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Slaides Resp.Civil Aula III

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Civil III 
Responsabilidade Civil
Aula 03
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ELEMENTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL
3. NEXO DE CAUSALIDADE
Conceito
Teorias explicativas do NC
1. Teoria da Equivalência das condições/dos antecedentes; 
			“conditio sine qua non” – Von Buri
			- Todos os fatores causais se equivalem
			- Espectro amplo;
			- Críticas – regressão infinita do nexo causal
Morte 
Disparo de arma de fogo 
Fabricação 
Pólvora 
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- 2. Teoria da Causalidade Adequada; 
		Von Kries
		“CAUSA = antecedente NECESSÁRIO + ADEQUADO
	- Juízo razoável de probabilidade;
	- Análise da conduta abstratamente considerada;
		- Ato = probabilidade de provocar o dano
		- Confere ampla discricionariedade ao julgador
		- Teoria adotada no Direito Argentino;
			 
NÃO HAVERIA RESPONSABILIDADE
ELEMENTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL
Morte
Bruno
Doença Craniana 
Antônio
Pancada Leve
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 3. Teoria da Casualidade Direta ou Imediata; 
		Desenvolvida no Brasil - Agostinho Alvim
	- Causa = antecedente fático necessário à consequência imediata
	- Interrupção do nexo causal – causa superveniente;
		
		
ELEMENTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL
Morte de 
Tício
Acidente de 
trânsito
Socorrido por Pedro
(Dirige velozmente)
Caio fere 
Tício
Pedro responde
 pela morte
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TEORIA ADOTADA PELO CC/02
IMPRECISÃO DOUTRINÁRIA:
1ª Corrente Doutrinária e Jurisprudência Moderna – TCA;
		(Sérgio Cavalieri Filho, Aguiar Dias, Caio Mário)
 		Probabilidades + melhor possibilidade = Last Chance
2ª Corrente Doutrinária e Jurisprudência Moderna – TCD/I; 
		(Rodolfo Pamplona, Pablo Stolze, Carlos Roberto Gonçalves)
	 Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do disposto na lei processual.
		
	
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CAUSAS CONCORRENTES
	- CAUSAS CONCORRENTES:
Atuação da vítima - favorece a ocorrência do dano
 Indenização proporcional à contribuição da vítima;
Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano.
Exceção – CDC – Culpa exclusiva da vítima.
(art. 12, § 3º, Lei 8.078/90)
 Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.
§ 3° O fabricante, o construtor, o produtor ou importador só não será responsabilizado quando provar:
I - que não colocou o produto no mercado;
II - que, embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste;
III - a culpa EXCLUSIVA do consumidor ou de terceiro.
	
				
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CONCAUSAS
	
	- CONCAUSAS:
Acontecimento anterior, concomitante ou superveniente;
Agravamento do dano = reforça o NC;
 “Rio que deságua em outro maior”;
CAUSA ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTE À CONDUTA DO AGENTE:
NC originário será rompido
Afastada está a RC
Ex: “A” ingeriu veneno e após recebeu um tiro.
CAUSA RELATIVAMENTE INDEPENDENTE À CONDUTA DO AGENTE
Anterior/Concomitante – dever de indenizar
Ex: “A”, portador de diabetes, sofre lesão grave
Superveniente – dever de indenizar
Exceção: a concausa, por si, determinar o evento danoso.
Ex; Acidente a caminho do hospital
				
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JURISPRUDÊNCIA 
TJRJ, Ap. Cível 27195 (2 Câmara, Rel. Des. Sérgio Cavalieri Filho)
	Responsabilidade civil – Danos causados em imóvel por invasão de cupins – Nexo causal inexistente.
	Ninguém responde por aquilo a que não tiver dado causa, segundo fundamental princípio do Direito. E, de acordo com a Teoria da causa adequada adotada em sede de responsabilidade civil, também chamada de causa direta ou imediata, nem todas as condições que concorrem para o resultado são equivalentes, como ocorre na responsabilidade penal, mas somente aquela que foi a mais adequada a produzir concretamente o resultado.
	Assim, provado que a invasão de cupins foi a causa direta dos danos sofridos pela autora, e o madeiramento deixado pela construtora no teto do imóvel apenas concausa, fica esta última exonerada do dever de indenizar.
	
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TJ – Minas Gerais
Número do processo:1.0024.02.699028-3/001(1)Precisão: 87
Relator:TERESA CRISTINA DA CUNHA PEIXOTO 
Data do Julgamento:18/09/2008
Data da Publicação:25/11/2008
Ementa:
	APELAÇÃO CÍVEL - INDENIZAÇÃO - FALECIMENTO DE ENTE QUERIDO - INCÊNDIO - CASA DE ESPETÁCULOS - OMISSÃO DO PODE PÚBLICO - AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DO NEXO DE CAUSALIDADE. Para a configuração da responsabilidade do Estado, necessário a comprovação do dano, do fato administrativo e do nexo de causalidade, sendo que, no caso de ato omissivo, também é prescindível a comprovação de que a Administração estava obrigada a impedir o prejuízo causado a terceiros. Não restou comprovado, ''in casu'', o nexo de causalidade entre a conduta omissiva do Município de Belo Horizonte, sob a assertiva de ausência de fiscalização, e a ocorrência do falecimento do genitor da autora, que decorreu do incêndio de uma casa de espetáculos, que teve como causas determinantes o show pirotécnico totalmente inadequado realizado ""clandestinamente"", já que o local não tinha alvará para funcionamento, com evidente superlotação, isto é, atos praticados por terceiros. 
	Súmula:NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO, VENCIDO O VOGAL. 
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TRIBUNAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Número do processo: 1.0024.04.533367-1/001(1)  
Relator: MÁRCIA DE PAOLI BALBINO 
Data do acordão: 08/11/2005 
Data da publicação: 20/12/2005 
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - ATO ILÍCITO - NEXO DE CAUSALIDADE INEXISTENTE - EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO - AUSÊNCIA DA OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR - RECURSO PROVIDO. A responsabilidade civil pressupõe a existência de um ato ilícito, que tenha resultado dano, e que entre o dano e a ação haja um nexo de causalidade. Ao lançar o nome no cadastro do SPC e SERASA a instituição bancária age exercício regular de seu direito, se o cliente está em mora. O regular exercício de um direito reconhecido é excludente de ilicitude, tornando inexistente o nexo causal. Age no exercício regular de direito a instituição bancária que cobra tarifas para manutenção de conta. 
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	TRIBUNAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
	Tipo da Ação: APELACAO CIVEL Número do Processo: 2000.001.13935 Data de Registro : 06/04/2001 Folhas: 35133/35137
	Comarca de Origem: CAPITAL Órgão Julgador: QUINTA CAMARA CIVEL Votação : Unânime
	DES. MILTON FERNANDES DE SOUZA Julgado em 06/03/2001
	Estacionamento. Supermercado. Furto. Veiculo. Dinheiro. Causas concorrentes. Defeito do serviço. Imprudência ou negligencia da parte. Indenização proporcional. Dano moral. Inexistência. 1. A lei de proteção ao consumidor adota a teoria do risco proveito e atribui responsabilidade objetiva ao fornecedor quando o dano experimentado pelo consumidor decorre do defeito do serviço (art. 14). 2. O estacionamento de supermercado destina-se a oferecer maior comodidade aos seus clientes e atrai-los à sua loja, o que aproveita ao seu comercio. 3. Considerando este aspecto, o furto de automóvel de cliente em estacionamento de supermercado caracteriza o defeito do serviço e enseja o dever de indenizar, independente de culpa, o respectivo dano (Sumula 130 do STJ). 4. Mas, se tanto a conduta imprudente ou negligente do consumidor em portar expressiva quantia em dinheiro quanto o defeito do serviço prestado pelo supermercado concorreram como causas para o advento do dano decorrente da falta desse dinheiro, devem as partes igualmente suportar o prejuízo. 5. O fato de o consumidor ter a necessidade de explicar
aos seus operários a momentânea falta de dinheiro - ocorrido por causas concorrentes - para o pagamento das remunerações configura mero incomodo incapaz de ofender a sua honra objetiva ou subjetiva, porque não lhe afeta a reputação ou imagem social e não lhe causa sofrimento que interfere em sua dignidade. (CLRG)
	Partes: JOSE' ANTONIO CORREA FERNANDES E OUTRA
		CARREFOUR COMERCIO E INDUSTRIA LTDA.
	
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RE 68107 / SP - SÃO PAULO RECURSO EXTRAORDINÁRIO Relator(a):  Min. ADALICIO NOGUEIRA Relator(a) p/ Acórdão:  Min. THOMPSON FLORES Julgamento:  04/05/1970           Órgão Julgador:  Segunda Turma 
Ementa RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO CONTRA A UNIÃO FEDERAL. CULPA PARCIAL DA VÍTIMA. REDUÇÃO DA INDENIZAÇÃO. II. A RESPONSABILIDADE OBJETIVA, INSCULPIDA NO ART. 194 E SEU PARAGRAFO, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1946, CUJO TEXTO FOI REPETIDO PELAS CARTAS DE 1967 E 1969, ARTS. 105/107, RESPECTIVAMENTE, NÃO IMPORTA NO RECONHECIMENTO DO RISCO INTEGRAL, MAS TEMPERADO. III. INVOCADA PELA RE A CULPA DA VÍTIMA, E PROVADO QUE CONTRIBUIU PARA O DANO, AUTORIZA SEJA MITIGADO O VALOR DA REPARAÇÃO. PRECEDENTES. VOTO VENCIDO. RECURSO NÃO CONHECIDO.
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TRIBUNAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Acórdão: Apelação Cível – Processo no 2002.001.06133 Relator: Desembargador Gustavo Adolpho Kuhl Leite Julgamento: 14.08.02 - Segunda Câmara Cível 
Ementa: 
	Responsabilidade civil. Dano ambiental. Princípio da concausa. O ponto nodal reside em se detectar qual foi a causa determinante para o alegado desaparecimento do pescado e de mariscos na região da Baía de Sepetiba. É do conhecimento público o problema da poluição da Baía de Sepetiba, que vem de longa data, devido ao vazamento de esgotos e de dejetos industriais de diversas empresas. O problema não decorre de um fato simples, isolado, ao contrário, origina-se de uma sucessão de situações que concorrem para aquele fim, não podendo a ré responder pelos prejuízos se foi apenas o agente da última condição e se esta não contribuiu eficientemente para o dano ambiental. Resultado: Desprovimento.  
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Caso gerador: João fumou a vida toda. Passados trinta anos, após apresentar problemas pulmonares, resolve ajuizar uma ação indenizatória em face da empresa de cigarros. Procede a indenização?
Título: Ações Indenizatórias Contra a Indústria do Tabaco: Estudo de Casos e Jurisprudência
http://actbr.org.br/uploads/conteudo/633_publicacao_c_capa_final.pdf
Autoria: Andrea Lazzarini Salazar e Karina Bozola Grou (2011)
Foram encontrados 96 acórdãos proferidos, dos quais apenas 6 são decisões do Superior Tribunal de Justiça.
Resultados dos julgados:
1ª Instância:
Sentenças : 09 (9,3%) foram total ou parcialmente favoráveis; 77 (80,2%) foram desfavoráveis e 10 (10,4%) não houve julgamento de mérito.
2ª Instância:
Tribunais: 12 recursos (ou 12,5%) tiveram julgamento favorável ou parcialmente favorável à vítima; 64 (66,6%) julgados desfavoráveis à vítima (por maioria ou unanimidade), e finalmente 20 (ou 20,8%), em que não foi apreciado o mérito.
Superior Tribunal de Justiça:
Não houve condenação da indústria tabagista
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