 
Prevenção 
 
 Identificar problemas precocemente, avaliar riscos, fazer 
estimativa de forças e fraquezas do ego, bem como da 
capacidade para enfrentar situações novas, difíceis, 
conflitivas ou ansiogênicas. 
 
 Pode ser realizado por outros profissionais de uma 
equipe de saúde pública. Muitas vezes é levado a efeito 
utilizando recursos de triagem, apenas para dar 
fundamentação ao desenvolvimento de programas 
preventivos, com grupos maiores. 
 
Prognóstico 
 
 Depende fundamentalmente da classificação nosológica, e 
neste sentido, não é privativo do psicólogo. Pode avaliar 
condições que de alguma forma possam ter influência no 
curso do transtorno. 
 
 Trata-se de uma área que ainda exige muitas pesquisas 
tanto na coleta de dados quanto sobre a utilização mais 
correta da testagem. 
 
Perícia forense 
 O exame procura resolver questões relacionadas com 
“insanidade”, competências para o exercício de funções de 
cidadão, avaliação de incapacidade ou de comprometimentos 
psicopatológicos que etiologicamente podem se associar com 
infrações da lei, etc. 
 
 Deve haver um grau satisfatório de certeza quanto aos dados 
dos testes, o que é bastante complexo, o psicólogo deve 
ainda inferir o que ele acredita que ela poderia ou não fazer 
na vida cotidiana” 
OPERACIONALIZAÇÃO 
1. Determinar motivos do encaminamento, queixas e 
outros problemas iniciais; 
2. Levantar dados de natureza psicológica, social, médica, 
profissional e/ou escolar etc. sobre o sujeito e pessoas 
significativas, solicitando eventualmente informações de 
fontes complementares; 
3. Colher dados sobre a história clínica e história pessoal, 
procurando reconhecer denominadores comuns com a 
situação atual, do ponto de vista psicopatológico e 
dinâmico; 
 
 
 
4. Realizar o exame do estado mental do paciente; 
5. Levantar hipóteses iniciais e definir objetivos do exame; 
6. Estabelecer um plano de avaliação; 
7. Estabelecer um contrato de trabalho; Administrar testes 
e técnicas psicológicas; 
8. Levantar dados quatitativos e qualitativos; 
9. Selecionar, organizar e integrar todos os dados 
significativos para os objetivos do exame; 
10. Comunicar resultados (entrevista devolutiva, relatório, 
laudo, parecer e outros informes). 
 
 
Cabe ao psicólogo 
 
 Realizar a avaliação da pertinência do diagnóstico 
 Realizar o diagnóstico diferencial 
 Identificar forças e fraquezas o paciente e de sua rede de 
atenção visando subsidiar um projeto terapêutico 
 Ampliar a compreensão do caso por meio da elaboração 
de um entendimento dinâmico, alicerçada em teoria 
psicológica 
 Refletir sobre encaminhamentos necessários ao caso.

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