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Direito Civil III

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Direito Civil III
18-07-16
Aula inaugural 
Bibliografia
Provas:
P1 – 31/10/16
P2 – 05/12/16
P3 – 19/12
P1 – 4 Questões Discursivas – com consulta ao CC para colocar fundamento legal.
Trabalho valendo 1 ponto + prova valendo 9 = 10
Trabalho deverá ser entregue no dia da P1
P2 – Matéria toda sem consulta ao CC. Toda objetiva.
P3 – Matéria toda com consulta ao CC. Subjetivas e objetivas
 
Rio 25-07-16
Evolução dos contratos – Contrato de adesão;
Conceito de contratos;
Forma de contratos;
Condições de validade;
Requisitos Subjetivos;
Capacidade genérica de contratar
Aptidão específica para contratar
Consentimento 
Requisitos Objetivos;
Objeto Lícito
Possibilidade jurídica 
Requisitos Formais;
Evolução dos contratos
A base da evolução dos contratos é o direito Romano – a ideia dos contratos nessa fase é a do pacto.
Pacto – Ideia onde existia muito mais a liberdade de contratar entre as pessoas, uma negociação muito maior. Exemplo = uma compra e venda – as partes contratantes tinha essa liberdade e autonomia da vontade em relação aos contratos muito mais extensa do que hoje. Pacto onde as partes têm essa liberdade em relação ao objeto do contrato, sujeitos, formas. Onde a forma era basicamente a expressa. Falava-se muito que o contrato é lei entre as partes. Porque precisava-se realmente de uma formalidade, documento expresso para se ter então a obrigatoriedade desses contratos.
Hoje – Não temos tanto essa flexibilidade de convencionar e estipular alguns acordos. 
Pacto vai da idade média até a moderna (até revolução francesa).
Antes da revolução Rousseau escreve o contrato social (1762) onde basicamente fortalece essa ideia do contrato (pacto) que é lei entre as partes.
O contrato social de Rousseau por mais que se comece revolução ainda deixa a ideia da obrigatoriedade dos contratos, ou seja, parte da ideia da autonomia privada (as partes têm liberdade).
Essa autonomia privada vai desencadear a obrigatoriedade dos contratos. Basicamente são dois princípios que vamos ver na próxima aula.
Já Rousseau em 1762 com o contrato social já dizia que as partes (pessoas) tem a liberdade de contratar e começa o princípio da autonomia da vontade. Como consequência uma vez que você estabeleceu você precisa cumprir, ou seja, a obrigatoriedade dessa convenção. Não é simplesmente ter o acordo e descumprir. 
A ideia de cumprir o contrato ainda é muito forte.
Hoje quando você faz um contrato tem a ideia de cumprir esse contrato. 
Com a revolução francesa os ideais de liberdade, igualdade era muito diferente do que temos hoje. Nessa época a ideia de liberdade e igualdade dos contratos/pacto que é a ideia da justiça contratual que era individualista fechado. Compradores e vendedores. Doador e donatário, não havia uma visão do social em relação aos contratos. Era bem a base individualista nessa ideia de justiça contratual. 
Porém começa-se a ter a ideia da parte histórica a burguesia começa a cair. As pessoas e os trabalhadores começam a formar os sindicatos.
Depois da revolução francesa veem a industrial e toda a sociedade muda em relação a isso.
A ideia de justiça contratual muda porque passa a ter:
Autonomia privada;
Supremacia da ordem pública;
 Obrigatoriedade das convenções;
Estado não pode intervir nas relações privadas; 
Se eu quero alugar um apartamento para você o Estado não tem nada com isso. Hoje temos a lei do inquilinato, CC, CDC.
Nessa ideia nós temos no Brasil o professor Santiago Dantas (grande civilista) que fez um estudo dessa evolução contratual. Já em 1952. Pós-guerras veem estudando as consequências em relação aos contratos. 
Esse trabalho influenciou o CC. 
Essa evolução baseou-se em três grandes princípios: 
Autonomia da Vontade;
Supremacia da ordem pública;
Obrigatoriedade das convenções;
Esses princípios são usados até hoje. 
Esses três princípios desencadearam 2 consequências que influenciaram as mudanças no direito contratual: 
Sentido Solidarista – Que prepondera na política contemporânea nos estados democráticos. (Na CF vamos ver o Princípio da solidariedade social)
Intervenção - Crescente do Estado nas relações econômicas, para exercer por órgãos próprios um número cada vez maior de atividades. (O papel do Estado nas relações privadas – que hoje são as agências reguladoras art. 175 da CF).
Esse trabalho influenciou a nossa CF e no direito civil e temos alguns exemplos:
→ Vale lembrar que existe a constitucionalização do direito privado ou direito civil constitucional → é você continuar com os temas do direito civil, ou seja, os temas relacionados a parte privada, porém deslocar o eixo de interpretação para a constituição. Na verdade, isso é a hermenêutica/ interpretação.
 Exemplos práticos: Que se baseiam na ideia de Santiago Dantas 
Direito de família – Art. 226 da CF;
 Art. 1, III da CF - Dignidade da pessoa humana;
Art. 3, I da CF – Solidariedade Social;
Art. 5, XXII da CF – Defesa do consumidor (Estado intervém nas relações privadas);
Art. 175 – Agências Reguladoras (existe uma certa proteção em algumas situações).
 
Com base nesse dia Solidarista de intervenção com esses exemplos podemos observar que se antes tínhamos uma autonomia muito grande (até porque antes de tudo só existia o escambo na base da troca ou permuta) onde podíamos negociar, tinha liberdade e a autonomia privada era muito extensa.
Com o passar das revoluções a sociedade muda a economia (o contrato é uma base econômica a propriedade também), não é mais viável negociar individualmente. Começam então a surgir os contratos em massa/padrão que na verdade são os contratos de adesão.
Nos contratos de adesão não existe a liberdade ampla contratar. São os contratos onde eu tenho praticamente a intervenção do Estado na relação privada que recebe o nome de Dirigismo Contratual.
 
Dirigismo Contratual – Quando o Estado intervém nas relações privadas. 
→ O Estado intervém porque começa a perceber um desiquilíbrio nas relações privadas, começa a perceber que em algumas relações existe uma parte mais vulnerável, mais hipossuficiente. E com isso começam a aparecer muitas desigualdades sociais, econômicas e jurídicas em relação a isso. 
Estou no plano privado que o Estado tem a ver com o meu aluguel? Coloco o valor que eu quiser a casa é minha! Hoje a intervenção é do Estado.
Contrato de adesão – Quando uma das partes impõe unilateralmente as condições do contrato. Impondo a outra parte a aderência ou não em relação aquele contrato.
Exemplos: CDC- serviço de transporte (não podemos discutir as cláusulas do contrato), serviço de telefonia e internet. 
Obs. Cláusulas abusivas sempre poderão ser discutidas. 
Contrato de adesão X CDC
Lei 8.078/90 CDC – Art. 54 – Definiu o contrato de Adesão
O Estado percebe o desequilíbrio entre as partes contratantes e passa a intervir e é o que chamamos de dirigismo contratual.
Exemplos do dirigismo contratual (micros sistemas):
CDC;
Lei de locação 8.245/91;
ECA;
Estatuto do Idoso;
Estatuto da Deficiência;
CLT;
Podemos encontrar na doutrina autores que digam que estamos na “crise dos contratos” – Não existe crise e sim uma nova interpretação dos contratos.
Precisamos adaptar o direito a realidade social e econômica. 
A crise na verdade é a nova interpretação dos contratos que vamos ver através dos princípios contratuais. Quando não houver lei haverá um princípio contratual.
Negócio Jurídico é o Contrato – Acordo de vontades que as partes estabelecem.
Ato Jurídico – A lei fixa/previamente estabelece. Exemplo – Citação, reconhecimento de filho.
Conceito de Contrato:
Conceito Tradicional/Clássico do professor Caio Mário – O contrato é um acordo de vontades, na conformidade da lei e com a finalidade de adquirir, resguardar, transferir, conservar, modificar ou extinguir direitos. 
Conceito Contemporâneo dos professores Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona – O contrato é um negócio jurídico por meio do qual as partes declarantes, limitadas pelos princípios da função social e boa-féobjetiva, autodisciplinam os efeitos patrimoniais que pretendem atingir, segundo a autonomia das suas próprias vontades. 
→ já coloca/encaixa que o contrato é um negócio Jurídico, com liberdade respeitando a função social e a boa-fé objetiva que são princípios limitadores hoje dos contratos. 
Tudo que estamos vendo nos contratos parte sempre da vontade. A vontade é essencial no direito, sem ela não existe negócio jurídico. 
Formas de contratos: (Fruto da autonomia da privada/vontade)
A regra é a liberdade das formas, princípio do consensualíssimo, ou seja, tenho como regra um contrato informal, não solene, onde pode ser verbalmente, tacitamente ou escrito. Art. 107 CC. 
Exceção: Forma solene, formal – AD SOLEMNITATEM – Art. 108 do CC.
Exemplos: Transmissão de escritura pública (compra e venda) é necessário fazer a escritura. 
Uma pessoa aparece com um recibo e fala que comprou a casa de alguém e que aquele recebo é o documento.
	Plano da existência
	Plano da Validade do NJ (parte geral)
	Plano da eficácia do NJ
	Recibo
	Escritura Pública
	Não registrou
Para a validade do NJ o ordenamento exige (compra e venda) não pode ser aceito o recibo somente com a escritura pública (se for acima de 30 vezes o valor do salário mínimo). Logo nem chega ao plano de validade, para no da existência.
Se tiver a escritura pública, mas não registrou ainda corre o risco de alguém registrar na sua frente.
A escritura pública é uma forma solene, caso eu não preencha eu não terei a validade do negócio jurídico. Esse negócio será inválido. Pode ser nulo ou anulável. 
Outro exemplo - Testamento – Negócio Jurídico – última declaração de vontade.
Obedece uma formalidade;
Casamento – Também é formal;
União estável - Não é formal;
Contrato de fiança (normalmente é um contrato acessório, mas deve ser por escrito/formal);
Locação de imóvel – Pode ser de boca;
Sublocação – Por escrito por determinação da lei.
Condições da Validade – Art. 104 CC 
Requisitos Subjetivos – Sujeitos da relação contratual 
Capacidade genérica de contratar – Art. 3 e 4 do CC.
Art. 3 do CC - Absolutamente incapaz – Representação – Ato nulo (Art.166 do CC)
Art. 4 do CC - Relativamente incapaz – Assistência – Anulável – (Art. 171, I e II do CP)
Aptidão específica para contratar – (capacidade especial/precisa de algo mais) 
Doutrina fala em Legitimação = Consentimento/autorização. Exemplo: Direito de família 1.647 do CC.
Art. 496 do CC.
Consentimento – Expressão dessa autonomia privada. Como você vai declarar essa sua vontade naquele determinado negócio jurídico. Esse consentimento parte desse acordo de vontade. Como isso vai ser feito e colocado como manifestação de vontade. 
Manifestação de vontade:
Expressa – Verbal ou por escrito;
Tácita – decorre do comportamento/atitude que irá traduzir se você aceitou ao não; Exemplos: O silêncio importa aceitação? O silêncio é manifestação de vontade. Art. 111 do CC – Em algumas situações em que a lei especificar o silêncio vai importar a anuência como manifestação de vontade. Quando não o silencio não será manifestação de vontade. Existem caso que o silêncio será valido como manifestação de vontade e em outros não. 
→ Silêncio como manifestação de vontade – Art. 539 do CC, contrato de doação. 
→ Silêncio não será aceito como manifestação de vontade – Art. 13 da Lei 8.245/91 – Lei de locações – Sublocação. 
Requisitos Objetivos – Art. 104 do CC
Objeto Lícito – Não pode ferir o ordenamento jurídico.
Possibilidade física e jurídica – Objeto possível fisicamente e jurídico. 
Se tiver um objeto fisicamente ou juridicamente impossível o negócio jurídico será nulo vide Art.104 e 166 do CC. 
Exemplo: Pessoa comprou um terreno em Marte. Negócio Jurídico é impossível fisicamente de acordo com o art.104 do CC, sendo o NJ nulo de acordo com 166, II do CC. 
Art.426 do CC – Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva. *Pacto de Corvina – Vem dessa proibição por valores morais, razoes éticas. O direito não permite que moralmente você descendente comece a discutir em vida a “herança” de pessoa viva. 
Exemplo: novela do em que o Felix falava para seu pai que o hospital é meu. E o pai falava Felix para com isso pq ainda estou vivo. Você está discutindo uma coisa como se eu não estivesse aqui.
Bens fora do comércio – Cláusula de inalienabilidade (proteção)
Art. 426 do CC – é juridicamente impossível fazer uma compra e venda, alienação, transferência se existir em uma escritura uma cláusula de inalienabilidade. Antigamente as pessoas faziam muito isso. O pai vai fazer uma doação em vida para filha pode morar, emprestar, alugar, mas não pode vender. O bem fica protegido. Se tentar vender o cartório vai verificar e cairá em exigência. Logo o objeto é impossível. 
Existe divergência de opiniões em relação a usucapião no que tange a função social nesse bem protegido– Se o bem está abandonado e alguém começa a fazer uso dele poderá ter reconhecido o uso. STF corrente forte da função social. 
E que não pode ser reconhecido a usucapião se o direito prevê essa proteção. 
Requisito Formal – 
Regra liberdade das formas/consensualíssimo – Art. 107 do CC.
Exceção - Formalismo – quando a lei expressamente determinar:
Especial/Solene: 
I – Única – Não pode ser substituída por outra forma – Art. 108, 1.964 do CC. 
II - Múltipla/Plural – Posso ser substituída por outras formas/variadas formas de substituição – Art. 842 e 1.609 do CC.
Forma contratual – Art. 109 do CC – As partes podem estabelecer mediante a esse acordo determinar qual instrumento público será necessário para dar validade aquele contrato. 
Direito Civil III
Rio, 01/08/16
Classificação dos contratos – Classificamos para colocar por categorias
Quanto aos efeitos: (quanto aos direitos e deveres das partes - efeitos)
Contratos Unilaterais – São aqueles em que apenas um dos contratantes assume deveres em relação ao outro, ou seja, uma das partes vai assumir os deveres e a outra parte só aproveita (aufere) essa vontade. Exemplo: doação (pesa mais para o doador pois assume a obrigação. O donatário não tem qualquer obrigação). Exemplo: Empréstimo (comodato) quem recebe que tem a obrigação de devolver o mesmo bem - pesa mais para o comodatário. *Doação com encargo (Exemplo: Vou te dar um carro se você levar minha tia todos os dias no hospital com esse carro – Com o carro veio a obrigação. Caso eu não leve a tia todos os dias ao hospital a doação vai caducar). Quando existe essa doação do carro com um encargo (ônus) – Na essência é a doação é unilateral mais gera um ônus é chamado de no Contrato unilateral imperfeito. Exemplo é a doação com encargo.
É como se houvesse uma balança que só tivesse peso para um dos lados/partes.
Contratos Bilaterais – Quando os contratantes são simultaneamente credores e devedores uns dos outros, produzindo direitos e deveres para ambas as partes. A grande maioria dos contratos são bilaterais também chamados sinalagmáticos. Exemplo: contrato de compra e venda, o vendedor tem a obrigação de passar o produto/bem móvel ou imóvel e o vendedor de pagar, contratos de troca, prestação de serviço, empreitada, locação e transportes. Ambas possuem a reciprocidade.
*Vários locadores e vários locatários, ainda assim só temos duas partes e, portanto, bilateral. Temos somente duas vontades.
Contratos Plurilaterais – São os contratos que contém mais de duas partes. Exemplos: Contratos de sociedade (cada sócio seria uma parte), consórcio, seguro coletivo. 
*Várias vontades.
**TODO O CONTRATO QUANTO A FORMAÇÃO É SEMPRE BILATERAL PORQUE É A EXPRESSÃO/MANIFESTAÇÃO/APERFEIÇOAMENTO DA VONTADE.
Quanto ao Sacrifício patrimonial: 
Contratos gratuitos – São aqueles que oneram somente uma das partes, proporcionando a outra uma vantagem sem qualquer contraprestação. Exemplos: Doação pura, comodato (empréstimos). Somente uma das partes sofre o sacrifício patrimonial. Geralmente será o contrato Unilateral.
Contratos onerosos – São aqueles que trazem vantagenspara ambos os contratantes. Há uma prestação e uma contraprestação. Exemplos: Contrato de Compra e venda, empreitada, transporte, locação, prestação de serviço. – Geralmente serão os contratos Bilaterais. 
*EXCEÇÃO em relação a classificação – O Contrato Mútuo feneratício (contrato de empréstimo de bem fungível – empréstimo de dinheiro a juros) – É unilateral, mas será oneroso porque entra juros. 
Quanto a previsão legal: Tem alguma tipificação na lei ou não. 
a. Contratos típicos – Regulados por lei. Previsão legal em relação a esses contratos. Exemplos: locação de móveis em área urbana.
b. Contratos atípicos – Não existe previsão legal que regule esses contratos.
Exemplos: Art. 425 CC. Podem ser feitos contratos atípicos desde que observavas as normas gerais fixadas no 104 do CC. Os contratos digitais são basicamente atípicos. Jogos eletrônicos. Direito desportivo em jogos eletrônicos.
Quanto ao conteúdo de negociação pelas partes: (em relação a negociação ao não dos contratos)
Contratos Paritário - São aqueles em que as partes discutem livremente as condições, porque se encontram em condições/situações de igualdade. Chamados de contratos par a par. Mesmo plano de igualdade. Exemplos: Contratos do tipo tradicional. Eu quero vender meu carro para ela. Contratos em que as partes estabelecem as mesmas condições. Não existe desequilíbrio. Pode negociar.
Contratos de Adesão – Definição do professor Caio Mário - São aqueles que não resultam do livre debate entre as partes, mas provém do fato de uma delas aceitar tacitamente cláusulas e condições previamente estabelecidas. Você aceita ou não aceita, são os contratos em massa.
 Art. 54 CDC – Tem a definição de contratos de adesão. Exemplos: Contrato de serviço de telefonia fixa, empréstimo bancário, transporte, Contratos de consumo já estão previamente definidos/estabelecidos, não existe a possibilidade de negociação, flexibilização. 
Quanto ao momento do cumprimento:
Contratos Instantâneos – São aqueles que têm o aperfeiçoamento e cumprimento imediatos. Exemplo: compra e venda pagamento à vista. A obrigação nasce e termina na mesma hora. A solução da obrigação é efetivada/realizada de uma única vez.
Contratos de execução diferida - Tem o cumprimento previsto de uma única vez, só que no futuro. Exemplo: Compra e venda com cheque pós-datado. Uma única vez, mas no futuro, não é a vista. Exemplo: Cartão de crédito, postergado para o futuro, sem parcelas em uma única vez. Ex. Cheque com bom para (futuro). 
Contrato de trato Sucessivo ou Execução continuada – Tem o cumprimento previsto de forma periódica no tempo, sucessiva. Exemplo: Compras parceladas, financiamentos. 
Só posso fazer revisão contratuais em contratos de trato sucessivos, não cabe falar em revisão em outras modalidades de contrato. É muito comum em obrigações. Exemplos que podemos pedir a revisão contratual: Art. 317, 478, 6 CDC. Quando por situações/motivos imprevisíveis ou extraordinárias a revisão será necessária.
Exemplo: Pagamento de Pensão Alimentícia – Existe a necessidade de atualizar o valor conforme a criança vai crescendo em virtude de suas necessidades.
Quanto a presença de formalidades:
Contratos Solenes – Ad Solemnitatem – Não é a regra. Obedecem a forma prescrita em lei para seu cumprimento, aperfeiçoamento. Exemplo: Escritura pública, testamento, casamento, fiança.
Contratos não Solenes -  São aqueles que possuem a forma livre – Art. 107 CC, regra no nosso direito.
Quanto a Pessoalidade:
Contratos personalíssimos/ Intuitu Personae – São os celebrados em atenção as qualidades pessoais de um dos contratantes. Estão ligados em razão da pessoa. Ou seja, eu não posso substituir por outra. Ideia de Infugibilidade (aquilo que eu não posso substituir por outro da mesma espécie e qualidade). De natureza infungível. Exemplo: Eu quero contratar aquele cantor X em razão da pessoa, qualidade da pessoa, não pode ser outro porque quero aquele cantor específico. Exemplo: Quero contratar aquele professor por sua qualidade de ensino. Tem a ver com a pessoa por isso Intuitu personae. Exemplo: Fiança - contrato de fiança é personalíssimo, em razão da qualidade daquele fiador. Morrendo o fiador o contrato se extingui. Normalmente está ligado a parte cultural, artística, músico, cirurgião plástico. Exige que aquele profissional faça e só serve aquele em razões da qualidade.
*Nos contratos personalíssimos por serem em razão da pessoa uma vez ocorrendo a morte dessa pessoa o contrato se extingui. 
Contratos Impessoais – São aqueles cuja a prestação pode ser cumprida independentemente pelo obrigado ou por terceiro. Passa a obrigação para os herdeiros. O importante é que seja cumprida a obrigação. Exemplo: Pai falece mais estava devendo imposto de renda. Tinha dois carros. Vende os dois carros e paga a dívida. Exemplo: Contrato de empréstimo, locação – A obrigação passa para os herdeiros.
Lei 8.009/90 possui as exceções para ter que quitar dívida do morto ou não. 
Direito Civil III – Rio, 5 de setembro
Continuação da classificação dos contratos
Quanto ao momento do aperfeiçoamento do contrato:
c. Contrato Consensuais – Se aperfeiçoa pela simples manifestação das vontades. Exemplo: compra e venda, transportes, locação, prestação de serviço. (A grande maioria dos contratos)
Contrato Reais – São aqueles em que para o seu aperfeiçoamento exige mais que a manifestação de vontade. Se aperfeiçoa com a entrega do bem (tradição é a entrega efetiva do bem). Exemplo: Contrato de comodato Art. 579 do CP (empréstimo de bens infungíveis/empresta e deve receber o mesmo bem), mútuo, depósito, estimatório. 
Dos princípios contratuais:
Os princípios regem o direito hoje. Porque temos a boa-fé objetiva como princípio e porque falamos tanto da função social.
O que é um direito civil - é o direito do cidadão, direito do cotidiano – tratando de situações antes do nascimento e até após da morte. O estudo do ser humano.
Existia uma influência do código de 1916 Napoleão: patrimonialista. Individualista, machista. Na parte contratual era tudo para o contratante, proprietário, homem, ou seja, o indivíduo/individualismo. 
Em 1988 chega a constituição que conflitava o tempo todo com o código de 1916, porque a CF já era solidária, altruísta, todos são iguais perante a lei. Uma constituição revolucionária. 
 O chega o código civil 2002 já desatualizado, mas com os novos valores e 3 paradigmas Eticidade, Socialidade e Operabilidade. Esses valores determinam hoje a nossa interpretação. Saímos do positivismo e hoje temos as cláusulas abertas (a interpretação através dos princípios).
Cláusulas abertas – poder maior do juiz que é a interpretação.
Interpretação (que são os princípios) 
– Eticidade Art. 113,187 do CC – Ética – valor anterior a tudo. Padronização de comportamento – está ligada ao princípio chave da boa-fé objetiva (comportamento pautado em honestidade, transparência, lealdade que deve estar presente antes, durante e depois do contrato).
– Socialidade – reflexo constitucional que é o princípio da solidariedade previsto na constituição – Tem viés constitucional previsto nos artigos 5 °, XXXII, XXXIII e 170 da CF. Essa ideia do social da Socialidade tem ligação com o princípio da função social. No código de 16 era o “ter” hoje é o “ser”. Artigos que mostram direitos do proprietário X função social sempre prevalecerá a função social. Art.1.228, § 1 e o Art. 421 do CC também fala da função social. 
Esses dois pontos trabalham junto com o princípio da Socialidade:
Constitucionalização do direito civil - Professor Gustavo Tepedino e Maria Cecilia Gondim
Direito civil – É o manter as normas privadas → a essência continua privada, mas descoloco o eixo de interpretação para a CF. Exemplo: reconhecimento da união homo afetiva pelo STF, não existe nada no CC e na CF, mas existe a entidade familiar pelo afeto e com uma interpretação que precisa ser dada - como uma família só que com o viés constitucional solidário de igualdade e dignidade. Deslocardo direito civil e fazer o raciocínio constitucional.
Publicização do direito privado - Interferência estatal nas relações privadas. Todas as vezes que o estado percebe o desequilíbrio nas relações contratuais ele entra. Exemplos: Lei do inquilinato – antes o locador arbitrava qualquer valor, retirava o inquilino, porque era uma relação privada entre os contratados. O estado percebeu abusos e desequilíbrio. Veio para proteger o locatário que teoricamente era a para hipossuficiente/vulnerável. Exemplos: CDC, estatutos (idoso e criança e adolescente), CLT.
– Operabilidade – Efetivação dos direitos – preciso efetivar os direitos para serem executados/concretizados. É um valor um paradigma. Exemplo: obrigação de fazer e não fazer (você não quer o dinheiro (perdas e danos) quer que a pessoa execute o serviço) e o usucapião → é a posse (vários requisitos) + um tempo (que a lei determina) = propriedade. Tem o viés de moradia – o estado quer dar moradia.
Princípios contratuais: (chega com viés interpretativo dos paradigmas do código de 2002)
Podem existir princípios sem que esteja positivado.
– Princípios da autonomia privada ou da vontade – Liberdade de contratar ou não contratar, quem eu quiser ou da forma que eu quiser. Art. 421 do CC. Restrição a função social.
Contrato de adesão você não tem essa liberdade.
Doutrina diferencia Liberdade de contratar ≠ liberdade contratual 
A liberdade de contratar → está relacionada com a escolha dos sujeitos da relação.
A liberdade contratual → está relacionada ao conteúdo do negócio jurídico (nesse que mais encontramos os contratos de adesão – conteúdo fechado).
A doutrina acredita e interpreta que o código civil se equivocou no art. 421 do CC, pois não seria a liberdade de contratar e sim a liberdade contratual. 
– Princípio da força obrigatória dos contratos ou Pacta Sunt Servanda – Força obrigatória dos contratos. Os contratos foram feitos para serem cumpridos.  
* Art. 478 do CC - onerosidade excessiva – chega para mudar o uso do Pacta Sunt Servanda. 
Após a 1° guerra mundial as pessoas começam a ter dificuldade em cumprir os contratos. E na Europa começa a surgir um movimento em que as pessoas expressam a vontade de pagar, porém com o surgimento de eventos especiais e não previsto (guerra) não possuem dinheiro para pagar o contrato. Nasce assim as revisões. 
No Brasil só começa com o CDC. 
Antes tivemos o plano Collor e na época alguns advogados tentaram solicitar a revisão de contratos e os tribunais não aceitavam que a inflação justificasse a revisão contratual por não acreditar que era algo imprevisível.
Com a chegada do CDC de 1990 e o código civil de 2002 e a chegada da teoria da onerosidade excessiva que é exatamente para quando houver situações/acontecimentos imprevisíveis e extraordinários nos contratos de execução continuada ou diferida é possível solicitar a revisão contratual. Exemplos: financiamento de carros, imóveis. Exemplo: Uma construtora estava vendendo apartamentos com vista para o mar, lagoa, silêncio (isso tem um preço alto) os condôminos pagavam XXX porque a construtora está me prometendo tudo isso. Durante a obra começa a formar ao lado desse condomínio de luxo favelas/comunidades. Os condôminos começam a reclamar que essas parcelas que eles estavam pagando não é mais condizente com a realidade oferecida pela construtora. Não tenho mais o silêncio e etc. aplicou-se a teoria da onerosidade excessiva Art. 478 do CC. O juiz recebe e aceita que houve acontecimentos imprevisíveis e extraordinários e que a parcela que aquelas pessoas estavam pagando realmente não representava mais uma realidade e o juiz reduz em 40% o valor da prestação. 
Então o Pacta Sunt Servanda é utilizado (Art. 389 e 390 do CC), mas é relativizado pelo princípio da função social.
O art. 241 do CC foi mitigado pelo princípio da função social. 
Princípios da função social – Veem do viés constitucional do princípio da solidariedade. Mesmos artigos da autonomia privada atendendo a função social. Art. 421 e 1.228 do CC. Sai do individualismo e passa para a coletividade. A função social também pode ser traduzida como finalidade coletiva/bem social. Ideia do bem comum que tanto se fala. Art. 5, XXII e XXIII e 170 da CF.
O princípio da função social por ser muito moderno/contemporâneo ele ganha aprofundamentos na doutrina. Alguns doutrinadores veem dividindo a função social em duas subespécies. Precisamos analisar que a função social tem uma tutela interna e também preciso entender que a função social tem uma tutela externa. 
c).1 - Tutela interna dos contratos dentro da função social – Consiste na relação entre os contratantes, em que o objetivo é a efetivação do equilíbrio e da conservação do contrato. Exemplo: Teoria do Adimplemento substancial = acordo (não pagou as últimas parcelas do financiamento em 60 meses do carro – Poderia apreender o carro por falta de pagamento, mas com a teoria do adimplemento (acordo) vai tentar negociar o restante, já que pagou mais da metade ou 70% e não apreender o veículo. Prorroga as prestações e você continua com o carro. Por isso a palavra-chave é conservação do contrato.
Somente nos casos de financiamentos, contratos de execução continuada.
Demonstração dessa tutela interna desrespeito as partes contratantes com a ideia de conservar. Preciso da função social. O contrato é muito caro para romper e faze outro, é muito mais econômico manter o contrato.
Outro exemplo é a onerosidade excessiva – Teoria do Pacta Sunt Servanda – sempre que existir circunstância extraordinárias ou imprevisíveis eu vou tentar solucionar dando uma tutela interna mantendo esses contratos. Preservação/conservação dos contratos. 
Quem fala muito bem sobre isso é o professor Marco Aurélio Bezerra de Melo.
Dentro da tutela interna existe uma nova classificação de bens pela professora Teresa Negreiros – Parte dessa tutela interna dentro de função social - Propõe uma nova classificação. Ela usa a tutela interna como o novo paradigma da essencialidade dos bens. Ela acha que deve existir uma nova classificação quanto a essencialidade.
Para entender devemos voltar ao viés da constitucionalização do direito civil – Quando existe essa ideia de tutela interna e o paradigma da essencialidade (seria uma nova classificação de bens quanto a essencialidade – são os bens com valores superiores → DIREITO A EDUCAÇÃO, SAÚDE, MORADIA) bens maiores que estão na CF.
Na prática é tentar colocar uma pessoa no hospital particular porque o direito à vida é maior, porque existe um critério a essencialidade onde eu preciso preservar a relação contratual com base na essencialidade. 
 
c).1.2 - Tutela externa da função social do contrato – A função social extrapola os limites definidos pelo princípio da relatividade contratual, preocupando-se em tutelar terceiros estranhos ao vínculo. 
Exemplo: Caso de Mariana (não ficou estabelecido somente naquela relação) e questões sócio ambientalistas, Art. 608 (prestação de serviços) do CC, aliciamento de prestador de serviço – aliciador é um terceiro estranho (tutela externa) e responderá por isso.
Exemplo do Zeca Pagodinho que era garoto propaganda da Schincariol e foi aliciado para voltar para a Brahma. A Brahma foi penalizada pelo art. 608 do CC. No caso a Brahma era o terceiro aliciador e tem o dever de pagar o dano.
Terceiros são atingidos por esses contratos. Ligados a questões metaindividuais e ambientalistas. São exceções.
Exemplo: Direito esportivo – jogadores que mudam de clube e rescindem o contrato. 
Definição de tutela externa da função social no enunciado 23 da 1ª jornada do direito civil → Art. 421 – a função social do contrato, prevista no art. 421 do CC, não elimina o princípio da autonomia contratual, mas atenua ou reduz o alcance desse princípio quando presentes interesses metaindividuais ou interesse individual relativo à dignidade da pessoa humana.
Princípio da relatividade – Os efeitos dos contratos só interessam as partes contratantes. Exemplos: Comprador e vendedor.
Princípioda boa-fé objetiva – Parte do paradigma da Eticidade. É exatamente a padronização de comportamentos éticos. Princípio positivado no art. 422 do CC. É analisar a lealdade, honestidade e transparência do contratante antes, durante e depois do contrato (o princípio deve estar presente nas 3 fases do contrato). Caso eu não analise isso posso ter a quebra da boa-fé objetiva, em consequência perdas e danos. 
Objetiva = transparente → Exemplo do corretor.
Dentro do princípio da boa-fé objetivo temos a tese dos deveres anexos e laterais.
Tese dos deveres anexos / laterais – Professor Clóvis do Couto Castro.
Exemplos: Dever de informação do produto, dever de respeito da outra parte contratante, dever de colaboração da relação. Existe uma relação de deveres anexos. Aliás a ideia é do processo colaboração.
Caso não receba a informação, respeito ou a colaboração da outra parte acontece a quebra de deveres anexos e consequentemente a quebra da boa-fé objetiva cabe responsabilidade por isso.
Essa quebra do direito de informação, respeito, lealdade – muito comum nas relações de consumo - a falta do dever de informação é uma quebra do dever lateral/anexo. Quem desenvolve isso é o professor Clóvis do Couto Castro. Ele chama de processo de colaboração das partes contratantes. 
A quebra desses deveres anexos tem como consequência uma outra situação que é estudada em obrigações. É a Violação positiva do contrato. 
A violação positiva do contrato é uma quebra da boa-fé objetiva e isso repercute outro enunciado para falar sobre isso. O enunciado 24 da 1ª jornada do direito civil.
O enunciado 24 da 1ª jornada do direito civil – Art. 422: em virtude do princípio da boa-fé objetiva, positivado no art. 422 do CC, a violação dos deveres anexos constitui espécie de inadimplemento, independentemente de culpa.
Essa tese cria uma nova modalidade de inadimplemento (estudamos 2: absoluto e relativo e a mora é a nova).
Exemplo: a costureira que deveria entregar o vestido de noiva antes do casamento. Entregou 15 dias antes e pode fazer isso, temos um inadimplemento relativo a mora se a noiva/credor quiser. A costureira entregou depois do casamento só resta perdas e danos – depois do casamento inadimplemento absoluto.
Com essa quebra dos deveres anexos cria essa tal violação positiva do contrato. 
O enunciado diz que em consequência disso se cria através da violação positiva do contrato que é a quebra do dever anexo uma nova forma de inadimplemento que é a violação positiva, independentemente de culpa. Se você não me informou você violou e quebrou a boa-fé objetiva e reponde por perdas e danos. 
Normalmente temos duas formas de inadimplemento e agora mais a do enunciado 24.
Ainda na boa-fé objetiva ela tem funções que está ligada aos deveres anexos/laterais que estão ligados aos 3 paradigmas do novo CC, Eticidade, Sociabilidade e operabilidade. 
Funções da boa-fé
Função interpretativa da boa-fé – Art. 113 do CC. 
Função de controle – Art. 187 do CC. (é quase educacional – olha se você não se comportar vou puxar sua orelha) – função da boa-fé na sociedade. 
Função de integração do contrato – Art. 422 do CC. (no sentido que preciso observar a boa-fé em todas as fases – pré-contratual, contratual e pós-contratual). Integrar todas essas ideias aqui.
Importante estudar boa-fé objetiva e função social para provas e OAB. Porque são valores, formas de interpretação.
Começamos a ideia, lembro que é um paradigma da Eticidade, vem a tese dos deveres laterais anexos e secundário que são dever de informação, respeito e lealdade. Se quebramos existe nova violação positiva do contrato. Que é a nova modalidade de inadimplemento ao lado do absoluto e relativo. Definição no enunciado 24 da 1ª jornada do direito civil. A boa-fé tem 3 funções: interpretativa, controle e integração do contrato.
Ao falar de boa-fé tenho que me reportar aos paradigmas. 
Fechando a boa-fé será o trabalho!
Trabalho – Procurar na parte da boa-fé objetiva a Função integrativo da boa-fé no direito comparado. (De onde surgiu)
Existem algumas situações de comportamentos, devemos analisar:
Analisar: SUPRESSIO, SUURECTIO e TU QUOQUE.
*principalmente VENIRE CONTRA FACTUM PROPRIUM – principal que devemos dar foco.
Vedação de comportamento contraditório. Vamos abrir um negócio, vamos sim. No meio você desiste. Vedação de comportamento contraditório. Se eu venho demonstrando um jeito não posso frustrar a outra parte. 
Definições de: SUPRESSIO, SUURECTIO e TU QUOQUE dentro da boa-fé objetiva dos termos e começar com uma introdução sobre boa-fé objetiva. Exemplos
Colocar uma jurisprudência sobre o VENIRE. Pode copiar e colocar o acórdão impresso.
Como os tribunais estão analisando/decidindo o Venire. Qualquer área.
Quando a pessoa muda de ideia. 
 
Civil III
Rio, 12/09/16
A boa-fé objetiva se dá em 3 fases do contrato, o art. 422 CC – não inclui a fase pré-contratual, mas é inserido pela boa-fé objetiva.
Da formação dos contratos 
Fase das negociações preliminares ou tratativas - Essa fase é pré-contratual, onde não há contrato ainda. Aqui as partes pensam se querem mesmo o contrato, se vale realmente a pena fazer aquele contrato, tempo para as pessoas pensarem, sondagem, estudo, faz conta para ver se vale a pena. Tempo para a pessoa pensar. Negociações preliminares/tratativas. Não existe o direito subjetivo de contratar, logo se eu recusar - a não aceitação não vai gerar o dever de indenizar. 
Exemplo: Vamos abrir um escritório. Pensa e me diz, porque se você não quiser vou abrir com outro. Pensei bem e não quero abrir. Esse fato não vai gerar para a outra parte uma possibilidade de indenizar. Eu fiquei esperando e perdi a sala e agora você diz que não vai querer.
Mesmo surgindo uma minuta ainda está na fase das negociações preliminares. A vontade é diferente não há ainda na verdade a fase contratual.
Regra:
Não existe contrato – fase pré-contratual;
Só nos contratos paritários (existe uma negociação);
Não gera para a outra parte o dever de indenizar;
Exceção:
Legítima expectativa de contratar – Quando surge para uma das partes a legítima expectativa de contratar. Essa parte comprovando essa legítima expectativa de contratar vai poder existir a possibilidade de um dever de reparar. 
Exemplo: um amigo te chama para abrir um negócio e fica insistindo e você acredita que vá acontecer a sociedade. Você pega um empréstimo e já tinha até visto um lugar para alugar o espaço e liga para o amigo e ela fala que agora não dar porque ele foi contratado por uma empresa em São Paulo. Essa pessoa teria o direito a pleitear uma indenização com apresentação das provas, de testemunhas, banco e etc. com base na violação do princípio da boa-fé objetiva no desdobramento de VENIRE CONTRA FACTUM PROPRIUM – Vedação de comportamento contraditório.
Outro exemplo: Transporte – você entra e paga passagem de ônibus e senta. O motorista dá uma freada brusca e você machuca o seu pé. Existe uma relação contratual entre você e o transporte? Sim, com base na responsabilidade contratual poderá pedir a indenização fundamenta o direito de indenizar art.186 c/c 927 CC.
Exemplo: Você é pedestre e está andando na rua e o ônibus te atropela. Você possui alguma relação contratual com o ônibus? Não existe contrato entre o pedestre e o ônibus, mas tem uma história de vínculo extracontratual que fundamenta o direito de indenizar art.186 c/c 927 CC.
Teoria dualista da responsabilidade civil – Contratual e extracontratual ou Aquiliana (art. 186 do CC (ato ilícito) + art. 927 CC).
Exceção: dois fundamentos que gera o direito de indenizar mesmo na fase pré-contrato.
1 – Responsabilidade extracontratual art. 186 CC –ato ilícito.
2 – Violou o princípio da boa-fé objetiva art. 422 CC – VENIRE CONTRA FACTUM PROPRIUM.
Fase da proposta e aceitação, policitação e oblação – existe uma manifestação de vontade expressa, pode ser verbal ou escrita no sentido de aceitar e acatar esse contrato. 
Conceito clássico de proposta de Orlando Gomes – é uma declaraçãoreceptícia de vontade, dirigida por uma pessoa a outra, por força da qual a primeira manifesta sua intenção de se considerar vinculada, se a outra parte aceitar.
Essa proposta como fase contratual ela já deverá conter todos os elementos essências do contrato como: transparência, precisa, qual contrato, tipo de prestação de serviço, duração do contrato, no caso de contrato de locação se será possível sublocar e etc. 
Essa proposta e aceitação tem as partes – o início das partes:
Primeira parte o Policitante/proponente/solicitante – é aquele que fórmula a proposta.
Oblato/solicitado/policitado – é aquele que recebe a proposta.
Quando o oblato recebe e aceita/confirma ele vira aceitante. 
E como aceitante esse contrato será aperfeiçoado.
Proposta: Art. 427 CC
 Seção II
Da Formação dos Contratos
Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso.
PRIMEIRA PARTE – “A proposta de contrato obriga o proponente” Regra: A proposta vincula o proponente. Quando aceita ganha o caráter obrigatório de ser cumprida. (A proposta como manifestação de vontade em relação a qualquer contrato vai ser transmitida aos herdeiros como qualquer elemento passivo de uma herança.) Dependendo da classificação do contrato poderá (os contratos impessoais) ou não passar para os herdeiros, (os contratos personalíssimos não passam).
Empréstimo de dinheiro – contrato de mútuo - impessoal → é transmitido aos herdeiros.
Contratos artísticos – Pai é um cantor e falece – os filhos não podem subir no palco para cantar – Contrato intuito persona.
Contrato de fiança – é em razão das qualidades pessoas do fiador – morreu o fiador extingue-se o contrato. 
Existem várias Exceções onde essa proposta não vai virar obrigatória/ eu não vou me tornar obrigado a cumprir.
Relações paritárias – Entre privados - relação entre iguais.
No art. 427 CC – Existem 3 exceções:
Art. 427 CC – “se o contrário não resultar dos termos dela’’ → Que precisa estar expresso na proposta a frase “Proposta Sujeita a Confirmação”. Eu proponente coloco no contrato uma cláusula dizendo que eu posso me retratar me arrepender e se você aceitante assinar/leu e aceitar a proposta e depois eu mudar de ideia você não poderá me obrigar a cumprir. Porque você estava ciente dessa cláusula/possibilidade. Direito de sair do negócio sem a obrigatoriedade de indenizar. Não haverá a possibilidade de indenizar.
O proponente coloca expressamente a opção de mudar de ideia.
Art. 427 CC –“ da natureza do negócio ”c/c 429 CC → Questões de ofertas ao público. Relação de consumo. Deve alertar que a foto é meramente ilustrativa, ou que a promoção é limitada ao estoque e etc. Caso contrário estará vinculado ao proponente.
Exemplo – folheto da casa para vender estava com o carro na garagem e quando recebe a casa estava sem o carro. O comprador questiona que no folheto estava o carro. Vai receber o carro. 
Por isso hoje colocam a informação de foto meramente ilustrativa para não gerar a expectativa que o carro faz parte da oferta.
Exemplo: a loja tal está com uma oferta imperdível de televisões. Para não ter que vender todas por esse preço coloca a informação que essa promoção dura enquanto estiver estoque informado ou com estoque limitado. 
Art. 427 CC - “das circunstâncias do caso” c/c 428 CC → 
Art. 428. Deixa de ser obrigatória a proposta:
I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante;
II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente;
III - se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado;
IV - se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do proponente.
Art. 428CC – 
I – a pessoa tem que aceitar ou não. Não aceitou desobriga o proponente.
II – Entre ausentes – enviei um e-mail – não dei prazo (vamos usar o princípio da razoabilidade do negócio para tentar determinar qual seria esse tempo suficiente que o inciso se refere.
III – Coloca sempre o prazo, assim que acabar fica desobrigado e pode oferecer para outro.
IV – (dá a entender que é entre ausentes)
Exemplo: Quero alugar a sua casa e mandei uma proposta por carta, só que depois que eu mando me arrependo. Tenho que conseguir outro meio para me retratar antes que o solicitado recebe minha proposta.
Classificação do contrato entre presentes e ausentes
Entre presentes – É a possibilidade que esse proponente tem de receber a resposta imediatamente. 
Meios: Telefone, Skype, chat, salas de bate papo.
Exemplo: O proponente estabelece para o aceitante pessoalmente – Vamos abrir um negócio agora? 
Entre ausentes – É a possibilidade de fazer a proposta e não ter naquele momento meios de receber a resposta logo, imediato. 
Meios: WhatsApp, - e-mail, facebook.
Aceitação – Art. 430 CC
Art. 430. Se a aceitação, por circunstância imprevista, chegar tarde ao conhecimento do proponente, este comunicá-lo-á imediatamente ao aceitante, sob pena de responder por perdas e danos.
Art. 434. Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que a aceitação é expedida, exceto:
I - no caso do artigo antecedente;
II - se o proponente se houver comprometido a esperar resposta;
III - se ela não chegar no prazo convencionado
Art. 434. Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que a aceitação é expedida, exceto:
Enviei o e-mail dizendo que aceitei, ou respondi o WhatsApp aceitando. 
 
434 CC – Teoria da expedição. 1 ° parte – As exceções causam uma insegurança jurídica a teoria da expedição, pois o fato de ter sido expedida/enviada não garante que receba) chegue ao conhecimento do proponente. (A carta extraviou, o e-mail foi para o lixo e eu apaguei sem querer)
Exceção: na verdade com as exceções do 434 CC nós adotamos a teoria da recepção por uma questão de segurança jurídica. Não basta expedir eu proponente preciso receber essa aceitação e aí sim o contrato será aperfeiçoado.
Exercícios de V ou F:
1 - Ainda que o proponente tenha se comprometido a esperar resposta, torna-se a perfeito o contrato entre ausentes desde a expedição da aceitação.
Resposta: FALSO – ART. 434, II CC – Teoria da recepção porque está nas exceções.
2 - A aceitação da proposta de contrato fora do prazo com adições ou modificações não importa em nova proposta.
Resposta: FALSO – ART. 431 CC., porque importa sim nova proposta.
Exemplo: O locador resolve vender o imóvel e por lei é obrigado a oferecer primeiro para o locatário (direito de preferência do locatário), mas faz uma proposta muito acima do valor de mercado e por isso o locatário desiste da compra. Depois de algum tempo o locatário descobre que o locador vendeu para a irmã por um valor bem menor do que o valor oferecido a ele. Modificações importará nova proposta. O locatário ao descobrir poderá exigir a mesma proposta oferecida para a irmã. 
3 - Considera-se inexistente a aceitação da proposta de contrato se, antes dela ou com ela chegar ao proponente a retratação do aceitante.
Resposta: Verdadeira – Art. 433 CC.
Contratos aleatórios art. 458 e seguintes CC
 Seção VII
Dos Contratos Aleatórios
Art. 458. Se o contrato for aleatório, por dizer respeito a coisas ou fatos futuros, cujo risco de não virem a existir um dos contratantes assuma, terá o outro direito de receber integralmente o que lhe foi prometido, desde que de sua parte não tenha havido dolo ou culpa, ainda que nada do avençado venha a existir.
Classificação quanto ao sacrifício patrimonial 
Gratuitos – Não existe o fator financeiro/econômico. Exemplo: Doação, empréstimo.
Onerosos – Locação/ Compra e venda/ empreitada
 Quanto aos riscos
Comutativos – Não existe o fator risco em relação às prestações, que serão certas e determinadas. Está presente a ideia de equivalênciadas prestações. Exemplo: Contrato de prestação de serviços, locação – não tem risco, incerteza. As prestações são certas e determinadas. Equivalência das prestações.
COMUTATIVO – ONEROSO E BILATERAL
Aleatórios – Caracteriza-se pela incerteza para as partes contratantes. É que a perda ou lucro dependem de um fato futuro e imprevisível. Ale = sorte/dúvida
Aleatório é dividido em: Por Natureza, acidental
Naturalmente aleatório – seguro, jogo e aposta;
Acidental aleatório - Art. 458 CC
Seguro tem uma particularidade:
Para o segurado é comutativo - todo mês eu pago. 
Para a seguradora é aleatório – a incerteza de pagar ou não o sinistro.
Comutativo inserido no Acidental/Aleatório se divide em:
Venda de coisa futura – Contrato a Existência da própria coisa. EMPTIO SPEI – Venda da esperança. Exemplo: Compra da safra agrícola da laranja – é futura.
Rede de peixe. O elemento acidental é a própria natureza safra futura/contrato a existência.
Art. 458 CC -  Seção VII
Dos Contratos Aleatórios
Art. 458. Se o contrato for aleatório, por dizer respeito a coisas ou fatos futuros, cujo risco de não virem a existir um dos contratantes assuma, terá o outro direito de receber integralmente o que lhe foi prometido, desde que de sua parte não tenha havido dolo ou culpa, ainda que nada do avençado venha a existir.
Colheita de safra futura, rede de pescador ou os cachorrinhos da cadela da vizinha que está grávida – Contrato a existência e você assume um risco muito grande pela possível existência. Caso não exista não poderá pedir o dinheiro que pagou. Pode ser venha para mais do que contratou (veio mais peixe na rede que o contratado) ou para menos (a safra de laranja só veio pela metade) ou igual (veio exatamente o contratado) o valor pago será o mesmo. Não há alteração de valor até mesmo quando não vier nada. Paga a existência seja ela qual for e não terá o valor investido caso não receba nada.
Exemplo: as máquinas que colocamos a ficha para tentar pegar o bicho. 
Venda de coisa futura – Tem que ter uma quantidade mínima esperada – Art. 459 CC. PÚ
EMPITIO REI SPERATAE.
Deve existir um mínimo e caso não haja nada receberá o que pagou.
Art. 459. Se for aleatório, por serem objeto dele coisas futuras, tomando o adquirente a si o risco de virem a existir em qualquer quantidade, terá também direito o alienante a todo o preço, desde que de sua parte não tiver concorrido culpa, ainda que a coisa venha a existir em quantidade inferior à esperada.
Parágrafo único. Mas, se da coisa nada vier a existir, alienação não haverá, e o alienante restituirá o preço recebido.
Rio, 19/09/16
Direito Civil
Dos Vícios Redibitórios – Art. 441 CC – Nós estamos no plano das relações privada – É o defeito/vício oculto no bem.
Você adquiriu um bem e ao não consegue perceber de antemão aquele vício oculto/defeito oculto do bem e só vai perceber isso após a entrega do bem/ após a tradição.
Existe um instituto previsto exatamente de garantia do bem. O alienante/vendedor precisa garantir que aquele produto/bem esteja livre de qualquer vício ou defeito quando ele entrega esse bem. 
A origem dos vícios redibitórios começou de forma muito complicada na Grécia antiga e veem até a época do escambo dos animais e infelizmente a ideia da escravidão começa com essa ideia dos vícios. 
Era comum assistirmos filmes e novelas onde colocavam os escravos e começavam a examinar, o escravo era considerado coisa. E o dono daquele escravo tinha que garantir que não existia nenhum defeito no bem.
E então começam a aparecer os institutos para garantir que esse produto/bem esteja livre de defeito oculto ou vicio. Porque caso tenha deverá responder por ele mesmo que não saiba do defeito (boa-fé objetiva). 
 Seção V
Dos Vícios Redibitórios
Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor.
Noção geral.
Vícios Redibitórios – Art. 441 CC 
Conceito do Professor Cristiano Chaves, O Vícios Redibitórios consiste no vício oculto que acomete a coisa transferida em contratos comutativos, tornando-se imprópria ao uso a que se destina ou lhe reduzindo o valor.
Instituto que vai preservar/proteger o adquirente/comprador e o alienante precisa garantir que bem ou produto não possui qualquer tipo de vício ou defeito, pois caso haja o alienante responderá pelo vício ou defeito.
Esse vício ou defeito vai tornar o bem imprestável ou vai reduzir o valor. Exemplo: Eu até quero ficar com esse carro, mas vamos fazer um abatimento pelo defeito ou vício!
Outro exemplo: o fazendeiro compra um touro para reproduzir e o touro é estéril.
É diferente do comprar e não gostar da cor, tipo e etc. e por isso deseja trocar. Nesse caso é uma insatisfação que a pessoa tem em relação ao produto – pessoal.
Fundamentos do Vício Redibitório:
Princípio da Garantia (a ideia de o alienante garantir que esse produto/bem/coisa não tem defeito/vícios ocultos);
Princípio da Equivalência Material (está ligado a equivalência das prestações) Exemplo: Eu alienante/vendedor estou garantindo que não tem defeitos eu posso cobrar pelo preço. Muitos autores chamam nessa configuração dos vícios redibitórios da equivalência material da ideia de Justiça Contratual (estou garantindo e por isso estou cobrando); 
Princípio da Boa-fé objetiva art. 113 CC (funções da interpretação, colaboração, controle art. 187 CC e integração art. 422 CC = multifuncionalidade da boa-fé objetiva é aplicada em qualquer instituto. E tudo está ligado aos deveres anexos, chamados deveres laterais, deveres secundários. - proteção, informação, cooperação. Faltando esses deveres eu tenho a violação da boa-fé com a capacidade/possibilidade do dever de indenizar. 
Os fundamentos estão interligados.
A ideia da boa-fé objetiva como fundamento ela é prevista num artigo específico dentro dos Vícios Redibitórios art. 443 CC.
Art. 443. Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que recebeu com perdas e danos; se o não conhecia, tão-somente restituirá o valor recebido, mais as despesas do contrato.
A primeira parte do 443 é se o alienante estiver de má-fé será punido.
A segunda parte do 443 acredita que o alienante realmente não sabia, então não haverá perdas e danos, mas terá que devolver o valor mais o que foi gasto pelo contrato.
No vício redibitório a boa-fé a responsabilidade do alienante não depende de culpa dele, responde de qualquer maneira. Porque ele garantiu que estava sem defeitos e cobrou um preço por isso.
 Seção V
Dos Vícios Redibitórios
Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor.
Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas.
Contrato Comutativo é aquele contrato que possui a equivalência das prestações, não há o fator risco. É oposto do contrato aleatório que possui esse fator de risco. 
Aplicação dos Vícios Redibitórios
Só existe em contratos comutativos;
Não cabe em contratos aleatórios – pela própria natureza do risco não tem como o alienante garantir. Não sabe nem se vai existir a safra e nem a quantidade, quanto mais garantir o defeito. Aqui existe a própria incerteza da prestação; Exemplo: Alessandra comprou safra futura e está alegando vício redibitório. Não cabe nesse tipo de contrato aleatório. É uma contradição alegar Vícios Redibitórios em contratos aleatórios, porque aqui é risco/sorte.
Não cabe vicio redibitório em Hasta Pública (alienação forçada de bens - leilão público) – O alienante não tem como garantir os fundamentos porque é feito sem a vontade/alienação forçada a vontade do Estado que está forçando à venda;
Cabe os vícios Redibitórios em leilão extrajudicial. Existe um acordo de vontades, manifestação livre, nada de obrigação. Existe exatamente a figura do contrato; 
Art. 441 PÚ – Doação onerosa = ação com encargo/ônus – cabevício redibitório.
Exemplo: Você ganha carro, mas o carro apresenta problemas - Doação pura – não cabe vício redibitório.
Outro exemplo: Você ganha o carro para fazer algum tipo de serviço (um encargo) levar a tia no médico toda semana, mas o carro apresenta problema. Esse problema vai impossibilitar que eu cumpra o encargo, logo cabe vício redibitório na doação com encargo.
Diferença dos vícios redibitórios com outros institutos
Diferença de vícios redibitórios e erro.
Erro art. 138CC - Defeito no negócio jurídico - Falsa percepção da realidade do negócio jurídico – você erra sozinho) – ação anulatória art.171, II CC.
Vício Redibitório – Defeito oculto decorrente de um contrato.
Exemplo: Eu entro na joalheria e compro um relógio achando que era de ouro, mas não era de ouro. O vendedor não me falou nada eu que achei que era de ouro. Erro ou ignorância.
Outro exemplo: Comprou o relógio de ouro e deu defeito – vício redibitório.
Vício Redibitório não é responsabilidade civil – é o dever de indenizar que decorre ou de uma obrigação contratual ou extracontratual art. 186 CC. Se eu deixar de cumprir o contrato tenho que indenizar.
Exemplo: contrato de transporte ônibus, metrô e trem – se você está dentro de um desses transporte e se machuca vai pedir indenização com base numa responsabilidade contratual.
Se você é um pedestre, não tem qualquer vínculo e o motorista vem e te atropela por qualquer situação você vai pedir uma indenização com base na responsabilidade extracontratual art. 186 CC. 
*Caso não tenha dano não haverá o dever de indenizar.
Exemplo: você compra um liquidificador e na hora que vai usar não funciona. Vício Redibitório
A responsabilidade civil seria um PLUS que vai extrapolar/te prejudicar.
*Vício Redibitório nem sempre vai gerar o dever de indenizar– Exemplo do liquidificador que não funciona. Defeito oculto Vício Redibitório.
O liquidificador não funciona e acaba explodindo e te queima. A queimadura é o dano (o Plus). Se houver dano terá direito a indenização. Nesse caso o dano é uma consequência do vício redibitório.
Vício Redibitório # Inadimplemento Contratual Art. 389 (absoluto) e 394CC (relativo - Mora).
Exemplo de inadimplemento absoluto art. 389 – a costureira que entrega o vestido depois do casamento, vai responder por perdas e danos.
Exemplo inadimplemento relativo (mora) art. 394 - a costureira não entregou no prazo combinado, antes no casamento, mas ainda dá tempo de entregar no dia do casamento, se a noiva ainda quiser.
Existem dois tipos clássicos de inadimplementos: Absoluto e Relativo.
→ A doutrina/jurisprudência classifica mais uma terceira forma de inadimplemento contratual que decorre dos deveres anexos quando você viola/quebra um dos deveres anexos, secundário, laterais de proteção, informação, cooperação estaremos diante da violação positiva do contrato.
Exemplo: você quer comprar um carro ou uma moto e procura no jornal e encontra um carro 2014 e resolve comprar. Assina tudo e só depois percebe que não comprou um carro 2014 do jeito que estava anunciado, comprou na verdade um carro 2013 que funciona normalmente. É um inadimplemento contratual. Descumpriu aquilo que ele estava ofertando. A oferta vincula o proponente. Quando faz uma promessa e há descumpro está dentro de inadimplemento contratual. 
Outro exemplo: Se o carro estivesse com algum problema seria vício redibitório. 
Ações Edilícias – Instrumentos dentro do Vício Redibitório – De que forma eu faço isso quando recebo um produto (adquirente) posso propor as ações: (comprei um produto e veio com defeito então quero entregar ou pedir um abatimento).
O tipo de ação vai depender do defeito.
Seção V
Dos Vícios Redibitórios
Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor.
Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas.
Art. 442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o adquirente reclamar abatimento no preço.
Ação do Art. 441 Caput CC – Ação Redibitória – Rejeito/devolvo o bem – tornou-se imprestável/impróprio ao uso que foi destinado. Exemplo do touro infértil. Devolvo porque a finalidade era para a produção.
Ação do Art. 442 CC – Ação QUANT MINORIS – Vou ficar com o bem. - Quero abatimento do preço, o bem ainda serve. 
Não pode cumular as duas ações.
Obs.: Aplicação geral para os negócios jurídicos Regra: RES PERIT DOMINO – a coisa perece para o dono. A ideia está no art. 492 Caput. CC.
Art. 492. Até o momento da tradição, os riscos da coisa correm por conta do vendedor, e os do preço por conta do comprador.
Exemplo: Eu emprestei o carro - contrato de comodato – o comodatário meu amigo bateu com o carro sem culpa – o dono responde.
Outro exemplo: Vendi meu carro para João, mas só posso entregar amanhã e eu já recebi pelo carro. Ao sair um louco bate no carro. Eu ainda respondo porque a tradição se dá com a entrega do bem, como ainda não entregou você ainda responde por ele.
Antes da tradição a responsabilidade é do vendedor.
Depois da tradição a responsabilidade é do comprador.
No Vício Redibitório o vício já existia e existem as garantias das equivalências para resguardar o negócio jurídico. 
Importante: A Prova para alegar o vício redibitório é do adquirente que o vício era pré-existente ao tempo da tradição. 
Prazos – dependem da natureza do bem
Bem móvel – 30 dias da Tradição/entrega do bem.
Bem imóvel – 1 ano da Tradição/entrega do bem.
Regras em ralação aos prazos:
Art. 445 O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva;
Art. 445, 1° parte CC – Decadente: 
Poderá propor:
Ação Redibitória – Art. 441 CC
Ação MINORIS – Art. 442 CC
Art. 445, § 1° CC – § 1o Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis.
→A expressão mais tarde - Saiu da primeira regra. Agora vale do momento que tiver ciência (depois de 30 dias) até prazo no máximo de 180 dias para bens móveis e 1 ano para imóveis.
Esse vício a recorrer da natureza foi constatado mais tarde.
Exemplo: Comprei um carro 20/03/16, se fosse pela regra dia 20/04 decaia meu prazo para reclamar. Só que consegui provar um vício pré-existente em 20/06/16. Pelo art. 445, §1° CC tenho mais 180 dias para propor a ação edilícias Redibitória ou QUANTI MINORIS do dia 20/06/16 que foi quando provei o vício. O prazo começa a contar a partir da conotação do vício.
Outro exemplo: comprei o carro 20/06 só consegui provar 20/12, não poderei propor a ação edilícias porque está fora dos 180 dias que tenho para provar o vício redibitório.
Tem 180 para constatar o vício e depois de constatar terá mais 180 dias para entrar com a ação edilícias.
Bem móvel – Exemplo comprou um apartamento tem 1 ano para provar o vício redibitório e depois mais 1 ano para entrar com a ação edilícias.
ART. 445, Caput, parte final CC – Se já está usando o imóvel ou móvel vale a partir da posse. 
Exemplo: você é locatário e resolve comprar o imóvel – como já existe a posse o prazo cai na metade – Móvel 15 dias e imóvel 6 meses.
Conta a partir da data da alienação/compra e venda.
Art. 445 - se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade.
Rio, 26/09/16
Evicção (segue o princípio da garantia) –art. 447 e seguintes do CC – venda non domino (venda de quem não é dono) – muito junto e paralelo que os vícios redibitórios porque segue o princípio da garantia.
Serve tanto para bens móveis como imóveis. Mais utilizado para a venda de bens imóveis.
Introdução: 
Consiste a evicção na perda pelo adquirente da propriedade da coisa transferida, por força de uma sentença judicial quereconheceu o direito anterior de terceiro.
Exemplo: eu vendedor (alienante) vendi meu imóvel para ela (compradora adquirente). O vendedor tem que garantir que esse imóvel é realmente do vendedor e que não haverá qualquer problema – por isso o princípio da garantia. Ou seja, não haverá defeitos no direito assegurado – o direito livre. O imóvel foi vendido. Logo após algum tempo ela é surpreendida por uma ação reivindicatória de terceiro falando que o imóvel é dele. Alguém falsificou o documento e agora sai do imóvel que é meu. A pessoa que comprou pede ajuda ao vendedor (denunciação da LIDE) ou pode não pedir. Se pedir vai ingressar junto na ação e o juiz vai analisar tanto a denunciação da LIDE como a reivindicatória. 
Só existirá a EVICÇÃO após a sentença que o juiz proferir. Realmente o terceiro é o dono do imóvel você adquirente deverá sair do imóvel. 
Com isso a compradora vai para cima do vendedor e fala que quer o valor pago de volta e começa toda a indenização. Se fez obra, benfeitorias – a regra que o terceiro reivindicante pague as benfeitorias, até para se evitar um enriquecimento ilícito (caso tenha gasto um valor muito alto com as benfeitorias) exemplo: comprou a casa por R$200.000,00 e gastou R$250.000,00 em obra. Quando o terceiro receber a casa estará muito valorizada. 
Então o terceiro paga pelas benfeitorias e o vendedor pelo valor pago pela casa, custas e outros valores ligados a venda.
Em relação ao vendedor temos duas opções: ele é 171 ou também foi enganado (venda mondómino – venda de quem não é o dono).
A - Alienante – garante para o B – adquirente que o bem que ele vai vender não tem nenhum problema.
C - Terceiro que propõe uma ação em face ao B – Adquirente – ação reivindicatória.
Durante essa ação o B – adquirente chama o A – alienante que é a denunciação da LIDE. 
Depois da sentença nós teremos a retirada da propriedade para o terceiro, que realmente é o proprietário. E com a perda do bem virá a EVICÇÃO. Ele será o evicto e o terceiro que ganhou evictor.
Tudo é para resguardar essa garantia para o adquirente. Então o alienante responde pelos riscos da evicção. 
Qualquer vendedor já possui esse compromisso empírico. De responder pelo bem no caso de evicção. 
Cabe em Hasta pública;
Não cabe em contratos gratuitos;
Da Evicção
Art. 447. Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste esta garantia ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública.
Direitos do Evicto 
Art. 450 e PÚ do CC.
Art. 450. Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da restituição integral do preço ou das quantias que pagou:
I - à indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir;
II - à indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente resultarem da evicção;
III - às custas judiciais e aos honorários do advogado por ele constituído.
Parágrafo único. O preço, seja a evicção total ou parcial, será o do valor da coisa, na época em que se evenceu, e proporcional ao desfalque sofrido, no caso de evicção parcial.
Aqui cabe lucro cessante, dano emergente (aquilo que deixou de ganhar).
Vai pagar o valor referente a casa na data da sentença (mais valia que é levada em consideração) como também a desvalorização do imóvel também será observada. 
Benfeitoria regra geral – Art. 1219 do CC.
Necessárias;
Úteis;
Voluptuárias; não é obrigado a indenizar.
A indenização de benfeitorias parte de uma classificação do art.92 do CC.
Boa-fé contratual é a da transparência, comportamento e lealdade.
O art. 125, I do NCPC – denunciação da LIDE C/c 447 do CC.
DA DENUNCIAÇÃO DA LIDE
Art. 125.  É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes:
I - ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam;
Da Evicção
Art. 447. Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste esta garantia ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública.
Evicção e autonomia da vontade/ autonomia privada
Art. 448 do CC. – Exclusão dos riscos da evicção. 
Art. 448. Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção.
Cláusula expressa de exclusão da garantia + conhecimento do risco da evicção pelo adquirente = isenção de toda e qualquer responsabilidade por parte do alienante. 
Exemplo: Vou te vender o preço está bom, mas esse terreno tem uma ação reivindicatória em curso, tem um pessoal dizendo que o terreno é deles, mas o terreno é meu. Existe uma ação em curso, estou só te avisando. É um pessoal de posse. Já vi o processo é não vai dar em nada. O comprador ao aceitar estará assumindo o risco do negócio. Se amanhã esse adquirente perde o bem por esse risco que ele assumiu não poderá ir para cima do alienante. Art. 457 do CC.
Passa de um contrato comutativo para um contrato aleatório quando assume o risco da coisa previsto no art. 457 do CC.
Art. 457. Não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa.
Cláusula expressa de exclusão da garantia – ciência específica desse risco por parte do adquirente = responsabilidade do alienante apenas pelo preço pago pela coisa evicta. Art. 449 do CC.
Art. 449. Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se esta se der, tem direito o evicto a receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção, ou, dele informado, não o assumiu.
Matéria dada em parte geral de contratos:
Formação geral – requisitos
Classificação
Princípios
Formação dos contratos: Entre ausentes e presentes
Vicio redibitório
Evicção
Exercícios:
1 – Um cidadão adquire um quadro pensando se tratar de um original de um famoso pintor. Efetua o pagamento e após lhe ser entregue o quadro descobre que se trata de uma cópia. Conforme o código civil qual é a ação que o comprador tem contra o vendedor e o instituto jurídico pertinente.
Resposta: Erro Art. 138, 139, I do CC – falsa percepção da realidade. Ação anulatória do negócio jurídico por erro substancial Art. 171, II do CC.
2 – A função social do contrato dirigida a satisfação de interesses sociais, elimina o princípio da autonomia contratual/privada/vontade. 
Resposta: Falso, Art. 421 CC, a função social não retira,
 não acaba com o princípio da autonomia privada, ela limita.
3 - A herança de pessoa viva pode ser objeto de contrato
Resposta: Falso, Art. 426 CC. Pacto de Corvina, existe uma proibição, por questões morais. Só pode doação.
4 – Inexiste em regra responsabilidade pela evicção nos contratos gratuitos, salvo se tratar de doação com encargo.
Resposta: Verdadeiro, Art. 447 e 525 do CC.
5 - No contrato aleatório Empitio Rei Sperate um dos contratantes, na alienação de coisa futura toma a si o risco relativo a existência da coisa, ajustando um preço, que será devido integralmente mesmo que nada se produza.
Resposta: Falso, em relação à quantidade. – Art. 459 CC.
6 - Contratos consensuais são aqueles que dependem para o seu aperfeiçoamento da entrega da coisa feita por um contratando ao outro.
Resposta: Falso – basta a simples manifestação da vontade das partes para o aperfeiçoamento.
Os reais que necessitam do aperfeiçoamento com a entrega da coisa. Exemplos: contrato de empréstimo, depósito.
7 – Se o bem for vendido em Hasta Pública o alienante não responde pelos riscos da evicção.
Resposta: Falsa, Art. 447, 2ª parte do CC.
Rio, 17/10/16 - Vp1 e 1ª aula
Princípio da Relatividade – Os efeitos do contrato só dizem respeito as partes contratantes. Comprador e vendedor, doador e donatário, prestador de serviço e tomador.
Essas são as exceções a esse princípio da relatividade: Um terceiro vai participar desse instituto.
Tutela externa do crédito (dentro da função social) no enunciado 23 da 1ª jornada do direito civil → Art. 421 – a função social do contrato, prevista no art. 421 do CC, não elimina o princípio da autonomia contratual,mas atenua ou reduz o alcance desse princípio quando presentes interesses metaindividuais ou interesse individual relativo à dignidade da pessoa humana.
Princípio da relatividade – Os efeitos dos contratos só interessam as partes contratantes. Exemplos: Comprador e vendedor.
Tutela externa da função social do contrato – A função social extrapola os limites definidos pelo princípio da relatividade contratual, preocupando-se em tutelar terceiros estranhos ao vínculo. 
Exemplo: Caso de Mariana (não ficou estabelecido somente naquela relação) e questões sócio ambientalistas, Art. 608 (prestação de serviços) do CC, aliciamento de prestador de serviço – aliciador é um terceiro estranho (tutela externa) e responderá por isso.
Exemplo do Zeca Pagodinho que era garoto propaganda da Schincariol e foi aliciado para voltar para a Brahma. A Brahma foi penalizada pelo art. 608 do CC. No caso a Brahma era o terceiro aliciador e tem o dever de pagar o dano.
Terceiros são atingidos por esses contratos. Ligados a questões metaindividuais e ambientalistas. São exceções.
Exemplo: Direito esportivo – jogadores que mudam de clube e rescindem o contrato.
Estipulação em favor de terceiro – Art. 436 e seguintes do CC.
Estipulante – é aquele que convenciona a instituição de um benefício/vantagem a terceira pessoa. 
Promitente – é aquele que se obriga a cumprir a prestação em favor de terceiro.
Beneficiário – (adquire vantagem patrimonial) E o terceiro que pode ser uma pessoa determinada ou indeterminada será o beneficiário. Exemplo: Contrato de seguro – estipulante e beneficiário são credores – quem realmente irá cumprir a obrigação é o promitente/devedor, quando faz um seguro para beneficiar um terceiro. Pessoas jurídicas também acontece – o pai (estipulante) tem uma empresa e convenciona/estipula que a empresa (promitente) vai pagar todo mês dividendo/bônus para o seu filho (beneficiário). Acontece também em divórcio/separação quando o casal estipula para beneficiar o filho.
Obs. Pessoa indeterminada – Ou eu deixo o dividendo ou terreno na separação para o filho ou também pode acontecer que o estipulante convencione com promitente deixar algum bem para um filho que ainda vai nascer. # de nascituro (já foi concebido, mas ainda não nasceu é determinado), neste caso é concepturo ou prole eventual (ainda irá ser concebido - indeterminado). Exemplo: deixo o terreno para o filho da minha filha que ainda vai nascer. Caso a criança não venha a nascer caduca o testamento. 
Essa situação acontece muito mais com o caso do seguro onde a capacidade de agir para esse contrato é entre o estipulante e o promitente. Porque o beneficiado pode até ser menor de idade. Então a capacidade para fazer esse tipo de contrato e instituto que é verificada é tanto do estipulante quando do promitente, já que o beneficiário pode ser um terceiro qualquer.
Os credores que podem exigir o cumprimento dessas obrigações em relação ao promitente.
O promitente pode mudar o beneficiário, pois é ele que vai cumprir/fazer essa obrigação. 
Credores: Estipulantes e beneficiários
Devedores: Promitente
É uma exceção ao princípio da relatividade porque na verdade beneficia o terceiro. 
Art. 436. O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da obrigação.
Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de quem se estipulou a obrigação, também é permitido exigi-la, ficando, todavia, sujeito às condições e normas do contrato, se a ele anuir, e o estipulante não o inovar nos termos do art. 438.
Promessa de fato de terceiro – Art. 439 e 440 (quando o 3° concorda e o promitente saí a partir do aceite do 3°) do CC.
Promitente/Devedor – promete alguma obrigação ao credor e envolve um terceiro para cumprir.
Exemplo: Eu prometo (promitente) trazer FHC (3°) a faculdade (credor) para dar uma palestra. Estou prometendo um fato para um terceiro cumprir. O FHC chega e fala que não vai poder porque já tinha confirmado uma outra palestra em São Paulo e por isso não vai executar o que prometi que ele faria. A faculdade pode ajuizar uma ação em face do promitente. Art. 439 do CC.
Art. 439. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos, quando este o não executar.
 
Exemplo: Eu prometo (promitente) a faculdade (credor) trazer meu marido (3°) para uma palestra. O marido não poderá dar a palestra. Art. 439, PÚ do CC. 
Art. 439 - Parágrafo único. Tal responsabilidade não existirá se o terceiro for o cônjuge do promitente, dependendo da sua anuência o ato a ser praticado, e desde que, pelo regime do casamento, a indenização, de algum modo, venha a recair sobre os seus bens.
Se o casamento for pelo regime de comunhão parcial, universal ou união estável – Não responderá o promitente/devedor por perdas e danos de acordo com o Art. 439, PÚ do CC.
O legislador pensou assim: se o marido não concordou não é justo que mesmo que indiretamente ele tenha que pagar por uma indenização que ele não anuiu. 
Se casou por separação de bens vai responder. Ou bens particulares do promitente/devedor, desde que sem prejuízo ao terceiro/cônjuge que não aceitou. 
Art. 440. Nenhuma obrigação haverá para quem se comprometer por outrem, se este, depois de se ter obrigado, faltar à prestação.
Nesse o terceiro aceita e depois falta a prestação. 
Exemplo: Chamei o FHC e ele aceitou e com isso entra na relação e o promitente sai. Nesse caso o FHC que responderá por perdas e danos já que houve o aceite. 
Contrato Preliminar
Art. 462 e seguintes do CC.
Contrato Preliminar – é um contrato em que as partes irão celebrar uma obrigação de fazer um 2° contrato. Existe a formação do contrato onde as partes celebram uma obrigatoriedade na obrigação de fazer um 2° contrato. O tema está intimamente relacionado ao instituto chamado de promessa de compra e venda. 
Exemplo: quero comprar um imóvel, é difícil a pessoa ter o dinheiro para comprar à vista, então terá uma promessa de compra e venda – estipula 6 meses para pagar. Mas só terá a escritura definitiva (que é o 2°contrato) depois que quitar a dívida. Enquanto não fizer isso eu tenho uma promessa de compra e venda. 
A promessa de compra e venda veio do decreto lei 58/37 e a lei 6799/79.
Para o contrato preliminar – Pacto de contrahendo
Conceito: Orlando Gomes – É a convenção pela qual as partes criam em favor de uma delas, ou de cada qual, a faculdade de exigir a imediata eficácia do contrato que projetaram.
Exemplo: Promessa de compra e venda onde terei a obrigatoriedade das partes de fazer um 2° contrato que é a escritura definitiva. 
Promitente – Comprador do outro lado Promitente – Vendedor 
A promessa de compra e venda é a situação prática é o exemplo que acontecem em relação ao contrato preliminar. 
O contrato não gera transferência de propriedade no nosso direito. Existe a necessidade em nosso ordenamento jurídico de um outro ato que é o registro. 
Existe um rol taxativo Art. 1225 do CC – Dos direitos Reais – Todas as situações elencadas nesse artigo são levadas a registro. 
Art. 1.225. São direitos reais:
I - a propriedade;
II - a superfície;
III - as servidões;
IV - o usufruto;
V - o uso;
VI - a habitação;
VII - o direito do promitente comprador do imóvel;
VIII - o penhor;
IX - a hipoteca;
X - a anticrese.
XI - a concessão de uso especial para fins de moradia;           (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007)
XII - a concessão de direito real de uso.            (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007)
XII - a concessão de direito real de uso; e          (Redação dada pela Medida Provisória nº 700, de 2015)    Vigência encerrada
XII - a concessão de direito real de uso.            (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007)
XIII - os direitos oriundos da imissão provisória na posse, quando concedida à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou às suas entidades delegadas e respectiva cessão e promessa de cessão.          (Incluído pela Medida Provisória nº 700, de 2015)   Vigência encerrada
As pessoas não registram a promessa. O legislador determina

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