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5 CARBOIDRATO O termo carboidrato deriva da terminologia “hidratos de carbono”, determinados pela fórmula Cx (H2O)y, que contém C, H, e O. Os carboidratos são sintetizados na natureza pelas plantas, através do processo de fotossíntese, a partir do dióxido de carbono e água. Com ajuda da energia solar, os vegetais verdes tomam o anidro carbônico da atmosfera e a água do solo, produzindo carboidratos, através da seguinte reação: CO2 + H2O Cx(H2O) + x O2 A função da clorofila é unir-se ao carbono e catalisar a reação. Funções: Fonte de energia Reserva de energia Estrutural Matéria prima para a biossíntese de outras biomoléculas Propriedades Geralmente são sólidos cristalinos, incolores e tem sabor doce. São compostos naturais bastantes comuns e a sacarose é talvez o adoçante mais antigo que se conhece. São facilmente solúveis em água. Reduzem facilmente, soluções alcalinas de Cu2+ a Cu+ Reagem com oxidantes brandos formando ácidos glicônicos e ácidos glicóricos. Cetonas reagem com oxidantes mais enérgicos, formando dois ácidos dicarboxílicos; Quando aquecidos em soluções ácidas sofrem desidratação, por um mecanismo que tem como produto final um furaldeído; Alguns carboidratos formam estruturas rígidas em plantas (celulose, lignina, hemicelulose). Classificação Os carboidratos são classificados de acordo com o número de carbonos: monossacarídeos, oligossacarídeos (dissacarídeos e trissacarídeos) e polissacarídeo. Os carboidratos têm um ou vários grupos alcoólicos (-OH) e um grupo aldeído (-CHO) ou cetônico (-CO-), como mostra a Figura 1. Aldeído Cetona Figura 1. Grupo funcional aldeído (aldose) e grupo funcional cetônico (cetoses). Monossacarídios São os açúcares simples formados por cadeias de 3, 4, 5, 6, 7 carbonos, podendo ter um grupo funcional aldeído (aldose) ou grupo funcional cetônico (cetoses). São moléculas de baixo peso molecular de fórmula Cn (H2O)n. Os monossacarídeos não podem ser hidrolisados a moléculas menores, de menor peso molecular. Os monossacarídios mais importantes são as Pentoses e as Hexoses. A figura 2 mostra a molécula de glicose. Figura 2. Molécula de glicose. O monossacarídeo existente em maior quantidade na natureza é a D-glicose. Tem suave poder edulcorante, é solúvel em água e álcool, desvia a luz polarizada para a direita e encontra-se no mel e frutas. Os Monossacarídios têm vários centros de assimetria Todos os monossacarídios; exceto a diidroxicetona contém um ou mais carbonos assimétricos ou quirais, assim, ocorrem em formas isoméricas opticamente ativas. O gliceraldeído contém apenas um centro quiral e é capaz de existir como dois isômeros ativos – sendo um do outro, imagens especulares não – superponíveis. Aldoexoses têm quatro centros quirais e podem existir na forma de 2n=24= 16 estereoisômeros diferentes. A Figura 3 mostra as estruturas dos estereoisômeros das aldotrioses, aldotetroses, aldopentoses e aldoexoses. D-Idose D-Glicose D-Altrose D-Alose D-Lixose D-Xilose D-Arabinose D-Ribose D-Treose D-Eritrose D-Gliceraldeido D-Talose D-Galactose D-Gulose D-Manose Figura 3. Estruturas dos estereoisômeros das aldotrioses, aldotetroses, aldopentoses e aldoexoses. Os açucares comuns ocorrem na forma de anel Os açucares com cinco ou mais átomos de carbono ocorrem, quando em solução, na forma de estruturas cíclicas ou em anel; nestas o grupo carbonila não está livre, mas formando uma ligação covalente com um dos grupos hidroxilas existentes ao longo da cadeia. Ex: A D–glicose, quando cristalizada de solução aquosa – obtém-se uma forma chamada D–glicose com []20d = 112,2o. Se a D–glicose é cristalizada em piridina, obtém-se a D–glicose []20d = 18,7o. As duas formas são idênticas em composição química, mas possuem formas diferentes de anel hexagonal, estas formas são chamadas de piranoses. O grupo aldeido do C-1 reage com o C-5 forma-se a ligação emiacetal e dois estereoisômero, como mostra a Figura 4. -d–glicopiranose -d–glicopiranose D-Glicose -D-GLICOPIRANOSE -D-GLICOPIRANOSE Figura 4. Formação das duas formas cíclicas de D-glicopiranose. As formas isoméricas dos monossacarídeos que diferem entre si, apenas na configuração, ao redor do átomo de carbono pertencente ao hemiacetal, ocorrem como e D–glicose, são chamadas formas anoméricas ou anômeros. O carbono do hemiacetal ou carbono carbonila é chamado de carbono anomérico. Assim, como têm as formas glicopiranose, têm-se as formas furanosídicas ou furanoses, açucares cíclicos, pertencentes a classe das cetoses, e faz a ligação entre os carbonos 5 e 2 destes açúcares. A Figura 5 mostra as formas piranosídicas da D-glicose e das formas furanosídicas da D-frutose. -D-Glicopiranose -D-Frutofuranose -D-Glicopiranose -D- Frutofuranose PIRANO FURANO Figura 5. Formas piranosídicas da D-glicose e das formas furanosídicas da D-frutose. Os monossacarídeos simples são agentes redutores Monossacarídeos reduzem agentes oxidantes, como íons férrico (Fe+3) e cúprico (Cu+2). Lembrando-se que os agentes redutores são doadores de elétrons e os oxidantes são receptores de elétrons. A glicose e outros açúcares são capazes de reduzir agentes oxidantes e são chamados de açúcares redutores.
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