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UNIVERITAS
PEDAGOGIA
POLITICAS PUBLICAS E EDUCAÇÃO
ENZO MOREIRA
DEVISON NEVES
LUCIANE LANGE
Desde a mudança no comando do governo federal em 2016, reformas significantes estão sendo colocadas em prática pelo governo Temer. Dentre tais reformas, uma das mais impactantes e controversas é a mudança no modelo do ensino médio, que dentre outras ações, lança a Base Nacional Comum Curricular – BNCC que será o novo conjunto de orientações para nortear os currículos adotados nas escolas, públicas e privadas, de todo o país. No entanto, muitas vozes contrarias a esta mudança tem apontado diversas incongruências não apenas na forma de implementação (por Medida Provisória - MP sem discussão com às bases) bem como em seu conteúdo, que, segundo seus críticos, por exemplo, aprofunda os estudos profissionalizantes/técnicos em detrimento de disciplinas com viés mais crítico, humanístico, como sociologia e filosofia. Abaixo temos dois depoimentos antagônicos sobre esta mudança, a partir deles, dos seus conhecimentos e de pesquisas exponha, em no mínimo 30 linhas, a sua opinião acerca do novo ensino médio.
“...a reforma faz com que os estudantes sejam divididos entre aqueles que vão ter acesso a um ensino propedêutico e aqueles que vão ter acesso a um ensino técnico de baixa qualidade...” declaração do coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara à revista Carta Capital em 09/02/2017.
“.... É muito importante, principalmente para os mais pobres. É uma oportunidade de inserção no mercado de trabalho... a MP é uma tentativa importante de melhorar o ensino médio. Atualmente, ela não dá perspectiva para muita gente que não vai fazer o vestibular...” posicionamento de Cleverson Lino Batista, professor de filosofia, ética e sociologia, em entrevista à revista Exame em 15/outubro/2016.
Em 2014 o PNE (Plano Nacional de Educação), em uma das suas metas, definiu sobre a produção da Base Nacional Curricular Comum- BNCC. Assim no ano de 215, quando o Ministério da Educação iniciou a elaboração do texto, vários setores da sociedade voltaram-se para o assunto em discussão e pesquisa. Especialistas e organizações reiniciaram os debates sobre quem definiria e organizaria o conteúdo ensinado em sala de aula. Ao olhar para países que adotaram a centralização curricular não se nota melhora no desempenho além de se perceber forte tendência ao controle e aumento na cobrança de produtividade dos docentes, isso se projeta de forma negativa o trabalho/resultado escolar esperado. A proposta do BNCC é complexa e seria necessário que todos compreendessem a importância das novas diretrizes ponderando as indagações necessárias. Nessas indagações estão: como Estados, Munícipios e escolas irão contribuir, em que instancia e etapa se referem; como está a proposta curricular no desenvolvimento das competências e habilidades, quais aspectos dos conteúdos estão adaptados as realidades locais, como orientações e sequencias didáticas estão encadeadas, qual a função social e aspecto inclusivo dessas ações... São inúmeros aspectos a serem debatidos buscando fundamentação nas quais o alvo seja o resultado positivo no ensino/aprendizagem. Ainda é muito forte a ideia de escola como programa de ascensão social e inserção. As novas propostas convergem para a aprendizagem ativa, menos expositiva, trabalhando o conceito de aprendizagem construído desde o diálogo do saber ´´interno`` com o ´´ externo`` no qual o aprendiz reconhece o fim da aplicabilidade do aprendizado. As propostas contemplam um forte potencial para impactar de forma positiva na sociedade, no entanto, há que se questionar a maneira como será ofertada e aplicada, uma vez que é imprescindível estrutura física para adotar os novos paradigmas; estrutura essa precária, de difícil e onerosa solução. O olhar para a excelência da educação é bem-vindo, entretanto, exige compromisso político, foco na formação holística do homem e da construção de uma sociedade justa, democrática e inclusivas. O BNCC precisa ser minuciosamente, estudado principalmente pelos educadores cujo papel é traduzir o que está em acima em forma qualquer forma de leis e objetivos com o que está à frente os alunos, pais e sociedade. O sucesso das propostas depende de muitas ações de ordem política, financeira e formação docente, de qualquer modo, fica o professor com a maior carga de responsabilidade devendo estar atualizado e em formação contínua.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://portal.mec.gov.br/component/tags/tag/36402

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