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Aula 09 Revestimentos

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Edificações ʹ Terracap/2017 
Teoria e Questões 
Profs. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 9 
 
 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 72 
 
 
Pessoal, para este assunto de Revestimentos, adotamos as 
normas da ABNT, R�OLYUR�³7pFQLFD�GH�(GLILFDU´��GR�DXWRU�:DOLG�<D]LJL��
e, subsidiariamente, o Manual de Obras Públicas ± Edificações ± 
Práticas da SEAP. 
Os comentários das questões da FCC são de autoria do Prof. 
Paulo Affonso. 
Boa sorte a todos ! 
 
 
Edificações ʹ Terracap/2017 
Teoria e Questões 
Profs. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 9 
 
 
Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 3 de 72 
 
 
REVESTIMENTOS 
 
1 ± INTRODUÇÃO 
Todas as superfícies destinadas a receber revestimento de 
argamassa de areia serão chapiscadas com argamassa de cimento e 
areia, com aditivo adesivo. 
O revestimento de argamassa de areia será constituído por 
camada única de argamassa industrializada ou pelas seguintes 
camadas contínuas, superpostas e uniformes: 
- emboço (massa grossa), aplicado sobre a superfície 
chapiscada; 
- reboco (massa fina), aplicado sobre o emboço. 
 
A alvenaria deve estar concluída e fixada (encunhada) e os 
peitoris, marcos (batentes) e contra-marcos têm de estar 
chumbados. As superfícies das paredes e dos tetos precisam ser 
limpas e abundantemente molhadas antes do início da operação. 
O fechamento dos vãos destinados ao embutimento da 
tubulação de prumadas terá de ser feito com o emprego de tela 
deployé ou galvanizada tipo galinheiro. 
Edificações ʹ Terracap/2017 
Teoria e Questões 
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É preciso ser previamente executadas faixas-mestras, de forma 
a garantir o desempeno perfeito do emboço (aprumado e plano). A 
espessura do revestimento de argamassa tem de ser de acordo com 
as normas técnicas: 
‡�QDV�SDUHGHV�LQWHUQDV����PP�” e ” 20 mm 
‡�QDV�SDUHGHV�H[WHUQDV�����PP�” e ” 30 mm 
‡�QRV�WHWRV��H�” 20 mm. 
De acordo com a NBR 7200, quando se fizer uso de argamassas 
preparadas em obra, as bases de revestimento devem ter as 
seguintes idades mínimas: 
a) 28 dias de idade para as estruturas de concreto e 
alvenarias armadas estruturais; 
b) 14 dias de idade para alvenarias não armadas estruturais 
e alvenarias sem função estrutural de tijolos, blocos cerâmicos, 
blocos de concreto e concreto celular, admitindo-se que os blocos de 
concreto tenham sido curados durante pelo menos 28 dias antes da 
sua utilização; 
c) três dias de idade do chapisco para aplicação do emboço 
ou camada única; para climas quentes e secos, com temperatura 
acima de 30°C, este prazo pode ser reduzido para dois dias; 
d) 21 dias de idade para o emboço de argamassa de cal, para 
início dos serviços de reboco; 
e) sete dias de idade do emboço de argamassas mistas ou 
hidráulicas, para início dos serviços de reboco; 
f) 21 dias de idade do revestimento de reboco ou camada 
única, para execução de acabamento decorativo. 
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A cal virgem para construção deve ser imediatamente extinta. 
O tempo mínimo de maturação da pasta de cal virgem é de uma 
semana antes da utilização na argamassa. 
O revestimento de argamassa pode ser de camada única 
(argamassa única) ou de duas camadas (emboço e reboco). 
 
a) Areia para Argamassa de Revestimento 
A fração de grãos com diâmetro de até 0,2 mm deve 
representar entre 10% e 25% (em massa) e a quantidade de 
material fino de granulometria inferior a 0,075 mm (peneira n° 200) 
não pode ultrapassar 5% (em massa). A dimensão máxima 
característica da areia tem de ser de: 
- 5 mm para chapisco 
- 3 mm para emboço 
- 1 mm para reboco 
 
b) Trabalhabilidade 
Argamassa com boa trabalhabilidade é aquela que: 
- deixa penetrar facilmente a colher de pedreiro, porém sem ser 
fluida 
- mantém-se coesa ao ser transportada, mas não adere à 
colher de pedreiro ao ser lançada; 
- distribui-se facilmente e preenche todas as reentrâncias do 
substrato (base); 
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- não endurece rapidamente quando aplicada. 
c) Movimentação Térmica e por Retração em Argamassa de 
Revestimento 
As fissuras em argamassas de revestimento, provocadas por 
movimentação térmica das paredes, dependerão sobretudo do 
módulo de deformação do revestimento, sendo sempre desejável que 
sua capacidade de deformação supere com razoável folga a 
capacidade de deformação da parede propriamente dita. 
As fissuras induzidas por movimentação térmica no corpo do 
revestimento em geral são regularmente distribuídas e com aberturas 
bastante reduzidas (espécie de gretagem). As fissuras desenvolvidas 
em argamassa de revestimento manifestam-se por solicitações 
higrotérmicas e, sobretudo, por retratação da argamassa. 
A incidência dessas fissuras será tanto maior quanto maiores 
forem a resistência à tração e o módulo de deformação da 
argamassa. 
Portanto, as argamassas de revestimento deverão trazer na sua 
constituição teores consideráveis de cal, sendo comum o emprego 
dos traços 1:1:6, 1:2:9, 1:2,5:10 e 1:3:12 (cimento, cal e areia, em 
volume). 
Além da dosagem adequada, a qualidade dos materiais é 
preponderante para a obtenção de boa argamassa de revestimento. 
Areia com elevado teor de finos, impurezas orgânicas ou aglomerados 
argilosos favorecerá o surgimento de fissuras de retração da 
argamassa, além de provocar outras patologias. A cal hidratada 
poderá conter teor bastante elevado de material inerte adulterante, 
ou seja, finos inertes que induzirão retrações acentuadas em 
argamassas, mesmo que bem dosadas. 
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2 - CHAPISCO 
O substrato precisa ser abundantemente molhado antes de 
receber o chapisco, para que não ocorra absorção, principalmente 
pelos blocos, da água necessária à cura da argamassa do chapisco. 
Pode ser industrializado ou preparado na obra. Neste caso, o 
chapisco precisa ser feito com argamassa fluida de cimento e areia no 
traço 1:3 em volume, com adição de aditivo adesivo (aplicado sobre a 
alvenaria e a estrutura). 
A argamassa tem de ser projetada energicamente, de baixo 
para cima contra a alvenaria a ser revestida, e aplicada com 
desempenadeira dentada sobre a estrutura de concreto. 
O revestimento em chapisco se fará tanto nas superfícies 
verticais ou horizontais de concreto como também nas superfícies 
verticais de alvenaria, para posterior revestimento (emboço ou massa 
única). A espessura máxima do chapisco será de 5 mm. 
 
3 ± EMBOÇO 
O emboço somente poderá ser aplicado após a pega completa 
do chapisco. É constituído por uma camada de argamassa, nos traços 
a serem escolhidos, de acordo com as seguintes finalidades: 
- emboço externo: traço 1:1:4 de cimento, cal em pasta e 
areia grossa, em volume; 
- emboço interno: traço 1:1:6 de cimento, cal em pasta e areia 
grossa, em volume. 
Nunca poderá ser utilizada areia salitrada.Edificações ʹ Terracap/2017 
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A aplicação terá de ser feita sobre superfície previamente 
umedecida. A espessura não poderá exceder a 2 cm. Deverá resultar 
em superfície áspera, a fim de possibilitar e facilitar a aderência do 
reboco. 
A argamassa contendo cimento deverá ser aplicada dentro de 2 
½ h a contar do primeiro contato do cimento com a água. 
 
4 ± ARGAMASSA INDUSTRIALIZADA PARA ASSENTAMENTO E 
REVESTIMENTO 
As principais propriedades exigíveis para a argamassa 
industrializada (para revestimento único e assentamento) cumprir 
adequadamente suas funções são as seguintes: trabalhabilidade, 
capacidade de aderência, capacidade de absorção de deformações, 
restrição ao aparecimento de fissuras, resistência mecânica e 
durabilidade. 
As demais propriedades (resistência superficial, resistência à 
compressão, capacidade de retenção de água, teor de ar incorporado 
e durabilidade) também precisam ser verificadas ao longo do 
processo de seleção do fornecedor. 
Revestimento com espessura superior a 2,5 cm deve ser 
executado em duas camadas. 
5 ± REVESTIMENTO INTERNO EM ARGAMASSA ÚNICA 
Recomenda-se utilizar argamassa industrializada (pronta para 
uso), que é fabricada com cimento portland, calcário e aditivos (não 
contém cal), preparada em estado seco e homogêneo, necessitando 
adicionar apenas água na quantidade requerida. 
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A espessura do revestimento deve ser entre 1,5 cm e 2,5 cm. 
Acima de 2,5 cm a aplicação tem de ser feita em duas camadas. 
Deve-se aguardar o puxamento (momento em que, 
pressionando os dedos, estes não conseguem penetrar na 
argamassa, permanecendo limpos) para sarrafear a argamassa com 
régua de alumínio apoiada sobre as mestras, de baixo para cima, 
recobrindo todas as falhas. 
A textura acabada da argamassa única é a do reboco. 
Podem ser usados os seguintes tipos de acabamento superficial 
da argamassa: 
- grosso: para revestimentos em que a espessura global seja 
maior que 5 cm (com cerâmica, por exemplo); 
- fino: acabamento de base para pintura aplicada diretamente 
sobre a argamassa; 
- feltrado ou acamurçado: acabamento de base para massa 
corrida acrílica e posterior pintura. 
O limite de resistência de aderência á tração deve ser no 
mínimo 0,3 MPa. 
 
6 ± REVESTIMENTO EXTERNO EM ARGAMASSA ÚNICA 
É aconselhável montar os andaimes sem apoiá-los nas paredes 
(afastados cerca de 20 cm delas) ou usar balancins (andaimes 
suspensos). 
A espessura do revestimento deve ser entre 2 cm e 3 cm. 
Acima de 2,5 cm, a aplicação tem de ser feita em duas camadas. 
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Inicialmente, é preciso locar e fixar na platibanda arames 
aprumados e apropriadamente afastados de fachada. Em seguida, 
analisar o alinhamento dos arames e depois os pontos de maior e 
menor espessura, medindo a distância entre os arames e a fachada. 
As juntas de trabalho (juntas de dilatação) têm de ser 
executadas logo após o desempeno da superfície. 
É importante obedecer à dosagem de água. O seu excesso ou a 
sua falta altera a resistência da argamassa. 
É indispensável dar total atenção aos seguintes detalhes 
construtivos: 
- reforços com tela de aço zincado: a ser 
obrigatoriamente feitos nos encontros da alvenaria com a 
estrutura (excluindo-se os casos de alvenaria estrutural). Devem ser 
realizados no pavimento sobre pilotis e nos dois ou três últimos 
andares do prédio. A tela tem de ser chumbada no substrato 
(alvenaria e estrutura com pinos, grampos etc.). É recomendável o 
uso, sob a tela, de fita de polietileno com largura de 7,5 cm 
recobrindo o encontro da alvenaria com a estrutura). Utilizar tela 
metálica onde o revestimento tiver espessura superior a 3 cm. 
- juntas de trabalho (juntas de dilatação): as juntas 
horizontais devem estar na divisa de cada andar e as verticais a cada 
6 m para panos maiores que 24 m2. Recomenda-se o posicionamento 
das juntas nos encontros da alvenaria com concreto; no encontro do 
revestimento de argamassa com o de outro tipo; no nível dos peitoris 
e das vergas de janela; superpondo às juntas de dilatação (juntas de 
trabalho) da base (substrato); acompanhando as juntas de dilatação 
estruturais. A profundidade da junta em argamassa, a receber 
acabamento pintado, tem de ser a metade da espessura do 
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revestimento, sendo pelo menos de 1,5 cm, porém garantindo o 
mínimo de 1 cm de revestimento no fundo da junta. A sua largura 
pode ser de 1,5 cm a 2 cm. É necessário realizar a junta 
imediatamente após o término da execução do painel de 
revestimento (argamassa única ou emboço). 
O revestimento de uma fachada tem de ser interrompido a 
cerca de 5 cm das quinas existentes. Ao revestir a fachada adjacente, 
é preciso completar simultaneamente o revestimento remanescente 
da faixa de 5 cm da fachada do outro lado do canto externo. 
Recomenda-se que sejam feitos, no início da aplicação, os 
seguintes testes no revestimento: 
- de resistência de aderência á tração por meio de ensaio de 
arrancamento, no qual o limite de resistência de aderência á tração 
deve ser no mínimo 0,3 MPa; 
- de permeabilidade, utilizando-se como equipamento uma 
câmara aspersora de água sob pressão (ensaio do cachimbo) na face 
revestida da fachada, que até 8 h não pode produzir umidade no lado 
interno da alvenaria. 
 
7 ± REBOCO 
O reboco só poderá ser aplicado 24 h após a pega completa do 
emboço, e depois do assentamento dos peitoris e marcos. 
Nos locais expostos à ação direta e intensa do sol ou do vento, 
o reboco terá de ser protegido de forma a impedir que a sua secagem 
se processe demasiadamente rápida. 
a) Argamassa Fina Industrializada para Interiores 
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Trata-se de material industrializado para reboco, à base de cal 
hidratada e areia classificada, fornecida de modo a necessitar apenas 
a adição de água para a sua aplicação. 
As principais propriedades exigíveis para a argamassa 
industrializada para revestimento fino cumprir adequadamente suas 
funções são as seguintes: trabalhabilidade, capacidade de aderência, 
capacidade de absorver deformações, restrição ao aparecimento de 
fissuras, resistência mecânica e durabilidade. As demais propriedades 
(resistência superficial, resistência á compressão, capacidade de 
retenção de água, teor de ar incorporado e durabilidade) também 
devem ser verificadas ao longo do processo de seleção do fornecedor. 
 
b) Argamassa Fina Industrializada para Fachadas 
Trata-se de material para reboco hidrófugo, impermeabilizado, 
que protege as fachadas das construções contra a penetração de 
água de chuva. A argamassa é composta de areia classificada, cal 
hidratada, cimento portland e aditivo impermeabilizante que dáqualidades hidrófugas ao material. Sua cor é clara, quase branca. 
Somente 30 d após a sua aplicação, a argamassa fina poderá 
ser pintada com tinta PVA ou acrílica. 
c) Reboco Rústico 
O reboco rústico é executado com argamassa no traço 1:4 de 
cimento e areia, adicionando corante, quando especificado. É aplicado 
com a mesma técnica do chapisco. A aplicação, para obter 
uniformidade no acabamento, poderá ser feita projetando a 
argamassa através de uma peneira. 
d) Vesículas 
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As vesículas surgem geralmente no reboco e são causadas por 
uma série de fatores, como a existência de pedras de cal não 
completamente extintas, matéria orgânica contida nos agregados, 
torrões de argila dispersos na argamassa, ou outras impurezas, como 
mica, pirita e torrões ferruginosos. 
As vesículas decorrentes dos problemas apresentados pela cal 
hidratada surgem em pequenos pontos localizados do revestimento, 
incham progressivamente e acabam destacando a pintura 
(deixando o reboco aparente). O fenômeno acontece após a aplicação 
do revestimento e em um prazo de três meses. 
Isso ocorre quando o óxido de cálcio livre, presente na cal. se 
hidrata e, devido à existência de grãos maiores na cal, não ocorre a 
possibilidade de a argamassa absorvera expansão. Resumindo, se 
houver óxido de cálcio livre na forma de grãos grossos, sua expansão 
não poderá ser absorvida pelos vazios da argamassa, ocorrendo a 
formação de vesículas. 
 
8 ± PASTA DE GESSO 
É aplicada diretamente como revestimento em paredes internas 
executadas com blocos, seja utilizado simplesmente como pasta 
obtida pelo amassamento do gesso com água, seja em mistura com 
areia, sob a forma de argamassa. O material não se presta, 
normalmente, para aplicações exteriores por se deteriorar em 
consequência da solubilização na água. 
O gesso para revestimento não poderá conter menos de 60% 
de gesso calcinado. É fornecido sob a forma de pó branco, de elevada 
finura, cuja densidade aparente varia de 0,7 a 1,0. A pega do gesso é 
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acompanhada de elevação de temperatura, por ser a hidratação uma 
reação exotérmica. 
O tempo de pega é: 
- início: de 3 min 45 s a 16 min 40 s 
- fim: de 5 min 25 s a 24 min 45 s. 
Apresenta como propriedades: endurecimento rápido, bom 
isolante térmico e acústico, plasticidade da pasta fresca e lisura da 
superfície endurecida. 
As pastas e argamassas de gesso aderem muito bem ao tijolo e 
aderem mal às superfícies de madeira. Pode-se executar gesso 
armado como se faz argamassa armada de cimento, porém a 
armadura deve ser de ferro galvanizado. 
O gesso confere aos revestimentos considerável resistência ao 
fogo. 
Dispensa chapisco, emboço ou reboco. A espessura mediado 
revestimento em gesso é de até 5 mm. Mais espessa, torna-se 
antieconômica e tende a trincar-se. 
 
9 ± REVESTIMENTO CERÂMICO DE PAREDES INTERNAS 
Pessoal, este capítulo baseia-se no Manual de Assentamento de 
Revestimentos Cerâmicos ± Paredes Internas < http://www. 
comercialoro.com.ar/manuales/paredesinternas.pdf>, por ele 
consolidar as informações das normas da ABNT aplicáveis, que são as 
fontes mais confiáveis para a nossa prova. 
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Uma parede revestida com placas cerâmicas é formada 
basicamente por 6 camadas de materiais diferentes: base, chapisco, 
emboço, argamassa colante, rejunte, revestimento cerâmico. 
 
A argamassa para chapisco deve ter o traço em volumes 
aparentes de 1:3 de cimento e areia média úmida. 
A argamassa para o emboço deve ter o traço em volumes 
aparentes variando de 1:1:6 a 1:2:9 de cimento, cal hidratada e 
areia média úmida. 
Argamassa colante, também conhecida como cimento colante, 
cimento cola ou argamassa adesiva, é um produto industrializado, 
utilizado no assentamento de placas cerâmicas, tanto de paredes 
como de pisos. 
O tipo de adesivo a ser utilizado depende do ambiente em que 
a cerâmica está sendo assentado. A norma brasileira NBR 14081 
especifica para paredes internas a argamassa colante industrializada 
do tipo AC-I. 
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A argamassa para rejuntamento, ou simplesmente rejunte, é 
utilizada no preenchimento das juntas entre duas placas cerâmicas 
consecutivas, e tem por função apoiar e proteger as arestas das 
placas cerâmicas. Da mesma forma que para a argamassa colante, o 
tipo de rejunte a ser usado depende do ambiente onde será aplicado. 
Em paredes expostas a ação da umidade, como por exemplo 
box de banheiro, deve ser usado rejunte impermeável, para evitar 
que a água penetre para o interior da parede, aumentando, com isto, 
a durabilidade do revestimento e evitando a eflorescência. 
Revestimentos cerâmicos para paredes, conhecidos 
popularmente por azulejos, são placas cerâmicas fabricadas a partir 
de uma mistura de argila. As costas das placas possuem garras, para 
auxiliar na aderência com a superfície onde serão assentadas, e são 
denominadas de tardoz. 
Para paredes pode ser usado o grupo 0 com relação à 
resistência à abrasão. 
1.1 - Juntas 
a) Juntas de Assentamento: também conhecidas por rejunte, são 
espaços entre as placas cerâmicas que compõe o revestimento, 
preenchidas com material flexível, chamado de argamassa para 
rejuntamento. A largura das juntas depende do tamanho da placa 
cerâmica e, para paredes internas, a norma brasileira (NBR 8214) 
estabelece os seguintes valores mínimos: 
 
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O preenchimento das juntas de assentamento pode ser iniciado 
no mínimo 3 dias após concluído o assentamento das placas. 
 
b) Junta de Movimentação: são espaços que dividem a parede 
revestida em painéis. Iniciam-se no encontro entre duas placas 
cerâmicas e atravessam a camada de emboço. Estas juntas, 
algumas vezes, são chamadas de juntas de expansão/contração. 
 
 
 
Segundo a norma NBR 8214, em paredes internas devem ser 
executadas juntas de movimentação quando: 
‡�$�iUHD�da parede for > 32 m2; 
‡�2�FRPSULPHQWR�GD�SDUHGH�IRU�> 8 m; 
‡�1R�HQFRQWUR�HQWUH�GXDV�SDUHGHV� 
‡�1R�HQFRQWUR�GD�SDUHGH�FRP�SLODUHV� 
‡�1R�HQFRQWUR�FRP�RXWURV�WLSRV�GH�UHYHVWLPHQWR� 
‡�4XDQGR�KRXYHU�PXGDQoD�GH materiais que compõe a parede; 
‡�,QWHUIDFHV�HQWUH�HVWUXWXUD�GH�FRQFUHWR�H alvenaria. 
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Para paredes internas, a norma brasileira (NBR 8214) recomenda 
as seguintes larguras mínimas para as juntas de movimentação: 
 
O preenchimento da junta se inicia após o endurecimento da 
argamassa colante e a limpeza das juntas. 
O material da juntade movimentação deve ser altamente 
compressível, podendo ser usado isopor, mangueira plástica, corda 
betumada, etc. A junta deverá ser vedada com um selante flexível, 
com características adequadas às condições de exposição e às 
deformações esperadas. 
c) Junta de Dessolidarização: são espaços deixados no encontro 
da parede revestida com pisos, forros, pilares, vigas ou com outros 
tipos de revestimento. Estes espaços se iniciam no encontro 
entre duas placas cerâmicas e atravessam a camada de 
emboço. 
d) Juntas Estruturais: são espaços previstos no projeto estrutural, 
com a finalidade de garantir a segurança da edificação frente às 
cargas mecânicas previstas no projeto. Estas juntas atravessam 
toda a parede e tem sua largura especificada no projeto estrutural. 
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Introduzido, neste espaço, um limitador de profundidade na 
junta (mangueiras de plástico ou borracha, isopor, corda betumada, 
etc.) para que não haja consumo excessivo de selante. 
O selante empregado tanto para a vedação das juntas de 
movimentação quanto para as juntas estruturais devem ser à base de 
elastômeros, como poliuretano, polissulfeto, silicone, etc. 
 
1.2 ± Preparação para o Assentamento 
A superfície da parede a ser revestida deve apresentar 
rugosidade suficiente para garantir a aderência entre ela e a 
argamassa colante. Com o objetivo de aumentar a rugosidade 
superficial e regular a absorção da água, as paredes devem ser 
chapiscadas. 
Paredes em alvenaria de blocos de concreto celular e blocos 
sílicocalcários que apresentam absorção elevada devem ser 
umedecidas antes da aplicação da camada de regularização. 
Os blocos sílicocalcários dispensam o chapisco. Nos blocos de 
concreto pode-se dispensá-lo, a depender do acabamento da 
superfície das duas paredes. 
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a) Chapisco 
O chapisco pode ser aplicado de três maneiras diferentes, em 
função das características superficiais da base: 
- Chapisco Convencional: consiste numa mistura de cimento 
e areia grossa no traço 1:3 (em volume), de consistência fluida, 
lançada energicamente com colher de pedreiro contra a superfície a 
ser revestida. Deve-se permitir a secagem do chapisco durante, pelo 
menos, 3 dias antes da aplicação da camada de regularização. 
- Chapisco Rolado: consiste numa mistura de cimento, areia 
média e resina PVA, de consistência fluida, aplicada sobre a superfície 
a ser revestida com rolo para textura acrílica, em 3 demãos. 
- Chapisco Industrializado: tipo de chapisco indicado 
apenas para bases de concreto armado, devido ao consumo 
elevado. Consiste na aplicação de argamassa adesiva (argamassa 
colante) sobre a superfície a ser revestida, com desempenadeira 
denteada (6 x 6 mm). Deve-se permitir a secagem da argamassa 
por, pelo menos, 7 dias, para posterior aplicação da camada de 
regularização. 
b) Emboço 
O emboço é uma camada de regularização que visa nivelar a 
superfície da parede e corrigir defeitos e irregularidades da mesma. 
Somente depois de transcorridos no mínimo 7 dias da 
aplicação do chapisco é que poderão ser iniciados os trabalhos 
de execução da camada de emboço. 
O número de etapas em que o mesmo será executado depende 
da espessura desejada para a camada de emboço. Deve-se aguardar 
no mínimo 24 horas entre cada etapa. 
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A camada de emboço deverá ser reforçada com tela de arame 
galvanizado nos encontros entre estruturas de concreto armado e 
alvenaria nos três últimos pavimentos e no primeiro pavimento sobre 
pilotis, de uma das maneiras descritas a seguir: 
 
 
 
A superfície final do emboço deverá ser sarrafeada e o 
acabamento deve ser rústico, obtido por desempeno com 
desempenadeira de madeira. 
Somente depois de transcorridos no mínimo 21 dias da 
aplicação do emboço, poderão ser iniciados os trabalhos de 
assentamento do revestimento cerâmico. 
 
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1.3 ± Assentamento 
O método de aplicação da argamassa colante depende da área 
da placa cerâmica a ser assentada. Para placas cerâmicas com área 
”�����FP2, a aplicação da argamassa pode ser feita pelo método 
convencional, ou seja, a aplicação da argamassa é somente na 
parede, estando a placa cerâmica limpa e seca para o assentamento. 
O posicionamento da peça deve ser tal que garanta contato pleno 
entre seu tardoz e a argamassa. Para áreas > 900 cm2, a 
argamassa deve ser aplicada tanto na parede quanto na 
própria placa (método da dupla colagem). Os cordões formados 
nessas duas superfícies devem se cruzar em ângulo de 90º, e a 
cerâmica deve ser assentada de tal forma que os cordões estejam 
perpendiculares entre si. 
 
Devem sempre ser respeitados os tempos de uso, tempo em 
aberto e tempo de ajuste, indicados na embalagem do produto, 
levando-se em conta que em dias secos, quentes e com muito vento, 
estes tempos são diminuídos. O final do tempo em aberto da 
argamassa é indicado pela formação de uma película 
esbranquiçada sobre os cordões de cola. A partir deste momento 
as condições de assentamento ficam prejudicadas, podendo favorecer 
o descolamento precoce da placa cerâmica. 
Tempo em aberto é o tempo compreendido entre o 
espalhamento da argamassa sobre a camada de regularização, e o 
instante em que a mesma não mais apresente capacidade adesiva. 
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O tardoz das placas cerâmicas a serem assentadas deve 
estar limpo, isento de pó, gorduras, ou partículas secas e não deve 
ser molhado antes do assentamento. A colocação das placas 
cerâmicas deve ser feita debaixo para cima, uma fiada de cada vez. 
A largura das juntas de assentamento pode ser garantida com o 
uso de espaçadores plásticos. 
 
 
10 ± PASTILHAS 
As pastilhas são mosaicos que têm, normalmente, 2.55 cm x 
2,55 cm e espessura variando entre 4 mm e 5 mm. São vendidas 
coladas a folha de papel kraft para facilitar a colocação. Esse papel 
deverá ser retirado posteriormente por lavagem com água levemente 
cáustica. 
Há pastilhas de porcelana, de faiança, vidradas bem como 
pastilhas de vidro. 
A base para aplicação é o emboço sarrafeado,com acabamento 
rústico (se necessário, a superfície deverá ser escarificada) de 
argamassa rica em cimento portland comum, isenta de 
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impermeabilizantes, devidamente curado (para evitar tensões de 
retração da argamassa sobre o revestimento). 
A execução do emboço precisa estar concluída no mínirno 10 d 
antes do assentamento do mosaico e não apresentar fissuras, partesocas ou soltas. 
Assentamento de grandes dimensões tem de ser interrompido 
por juntas de movimentação (de dilatação) longitudinais e/ou 
transversais. Em áreas externas, recontendam-se juntas, de 12 mm, 
em área igual ou maior a 24 m2 ou sempre que a extensão do lado 
for maior que 4 m; em áreas internas, de 15 mm, em área igual ou 
maior a 32 m2 ou sempre que a extensão do lado for maior que 7 m. 
Nunca usar pastilhas de vidro em pisos e piscinas. 
 
11 ± LAMINADO DECORATIVO DE ALTA PRESSÃO (LDAP) 
O Laminado Decorativo de Alta Pressão - LDAP é uma chapa 
para revestimento de substratos rígidos, composta de camadas de 
material fibroso, celulósico (papel, por exemplo), impregnadas com 
resinas termoestáveis, amínicas (melamínicas) e fenólicas, montadas, 
prensadas sob condições de calor e alta pressão, em que as camadas 
de superfície, em um ou ambos os lados, são decorativas. 
Assim como a madeira natural, o LDAP tem também direções 
longitudinal e transversal de fibras, sendo o seu comportamento 
similar àquela em termos de estabilidade dimensional. 
A umidade influencia na alteração dimensional do LDAP à razão 
aproximada de 2:1 (transversal: longitudinal). Se a umidade diminui, 
a chapa se contrai; se aquela aumenta esta se expande. 
 A espessura mínima é de 0,8 mm. 
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Observadas as condições adequadas de aplicação, o LDAP 
possui: resistência ao desgaste, resistência a manchas e a produtos 
químicos domésticos não abrasivos, resistência a altas temperaturas, 
resistência à água fervente, resistência a impactos, estabilidade de 
cores (resistência â luz de xenônio), estabilidade dimensional 
(uniformidade das medidas), fácil lavabilidade. 
Sendo fácil de lavar, o LDAP não favorece a formação e 
permanência de colônias de fungos, ácaros, germes e nichos de 
insetos na sua superfície, o que o torna asséptico e não 
alergênico. 
São indicados os seguintes substratos: madeiras aglomerada, 
compensada, maciça, médium density fiberboard (MDF), chapa dura 
(hounde board) e também superfícies metálicas, todas de qualidade 
normalizada, com grau de rigidez necessário para suportar a colagem 
do laminado. 
12 ± FORRO 
Os tipos de forro arquitetônico mais com um ente usados, 
quanto ás características de sua fixação, são três: forros colados, 
forros tarugados e forros suspensos. 
- Os forros colados são uma forma de proteção ou 
revestimento das faces internas dos planos de cobertura. Sua 
finalidade pode estar ligada a exigências de conforto ambiental 
(isolamento térmico ou absorção acústica) ou a intenções puramente 
estéticas. Os chamados forros colados tanto podem ser realmente 
colados por meio de adesivos especialmente desenvolvidos 
(sobretudo quando se trata de lajes de concreto) assim como podem 
ser pregados ou parafusados à estrutura principal (o que é comum 
nas coberturas de telhado). 
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- Os forros tarugados em madeira, PVC, gesso e estuque, 
exigem a execução de uma grelha portante em madeira ou aço, 
fixada às paredes ou à estrutura do edifício. Além da sustentação, 
essa grelha serve para limitar os vãos, a serem recobertos, às 
dimensões compatíveis com cada material empregado no 
recobrimento. As réguas de madeira são pregadas ao madeiramento, 
enquanto as de PVC podem ser rebitadas (com tarugamento 
metálico) ou pregadas (em tarugamento de madeira). Os forros em 
placas de gesso podem ser fixados com grampos metálicos inclusos, 
enquanto os de estuque (constituídos de argamassa de areia, gesso e 
cal, moldada in loco) se apoiam sobre uma tela de arame trançado ou 
chapa de aço recortada e estirada (deployé), que é previamente 
pregada no tarugamento. 
- A principal característica que distingue os forros suspensos 
modulados dos antigos forros colados e tarugados é o seu 
sistema de fixação baseado em uma estrutura portante flexível e 
polivalente: tirantes metálicos reguláveis fixados à cobertura do 
ambiente, suspendendo uma grelha de perfis metálicos em que são 
presos os painéis de fechamento. A primeira consequência desse 
sistema de fixação é que resulta relativa independência entre a 
estrutura do edifício e a estrutura do próprio plano do forro. 
Outra característica fundamental, que decorre do recurso ao 
sistema layin, é a mobilidade. Quase todos os forros suspensos 
podem ter os seus painéis de fechamento removidos e substituídos, 
sem prejuízo da estrutura portante, facilitando o acesso ao 
sobreforro. Dessa maneira, esse espaço situado entre o forro e o 
plano de cobertura, também conhecido como plenum, pode ser mais 
bem aproveitado como caminhamento de dutos, cabos e canalização, 
reduzindo o custo das instalações e facilitando sua manutenção. 
Essas duas propriedades só não são válidas para os forros lisos de 
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gesso (não modulados) que, mesmo construídos a partir de placas 
suspensas, acabam funcionando como os superados forros de 
estuque, formando uma superfície monolítica arrematada diretamente 
sobre as paredes periféricas. 
Os forros suspensos modulados possuem três componentes 
principais: fixador, porta-painel e painel. Os dois primeiros compõem 
a estrutura de sustentação, enquanto o terceiro responde pelo 
resultado estético e funcional do forro. A esses três componentes 
básicos, uma série de acessórios e arremates pode ser acrescentada 
conforme cada caso. Os fixadores são quase sempre tirantes de aço 
dotados de dispositivos para regulagem de nível. Os porta-painéis são 
invariavelmente metálicos, podendo ser constituídos simplesmente de 
perfilados de aço ou alumínio extrudado, ou de perfis associados a 
outras peças metálicas ou plásticas, destinadas a facilitar a 
colocação/remoção dos painéis. Estes, que são a face visível do forro, 
podem ser confeccionados com os mais variados materiais e 
apresentar os mais diversos desenhos e configurações: placas e 
bandejas, réguas (forros lineares), colméias, lâminas verticais e 
outras. O material constitutivo dos painéis permite uma outra 
tipologia dos forros, assim resumida: 
- Gesso: em placas lisas, perfuradas ou estriadas, com porta-
painéis aparentes ou oclusos; 
- Fibras vegetais: em placas prensadas de fibras de pinus ou 
eucalipto, pré-pintadas, lisas ou decoradas, perfuradas ou não, com 
porta-painéis aparentes ou oclusos; 
- Fibras minerais: em placas prensadas de lã de vidro ou 
aglomerado de vermiculita expandida, com os mesmos acabamentos 
do tipo anterior; 
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- Resinas sintéticas: principalmente o PVC e o acrílico, 
apresentadas em réguas ou placas opacas ou translúcidas, estas 
últimas resultando nos chamados forros luminosos, quando 
associadas à retroiluminação; 
- Madeira: em placas, réguas ou colméias, ficam entre a 
industrialização e o artesanato; 
- Metal: principalmente alumínio e aço, apresentam-se nas 
mais variadas configurações e acabamentos. 
a) ForroSuspenso de Placas de Gesso 
O gesso é um material que apresenta movimentações 
higroscópio as (quando absorve ou perde umidade) acentuadas e, 
ainda, resistência à tração e ao cisalhamento relativamente baixas. 
Assim sendo, os forros constituídos por placas de gesso não 
poderão ser encunhados nas paredes laterais, sendo necessário 
prever folgas, em todo o contorno do forro, capazes de absorver as 
movimentações do gesso ou da própria estrutura. 
Nos forros muito longos, prever também juntas de 
movimentação (dilatação) intermediárias, espaçadas entre si de no 
máximo 5 m ou 6 m, devidamente arrematadas por mata-juntas 
(normalmente perfis de alumínio, com seção em " T " ou " L " ). 
Nos ambientes fechados, as placas poderão ser suspensas por 
arames galvanizados, a serem chumbados no centro das placas para 
a sua sustentação. Por sua vez. Os arames deverão ser fixados nas 
lajes por meio de pino de aço, cravado a revólver. 
Nos ambientes abertos (térreo sob pilotis, por exemplo), as 
placas tem de ser estruturadas (armadas com sisal ou nervuradas na 
face superior) e suspensas por pendurais rígidos, que suportam perfis 
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horizontais de alumínio, onde se apoiam as placas, sendo necessário 
sempre ser deixadas juntas de dilatação perimetrais. 
 
13 ± QUESTÕES COMENTADAS 
1) (54 ± Defensoria/2009 ± FCC) No processo de 
revestimento com placas cerâmicas, um dos fatores 
importantes é a execução do rejuntamento, onde deve ser 
observado: 
(A) o momento certo para a limpeza das juntas é quando estas 
ficam opacas, ou seja, quando o material já tiver perdido sua 
plasticidade mas ainda não endureceu. A limpeza prematura 
pode provocar a remoção parcial do rejunte e uma limpeza 
tardia obrigará a uma ação agressiva, podendo causar a 
deterioração irreversível da superfície cerâmica. 
(B) as juntas e a superfície das peças assentadas devem ser 
limpas enquanto a argamassa ainda estiver fresca, ou seja, 
até 48 horas após o término do assentamento, mantendo-se 
os espaçadores para que as dimensões das juntas sejam 
preservadas. 
(C) a cura perfeita do rejunte se dá após 12 dias, nos quais, 
nos primeiros 8 dias, recomenda-se mantê-lo sempre úmido. 
(D) a superfície impermeável da cerâmica se associa à 
estabilidade do rejuntamento, evitando a contaminação por 
substâncias tóxicas ou outro fluido, mas ficando suscetível à 
ação de vapores, que alteram a estabilidade de cores e 
tonalidades dos revestimentos cerâmicos, principalmente 
quando se utilizam argamassas colantes de uso externo. 
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(E) as juntas de assentamento regulam o desenvolvimento de 
tensões entre as peças cerâmicas. O pouco espaçamento pode 
causar quebras e até mesmo o desprendimento do 
revestimento, razão pela qual a largura mínima dessas deve 
ser de 2 mm. 
 
Comentários: 
 
No que diz respeito ao tempo de limpeza do excesso de material de 
rejuntamento, de modo a validar a afirmativa A, a NBR 8.214 
(Assentamento de azulejos) estabelece que: 
 
5.1.5.4 O excedente da pasta deve ser removido com pano úmido, 
assim que iniciar o endurecimento, a fim de evitar a aderência da 
pasta à superfície do azulejo. 
 
A NBR 7.200 (Execução de revestimento de paredes e tetos de 
argamassas inorgânicas ± Procedimento), por sua vez, invalida a 
afirmativa B à medida que dispõe o seguinte: 
 
11.3.2 Para a execução de juntas no revestimento, colocar um 
elemento com dimensão igual à espessura da junta especificada no 
projeto, antes do lançamento da argamassa de cada camada. 
 
11.3.3 Após a argamassa ter adquirido uma consistência 
apropriada, retirar o elemento, se ele não for deformável, 
corrigindo-se possíveis falhas. 
 
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A propósito das afirmativas até aqui comentadas, vale reproduzir 
trecho da ET DE K 00/010 do DER/SP, que tem por referência o 
Manual SEAP: 
 
5.1.2 Cerâmica Assentada com Cimento Colante, Incluindo Rejunte 
de Argamassa Pré-Fabricada 
... 
 
³/LPSH�WRGDV�DV�MXQWDV�H�D�VXSHUItFLH�GDV�SHoDV�DVVHQtadas enquanto 
a argamassa ainda estiver fresca. 
 
Retire os espaçadores e faça o rejuntamento, no mínimo, 24 horas 
após o término do assentamento. 
 
Prepare a argamassa de rejuntamento conforme as instruções da 
embalagem. 
 
Após a aplicação do rejunte, a limpeza do painel deve ser feita 
quando o material já perdeu sua plasticidade, mas ainda não 
endureceu. 
 
O momento certo é quando a junta fica opaca. 
 
A limpeza prematura pode provocar a remoção parcial do rejunte e 
uma limpeza tardia obriga uma ação agressiva, podendo causar a 
deterioração irreversível da superfície cerâmica. 
 
A cura perfeita do rejunte se dá após 3 dias, período em que se 
recomenda mantê-OR�VHPSUH�~PLGR�´ 
... 
 
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Assim, além de invalidar a afirmativa C, esta reprodução tem por 
finalidade alertar os alunos para as possíveis fontes de consulta 
adotadas pela banca examinadora da FCC. 
 
Quanto às argamassas colantes de uso externo, são assim 
conceituadas pela NBR 14.081 (Argamassa colante industrializada 
para assentamento de placas de cerâmica ± Especificação), o que 
invalida a afirmativa D: 
 
3.1.2 argamassa colante industrializada - tipo II: Argamassa que 
atende às exigências da tabela 1 e com características de adesividade 
que permitem absorver os esforços existentes em revestimentos de 
pisos e paredes externas decorrentes de ciclos de flutuação térmica e 
higrométrica, da ação de chuva e/ou vento, da ação de cargas como 
as decorrentes do movimento de pedestres em áreas públicas e de 
máquinas ou equipamentos leves sobre rodízios não metálicos. 
 
Além disso, supera a argamassa colante de uso interno em todos os 
requisitos exigíveis e constantes da Tabela 1 da norma em referência. 
 
Por fim, no que se refere às tensões entre placas cerâmicas, a NBR 
8.214 aponta a junta de movimentação, e não a junta de 
assentamento, como elemento construtivo apropriado ao seu 
combate, invalidando a afirmativa E: 
 
3.4 Junta de movimentação: junta intermediária, normalmente mais 
larga que as juntas de assentamento, projetada para aliviar 
tensões provocadas pela movimentação da parede e/ou do 
próprio revestimento. 
 
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A mesma norma, aliás, estabelece na Tabela 1 as dimensões mínimas 
de juntas de assentamento, que, segundo dimensões das peças 
cerâmicas, vão de 1,0 mm a 2,5 mm para paredes internas e de 2,0 
mm a 4,0 mm para paredes internas. 
 
Gabarito: A 
 
2) (51 ± Metrô SP/2012 ± FCC) A execução dos 
revestimentos em argamassa tem uma sequência iniciada pelo 
preparo da base e seguida pela definição do plano derevestimento, aplicação das camadas e finalmente, pelo 
acabamento. Com relação ao preparo da base, o chapisco deve 
ser sempre aplicado nas fachadas e nas superfícies de 
concreto, com a finalidade de melhorar a aderência entre o 
concreto e a argamassa. Para melhorar a produtividade da 
obra, ao invés do chapisco tradicional utiliza-se ou o chapisco 
rolado ou o chapisco industrializado. Sobre este último, é 
correto afirmar: 
(A) Pode ser aplicado na fachada, tanto na estrutura quanto 
na alvenaria. 
(B) Só é necessário acrescentar água no momento da mistura. 
(C) Sua aplicação resulta em uma película rugosa. 
(D) É ideal para utilização interna, sobre a alvenaria. 
(E) Em razão da reflexão na aplicação, apresenta perda 
significativa de material caso o operário não seja experiente. 
Comentários: 
Segundo GARBIN, a classificação do chapisco quanto à forma de 
aplicação é a seguinte: 
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³5RODGR����� 
Industrializado ou desempenado: aplicado com desempenadeira 
dentada formando cordões. Usualmente executado sobre estrutura 
de concreto. Os chapiscos industrializados normalmente possuem 
propriedades superiores aos convencionais, pois são dosados em 
laboratório, com maior controle, e também contem aditivos. No seu 
preparo, só é necessário acrescentar água no momento da 
mistura, na proporção definida pelo fabricante. Isso diminui a 
perda de material no canteiro de obras e aumenta a produtividade 
e rendimento. 
... 
 
&RQYHQFLRQDO�RX�WUDGLFLRQDO������³ 
Gabarito: B 
 
3) (51 ± Defensoria-SP/2013) A propriedade da argamassa 
relacionada à entrada da pasta nos poros, reentrâncias e 
saliências da estrutura e que está relacionada à ancoragem da 
argamassa na base é a 
Fonte: < http://www.feng.pucrs.br/professores/mregina/ARQUITETURA_-_Materiais_Tecnicas_e_ 
Estruturas_I/estruturas_i_capitulo_IV_argamassa_de_revestimento.pdf> - Professoras Maria Regina 
Costa Leggerini e Mauren Aurich. 
Propriedades das argamassas: 
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(A) retenção de água. 
 De acordo com Ratton Filho (1986), a retenção de água 
caracteriza a argamassa que não perde rapidamente a água de 
amassamento por evaporação ou absorção. A perda de água permite 
um endurecimento prematuro, prejudicando a aderência e 
dificultando o acabamento. 
 De acordo com Leggerini e Aurich, a retenção permite que as 
reações de endurecimento sejam gradativas promovendo a adequada 
hidratação do cimento com ganho de resistência. Propicia a 
capacidade de absorver deformações e com isto aumenta a 
durabilidade e vedação. A presença de cal e aditivos pode melhorar 
esta capacidade. 
(B) trabalhabilidade. 
 De acordo com Yazigi (2009), a argamassa com boa 
trabalhabilidade é aquela que: 
 - deixa penetrar facilmente a colher de pedreiro, porém sem ser 
fluida; 
 - mantém-se coesa ao ser transportada, mas não adere à 
colher de pedreiro ao ser lançada; 
 - distribui-se facilmente e preenche todas as reentrâncias do 
substrato (base); 
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 - não endurece rapidamente quando aplicada. 
(C) aderência. 
 De acordo com Ratton Filho (1986), essa propriedade decorre 
dos ligantes do aglomerante e caracteriza-se pela rugosidade 
superficial do material em contato com a argamassa. 
 De acordo com Leggerini e Aurich, esta propriedade é 
relacionada ao fenômeno mecânico que ocorre em superfícies 
porosas, pela ancoragem da argamassa na base. Se dá pela 
entrada da pasta nos poros, reentrâncias e saliências seguida 
pelo endurecimento progressivo. A base de aplicação também 
tem participação através de sua porosidade, rugosidade e condições 
de limpeza da superfície de aplicação. 
(D) retração da base. 
 De acordo com Leggerini e Aurich, a retração ocorre devido à 
evaporação da água e pelas reações de hidratação e carbonatação 
dos aglomerantes. A retração rápida pode provocar o aparecimento 
de fissuras que podem ser prejudiciais, permitindo a percolação da 
água quando no estado endurecido. Influem nesta propriedade o 
traço, a espessura e o intervalo de aplicação das camadas. O tempo 
de sarrafeameto e desempeno deve ser respeitado. Argamassas com 
alto teor de cimento estão mais sujeitas à fissuração. 
(E) absorção. 
 A absorção é a capacidade de absorver deformações. 
 Portanto, verifica-se que a definição do comando da questão 
refere-se à aderência da argamassa. 
Gabarito: C 
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4) (27 ± TRT-15/2013 ± FCC) É considerada uma das 
propriedades básicas no emprego da cal em argamassas, 
sendo fisicamente um resultado da elevada área superficial da 
cal, 
(A) a viscosidade da relação areia/cal. 
(B) o índice de incorporação de argila. 
(C) a retenção de água. 
(D) a instabilidade dos argilominerais. 
(E) a exudação de água. 
 De acordo com Yazigi (2009), na construção civil, a cal tem 
emprego extremamente variável, servindo para argamassas (de 
assentamento e de revestimento ± emboço e reboco ± pintura, 
misturas asfálticas, materiais isolantes, misturas solo-cal, produtos 
de silicato cálcico, bloco silicocalcário, estuques etc. Na construção 
predial, o principal uso da cal dá-se como aglomerante em 
argamassas mistas de cimento, cal e areia. As principais propriedades 
da cal nas argamassas são: 
 - proporciona economia por ser um aglomerante mais barato 
que o cimento. Nesse sentido, é importante lembrar que a dosagem 
das argamassas é feita em volume, enquanto a compra é realizada 
por peso. Dessa forma, enquanto um saco de cimento pesa 50 kg e 
tem o volume de aproximadamente 42 L, o mesmo peso de cal, além 
de ter custo reduzido, tem o volume de cerca de 62 L (tipo III) ou 90 
L (tipo I). A tabela abaixo ilustra alguns valores comparativos 
aproximados: 
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 - permite maior capacidade de incorporação de areia; 
 - tem maior plasticidade; 
 - apresenta maior capacidade de retenção de água; 
 - possibilita certo grau de isolação térmica devido à maior 
refletibilidade; 
 - como aglomerante, desenvolve capacidade razoável de 
resistência à tração e compressão; 
 - melhora as condições de resistência ao aparecimento de 
fissuras e trincas; 
 - apresenta ausência de eflorescências; 
 - detém pequena capacidade de reconstituição autógena das 
fissuras; 
 - tem maior resistência à penetração de água; 
 - detém propriedades assépticas por desenvolver um meio 
alcalino; 
 - é compatível com os diversos sistemas de pintura; 
 - permite efeito estético e de acabamento muito bons; 
 - proporciona durabilidade. 
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 Ainda de acordo com Yazigi (2009), a finura da cal afeta 
diretamente a plasticidade e a retenção de água das pastas e 
argamassas. Quanto mais acentuada a finura, maiores serão as 
potencialidades das argamassas em termos de trabalhabilidade. A 
capacidade de retenção de água da cal é importante, uma vez que 
afeta a capacidade de aderência da argamassa aos elementos de 
alvenaria. 
 Sabe-se que quanto maior a finura, maior é a superfície 
específica do material. 
Gabarito: C 
 
5) (16 ± CGU/2008 ± ESAF) Para a especificação e execução 
do serviço referente à argamassa de revestimento, é 
necessário conhecer o desempenho de algumas de suas 
propriedades, tanto no estado fresco como endurecido. Nesse 
contexto, afirma-se que: 
 
a) na determinação da massa específica absoluta, não são 
considerados os vazios existentes no volume de argamassa. 
 
Fonte: < http://pcc2436.pcc.usp.br/Textost%C3%A9cnicos/Revestimentos%20verticais/aula%205% 
202005% 20texto%20argamassa.PDF> 
As principais propriedades da argamassa no estado fresco, que 
resultam nas propriedades do estado endurecido, são: 
- Estado fresco: massa específica e teor de ar, trabalhabilidade, 
retenção de água, aderência inicial, e retração na secagem. 
- Estado endurecido: aderência, capacidade de absorver 
deformações, resistência mecânica, resistência ao desgaste, e 
durabilidade. 
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A massa específica diz respeito à relação entre a massa da 
argamassa e o seu volume e pode ser absoluta ou relativa. 
Na determinação da massa específica absoluta, não são 
considerados os vazios existentes no volume de argamassa. Já 
na relativa, também chamada massa unitária, consideram-se os 
vazios. A massa específica é imprescindível na dosagem das 
argamassas, para a conversão do traço em massa para traço em 
volume, que são comumente empregados na produção das 
argamassas em obra. 
Gabarito: Correta 
 
b) à medida que cresce o teor de ar incorporado em uma 
argamassa, a sua massa específica relativa aumenta. 
 
Fonte: < http://pcc2436.pcc.usp.br/Textost%C3%A9cnicos/Revestimentos%20verticais/aula%205% 
202005% 20texto%20argamassa.PDF> 
O teor de ar é a quantidade de ar existente em um certo 
volume de argamassa. À medida que cresce o teor de ar, a massa 
específica relativa da argamassa diminui. 
Gabarito: Errada 
 
c) quanto menor for o módulo de deformação, menor é a 
capacidade da argamassa de absorver deformação. 
 
Fonte: < http://pcc2436.pcc.usp.br/Textost%C3%A9cnicos/Revestimentos%20verticais/aula%205% 
202005% 20texto%20argamassa.PDF> 
A capacidade de absorver deformações depende: 
· do módulo de deformação da argamassa - quanto menor for 
o módulo de deformação (menor teor de cimento), maior a 
capacidade de absorver deformações; 
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· da espessura das camadas - espessuras maiores contribuem 
para melhorar essa propriedade; entretanto, deve-se tomar cuidado 
para não se ter espessuras excessivas que poderão comprometer a 
aderência; 
· das juntas de trabalho do revestimento - as juntas delimitam 
panos com dimensões menores, compatíveis com as deformações, 
contribuindo para a obtenção de um revestimento sem fissuras 
prejudiciais; 
· da técnica de execução - a compressão após a aplicação da 
argamassa e, também, a compressão durante o acabamento 
superficial, iniciado no momento correto, vão contribuir para o não 
aparecimento de fissuras. 
O aparecimento de fissuras prejudiciais compromete a 
aderência, a estanqueidade, o acabamento superficial e a 
durabilidade do revestimento. 
Gabarito: Errada 
 
d) o tempo de sarrafeamento e desempeno é o tempo 
necessário para a argamassa adquirir parte da água de 
amassamento. 
 
Fonte: < http://pcc2436.pcc.usp.br/Textost%C3%A9cnicos/Revestimentos%20verticais/aula%205% 
202005% 20texto%20argamassa.PDF> 
O tempo de sarrafeamento e desempeno significa o 
período de tempo necessário para a argamassa perder parte 
da água de amassamento e chegar a uma umidade adequada 
para iniciar essas operações de acabamento superficial da 
camada de argamassa. Caso essas operações sejam feitas com a 
argamassa muito úmida podem ser formadas as fissuras e até 
mesmo ocorrer o descolamento da argamassa em regiões da 
superfície já revestida. 
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Gabarito: Errada 
 
e) a resistência mecânica diminui com a redução da proporção 
de agregados na argamassa. 
 
Fonte: < http://pcc2436.pcc.usp.br/Textost%C3%A9cnicos/Revestimentos%20verticais/aula%205% 
202005% 20texto%20argamassa.PDF> 
A resistência mecânica é a Propriedade dos revestimentos 
suportarem as ações mecânicas de diferentes naturezas, devidas à 
abrasão superficial, ao impacto e à contração termo-higroscópica. 
Depende do consumo e natureza dos agregados e aglomerantes 
da argamassa empregada e da técnica de execução que busca a 
compactação da argamassa durante a sua aplicação e acabamento. 
A resistência mecânica aumenta com a redução da 
proporção de agregado na argamassa e varia inversamente 
com a relação água/cimento da argamassa. 
Gabarito: Errada 
 
Gabarito: A 
 
6) (23 ± CGU/2008 ± ESAF) Na execução de reforço do 
emboço para evitar a ocorrência de fissuras, realizado em 
geral no primeiro pavimento sobre pilotis e nos últimos 
pavimentos, podem ser utilizados reforços do tipo argamassa 
armada e reforço do tipo ponte de transmissão. É incorreto 
afirmar que: 
 
a) o reforço tipo ponte de transmissão necessita de espessura 
maior que o reforço tipo argamassa armada. 
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b) no reforço tipo ponte de transmissão, a tela é fixada pelas 
bordas. 
c) no reforço tipo argamassa armada, a tela de aço 
galvanizado é colocada após chapar a primeira camada de 
argamassa. 
d) no reforço tipo ponte de transmissão, utiliza-se fita de 
polietileno na interface concreto/alvenaria. 
e) na região da lâmina plástica, a tela não deve entrar em 
contato com o revestimento. 
 
Fonte: <http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/upload/ativos/114/anexo/colctelas.pdf> 
O reforço tipo ponte de transmissão requer espessura 
mínima do emboço de 20 mm. 
Depois de executado o chapisco, é necessário fixar a tela de aço 
galvanizado na superfície de concreto ou de alvenaria. A tela deve ser 
fixada pelas bordas, por meio de fixadores como grampos, 
chumbadores ou pinos. Aplica-se a argamassa sobre o conjunto, 
fazendo com que a tela fique imersa no revestimento. 
O reforço tipo argamassa armada necessita de espessura 
mínima do emboço de 30 mm, com tela centralizada em relação à 
espessura. Geralmente, é utilizada em regiões onde a argamassa tem 
espessuras acima de 50 mm. 
Para inserir o reforço de tela, é necessário executar uma 
camada inicial com cerca de 15 mm a 25 mm de espessura, 
comprimindo e alisando a argamassa.Depois, coloque a tela de aço 
galvanizado e comprima-a fortemente contra a argamassa. Na 
seqüência, execute o restante da camada de argamassa (de 15 mm a 
25 mm) e prossiga com o acabamento. 
A tela deve estar localizada no meio da camada do 
revestimento de argamassa. 
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Portanto, é o contrário do que diz o subitem A. 
 
Gabarito: A 
 
7) (54 ± Metrô SP/2012 ± FCC) Os revestimentos cerâmicos 
podem ser utilizados para os revestimentos de pisos e paredes 
tanto em ambientes residenciais quanto comerciais e 
industriais. Na sua especificação deve ser considerada a classe 
PEI (Porcelain Enamel Institute), relacionada à resistência ao 
tráfego e ao desgaste por abrasão, além da classe de 
resistência ao ataque químico de produtos de limpeza. Outro 
fator importante que deve ser considerado é relacionado à 
aplicação da placa cerâmica como piso ou como parede. Este 
fator é o 
(A) grau de porosidade. 
(B) grupo de absorção de água. 
(C) grau de permeabilidade. 
(D) grupo de permeabilidade. 
(E) grupo de absorção de produtos de limpeza. 
Comentários: 
De acordo com o Inmetro, em análise de revestimentos cerâmicos 
baseada na NBR 13.818 (Placas cerâmicas para revestimento ± 
Especificação e Métodos de Ensaio) (descrição dos parâmetros dos 
ensaios): 
³8P� GRV� SDUkPHWURV� GH� FODVVLILFDomR� GDV� SODFDV� FHUkPLFDV� p� D�
absorção de água, que tem influência direta sobre outras 
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propriedades do produto. A resistência mecânica do produto, por 
exemplo, é tanto maior, quanto mais baixa for a absorção. 
As placas cerâmicas para revestimentos são classificadas, em função 
da absorção de água, da seguinte maneira: 
Porcelanatos: de baixa absorção e resistência mecânica alta (BIa Þ de 
0 a 0,5%); 
Grês: de baixa absorção e resistência mecânica alta (BIb Þ de 0,5 a 
3%); 
Semi-Grês: de média absorção e resistência mecânica média (BIIa Þ 
de 3 a 6%); 
Semi-Porosos: de alta absorção e resistência mecânica baixa (BIIb Þ 
de 6 a 10%); 
Porosos: de alta absorção e resistência mecânica baixa (BIII Þ acima 
de 10%) 
A informação sobre o Grupo de Absorção deve estar presente na 
embalagem do produto e é de fundamental importância para que o 
consumidor selecione produtos que se adeqüem às suas 
necessidades, entre eles, o local onde será assentado. Para locais 
mais úmidos, como banheiros, por exemplo, recomenda-se a 
utilização de revestimentos com absorção de água menor e vice-
versa. 
É importante ressaltar que as placas cerâmicas classificadas 
como BIII, com absorção de água acima de 10%, são 
recomendadas para serem utilizadas como revestimento de 
parede (azulejo), justamente por possuírem alta absorção e, 
portanto, resistência mecânica reduzida�´ 
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Gabarito: B 
 
8) (50 ± MPU/2004 ± ESAF) Revestimentos cerâmicos são 
uma alternativa bastante utilizada em função de sua 
durabilidade e da facilidade de manutenção. Com relação a 
revestimentos cerâmicos, é incorreto afirmar que: 
 
a) os porcelanatos apresentam índices de absorção de água 
extremamente baixos, normalmente entre 0 e 0,5%. 
b) a resistência à abrasão de cerâmicas esmaltadas é 
usualmente caracterizada pela escala PEI, sendo PEI-5 
referente aos materiais de maior resistência. 
c) uma das providências para redução de problemas de 
descolamentos em revestimentos de fachada é o 
estabelecimento de juntas de movimentação. 
d) as argamassas colantes são caracterizadas como AC-I, AC-
II, AC-III e AC-III-E, respectivamente utilizadas em 
aplicações internas, externas, sob altas tensões de 
cisalhamento e quando é necessário um tempo em aberto 
estendido. 
e) a resistência à abrasão é um dos aspectos mais importantes 
na especificação de revestimentos para paredes. 
 
Pessoal, a resistência à abrasão é um dos aspectos mais 
importantes na especificação de revestimentos para pisos em vez de 
paredes. 
 
Gabarito: E 
 
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9) (56 ± Sabesp Geotecnia/2012 ± FCC) Os traços variam de 
acordo com a utilização que será dada à argamassa. Uma 
argamassa que possui em sua dosagem areia fina lavada deve 
ser aplicada como 
(A) chapisco. 
(B) emboço. 
(C) reboco. 
(D) alvenaria de tijolo maciço. 
(E) alvenaria de tijolo de 8 furos. 
Comentários: 
Conforme YAZIGI, a areia não pode conter impurezas, matéria 
orgânica, torrões de argila ou minerais friáveis (que se desagregam 
facilmente com o simples manuseio). 
 
Além disso, a fração de grãos com diâmetro de até 0.2 mm deve 
representar entre 10% e 25% (em massa) e a quantidade de 
material fino de granulometria inferior a 0.075 mm (peneira n° 200) 
não pode ultrapassar 5% (em massa). A dimensão máxima 
característica da areia tem de ser de: 
 
* 5 mm para chapisco 
* 3 mm para emboço 
* 1 mm para reboco. 
Gabarito: C 
 
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10) (74 ± TCE-SE/2011 ± FCC) Nos revestimentos de paredes 
internas com placas cerâmicas e utilização de argamassa 
colante, 
(A) junta de assentamento é o espaço regular cuja função é 
subdividir o revestimento para aliviar tensões provocadas pela 
movimentação da parede ou do próprio revestimento. 
 
(B) junta é o substrato constituído por superfície plana de 
paredes sobre a qual é aplicada a argamassa colante, para 
assentamento das placas cerâmicas. 
 
(C) base é o espaço regular entre duas peças de materiais 
idênticos ou distintos. 
 
(D) tardoz é a face da placa cerâmica que fica em contato com 
a argamassa de assentamento. 
 
(E) engobe de proteção é o espaço regular entre duas placas 
cerâmicas adjacentes. 
A NBR 13.753 (Revestimento de piso interno ou externo com placas 
cerâmicas e com utilização de argamassa colante ± Procedimento), 
define: 
 
3.2 base: substrato constituído par camada de concreto simples ou 
armado, laje maciça de concreto armado ou laje mista, sobre a qual 
são aplicadas as camadas necessárias ao assentamento de 
revestimento cerâmico com argamassa colante. 
 
3.12 junta: espaço regular entre duas peças de materiais idênticos ou 
distintos. 
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3.13 junta de assentamento: espaço regular entre duas placas 
cerâmicas adjacentes. 
 
3.16 tardoz: face da placa cerâmica que fica em contato com a 
argamassa de assentamento. 
 
3.22 engobe de proteção: aplicação de cor branca nas saliências do 
tardoz das placas cerâmicas, destinada a permitir a movimentação 
das placas dentro do forno, sem aderir sobre os rolos.Gabarito: D 
 
11) (49 ± TRF2/2012 ± FCC) Para que os revestimentos de 
argamassa possam cumprir adequadamente as suas funções, 
é necessário que a argamassa apresente um conjunto de 
propriedades, tanto no estado fresco quanto no estado 
endurecido. É propriedade do material no estado endurecido a 
(A) incorporação de ar. 
(B) trabalhabilidade. 
(C) retenção de água. 
(D) retração na secagem. 
(E) resistência ao desgaste. 
Comentários: 
Conforme MACIEL, BARROS e SABBATINI, as principais propriedades 
da argamassa no estado fresco, que resultam nas propriedades no 
estado endurecido são: massa específica e teor de ar, 
trabalhabilidade, retenção de água, aderência inicial e retração na 
secagem. 
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No estado endurecido, as propriedades são: aderência, capacidade 
de absorver deformações, resistência mecânica, resistência ao 
desgaste e durabilidade. 
Gabarito: E 
 
12) (51 ± TRF2/2012 ± FCC)51. Os revestimentos de 
argamassa são parte das vedações da edificação e não devem 
ser utilizados, em hipótese alguma, como artifício para a 
correção de irregularidades na alvenaria. Sobre a espessura 
indicada para os revestimentos, analise: 
I. No caso de revestimento do tipo emboço e reboco, a camada 
de reboco deve ter, no máximo, 5 mm, sendo o restante 
referente à camada de emboço. 
 
II. Os revestimentos de paredes externas devem ter 
espessura superior a 30 mm. 
 
III. Caso a espessura do revestimento seja maior que a 
recomendada por norma, devem ser previstos mecanismos 
para garantia da aderência. 
 
IV. No caso de revestimento com argamassa preparada in 
loco, a espessura prevista deve ser aplicada em uma única 
demão. 
 
É correto o que consta em 
 
(A) I, II, III e IV. 
 
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(B) I e II, apenas. 
 
(C) II e IV, apenas. 
 
(D) III e IV, apenas. 
 
(E) I e III, apenas. 
Comentários: 
Segundo YAZIGI, quando for utilizada camada de reboco, é 
recomendável riscar com lápis todos os encontras de paredes entre si 
e com os tetos, de maneira a conferir o nivelamento e o prumo dos 
cantos internos. A argamassa fina deve ser aplicada com 
desempenadeira de madeira, debaixo para cima, perfazendo uma 
espessura não superior a 5 mm. 
Por seu turno, a NBR 13.749 (Revestimentos de paredes e tetos de 
argamassas inorgânicas ± Especificação) determina: 
5.3 Espessura 
A espessura dos revestimentos internos e externos está indicada na 
tabela 1. 
Quando houver necessidade de empregar revestimento com 
espessura superior, devem ser tomados cuidados especiais de 
forma a garantir a aderência do revestimento. 
Tabela 1 
Revestimento Espessura 
Parede interna ��PP�”�H�”����PP 
Parede externa ���PP�”�H�”����PP 
Tetos interno e externo H�”����PP 
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Gabarito: E 
 
13) (38 ± TRF4/2010 ± FCC) Sobre a execução de 
revestimento cerâmico, considere a figura. 
 
O detalhe X da figura refere-se à junta de 
 
(A) continuidade. 
 
(B) paraestruturação. 
 
(C) plasticidade. 
 
(D) escareamento. 
 
(E) dessolidarização. 
Comentários: 
Assim como apresentado em aula, a junta de dessolidarização é 
definida pelos espaços deixados no encontro da parede revestida 
com pisos, forros, pilares, vigas ou com outros tipos de 
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revestimento. Estes espaços se iniciam no encontro entre duas 
placas cerâmicas e atravessam a camada de emboço. 
A NBR 13.753 assim a define: 
3.15 juntas de dessolidarização: espaço regular cuja função é 
separar o revestimento do piso, para aliviar tensões provocadas 
pela movimentação da base ou do próprio revestimento. 
Gabarito: E 
 
14) (39 ± TRF4/2010 ± FCC) Na aplicação de revestimento 
cerâmico, um dos fatores de maior importância em relação à 
colagem e à resistência da aplicação reside no tempo em 
aberto, que é definido como o tempo 
(A) máximo de uso da argamassa após seu preparo, que nas 
argamassas de cimento não deve exceder a 2 horas e meia. 
 
(B) compreendido entre o espalhamento da argamassa sobre 
a camada de regularização e o instante em que ela não mais 
apresenta capacidade adesiva. 
 
(C) compreendido desde o preparo da argamassa adesiva até 
o momento em que esta começa a endurecer. 
 
(D) recomendado para a mistura da argamassa de cimento em 
betoneira, em que o mínimo recomendado é de 3 minutos. 
 
(E) durante o qual pode-se operar movimentações na peça 
recém colocada sem prejuízo da aderência. 
 
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Comentários: 
Tempo em aberto é definido pela NBR 14.081 como o intervalo de 
tempo decorrido entre o instante do espalhamento da argamassa 
sobre o substrato até o momento em que o assentamento da placa 
FHUkPLFD��HP�FRQGLo}HV�SDGURQL]DGDV��UHVXOWD�HP�DGHUrQFLD�PpGLD�•�
a 0,5 MPa. 
Noutras palavras, significa o tempo em que a argamassa colante 
pode ficar estendida por sobre a base até a colocação da cerâmica, 
sem que haja perda de sua propriedade adesiva. 
Gabarito: B 
 
15) (50 ± Infraero/2009 - FCC) Na execução do 
preenchimento das juntas de assentamento de revestimento 
cerâmico em um anexo da INFRAERO, que abrigará uma 
cozinha e que estará sujeita a grandes variações de 
temperatura, deve-se utilizar argamassa de rejuntamento do 
tipo 
(A) preparada em obra, nos traços indicados para cada local 
onde há variação de área termal, respeitando o intervalo de 2 
a 4 horas entre as aplicações. 
(B) flexível, aplicada após 72 horas do assentamento do 
revestimento cerâmico, desde que as bordas e as juntas sejam 
umedecidas previamente. 
(C) semirrígidas e semi-isolantes, por meio de mistura de 
argamassas de cimento e areia e vermiculita, em traços que 
variam entre 1:2 até 1:4. 
Edificações ʹ Terracap/2017 
Teoria e Questões 
Profs. Marcus V. Campiteli ʹ Aula 9 
 
 
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(D) rígida e estanque, com aditivos especiais à base de 
polivinila cloretada, ideais para locais de arco termal amplo e 
cícilico. 
(E) semirrígidas, industrializadas, indicadas para 
assentamento e rejunte de porcelamidas, aplicadas entre 12 e 
24 horas após o assentamento da cerâmica. 
Comentários: 
 
A NBR 13.753 conceitua argamassa colante industrializada da 
seguinte maneira: 
 
3.1 argamassa colante industrializada: produto industrial, no estado 
seco, composto de cimento Portland, agregados minerais e aditivos 
químicos, que, quando misturado com água, forma uma massa 
viscosa, plástica e aderente, empregada no assentamento de placas 
cerâmicas para revestimento. 
 
A norma ainda define os quatro tipos

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