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TEORIA TRIDIMENSIONAL DO DIREITO Miguel Reale

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TEORIA TRIDIMENSIONAL DO DIREITO Miguel Reale
O presente trabalho tem o objetivo discorrer sobre a teoria tridimensional do Direito de Miguel Reali, onde faremos um breve comentário sobre sua vida e procuraremos mostrar a suma importância de sua teoria, que veio para transformar e influenciar positivamente o universo jurídico, rompendo paradigmas e trazendo inúmeras contribuições para a práxis jurídica de forma geral.
A teoria tridimensional do Direito é conhecida não só no Brasil, mas em muitos outros países. Essa teoria foi desenvolvida por Miguel Reale, que é um jusfilósofo brasileiro, em 1968.
O professor Miguel Reale, nasceu em 1910, se tornou bacharel em Direito em 1934 e logo publicou seu primeiro livro “O Estado Moderno”. Formou-se Doutor em 1941, sendo também catedrático em Filosofia do Direito na Universidade de São Paulo. Já em 1940 criou sua tese Fundamentos do Direito, onde mostrou as bases para sua Teoria Tridimensional. Dentre inúmeros outros cargos de relevância, Reale foi Reitor da Universidade de São Paulo, Secretário de justiça do Estado e finalmente membro da Academia Brasileira de Letras.
Em 1968, lanço o livro “Teoria Tridimensional do Direito” e defini o Direito como "realidade histórico-cultural tridimensional, ordenada de forma bilateral atributiva, segundo valores de convivência”. O Direito é visto como fenômeno histórico, mas não se acha dependente por inteiro da história, pois mostra uma invariável axiológica. Sendo este também, uma realidade cultural, porque é o resultado da vivência e experiência humana. A bilateralidade é fundamental ao Direito, pois a bilateralidade-atributiva é exclusiva do elemento jurídico, em que confere apenas a possibilidade de se exigir um comportamento.
Como podemos perceber, Inicialmente, o jurista Miguel Reale faz uma análise aprofundada dos diversos sentidos da palavra Direito e demonstra que eles correspondem a três aspectos básicos, identificáveis em todo e qualquer momento da vida jurídica, são eles:
1- Aspecto normativo - aqui o Direito é visto como ordenamento. 2- Aspecto fático - o Direito é observado como fato. 3- Aspecto axiológico - o Direito é tido como valor de justiça.
Ele acrescenta que o Direito, como valor do justo, é objeto da Filosofia do Direito, o Direito como norma ordenadora da conduta é objeto da Ciência do Direito e o Direito como fato social e histórico é objeto da História, da Sociologia e da Etnologia do Direito.
Reale identifica diversas teorias tridimensionais, que ele chama de “abstratas ou genéricas”, e faz a critica porque, embora tenham “o mérito de repudiar as concepções unilaterais ou reducionistas da experiência jurídica, de outro, não logram preservar a unidade do Direito, limitando-se, quando muito, a uma combinação extrínseca de perspectivas”.(REALE, p.535, 2003)
A Tridimensionalidade do Direito tem sido objeto de estudos sistemáticos e Reale demonstra que em qualquer fenômeno jurídico obrigatoriamente haverá um fato subjacente, podendo ser econômico, geográfico, etc. Neste sentido, “tais elementos ou fatores não podem existir separados um dos outros, coexistindo como uma unidade concreta” (Reale, 2003). Haja vista que, tais fatores não só se exigem de forma recíproca, mas atuam como uma ligação de um mesmo processo, sendo desta forma o Direito uma interação dinâmica e dialética dos três elementos que o integram. Desta forma, percebe-se que para ele o Direito é dinâmico e esta característica só pode ser compreendida se levarmos em consideração não só a dimensão norma, mas também as dimensões fato e valor.
A análise do esquema abaixo vem reafirmar o que foi dito anteriormente, vejamos: a) Se F é, deve ser P. b) Se não for P, deverá ser S. Assim : Sendo F o fato, P prestação(valor) e S sanção(norma). Exemplificando a Teoria Tridimensiona do Direito de maneira simplória, seria assim:
Dois automóveis da Ford, um Fiesta e uma Ecosport. A Ecosport é montada com toda tecnologia de última geração e o velho Fiesta cheio de defeitos, comprometendo a segurança dos passageiros, então a fábrica tem que chamar os clientes que compraram o Fiesta para fazer um recall e adaptar o carro de acordo com as normas de segurança do trânsito, segundo o código de defesa do consumidor. Para a Teoria o Fato seria a fabricação e a venda dos carros, o Valor seria a existência de um carro bom e outro desatualizado e a norma seria o código de defesa do consumidor.
Observa-se que, Miguel Reale entende o direito como fenômeno cultural, criando, por isso, a chamada culturologia jurídica, uma nova dimensão à clássica divisão da filosofia do direito em deontologia, ontognoseologia e epistemologia jurídica. A sua tridimensionalidade é diferente das anteriores designadas tricotomias, porque apresenta uma relação dialética entre os elementos que formam a experiência jurídica. Nesta perspectiva para Reale existe uma ligação dialética entre valor, fato e norma, pois é a presença desse movimento dialético que garante a unidade da experiência jurídica em oposição a idéia de Kelsen, grande jurista, no entanto terminou por reduzir o direito a uma concepção puramente normativista. Atualmente, a práxis jurídica discuti a importância dessa ótica culturalista.
A visão tridimensional deseja acabar com a tendência de setorização de um objeto que se mostra e integra-se em pluralidade. Vemos que, Kelsen, e Kant, e tantos outros estudiosos do campo jurídico, não desconheciam as diversas dimensões do direito, porém, ao apegarem-se somente a uma delas como sendo a de maior importância, comprometeram a percepção plena do fato; isto, todavia, não representou insucesso, pois as idéias de Kelsen continuam a servir como referencial aos mais diferentes trabalhos sobre norma jurídica. No entanto, os referidos estudiosos não abrangeram o todo do direito, eles analisaram isoladamente, as partes que o integravam.
Provando-se a veracidade de que as normas se comunicam com os fatos, o professor Reale revela em seu conceito de “Fato” algo de natureza axiológica, pois era uma coisa que já existia antes da norma e não a partir de agora é que faz parte do mundo jurídico, fazendo uma percepção de valor. Aparece nesse momento uma nova concepção de fato, ele é agora é um componente essencial que possui seu valor. Fazendo com que fato, o valor e norma, tivessem intimamente ligados e cada um tivesse importante significação no universo jurídico.
Conclusão
Diante exposto, podemos inferir a importância que a teoria tridimensional do Direito de Miguel Reale teve para o mundo jurídico, pois contribuiu muito com a revisão de conceitos que estavam quase solidificados no Direito, trazendo novos posicionamentos frente à operacionalização do mesmo.
Portanto, percebe-se que o Direito na visão de Miguel Reale é ao mesmo tempo, uno e multíplice, pois "Essa exigência de unidade, sem perda de vista da tridimensionalidade do Direito, é essencial” ( p. 534, 2003), isto é, como já vimos anteriormente o direito tem múltiplas formas, porém é uno porque muito embora aconteçam mudanças no espaço e no tempo, iremos sempre continuar a fazer referência a uma única realidade, pois “ existem nesta algumas “constantes”, alguns elementos comuns que nos permitem identificá-la como experiência jurídica, inconfundível com outras, como religiosa, a econômica, a artística etc.” (Reale, p.3, 2006). Lembrando-se que, as atitudes positivistas são muito criticadas por Reale, já que para ele os juristas ao cultuarem exageradamente os textos legais, perdem o contato com a realidade e seus valores, pois quem cria as leis deve procurar interligar fatos e valores, atendendo assim, os anseios sociais daquele momento específico.
"O Direito é a norma das ações humanas na vida social, estabelecida por uma organização soberana e imposta coativamente à observância de todos", segundo RUGGIERO e MAROI, em Istituzioni di diritto privato, 8 ed., Milão, 1955, v.1, § 2º.
MIGUEL REALE, em Lições Preliminares de Direito, afirma que "aos olhos do homem comum o Direito é a lei e ordem, isto é, um conjunto de regrasobrigatórias que garante a convivência social graças ao estabelecimento de limites à ação de cada um de seus membros".
Algumas regras são seguidas de forma natural, ou seja, são seguidas conforme a moral. Porém tem algumas regras que são cumpridas por existir uma coação, que nem sempre precisa ser baseado na moral.
De maneira mais clara: Ética está relacionada aos valores e princípios que cada pessoa possui, “é o conjunto de valores a princípios que regem a vida do ser.”
Moral é a conduta, ação, que se é praticada de acordo com princípios éticos. “Moral é a prática da ética.” Sendo imoral o contrario de moral.
A ética é geral, abstrata e tem caráter de permanência já a moral é específica e concreta e com caráter flexível.
Círculos Concêntricos Betham diz que o direito esta contido na moral. Segundo Lucas Paoly essa teoria de assemelha a um ovo, sendo a clara a moral e a gema o direito.
Círculos Secantes Du Pasquer afirma que existe uma intercessão entre direito e moral porem existem casos que são Direitos e que não são parte da moral e aspectos morais que não estão normatizados.
Círculos Independentes Hans Kelsen, criador da ‘Teoria Pura do Direito’ diz que Direito é o que está normatizado e Moral são os atos que são praticados de acordo com princípios éticos, ainda que haja aspectos morais que sejam normatizados, Direito é Direito e Moral é Moral.
Teoria do Mínimo Ético Teoria de Jellinek que afirma que o Direito representa o mínimo de moral imposto para que a sociedade possa viver em harmonia.
O direito ele vai se preocupar em cuidar de legislar, normatizar o mínimo de moral necessária para que a população consiga viver em harmonia. É importante lembrar que por senso comum a teoria dos círculos que se encaixam com a teoria do Mínimo ético é a dos círculos concêntricos de Betham.
FONTES DO DIREITO As fontes do Direito são classificadas como:
Históricas: é o contexto social. São as fontes que buscam conhecer o que foi produzido pela sociedade e as suas interferências. Nos faz entender o passado para entender melhor o presente. Está relacionado às fontes materiais.
Materiais: provenientes dos fatos sociais e em essência é Direito. Alguns autores falam que fontes históricas estão intimamente relacionadas com as fontes materiais, com os fatos sociais.
Formais: forma de exteriorização do Direito. Produção de normas jurídicas, a lei em si é a forma que o direito se exterioriza e é palpável.
A lei pode ser fonte Material e Formal? Sim, pois uma lei pode servir de base para a solicitação de um Direito específico, além de poder servir como base para outra lei. Na sua aplicabilidade ela pode ter as duas formas.
São fontes formais do Direito a Lei, os Costumes e as Jurisprudências.
LEI Sentidos da lei.	
Sentido Amplíssimo: toda regra jurídica, escrita ou não, envolve costumes e todas as normas formalmente produzidas pelo Estado.
Sentido Amplo: Somente a regra jurídica escrita, excluindo-se o costume. Sentido Estrito: Aquelas emanadas de toda uma técnica jurídica, advindas do Poder Legislativo.
Lei em Sentido Formal: Aquela que atendeu aos requisitos formais para sua elaboração e aprovação.
Lei em Sentido Formal-Material: Aquela que além de atender os requisitos formais, atendeu também aos materiais.
COMPONENTES DA LEI: Generalidade: a lei é válida para todas as pessoas. Imperatividade: a forma de imposição da lei, ela não é sugerida a ser seguida e sim é imposta a ser seguida.
Coercibilidade: medias de coação para a prática da lei. Quem não obedece as leis está sujeito a penas. Bilateralidade: sempre vai estar em litigio pelo menos duas partes. Abstratividade: a lei não pode ser especifica para apenas um caso e sim tem que estar de forma abstrata para que seja assim aplicada de maneira uniforme em todos os casos semelhantes.
JURISPRUDÊNCIA Sentido Amplíssimo: Significa a própria ciência do direito, a própria teoria de ordem jurídica. Ciência do Direito ou Dogmática Jurídica. Sentido Amplo: São decisões reiteradas sendo elas uniformes ou divergentes; coletâneas uniformes ou não das decisões de juízes e/ou tribunais sobre determinada matéria jurídica. Sentido Estrito: Reiteradas decisões uniformes, coletâneas de decisões uniformes de juízes e/ou tribunais.
SENTENÇA X JURISPRUDÊNCIA Sentença é um ato de entendimento individual do Juiz.
A jurisprudência é uma coletânea de decisões de juízes e/ou tribunais. Obs: Acordão é a decisão do Tribunal.
COSTUME E JURISPRUDÊNCIA A grande semelhança entre o costume e a jurisprudência é a reiteração, a prática contínua.
A grande diferença é que o costume nasce na sociedade, enquanto a jurisprudência provém do entendimento de vários Juízes e/ou Tribunais. Sendo o costume de caráter espontâneo e a jurisprudência um caso pensado e estudado previamente.
A jurisprudência pode ser aplicada tanto na FALTA DE UMA LEI OU SUA OMISSÃO, quanto para observar a ‘MANEIRA DE SER INTERPRETADA UMA LEI’.
SUMULA É a decisão de um Tribunal Superior, que mostra qual o entendimento que deverá ser aplicado quando existem varias jurisprudências divergentes. A súmula vinculante é quando a súmula é aprovada por dois terços do Supremo Tribunal Federal e tem um caráter obrigatório. A súmula pode se tornar lei independente de se tornar uma súmula vinculante.
VAMOS COMEÇAR COM AS TEORIAS DOS CÍRCULOS DO DIREITO: 1º- Teoria dos círculos concêntricos: E aquela que coloca o direito totalmente dentro do circulo da moral. Dica: Pode associar ela a um ovo, sendo a clara o círculo da moral e a gema o direito.
2º- Teoria dos círculos Secantes: E aquela que forma uma intercessão entre o círculo do direito e da moral. Dica: Essa é mais complicada de associar a alguma coisa que não seja matemática, então lembrem da intercessão é uma parte em comum entre dois círculos.
3°- Teoria dos Círculos Independentes: E aquela que mostra que direito e moral não tem nenhum ponto em comum são independentes. Dica: Essa é a mais simples de lembrar, são dois círculos distantes um do outro
Teoria do Mínimo Ético. O direito ele vai se preocupar em cuidar de legislar, normatizar o mínimo de moral necessária para que a população consiga viver em harmonia. Lembrar que por senso comum a teoria dos círculos que se encaixam é os círculos concêntricos.
Fontes são classificadas como. Materiais, Históricas, Formais. Materiais. Alguns autores falam que fontes históricas são fontes materiais, fatos sociais Formais: produção de normas jurídicas, a lei em si é a forma que o direito se exterioriza é palpável. A lei pode ser fonte Material e Formal? Sim, uma lei pode servir de base para outra. Na sua aplicabilidade ela pode ter os dois.
A lei tem que conter sempre. Generalidade: vale para todas as pessoas Imperatividade: Manda não pede Coercibilidade: medidas que vão de encontro a quem não cumpriram a norma Bilateralidade: Vai está em litigio pelo menos duas partes Abstratividade: Porque ela não pode ser como posso dizer ela não pode ser especifica, não pode ser para cada pessoa.
Direito e moral: a teoria do mínimo ético
Um dos problemas mais difíceis e também dos mais belos da Filosofia Jurídica é a diferença entre a Moral e o Direito. Os dois conceitos não devem ser confundidos, nem tampouco, separados. Como diria o professor Miguel Reale, "a verdade consiste em distinguir as coisas, sem separá-las". Muitas são as teorias sobre as relações entre o Direito e a Moral, mas é possível limitar-nos a alguns pontos de referência essenciais, inclusive pelo papel que desempenham no processo histórico.
A Teoria do Mínimo Ético, que foi exposta pelo filósofo inglês Jeremias Bentham e depois desenvolvida pelo grande jurista alemão Georg Jellinek, afirma que o Direito representa apenas o mínimo de Moral declarado obrigatório para que a sociedade possa sobreviver.
O professor Paulo Nader divide a TME em duas linhas, a de Bertham e a de Jellinek. Miguel Reale, por sua vez, unifica as duas linhas. Em síntese, têm o mesmo eixo diretor: a teoria afirma que é necessário "armar" de forças a certos preceitos éticos, poisnem todos podem ou querem de maneira espontânea cumprir as obrigações morais, sendo estas indispensáveis à paz social. Dessa forma, não é o Direito algo diverso da Moral, mas é uma parte desta, armada de garantias específicas.
A TME pode ser reproduzida através da imagem de dois círculos concêntricos: o maior, representando a Moral e outro, menor, inserido no primeiro, que seria o Direito. Haveria portanto, um campo de atuação comum a ambos. Seria o mesmo que dizer: tudo o que é direito é moral, mas nem tudo que é moral é jurídico. Então, tudo o que não é direito, é imoral? Ou que todas as leis são morais? Será que o bem social sempre se realiza com plena satisfação dos valores individuais? Claro que não. Se hoje eu acordo de manhã e há um obstáculo na pista da direita em minha rua, sou obrigada a dirigir pela mão esquerda da pista. Estaria eu sendo imoral ao não obedecer as normas de trânsito?
Exemplos são interessantes para compreendermos a teoria. O professor Reale (1) deu o exemplo de um filho industrial, muito abastado, cujos pais estavam passando por dificuldades para comprar remédios e alimentos. Após muitas tentativas de convencer o filho a ajudá-los, não havia alternativa senão partir para uma ação na Justiça e, só depois de transitado e julgado, o filho "aceitou" fornecer uma pensão alimentícia aos seus genitores. Nesse caso, houve a aplicação do direito, mas não houve a aplicação da moral. O filho só agirá de acordo com a moral, quando se convencer que a pensão alimentícia não deve ser obrigação, mas sim, uma ajuda aos pais. Portanto, há sim uma parte do direito que não é comum à moral. Entrando em cena a Teoria dos Círculos Secantes, elaborada por Du Pasquier, segundo a qual Direito e Moral possuiriam uma faixa de competência em comum e, ao mesmo tempo, uma área de particular independência.
Seguindo essa linha, também temos a Teoria dos Círculos Independentes, elaborada por Hans Kelsen, para quem a norma é o único elemento essencial ao Direito, cuja validade não depende de conteúdos morais. A visão kelseniana desvincula o Direito da Moral, concebe os dois sistemas como esferas independentes.
NORMA E ÉTICA
"O Direito é a norma das ações humanas na vida social, estabelecida por uma organização soberana e imposta coativamente à observância de todos", segundo RUGGIERO e MAROI, em Istituzioni di diritto privato, 8 ed., Milão, 1955, v.1, § 2º.
MIGUEL REALE, em Lições Preliminares de Direito, afirma que "aos olhos do homem comum o Direito é a lei e ordem, isto é, um conjunto de regras obrigatórias que garante a convivência social graças ao estabelecimento de limites à ação de cada um de seus membros".
Algumas regras são seguidas de forma natural, ou seja, são seguidas conforme a moral. Porém tem algumas regras que são cumpridas por existir uma coação, que nem sempre precisa ser baseado na moral.
De maneira mais clara:
Ética está relacionada aos valores e princípios que cada pessoa possui, “é o conjunto de valores a princípios que regem a vida do ser.”
Moral é a conduta, ação, que se é praticada de acordo com princípios éticos. “Moral é a prática da ética.” Sendo imoral o contrario de moral.
A ética é geral, abstrata e tem caráter de permanência já a moral é específica e concreta e com caráter flexível.
TEORIA DOS CIRCULOS E DO MÍNIMO ÉTICO.
Círculos Concêntricos
Betham diz que o direito esta contido na moral.
Segundo Lucas Paoly essa teoria de assemelha a um ovo, sendo a clara a moral e a gema o direito.
Círculos Secantes
Du Pasquer afirma que existe uma intercessão entre direito e moral porem existem casos que são Direitos e que não são parte da moral e aspectos morais que não estão normatizados.
Círculos Independentes
Hans Kelsen, criador da ‘Teoria Pura do Direito’ diz que Direito é o que está normatizado e Moral são os atos que são praticados de acordo com princípios éticos, ainda que haja aspectos morais que sejam normatizados, Direito é Direito e Moral é Moral.
Teoria do Mínimo Ético
Teoria de Jellinek que afirma que o Direito representa o mínimo de moral imposto para que a sociedade possa viver em harmonia.
O direito ele vai se preocupar em cuidar de legislar, normatizar o mínimo de moral necessária para que a população consiga viver em harmonia. É importante lembrar que por senso comum a teoria dos círculos que se encaixam com a teoria do Mínimo ético é a dos círculos concêntricos de Betham.
FONTES DO DIREITO
As fontes do Direito são classificadas como:
Históricas: é o contexto social. São as fontes que buscam conhecer o que foi produzido pela sociedade e as suas interferências. Nos faz entender o passado para entender melhor o presente. Está relacionado às fontes materiais.
Materiais: provenientes dos fatos sociais e em essência é Direito. Alguns autores falam que fontes históricas estão intimamente relacionadas com as fontes materiais, com os fatos sociais.
Formais: forma de exteriorização do Direito. Produção de normas jurídicas, a lei em si é a forma que o direito se exterioriza e é palpável.
A lei pode ser fonte Material e Formal? Sim, pois uma lei pode servir de base para a solicitação de um Direito específico, além de poder servir como base para outra lei. Na sua aplicabilidade ela pode ter as duas formas.
São fontes formais do Direito a Lei, os Costumes e as Jurisprudências.
LEI
Sentidos da lei.
Sentido Amplíssimo: toda regra jurídica, escrita ou não, envolve costumes e todas as normas formalmente produzidas pelo Estado.
Sentido Amplo: Somente a regra jurídica escrita, excluindo-se o costume.
Sentido Estrito: Aquelas emanadas de toda uma técnica jurídica, advindas do Poder Legislativo.
Lei em Sentido Formal: Aquela que atendeu aos requisitos formais para sua elaboração e aprovação.
Lei em Sentido Formal-Material: Aquela que além de atender os requisitos formais, atendeu também aos materiais.
Componentes da Lei:
Generalidade: a lei é válida para todas as pessoas.
Imperatividade: a forma de imposição da lei, ela não é sugerida a ser seguida e sim é imposta a ser seguida.
Coercibilidade: medias de coação para a prática da lei. Quem não obedece as leis está sujeito a penas.
Bilateralidade: sempre vai estar em litigio pelo menos duas partes.
Abstratividade: a lei não pode ser especifica para apenas um caso e sim tem que estar de forma abstrata para que seja assim aplicada de maneira uniforme em todos os casos semelhantes.
JURISPRUDÊNCIA 
Sentido Amplíssimo: Significa a própria ciência do direito, a própria teoria de ordem jurídica. Ciência do Direito ou Dogmática Jurídica.
Sentido Amplo: São decisões reiteradas sendo elas uniformes ou divergentes; coletâneas uniformes ou não das decisões de juízes e/ou tribunais sobre determinada matéria jurídica.
Sentido Estrito: Reiteradas decisões uniformes, coletâneas de decisões uniformes de juízes e/ou tribunais.
SENTENÇA X JURISPRUDÊNCIA
Sentença é um ato de entendimento individual do Juiz.
A jurisprudência é uma coletânea de decisões de juízes e/ou tribunais.
Obs: Acordão é a decisão do Tribunal.
COSTUME E JURISPRUDÊNCIA
A grande semelhança entre o costume e a jurisprudência é a reiteração, a prática contínua.
A grande diferença é que o costume nasce na sociedade, enquanto a jurisprudência provém do entendimento de vários Juízes e/ou Tribunais. Sendo o costume de caráter espontâneo e a jurisprudência um caso pensado e estudado previamente.
A jurisprudência pode ser aplicada tanto na FALTA DE UMA LEI OU SUA OMISSÃO, quanto para observar a ‘MANEIRA DE SER INTERPRETADA UMA LEI’.
SUMULA
É a decisão de um Tribunal Superior, que mostra qual o entendimento que deverá ser aplicado quando existem varias jurisprudências divergentes. 
A súmula vinculante é quando a  súmula é aprovada por dois terços do Supremo Tribunal Federal e tem um caráter obrigatório.A súmula pode se tornar lei independente de se tornar uma súmula vinculante.
Pitágoras
Mais conhecido pelo teorema que leva seu nome, Pitágoras de Samos foi um filósofo grego do final do século VI a.C., responsável pelo surgimento da palavra "matemática", e sua concepção como um sistema de pensamento baseado em provas dedutivas, e também pela fundação da Escola Pitagórica, reconhecida como a primeira universidade do mundo. Este é um título mais honorífico do que uma classificação real, uma vez que a Escola Pitagórica se aproximava mais do que chamaríamos hoje de guilda. Embora poucas informações sejam realmente confiáveis sobre a vida e teorias de Pitágoras, pois a maior parte das informação sobre o filósofo foram escritas séculos após sua morte. Sabemos, através de do filósofo grego Aristóteles, que Pitágoras considerava a si mesmo um observador da natureza e que este seria, em sua visão, o propósito de sua existência.
Muitas descobertas matemáticas, astronômicas, musicais, médicas e científicas são atribuídas a Pitágoras, além do famoso Teorema de Pitágoras, que relaciona os lados do triangulo, provando que a soma do quadrado dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa, o que possibilitou a descoberta dos números irracionais e o surgimento do conceito de raiz quadrada através da aplicação do Teorema de Pitágoras a um triangulo cujos catetos possuíam valor 1. Pitágoras também foi reconhecido em seu tempo por contribuições na esfera religiosa tendo praticado adivinhação e profecia, especialmente na cidade de Croton, aparecendo em Delfos, Esparta e Creta como sacerdote e guia religioso.
Embora alguns textos sob o nome de Pitágoras tenham circulado na antiguidade, a autenticidade destes é questionada, uma vez que antigos membros da escola pitagórica costumavam citar Pitágoras pela frase "autos ephe", significando "ele mesmo disse", o que segundo Aristóteles indicaria a natureza oral destes ensinamentos. De acordo com Sir William Smith, em seu Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology de 1870, tudo o que sabemos dos escritos de Pitágoras, através de citações de autores como Xenofanes, Heródoto, Platão, Aristóteles e outros, dá conta de que haviam dois livros, um primeiro contendo uma descrição geral da origem e disposição do universo. O secundo sendo uma exposição da natureza dos números, os quais, de acordo com a teoria pitagórica, são a essência e fonte de todas as coisas.
Ainda, de acordo com Smith, muitos dos desenvolvimentos atribuídos a Pitágoras na verdade seria produto do trabalhos dos pitagóricos, descendentes intelectuais de Pitágoras e membros de sua escola. Fascinados pela matemática, iniciada por seu mestre, estes chegaram a defender que os princípios da matemática eram os princípios de todas as coisas. De fato, muitos pesquisadores questionam se Pitágoras teria contribuído muito para a matemática e filosofia natural. O que sabemos, por fontes confiáveis, é que os números possuíam importância crucial para sua filosofia, que ele foi o primeiro a usar o termo "filósofo", ou "amante da sabedoria", para referir-se a si mesmo, que sua escola foi a primeira a fazer a classificação aritmética dos números em pares, ímpares, primos e fatoráveis, e que suas ideias influenciaram Platão e, através dele, toda a história filosofia, motivo pelo qual, se supõe, mais é atribuído a ele do que se pode confirmar.
Tales de Mileto
Por Willyans Maciel
Mestre em Filosofia (UFPR, 2013)
Bacharel em Filosofia (UFPR, 2010)
De acordo com Aristóteles, Tales de Mileto teria sido o primeiro filósofo da história da humanidade. Não o primeiro a utilizar o termo filósofo para referir-se a si mesmo, já que este foi Pitágoras, mas o primeiro a fazer jus ao título por sua forma de proceder, ao promover um afastamento da visão mitológica do mundo e buscar as causas primeiras, ou a causa primeira única, das coisas e fenômenos da natureza com base, exclusivamente, na razão e observação da própria natureza.
É dito que Tales teria iniciado a busca filosófica, devido ao fato de que muitos daqueles que hoje chamamos de "filósofos pré-socráticos" o terem seguido, na tentativa de explicar a substância, mudança e a própria existência do universo sem recorrer a mitologia, que era a prática comum da época. Tales procurou explicar os fenômenos naturais por hipóteses que faziam referência aos próprios processos da natureza, desta forma, eliminando o sobrenatural e trazendo a compreensão dos fenômenos para o âmbito da racionalidade humana, tornando a sabedoria acessível a qualquer pessoa disposta a observar e estudar a natureza.
Este método, inovador para a época, levou Tales a questionar qual a natureza (arche) dos objetos, que os faz comportarem-se da forma como o fazem. A palavra grega arche é frequentemente traduzida como "princípio", o que é impreciso, uma vez que o princípio de algo é aquilo que lhe é anterior, ou primitivo, em termos lógicos ou cronológicos. A arche não é apenas primitiva, mas domina o objeto e o constitui. Tales, e aqueles que o seguiram, procuravam definir a substancia da qual todo objeto material é composto, não apenas o evento que lhe é anterior. Por esta mesma razão, Tales é descrito como o primeiro cientista ocidental, uma vez que o trabalho de buscar a substancia da qual todo objeto material é composto é exatamente o trabalho realizado por cientistas modernos em física nuclear.
Segundo nos reporta o filósofo grego Aristóteles, ainda neste trabalho de encontrar a natureza dos objetos materiais, Tales chegou a sua posição mais famosa, a hipótese segundo a qual a natureza originadora dos objetos do mundo é uma única substância material, a água. Outros filósofos contemporâneos de Tales e posteriores discordaram sobre qual seria esta natureza, Anaxímenes, por exemplo, defendeu que seria o ar, no entanto, em sua grande maioria, a tradição filosófica aceitou que é necessário que exista alguma natureza, seja apenas uma ou mais de uma, da qual as propriedades dos objetos advém. Esta natureza seria uma substância que subjaz todos os objetos, transformando-se em qualidades por meio de processos regidos pelas leis da natureza.
Tales também foi conhecido por seu uso, teórico e prático, inovador da geometria, vindo a formular dois teoremas importantes, sendo que um deles leva seu nome.
O Teorema de Tales estabelece que se A, B e C são pontos em um círculo, onde a linha AC é o diâmetro do circulo, então o angulo ∠ ABC é um angulo reto. O Teorema da Intersecção, por sua vez, estabelece que, se duas retas transversais cortarem um feixe de retas paralelas, teremos medidas proporcionais nos segmentos delimitados nas transversais. Este é o teorema que Tales teria usado para calcular a altura da piramide de Quéops.
Referências bibliográficas:
O Princípio da Alteridade foi desenvolvido por Claus Roxin, e, em síntese,consiste no comando segundo o qual ninguém pode ser punido por causar mal apenas a si mesmo. Ou seja, uma conduta, para ser penalmente relevante, deve transcender seu autor e atingir bem jurídico de outrem.
Nesse sentido, é atípica a conduta do agente que pratica autolesão. Ainda, entende alguns que, por força do princípio em comento, o crime de porte de drogas para consumo pessoal, previsto no art. 28 da lei 11.343/2006, é um indiferente penal, pois tem como objeto jurídico a saúde pública, e, em tese, o agente estaria prejudicando a si próprio quando do uso de entorpecente.
Ademais, com base no Princípio da Alteridade a doutrina anuncia que é proibida a incriminação de atitude meramente interna do agente, bem como do pensamento ou condutas moralmente censuráveis, incapazes de causar lesão a bem jurídico de terceiro (p.ex., fulano deseja que seu pai morra acidentado, durante uma viajem, para assim ficar com a herança).
Em suma, mais um princípio de direito penal foi esboçado. É isso, pessoal! Desejamos uma ótima semana a vocês!

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