A história do ensino superior privado no Brasil teve inicio no período Republicano

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O SETOR PRIVADO DE ENSINO SUPERIOR NO BRASIL: CONTINUIDADES E TRANSFORMAÇÕES.
Boa Vista – RR
2016
O Setor Privado de Ensino Superior no Brasil: Continuidades e Transformações
Helena Sampaio. Antropóloga, professora da Faculdade de Educação da Unicamp e pesquisadora do Núcleo de Pesquisa de Politicas Públicas (Nupps) da USP.
				Resenhado por Regina Kerolaynne Oliveira Teixeira
A história do ensino superior privado no Brasil teve inicio no período Republicano. A expansão do sistema de ensino superior caracterizou – se por um ajustamento de funções desempenhadas pelos setores públicos e privado no período de crescimento da demanda por esse nível de ensino, o que deu origem a essa relação de complementaridade entre ambos os setores. Tal relação é que constitui o fenômeno novo da expansão do sistema de ensino superior desencadeada desde meados dos anos 60 e continua até meados da década de 80. Entre 1985 e 1996, o número de universidades privadas mais do que triplicou, evidenciando a percepção do setor de que instituições maiores e autônomas, com uma oferta diversificada de cursos, teriam vantagens competitivas na disputa da clientela em um mercado estagnado.
As aplicações privadas em educação superior tiveram forte avanço em diversos países com taxas significativamente maiores do que os investimentos públicos. Como foi visto o investimento privado intensificou - se no país especialmente na última década. O rápido crescimento do investimento privado no ensino superior no Brasil por meio de grandes redes educacionais, a maioria de caráter internacional, tem provocado mudanças profundas no âmbito do próprio setor privado e trazido novas questões para se somar às velhas no debate sobre o ensino superior no País. As velhas questões ainda se associam na perspectiva da dualidade pública e privado e remetem à qualidade dos cursos oferecidos, às condições de trabalho se privam do setor privado em sua comparação com o setor público. As novas questões originam – se do cenário que se formulou com a presença dos grandes grupos de ensino superior.
Outras questões referem – se ao sistema de ensino superior no Brasil em seu conjunto e têm implicações diretas para o equilíbrio entre os eixos do acesso e o do conhecimento. O setor privativo possui como uma das suas necessidades, além de alcançar devidos patamares assim como incluir jovens de menos renda no ensino superior privado. Diante de tantas mudanças que foram feitas no setor privado de ensino ainda nos restam muitos questionamentos a serem feitos e respondidos. 
A respeito da questão da evolução do setor privativo do ensino superior no Brasil a autora trata com muita clareza a consolidação do setor privado, em seguida das suas estratégias de crescimento e os grandes avanços no país. Não se pode deixar de ressaltar a importância social que o ensino superior de qualidade tem para o futuro do país. A formação de indivíduos nesse nível tem impacto direto sobre todos os outros segmentos de mercado que compõem a sociedade, alcançando desde a saúde até a administração púbica e incluindo praticamente todas as empresas que fazem parte do universo econômico do país. É, por consequência, um setor estratégico e extremamente influente no nível de bem-estar da nação e na sua competitividade no mercado mundial. Porém, a qualidade do ensino está intimamente relacionada com o nível de recursos disponibilizado para essa atividade. E os setores privados de ensino superior, embora supram uma escassez na oferta de vagas, dificilmente atingirão padrões de qualidade aceitáveis em comparação com tipos de universidade mais tradicionais, já que sua única fonte de receita são as anuidades pagas pelos próprios alunos, os quais, além disso, provêm de faixas menos afluentes da população. 
No Estado de Roraima deu de se observar de forma clara essa questão de estratégias para melhoramento do ensino, infraestrutura e condições para que todas as pessoas independentes das classes sociais pudessem ter acesso ao ensino superior privado, incluindo possibilidades que vão além do pagamento das mensalidades, que anteriormente era a única forma de estudar em uma faculdade particular. Hoje existe uma diversidade de programas para facilitar a vida dessas pessoas, que recebem uma parceria com o governo federal. Entre eles temos o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) é um programa do Ministério da Educação destinado a financiar a graduação na educação superior de estudantes matriculados em cursos superiores não gratuitas na forma da Lei 10.260/2001. Programa Universidade para todos (PROUNI) é o programa do Ministério da Educação que concede bolsas de estudo integrais e parciais de 50% em instituições privadas de educação superior, em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, a estudantes brasileiros sem diploma de nível superior. Existem também as bolsas de estudos, programas de estágio, dentre outros.