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ENTREVISTA E AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NO HOSPITAL

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ENTREVISTA E AVALIAÇÃO
 PSICOLÓGICA NO HOSPITAL
PSICOLOGIA CLÍNICA EM 
 HOSPITAIS
FAFIRE – JOSÉLIA QUINTAS
A HOSPITALIZAÇÃO E O SUJEITO 
 DA COMPLEXIDADE 
Como compreendemos as manifestações da subjetividade do nosso paciente?
O quê a rede de saúde pode oferecer ao usuário?
Como atua o psicólogo diante das multiplicidade de saberes?
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NO HOSPITAL
Compreender e descrever dinamicamente o paciente seguindo princípios técnicos, científicos e éticos.
Proporcionar uma comunicação oficial, interprofissional e/ou interdisciplinar.
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NO HOSPITAL
Qualquer documento deve ser subsidiado em dados técnicos baseados na observação, no exame psíquico, na escuta clínica nas intervenções, etc.
Considerar e expor o caráter situacional e temporal dos dados de uma avaliação psicológica.
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA – SITE -CFP
Caderno Especial de resoluções – CFP – um manual de elaboração de documentos que forem produzidos por psicólogos , decorrente de Avaliação Psicológioca.
Art. 3 :Toda e qualquer comunicação por escrito decorrente de Avaliação Psicológica, deverá seguir os princípios norteadores deste manual.
MANUAL DE ELABORAÇÃO DE 
 DOCUMENTOS
I – Princípios norteadores da elaboração documental.
II – Modalidade de documentos.
III – Conceito e finalidade/estrutura.
IV – Validade do documento.
V – Guarda dos documentos.
 SOBRE A ENTREVISTA CLÍNICA 
 NO HOSPITAL
Sua principal característica é a compreensão do que se passa com o paciente na tentativa de poder favorecer modos de enfrentamento da situação que se apresenta.
Formas e estruturas das entrevista dependendo das abordagens.
Atender a demanda,portanto, preventiva no sentido de promoção a saúde.
OBJETIVOS
Facilitar a compreensão da condição emocional do paciente diante do adoecer 
 e da hospitalização.
Identificar os que necessitam de maior atenção da equipe e das intervenções da psicologia.
Favorecer a comunicação, a autonomia
 e melhor enfrentamento da situação.
OBJETIVOS:
Atender a demanda do paciente favorecendo a travessia da hospitalização e do tratamento . 
Atuar como presença constante, interagindo com a equipe.
Oferecer atenção ao sofrimento/ comprometimento emocional do paciente e dos familiares.
 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
 E SITUACIONAL
Consideramos:
As condições psíquicas/emocionais do paciente.
A sintomatologia presente(motivos ou queixa)
Historicidade e dinâmica familiar.
Aspectos interacionais.
 ENTREVISTA E 
 INTERSUBJETIVIDADE.
Diálogo / Entre.
Atenção à disponibilidade e capacidade de tolerância do paciente.
Formação de vínculos terapêuticos.
Respeitar o tempo próprio e pessoal do paciente.
Informar sobre nossos objetivos, significado e alcance dos mesmos.
A ENTREVISTA NO HOSPITAL
Abertas ou semi-dirigidas. 
Fins preventivos, diagnósticos e terapêuticos.
Interesse e escuta pela narrativa do paciente.
Atenção à comunicação verbal e não verbal da experiência vivida.
Considerar o contexto e a peculiaridade da situação.
 OBSERVAÇÃO E AVALIAÇÃO 
 PSICOLÓGICA NO HOSPITAL
A comunicação não-verbal tem a finalidade de complementar a verbal:
Contradizer o que foi dito.
Substituir o não dito.
Expressar sentimentos.
Avaliação psicológica
Análise dos achados diagnósticos.
Compreensão da organização e do funcionamento do paciente.
O problema e sua intensidade.
Do que o paciente necessita.
Como se mostra em relação a resolutividade do problema.
TIPOS DE ENTREVISTAS:
 De prevenção , diagnóstica e 
 terapêutica como rotina.
 Por solicitação da equipe ou família.
 Por demanda espontânea.
 Por consultoria.
ASPECTOS CLÍNICOS
Dados de identificação.
Estado emocional geral.
Aspectos interacionais.
Sequelas emocionais.
Avaliação psicossocial.
Focos principais.
Exame psíquico.
PROCESSO DIAGNÓSTICO NO HOSPITAL
Entrevista inicial.
Entrevistas sequenciais.
Diagnóstico diferencial. 
Prognóstico.
Encaminhamentos quando necessário.
Devolutiva quando realizado por solicitação.
O CONTEXTO HOSPITALAR
Provocador de alterações emocionais importantes, o paciente nos conduz revelando suas inquietações e aflições do momento.
NÃO HÁ MODELOS PRONTOS É NO CAMPO DE ATUAÇÃO QUE SE FAZ A CLÍNICA.
 TIPOS DE DOCUMENTOS 
 ELABORADOS NO HOSPITAL
Declarações e Atestados.
Parecer Psicológico.
Laudo/Relatório Psicológico.
Evoluções nos prontuários.
Encaminhamentos ambulatoriais.
PARECER PSICOLÓGICO
É mais informativo e pontual, deve ser fundamentado teoricamente.
Procura dar uma resposta esclarecedora ao problema.
Baseado na entrevista e observação clínica.
Uma síntese simples dos aspectos relevantes, com prognóstico e orientação terapêutica.
 EVOLUÇÃO PSICOLÓGICA 
 NO PRONTUÁRIO
Forma de comunicação com a equipe após cada atendimento psicológico.
Registrar apenas os aspectos relevantes do estado emocional do paciente e necessários ao conhecimento da equipe.
Redação adequada, clara e objetiva não utilizando termos técnicos desnecessários e incompreensíveis para os demais membros da equipe.
RECOMENDAÇÕES:
A evolução deve informar:
 COMO encontra-se o paciente em seu aspecto emocional.
O que foi trabalhado.
Com que objetivo.
Nunca sugerir falhas da equipe nem “expor” o paciente com palavras textuais ditas por ele.
RECOMENDAÇÕES:
5 – Não descrever detalhes do atendimento. SIGILO.
6 – Texto corrido; não fazer parágrafos nem deixar espaços.
7 – O que já consta no prontuário não é necessário repetir.
8 - Cuidado com as contradições.
A EVOLUÇÃO E SUA ESTRUTURA
Data e hora do atendimento.
Nome do Serviço.
A síntese do atendimento; começo, meio e fim.
Orientações se necessário.
Solicitações se necessário.
Sugestões se necessário.
Assinatura e carimbo com CRP.
EXEMPLOS ( é pessoal, não há modelos prontos )
DATA – HORA - PSICOLOGIA 
 Paciente visitado, realizada entrevista inicial. No momento,consciente e orientado, funções mentais conservadas, algo angustiado sem no entanto apresentar alterações psíquicas importantes. Faz referência ao acidente sofrido, expressando sentimentos e preocupações coerentes com sua situação atual. Realizada escuta terapêutica e apoio psicológico. Aguardamos os familiares para entrevista e avaliação da rede de apoio psicossocial. Ass. e CRP
DATA- HORA – PSICOLOGIA
 Paciente reagindo com humor depressivo, passividade e certa indiferença em relação aos procedimentos médicos necessários. História pessoal marcada por graves problemas psicossociais que permanecem presentes e parecem interferir na compreensão das suas necessidades atuais. Segue em acompanhamento sistemático com intervenções clinicas que poderão favorecer a elaboração de conteúdos psíquicos e o melhor enfrentamento da situação atual.
 Ass. carimbo
DATA - HORA – PSICOLOGIA
 Paciente evolui de modo positivo, mostrando-se colaborativo e adaptado ao ambiente da enfermaria e as necessidades do tratamento. Não havendo, no momento, demanda para a Psicologia manteremos observação clínica e colocamo-nos à disposição em caso de alterações de ordem emocional.
 Ass. carimbo
DATA – HORA – PSICOLOGIA
 Paciente receptivo aos atendimentos expressando angústia e intenso sofrimento. Faz referência ao momento que vivencia demonstrando frágeis recursos adaptativos e expectativas negativas quanto a hospitalização e reabilitação. Realizado apoio psicológico objetivando a reflexão o fortalecimento de recursos própriosnecessários ao enfrentamento da crise atual. Familiares presentes oferecem suporte afetivo. Segue em acompanhamento sistemático.
 Ass. carimbo
 DATA – HORA – PSICOLOGIA
Paciente visitado, segue em acompanhamento psicológico sistemático.
 Ass. Carimbo
DATA – HORA – PSICOLOGIA
 Familiares da paciente ( genitora e esposo) compareceram ao Serviço. Realizada entrevista para fins de avaliação psicológica complementar. Esclarecimentos e orientação.
 Ass. carimbo
ROTINA:
Plantão Psicológico : pede presença constante e consistente, atendimento emergencial de demanda e pedido de parecer psiquiátrico quando necessário.
Visita aos pacientes priorizando os recém-admitidos.
Àreas de concentração para os atendimentos seqüenciais.
Ações que envolvem escuta e intervenções psicológicas.

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