RELAXAMENTO DE PRISAO EM FLAGRANTE CASO JOSÉ ALVES

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _xxx_ª VARA DO JÚRI DA COMARCA DE xxx__.
JOSÉ ALVES, nacionalidade xxx, estado civil xxx, profissão xxx, RG xxx, CPF xxx, endereço xxx, vem por meio de seu advogado, conforme procuração com poderes irrestritos em anexo, requerer à Vossa Excelência o pedido de RELAXAMENTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE, visando declaração de nulidade do auto de prisão em flagrante (nºxxx) com a correspondente expedição de alvará de soltura com o fundamento no art. 5º LXV, da Constituição Federal e artigo 310, inciso I, do Código de Processo Penal, pelas seguintes razões fáticas e jurídicas:
DOS FATOS:
DE ACORDO COM O TEOR DA DENÚNCIA EM DESFAVOR DE JOSÉ ALVES, NO DIA 10 DE MARÇO DE 2011, O CUSTÓDIADO ENCONTRAVA-SE EM SUA FAZENDA QUE FICA LOCALIZADA NAQUELA REGIÃO, REGIÃO ESTA ABSOLUTAMENTE DESERTA, NO ENTANTO, JOÃO ALVES ORA RECOLHIDO À PRISÃO, INGERIU UM LITRO DE VINHO NA SUA PROPRIEDADE, LOGO APÓS, PEGOU O SEU AUTOMÓVEL E ENQUANTO O DIRIGIA POR UMA ESTRADA PROXIMO A SUA RESIDENCIA, MOMENTO EM QUE FOI ABORDADO POR POLICIAIS QUE ESTAVAM A PROCURA DE OUTRO INDIVIDUO. NO MOMENTO DA ABORDAGEM, OS POLICIAIS PERCEBERAM QUE JOÃO ALVES ESTAVA TRÕPEGO E EXALAVA FORTE TEOR ALCOOLICO. NO ENTANTO, OS REFERIDOS POICIAIS OBRIGARAM O PRESO AQUI DEFENDIDO À FAZER O TESTE DE ALCOOLEMIA, AGINDO OS POICIAIS DE FORMA ABSOLUTAMENTE INCISIVA, COMO RESULTADO DO REFERIDO TESTE, FOI CONSTATADO QUE ENCONTRAVA-SE UMA ALTERAÇÃO DE UM MILIGRAMA DE ALCOOL POR LITRO DE SANGUE, FATO QUE RESULTOU A CONDUÇÃO E A LAVRATURA DO AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE DO AGENTE.
NO ATO DA LAVRATURA DO ATO DE PRISÃO EM FLAGRANTE, FOI NEGADO O DIREITO DO ACUSADO ENTREVISTAR-SE COM OS SEUS ADVOGADOS, ASSIM COMO COM SEUS FAMILIARES.
DO DIREITO:
Dispõe art. 5º, LXV, da Constituição Federal:
“A prisão será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária”.
No caso em tela é de rigor o relaxamento da prisão em flagrante, como será demonstrado a seguir.
DE ACORDO COM O ARTIGO 157 DO CPP,” SÃO INADMISSIVEIS, DEVENDO SER DESENTRANHADAS DO PROCESSO, AS PROVAS ILICITAS, ASSIM ENTENDIDAS AS OBTIDAS EM VIOLAÇÃO AS NORMAS CONSTITUCIONAIS OU LEGAIS”. ASSIM SENDO, NÃO RESTA DUVIDAS QUANTO A ILICITUDE DAS PROVAS ADIQUERIDAS POR MEIO DO EXAME DE ALCOOLEMIA REALIZADO CONTRA A VONTADE DO PRESO, CARACTERIZANDO-SE ABUSO DE PODER POR PARTE DOS POLICIAS MILITARES DE ACORDO COM A LEI 4.898/65.
A REFERIDA PROVA AINDA ESTÁ EIVADA DE ILICITUDE, TENDO EM VISTA QUE VIOLA FRONTALMENTE O PRINCIPIO DO( NEMO TENETUR SE DETEGERE), PRINCIPIO ESTE, CONSAGRADO NO ORDENAMENTO JURIDICO BRASILEIRO POR MEIO DO PACTO DE SÃO JOSÉ DA COSTA RICA.
AINDA NESSE TRILHAR, VALE APAENA EXPOR NO CASO ORA DISCUTIDO O FLAGRANTE DESRESPEITO AO ARTIGO 7º DA LEI 9806/94, INCISO XXI, A SEGUIR EXPOSTO.
XXI - assistir a seus clientes investigados durante a apuração de infrações, sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, podendo, inclusive, no curso da respectiva apuração: (Incluído pela Lei nº 13.245, de 2016)
CONFIGURANDO ASSIM, TOTAL DESRESPEITO AO DISPOSITIVO LEGAL SUPRACITADO E CONSEQUENTEMENTE CERCEAMENTO DE DEFESA, ACARRENTANDO TAM´BEM NULIDADE DO ATO E DOS DEMAIS ATOS DELE DECORRENTES.
DO PEDIDO:
ANTE O EXPOSTO, REQUER À VOSSA EXCELENCIA, UMA VEZ PROVADA A ILICITUDE DA PRISÃO EM FLAGRANTE DELITO, CONFIGURADA ESTA ILICITUDE COM BASE NAS PROVAS OBTIDAS POR MEIO DE EXAME REALIZADO MEDIANTE ABUSO DE PODER POR PARTE DE POLICIAIS E EM CONSEQUENTE AFRONTA AO PRINCIO DA NÃO AUTO INCRIMINAÇÃO E AO DESRESPEITO AO ARTIGO 7º DO ESTATUDO DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL, CARACTERIZADO NO MOMENTO EM QUE O PRESO FOI MANTIDO INCOMUNICAVEL, COMINADO COM O CERCEAMENTO DA DEFESA, ENSEJANDO TUDO ISSO EM AMPLA E INACEITAVEL ILICITUDE 
Ante o exposto, requer à Vossa Excelência, uma vez provada a ilicitude de flagrante delito, determinar o relaxamento da prisão, colocando o requerente em liberdade.