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EXAME FÍSICO DO CARDIOVASCULAR SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR II PROF. ENF. ESP. FABIANA MARINHO DE MIRANDA SISTEMA CARDIOVASCULAR É composto pelo coração e pelos vasos, que formam a grande e pequena circulação, circulação pulmonar e sistêmica. A circulação pulmonar é quando o coração recebe sangue sem oxigênio, realiza o bombeamento para o pulmão, onde há oxigenação sanguínea e retorna ao coração, para bombear para o organismo. A circulação sistêmica é quando o coração bombeia o sangue rico em oxigênio para todo o corpo, e posteriormente recebe o sangue já sem oxigênio, para voltar a circulação pulmonar. O sistema cardiovascular tem um papel importante de manutenção do organismo humano. SISTEMA CARDIOVASCULAR O coração esta localizado no terço médio da caixa torácica, denominada de mediastino. O coração é como um triangulo invertido, a parede superior é a base e inferior é o ápice. Os grandes vasos estão localizados na base do coração, onde a veia cava superior e inferior carregam o sangue venoso (não oxigenado) para o átrio direito. A artéria pulmonar possui saída do átrio direito, levando o sangue venoso até os pulmões, onde após oxigenado, ele se transporta pelas veias pulmonares até o átrio esquerdo do coração. Pelo ventrículo esquerdo sai a artéria aorta, levando sangue oxigenado para todo o corpo. SISTEMA CARDIOVASCULAR Duas fases: Diástole contração atrial para a ejeção do sangue para o ventrículo direito e esquerdo, com o enchimento das artérias coronárias. Sístole contração ventricular, o esvaziamento ventricular e a ejeção de sangue para a artéria aorta e artéria pulmonar. Função de levar aos tecidos sangue oxigenado e com nutrientes, além dos hormônios, e remover o sangue com CO2 , e metabólitos, para que seja novamente purificado e arterializado. SISTEMA CARDIOVASCULAR Quando o sangue passa para os ventrículos, as valvas atrioventriculares (tricúspide e mitral) se fecham, formando a primeira bulha cardíaca (B1), iniciando a sístole. O sangue ultrapassa para a outra estrutura, a pressão ventricular diminui e a valva aórtica se fecha, formando a segunda bulha cardíaca (B2). A terceira bulha cardíaca (B3), demarca o início da diástole. A quarta bulha cardíaca (B4), é auscultada no final da diástole, quando o átrio realiza pressão para completar o volume interno de sangue do ventrículo. SISTEMA CARDIOVASCULAR Na avaliação das bulhas cardíacas, devemos observar: Frequência – tom agudo ou grave Intensidade – sonoridade intensa ou suave Duração Cronologia – sístole ou diástole SISTEMA CARDIOVASCULAR Artéria temporal: localizada à frente do pavilhão auricular. Artéria braquial: principal vaso dos membros superiores, localiza-se na face interna da região do cotovelo, há bifurcação, dando origem as artérias ulnar e radial. SISTEMA CARDIOVASCULAR Nos membros inferiores a principal é a femoral, seu inicio abaixo do ligamento inguinal, percorre toda a coxa, logo atrás do joelho sobre bifurcação, originando as artérias tibial anterior e posterior. Segue em direção ao pé, sofrendo novamente divisão, formando a artéria pediosa e as artérias plantares, respectivamente. SISTEMA CARDIOVASCULAR VEIAS São localizadas paralelamente às artérias e são acessíveis ao exame físico. As veias jugulares, localiza-se no pescoço, estão interligados diretamente na veia cava superior, desemboca no átrio direito. Podem apresentar alterações na pressão e volume no enchimento do coração. As veias do braço são divididas em profundas e superficiais e são responsáveis pelo retorno venoso dos membros superiores. Nas pernas, temos as veias profundas (femoral e poplítea), e as veias superficiais (grande e pequena safena) e as veias perfurantes (que são aquelas que direcionam o sangue das veias superficiais para as profundas). MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Falta de ar (dispneia) Fadiga Dor no peito Desconforto no peito Palpitações Desmaio Edemas Variações na pressão arterial e na frequência cardíaca Diurese Cianose Taquipnéia – frequência respiratória acima de 20 rpm Crepitações pulmonares ou estertores – sons descontínuos, de forma curta e explosiva DOR TORÁCICA CARACTERISTICAS Aperto Esmagamento Moedeira Picada Pontada Ardor cólica Dilacerante DOR TORÁCICA / FATORES AGRAVANTES DOR TORÁCICA MANISFESTAÇÕES HISTÓRICO DA SAÚDE Tipo da dor: aperto, pontada, facada ou latejante Localização: valorização da dor precordial Intensidade: escala de 0 a 10 Irradiação: pescoço, braço esquerdo, região epigástrica, costas Duração: início e término; contínuo ou intermitente Fatores relacionados ao desencadeamento ou à piora: pequenos, médios ou grandes esforços ou emoções Melhora: repouso /ou medicamentoso Associações: vômitos, náuseas, sudorese, palpitações, tontura, pré-sincope ou síncope (desmaio) SINTOMAS E SINTOMAS Problemas cardíacos e vasculares pregressos e familiares Hábitos pessoais Fatores de risco: Nutrição Peso Tabagismo Uso de substancias lícitas e ilícitas Atividade física Uso de medicamentos ou automedicação Hereditariedade SINTOMAS E SINTOMAS Nicturia e sua frequência Presença de dores ou sensação de aperto na região peitoral: inicio, frequência, localização, característica da dor, após atividade física. História de dispneia: intensidade, fatores desencadeantes, duração e interferências na atividade diária. Ortopnéia – falta de ar com a pessoa em repouso/deitado Tosse: duração, frequência, tipo, presença de secreção traqueobrônquica e suas características Fadiga: inicio e fator desencadeante Cianose e palidez SINTOMAS E SINTOMAS Alterações cutâneas ou lesões em membros superiores ou inferiores Dor ou câimbra nos membros inferiores: tipo, fator agravante, intensidade e influencia no desenvolvimento das atividades diárias Edemas: descrição do local, se bilateral, inicio, presença de sintomas associados, frequência e fatores desencadeantes FATORES DE RISCO Consumo elevado de alimentos gosrdurosos Pressão do sangue elevado Sedentarismo Presença de monóxido de carbono no sangue Tabagismo Alcoolismo Hereditariedade Diabetes EXAME FÍSICO Posição dorsal. Realizado no tórax anterior. Material utilizado estetoscópio. Ausculta – identificação dos sons. Exame físico das artérias: Carótidas e veias jugulares, localiza-se no pescoço, o paciente deve ficar sentado. Temporal, localizada à frente do pavilhão auricular. Braquial, face interna da região do cotovelo, dando origem a artéria ulnar e radial EXAME FÍSICO SISTEMA VASCULAR Identificar os vasos e artérias. Identificar: As suas alterações para fundamentar a sua análise clínica, Integrando as queixas do paciente, Fisiopatia e Terapêutica da doença diagnóstica Planejar os cuidados aos pacientes com comprometimento vascular. EXAME FÍSICO O exame físico da região cervical, do precordial, dos membros superiores e inferiores na busca de alterações, que possam contribuir na avaliação da condição cardiocirculatória do paciente requer ambiente tranquilo e silencioso, postura e ética profissional. EXAME FÍSICO CERVICAL PESCOÇO Palpar a carótida cuidadosamente, do função cardíaca, como contorno e amplitude do pulso. Auscultar no ângulo da mandíbula, turbulência do fluxo sanguíneo. Inspecionar o pulso venoso jugular. EXAME FÍSICO DO PRECÓRDIO Inspecionar o tórax anterior, verificar a pulsação do impulso apical, localizado entre o quarto e o quinto espaço intercostal, na linha hemiclavicular esquerda. Palpação, localizar o impulso apical, pedir para o paciente expirar e inspirar por alguns instantes e observar: localização, tamanho, amplitude e duração. EXAME FÍSICO DO PRECÓRDIO AUSCULTA Segundo espaço intercostal direito: ausculta valvar aórtica Segundo espaço intercostal esquerdo: ausculta valvar pulmonar Borda external esquerda inferior: ausculta valvar tricúspide Quinto espaço intercostal na linha hemiclavicular esquerda: ausculta valvar mitral EXAME FÍSICO DO PRECÓRDIOAUSCULTA A ausculta deve ser realizada com grande concentração Ambos os lados. Frequência e ritmo: frequência cardíaca 60 a 100bpm Identificação das bulhas Registre a cronologia, intensidade, tom ,padrão, qualidade, localização, irradiação e posição. AUSCULTA DAS BULHAS B1 : é mais alta no ápice B2: mais alta na base Identifique a sístole e diástole, auscultar ruídos extras B3 é o ruído de enchimento ventricular B4 é o enchimento ventricular Presença de sopros (são fluxos sanguíneos turbulentos no coração ou nos grandes vasos) EXAME FÍSICO DOS MEMBROS SUPERIORES / BRAÇOS Verificar todas as áreas dos membros superiores Comparar os achados bilateralmente: Simetria Coloração da pele Temperatura Textura Turgor Presença de lesões e suas características Edema com graduação em cacifo EXAME FÍSICO DOS MEMBROS SUPERIORES / BRAÇOS Posicione as mãos do paciente próximo ao coração e faça compressão do leito ungueal Verifique retorno e enchimento capilar Informa a capacidade de perfusão periférica e débito cardíaco. Retorno sanguíneo deve acontecer em 2 segundos. Verificar a presença de cicatriz Verificação de pulsos periféricos EXAME FÍSICO DOS MEMBROS INFERIORES Comparar os dois membros: Simetria Coloração da pele Temperatura Turgor Presença de lesões e suas características Presença de pelos Padrão venoso Atrofias Edemas em graduação em cacifo EXAME FÍSICO DOS MEMBROS INFERIORES Verificar a presença de pulsação femoral, poplítea e pediosa Pressione leito ungueal, verifique o retorno e enchimento capilar para avaliar a capacidade de perfusão periférica Auxilie o paciente em pé e observe a presença de veias varicosas, o enchimento venoso ANOMALIAS DO SISTEMA CARDIOVASCULAR Arteriosclerose: diminuição do diâmetro interno das artérias devido ao acumulo de substancias gordurosas; perda da elasticidade e endurecimento das paredes das artérias Hipertensão arterial Acidente vascular cerebral hemorrágico ou isquêmico Leucemia: produção de leucócitos, que não amadurecem e nem desempenham suas funções Linfoma: câncer do tecido linfático
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