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2018512 UNIP Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/7 Módulo 4. Dos defeitos dos negócios jurídicos – final. 5. Estado de Perigo – art. 156 Conforme disposto no art. 156, configurase estado de perigo quando alguém, premido pela necessidade de salvarse, ou salvar pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa. O parágrafo único dispõe que em se tratando de pessoa não pertencente à família do declarante, o juiz decidirá segundo as circunstâncias. O negócio jurídico efetivado em estado de perigo pode ser anulado, conforme disposto no art. 171, II. O prazo decadencial para se pleitear a anulação do negócio jurídico, nos termos do art. 178, II, é de quatro anos, do dia em que se realizou. Exemplos de negócios jurídicos celebrados em estado de perigo: Alguém que, para pagar uma cirurgia urgente de pessoa da família, vende seu carro ou sua casa por preço vil; o doente que, em perigo de vida, paga honorários exorbitantes ao médico cirurgião para salválo; o pai que, tendo seu filho sequestrado, vende joias a preço muito inferior ao do mercado para pagar o resgate, etc. Para que exista possibilidade do negócio jurídico ser anulado, a outra parte deve ter conhecimento do estado de perigo, aproveitandose da situação. O perigo pode não ser real, mas o declarante deve acreditar que seja. Contudo, havendo perigo real e a pessoa o ignorar, ou entendêlo como não sendo grave, não se configura o defeito de consentimento. 6. Lesão – art. 157 Nos termos do art. 157, ocorre a lesão quando uma pessoa assume ônus desproporcional, por necessidade ou inexperiência, ou seja, uma pessoa se obriga a uma prestação manifestadamente desproporcional ao valor da prestação oposta. Conforme art. 157, § 1º, a proporção deverá ser apreciada segundo os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio jurídico. Dispõe o art. 157, § 2º, que não haverá decretação da anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito. A lesão é, pois, o prejuízo que uma das partes sofre na conclusão de um contrato comutativo, em razão da desproporção existente entre as prestações dos contraentes, sendo que uma das partes, abusando da premente necessidade ou inexperiência da outra parte, obtém lucro exorbitante ou desproporcional ao proveito da prestação. Exemplo: Uma pessoa encontrase prestes a ser despejada do imóvel onde reside na qualidade de locatário. Diante de tal situação procura outro imóvel, cujo proprietário cobra um aluguel muito elevado. Diante da necessidade de ter onde morar e abrigar sua família, tal pessoa, perdendo a noção do justo valor da locação é levada a efetivar o contrato de locação que lhe é desfavorável. Salientese que o defeito do negócio jurídico decorrente da lesão dispensa a verificação do dolo da parte que tirou proveito com a lesão. A regra ordena a 2018512 UNIP Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/7 anulabilidade do ato negocial (art. 171, II) ou a possibilidade da parte favorecida concordar com a redução do proveito (art. 157, § 2º). No exemplo acima, o locador pode concordar em diminuir o aluguel. O prazo decadencial para a anulação do negócio jurídico celebrado com o defeito da lesão é de quatro anos, conforme disposto no art.178, II, contados da data da celebração do contrato. ____________________________//__________________ Simulação Causa de Nulidade art.166 ao art.167 No Código Civil de 2002, a simulação é retirada do Capítulo relativo aos defeitos dos negócios jurídicos, passando a ser considerada como causa de nulidade absoluta. A simulação é uma declaração enganosa da vontade, visando produzir efeitos diversos dos ostensivamente ostentados. A simulação requer um ajuste de vontade entre as partes contratantes visando obter efeito diverso daquele que o negócio aparenta conferir. Duas são as espécies de simulação: absoluta e relativa Na simulação absoluta, as partes não têm a intenção de celebrar o negócio, mas fingem celebrálo para criar uma ilusão externa. Exemplo: Pedro tem um patrimônio que é a garantia dos credores. Pedro está preste a separarse judicialmente de sua esposa. Pedro celebra um negócio fictício (o negócio inexiste) com um amigo João. Devido a tal negócio fictício, Pedro fica com o patrimônio negativo, uma vez que “pagou” a sua dívida. Finalidade da simulação absoluta – prejudicar a esposa na futura separação judicial, subtraindo se da partilha dos bens do casal. Na simulação relativa, ocorre a existência de um negócio jurídico entre as partes que, porém, prejudica terceira pessoa, ou viola imperativo legal. Assim, para despistar o efetivo negócio, as partes fingem celebrar outro negócio. Na simulação relativa observase a presença de dois negócios: o aparente (simulado) e o oculto (dissimulado). Exemplo: A lei proíbe a doação para amantes, ou seja, tal negócio jurídico pode ser anulado. João, casado, quer doar um carro para sua amante Rafaela. Devido a proibição legal, João faz um contrato de compra e venda com Rafaela e lhe transfere a propriedade do carro. Negócio simulado = compra e venda Negócio dissimulado = doação. Reza o art. 167, que é nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma Assim, embora o Código Civil de 2002 não faça distinção entre a simulação absoluta e a relativa, pela interpretação do art. 167, 2ª parte, entendese que a simulação absoluta é nula, mas na relativa, o negócio dissimulado pode ser nulo ou válido (se válido for na substância e na forma). 2018512 UNIP Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/7 Exercício 1: Considere as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta: I. Configurase estado de perigo quando alguém, premido pela necessidade de salvarse, ou salvar pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa. II. Em se tratando de pessoa não pertencente à família do declarante, o juiz decidirá se ocorreu vício de estado de perigo, segundo as circunstâncias. III. O negócio jurídico efetivado em estado de perigo pode ser anulado no prazo decadencial de 2 anos, a contar do dia em que se realizou. A) Somente I e II são corretas. B) Somente I e III são corretas. C) Somente II e III são corretas. D) Todas são corretas. E) Todas são incorretas. Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 2: Não pode ser considerado exemplo de negócio jurídico celebrado em estado de perigo: A) 2018512 UNIP Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/7 Alguém que, para pagar uma cirurgia urgente de pessoa da família, vende seu carro ou sua casa por preço vil. B) O doente que, em perigo de vida, paga honorários exorbitantes ao médico cirurgião para salválo. C) O pai que, tendo seu filho sequestrado, vende joias a preço muito inferior ao do mercado para pagar o resgate. D) O doador que se manifesta sob ameaça de morte. E) O segurado que assina aditamento ao contrato de seguro saúde para a cobertura de cirurgia urgente. Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 3: Para que exista possibilidade de o negócio jurídico ser anulado, no estado de perigo, a outra parte deve ter conhecimento do estado de perigo, aproveitandose da situação. PORQUE O perigo pode não ser real, mas o declarantedeve acreditar que seja. Contudo, se há perigo real e a pessoa o ignora, ou entende como não sendo grave, não se configura o defeito de consentimento. É possível afirmar que: A) As duas afirmações são corretas e a segunda justifica a primeira. B) 2018512 UNIP Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/7 As duas afirmações são corretas, mas a segunda não justifica a primeira. C) Apenas a primeira proposição é correta. D) Apenas a segunda proposição é correta. E) As duas afirmações são falsas. Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 4: Assinale a alternativa incorreta: A) Ocorre a lesão quando uma pessoa assume ônus desproporcional, por necessidade ou inexperiência, ou seja, uma pessoa se obriga a uma prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta. B) No negócio jurídico, a proporção deverá ser apreciada segundo os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio jurídico. C) Não haverá decretação da anulação do negócio por lesão se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito. D) A lesão é o prejuízo que uma das partes sofre na conclusão de um contrato comutativo ou aleatório, em razão da desproporção existente entre as prestações dos contraentes. 2018512 UNIP Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 6/7 E) Na lesão, uma das partes, por causa da premente necessidade ou inexperiência da outra parte, obtém lucro exorbitante ou desproporcional ao proveito da prestação. Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 5: Considere as afirmativas a seguir: I. O defeito do negócio jurídico decorrente da lesão dispensa a verificação do dolo da parte que tirou proveito com a lesão. II. O prazo decadencial para a anulação do negócio jurídico celebrado com o defeito da lesão é de quatro anos. III. Para anular o negócio jurídico por lesão, o prazo passa a contar da data da celebração do contrato. Podese afirmar que: A) Somente I e II são corretas. B) Somente II e III são corretas. C) Somente I e III são corretas. D) Todas são corretas. E) Todas são incorretas. Comentários: 2018512 UNIP Universidade Paulista : DisciplinaOnline Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 7/7 Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 6: A simulação é uma declaração enganosa da vontade, visando produzir efeitos diversos dos ostensivamente mostrados: requer um ajuste de vontade entre as partes contratantes visando obter efeito diverso daquele que o negócio aparenta conferir. PORQUE Diante da simulação, é anulável o negócio jurídico, por vício de consentimento. Podese afirmar que: A) As duas afirmações são corretas e a segunda justifica a primeira. B) As duas afirmações são corretas, mas a segunda não justifica a primeira. C) Apenas a primeira proposição é correta. D) Apenas a segunda proposição é correta. E) As duas afirmações são falsas. Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
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