Buscar

Caldeira

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

“Fortified Enclaves: the New Urban Segregation” 
Desde a formação das primeiras cidades que a segregação urbana existe. Esse isolamento tem criado espaços urbanos diferenciados, acessíveis apenas àqueles que são admitidos ou aceites na comunidade em particular. O trabalho de Teresa Caldeira concentra-se na degradação da cena social em São Paulo, onde os padrões característicos da expansão urbana não levaram apenas a uma separação e ódio geoespacial severa, mas também ao isolamento baseado na distinção de classe e no medo.
Em São Paulo, o número de indivíduos a viver no limiar da pobreza aumentou desde 1940, o que provocou um enorme impacto na gestão urbana. As periferias são ocupadas pela classe trabalhadora, o que impede os mais carenciados de as ocupar. Estes acabaram por ser “transferidos” para as favelas do centro da cidade. Levando a um aumento da violência, mudança nos costumes dos habitantes, como os meios. O que gerou a construção de barreiras físicas em lugares que antes pertenciam ao espaço público: escolas, casas, ruas... Essas barreiras fazem parte das novas políticas urbanas. Em Los Angeles ocorreu o mesmo fenómeno que causou a construção do privado. Levando a uma crescente obsessão pela segurança
 Em “Fortified Enclaves: the New Urban Segregation”, Teresa Caldeira explora a ideia de "enclave fortificado". Este representa um modelo emergente de segregação espacial em São Paulo. Esta segregação, justifica-se pelo receio face aos “pobres perigosos”, levando assim a criação de espaços privatizados, fechados e monitorizados. Estes representam marcadores de status, numa nova estética de segurança e segregação que resulta num ataque à vida pública moderna. A autora estabelece uma relação com Los Angeles, revelando não apenas os paralelos entre os dois contextos, mas como de estarem ligados dentro de um fluxo global de cultura. A comparação de Caldeira com São Paulo e Los Angeles serve para reconhecer a questão em escala global, dado que autora argumenta que este padrão de segregação urbana pode ser vista em todo o mundo. As cidades que passaram recentemente por transformações democráticas tendem a ser submetidas ao mesmo fenómeno urbano que a cidade de São Paulo, embora não seja na mesma intensidade. No entanto, é visível em cidades como Buenos Aires, onde a construção de condomínios fechados, que começou na década de 1930 como clubes exclusivos, aumentou dramaticamente desde os anos 1970 (também por causa do aumento da criminalidade, violência, consciência social, histórias de medo e verdadeiras).
Na minha opinião esta ideia de "vizinhanças auto-segregadas" é de certa forma enganosa, pois implica que as comunidades de dentro e fora do portão, prefiram mutuamente a segregação. Penso, que apenas a comunidade de dentro do portão que pretenda ser removida e isolada. Eles têm os meios financeiros e influência política para tornar esse desejo uma realidade.
 Ao definir essa segregação espacialmente no tecido urbano, facilita e torna visíveis desequilíbrios de poder, incorporando ainda mais estas desigualdades da consciência pública. 
Trabalho elaborado por : João Pinhel 2015229749

Outros materiais