Buscar

PORTFÓLIO FILOSOFIA E SOCIOLOGIA APLICADA JUCIARA 11 SEMANA CICLO 3 2018

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

JUCIARA HONORATO DE LIMA – 8026305
PORTFÓLIO – CICLO 3
11ª SEMANA
								
Centro Universitário Claretiano
Bacharelado em Educação Física
Disciplina: Filosofia e Sociologia Aplicada à Saúde
Tutor(a): Paulo Rogério da Silva
CUIABÁ - MT
2018
Atividade no Portfólio
O texto e palestra escolhida versam sobre o tema do "modelo biomédico", perpassando as críticas a certa concepção e abordagem da doença, as fundamentações teóricas que deram origem à crítica e a emergência de medicinas alternativas ao modelo que fazem parte do cenário contemporâneo mais diversos das práticas e dos saberes médicos.
Baseado na leitura dos textos e reflexão sobre a palestra selecionada faça um texto de até três páginas respondendo as seguintes perguntas:
1) Quais são as limitações do modelo biomédico?
Pode-se afirmar que o modelo biomédico compreende uma forma da medicina de enxerga o paciente como uma máquina, de forma a centralizar todos os seus esforços na doença.
O Modelo biomédico de medicina tem sido em torno desde meados do século XIX, como o modelo predominante usado por médicos no diagnóstico de doenças.
De acordo com o modelo biomédico, a saúde constitui a liberdade de doença, dor, ou defeito, o que torna a condição humana normal "saudável". O foco do modelo sobre os processos físicos, tais como a patologia, a bioquímica e a fisiologia de uma doença, não leva em conta o papel dos fatores sociais ou subjetividade individual. O modelo também ignora o fato de que o diagnóstico (que efeito do tratamento do paciente) é um resultado de negociação entre médico e paciente. 
No entanto, é muito limitante. Ao não ter em conta a sociedade em geral, a prevenção da doença é omitido. Muitas doenças que afetam os países do primeiro mundo hoje em dia, tais como doenças cardíacas e diabetes tipo 2 são muito dependentes de ações de uma pessoa e crenças.
2) O que é o fenômeno da medicalização?
Em se tratando do fenômeno da medicalização, compreende-se que trata-se de uma intensificação da busca por medicamentos, tornando a medicina em um negócio, principalmente por conta das indústrias farmacêuticas.
O modelo biomédico de prestação de cuidados, qualquer que seja a natureza da organização em que são prestados, não estando esgotado, encontra-se particularmente vulnerável às restrições orçamentais, desde os anos setenta do século passado, em consequência da variação dos seus custos serem sistematicamente superiores às variações do PIB. Essa é uma razão para a crise do modelo biomédico. Porém, o que melhor explica as limitações da sua eficácia são as alterações que se verificaram no padrão epidemiológico da doença a partir da segunda metade do século XX. O mundo é considerado como uma máquina e, à semelhança desta, formado por um conjunto de peças. Deste modo, para o compreender, basta utilizar o mesmo método que se utiliza para perceber uma máquina, isto é, desmonta-se e separam-se as peças.
Esta concepção do mundo físico foi generalizada aos seres vivos (Mayer, 1988). Assim, tal como se faz com as máquinas, estudam-se os seres vivos desarticulando as suas partes constituintes (os órgãos). E cada parte é estudada separadamente. Cada uma destas partes desempenha uma determinada função observável. O conjunto, que representa o organismo, é explicado pela soma das partes ou das propriedades.
Nesta perspectiva, Descartes concebeu também o corpo humano como uma máquina, comparando um homem doente a um relógio avariado e um saudável a um relógio com bom funcionamento.
A ideia de um mundo concebido à maneira de um modelo mecânico, e a utilização da metáfora do relógio para o caracterizar, constituem a meta teoria a partir da qual as Ciências da Natureza se fundamentam. A natureza é vista como sendo exterior ao Homem e com uma existência objetiva e independente dele; constituída por peças que se movem segundo leis fixas.
Salienta-se que esta visão mecanicista do mundo, tendo sido acompanhada pelo médicos e fisiologistas mais célebres da época, fez com que, de facto, o corpo humano fosse contextualizado como um grande engenho cujas peças se encaixam ordenadamente e segundo um processo racional. Para ser mais claro, o modelo biomédico é o mais usado por médicos no diagnóstico de doenças. Tal modelo considera que a saúde constitui na liberdade de doença ou dor e essa condição que denominaria uma pessoa em “saudável”.
Já falando sobre O fenômeno da medicalização podemos informar que o mesmo é a transformação da doença em um negócio, que faz pessoas saudáveis acharem que estão doentes e pessoas que estão um pouco doentes acharem que estão muito doentes. 
Medicalização é o processo pelo qual o modo de vida dos homens é apropriado pela medicina e que interfere na construção de conceitos, regras de higiene, normas de moral e costumes prescritos – sexuais, alimentares, de habitação e de comportamentos sociais. Este processo está intimamente articulado à ideia de que não se pode separar o saber - produzido cientificamente em uma estrutura social de suas propostas de intervenção na sociedade, de suas proposições políticas implícitas. 
A medicalização tem, como objetivo, a intervenção política no corpo social. Outro uso frequente do termo é “medicalização do social”, expressão que possui um campo semântico amplo, podendo se referir a uma série diferenciada de fenômenos, o que impõe especificarmos alguns aspectos que podem ser a ele associados. Essa expressão pode ser entendida como a forma pela qual a evolução tecnológica vem modificando a prática da medicina, por meio de inovações dos métodos de diagnóstico e terapêutico, da indústria farmacêutica e de equipamentos médicos; por outro lado, pode ser usado numa referência às consequências que acarreta para o jogo de interesses envolvidos na produção do ato médico.
Entende-se por medicalização o processo que transforma, artificialmente, questões não médicas em problemas médicos. Problemas de diferentes ordens são apresentados como “doenças”, “transtornos”, “distúrbios” que escamoteiam as grandes questões políticas, sociais, culturais, afetivas que afligem a vida das pessoas. Questões coletivas são tomadas como individuais; problemas sociais e políticos são tornados biológicos. Nesse processo, que gera sofrimento psíquico, a pessoa e sua família são responsabilizadas pelos problemas, enquanto governos, autoridades e profissionais são eximidos de suas responsabilidades.
Uma vez classificadas como “doentes”, as pessoas tornam-se “pacientes” e consequentemente “consumidoras” de tratamentos, terapias e medicamentos, que transformam o seu próprio corpo no alvo dos problemas que, na lógica medicalizante, deverão ser sanados individualmente. Muitas vezes, famílias, profissionais, autoridades, governantes e formuladores de políticas eximem-se de sua responsabilidade quanto às questões sociais: as pessoas é que têm “problemas”, são “disfuncionais”, “não se adaptam”, são “doentes” e são, até mesmo, judicializadas. 
REFERÊNCIAS
BARROS, J. A. Pensando o processo saúde doença: a que responde o modelo biomédico? Artigo Científico. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid
=S0104-12902002000100008 >.Acesso em: 27 jan. 2016. Artigo Completo
ALBUQUERQUE, C. M. S.; OLIVEIRA, C. P. F. Saúde e Doença: significações e perspectivas em mudança. Millenium on-line – Revista do ISPV, v. 25.
BARROS J. A. C. Pensando o processo saúde: a que responde o modelo biomédico? Revista Saúde e Sociedade, v. 11, n. 1, p. 67-84.
CASTRO, E. K.; BORNHOLDT, E. Psicologia da Saúde X Psicologia Hospitalar: definições e possibilidades de inserção profissional. Revista Psicologia Ciência e Profissão, v. 24, n. 3, p. 48-57.
CORREIA, E. Uma visão fenomenológica – existencial em psicologia da saúde?! Revista Análise Psicológica, v. 3, p. 337-341.
DE MARCO, M. A. Do Modelo Biomédico ao Modelo Biopsicossocial: um projeto de educação permanente. Revista Brasileira de EducaçãoMédica, Rio de Janeiro, v. 30, n. 1, p. 60-72.
TONETTO, A. M.; GOMES, W. B. A prática do psicólogo hospitalar em equipe multidisciplinar. Revista Estudos de Psicologia, Campinas, v. 24, n. 1, p. 89-98.
TRAVERSO-YÉPEZ, M. A interface psicologia social e saúde: perspectivas e desafios. Revista Psicologia em Estudo, Maringá, v. 6, n. 2, p. 49-56.

Outros materiais