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5 Empreendedorismo e prospecção tecnológica

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Universidade Federal da Bahia
Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia
Curso de Graduação Zootecnia
Disciplina: Competitividade, Inovação e Empreendedorismo
Prof. Gustavo Bittencourt Machado
Tema: Empreendedorismo corporativo e rural e prospecção tecnológica 
O empreendedorismo rural no Brasil
Produtor rural: gerente comercial, aplique recursos, entenda de legislação, meio ambiente e tecnologia voltadas para a gestão no campo.
Principal inovação no meio rural: oferta de bens considerados não-tangíveis e novos produtos.
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- conjunto de exigências sobre o agente no processo de decisão – ação na condução do negócio agropecuário e exploração de novas oportunidades a partir de uma dinâmica nova nas relações cidade-campo e campo-cidade.
- lucro ou excedente financeiro, convívio familiar e social, autonomia decisória e reconhecimento da comunidade.
- relações e interdependências no contexto do agronegócio entre fornecedores, compradores e o produtor rural.
Exigências impostas pelo mercado à atividade agrícola. O agricultor assume compromissos de ordem econômica, social, política e ambiental.
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Além do conhecimento técnico e produtivo das atividades, têm-se as seguintes aptidões, características e habilidades aos produtores rurais:
- compartilhamento de risco das atividades agrícolas;
- uso do planejamento operacional e de longo prazo;
- uso do controle de gastos tanto de atividade quanto da família;
- incorpora elementos subjetivos, como liberdade e autonomia decisória;
- tem capacidade de informação e comunicação.
- envolve a família nas habilidades;
- preocupa-se com assuntos comunitários, com o reconhecimento social e a preservação ambiental;
- dimensão pessoal e familiar interfere diretamente, mas suas atitudes gerenciais de condução do empreendimento rural;
- herança cultural.
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Capital social: conjunto de valores e idéias que cada um traz consigo, que, inconscientemente orienta nossas vidas e que foram incutidas pelos pais, professores, amigos e outros que influenciaram a nossa formação;
- a experiência acumulada como filho de agricultor se mostra um aspecto importante, assim como a formação, o conhecimento e o acesso à informação para a condução mais profissional dos negócios. 
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As competências do empreendedor do agronegócio
A noção de competência implica um misto de conhecimentos, habilidades e atitudes, que ocorre no nível cognitivo do indivíduo em paralelo com a mobilização de recursos.
				Relacionamento 
Equilíbrio Conceitual
Vida profissional/
Pessoal
 Competências Estratégias
 Empreendedoras
Comprometimento
 Oportunidade Administrativa
Competência de oportunidade: identificação, avaliação e busca.
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Competência de relacionamento: parcerias estratégicas, joint ventures; cadeias de fornecimento e distribuição; participação em arranjos produtivos locais.
Competência conceitual: reconhecem e driblam etapas normais do processo decisório, desenvolvendo ações velozes e intuitivas.
Competência administrativa: planejamento, organização e execução, liderança, motivação e delegação, avaliação de resultados e desempenho, melhoria contínua.
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Etapas na implementação de um estudo prospectivo:
Definição do problema e a escolha do horizonte espaço-temporal;
Construção do sistema e identificação das variáveis-chave;
Coleta de dados e elaboração de hipóteses;
Construção de futuros possíveis em forma de cenários ou modelos de simulação;
As escolhas estratégicas.
	- incorpora os fenômenos associados à continuidade e às rupturas tecnológicas.
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Métodos de análise: utilizados para avaliação de aspectos específicos de prospectiva tecnológica.
Métodos de intervenção: interferem nos processos de tomada de decisão ligados ao desenvolvimento tecnológico em determinados ramos de atividade, em rede de P&D, sistemas de inovação, incentivos à participação da população em temas de interesse da coletividade.
Interação estruturada: método Delphi – incentiva a troca de idéias e experiências entre os especialistas sobre tendências de desenvolvimento de tecnologias.
Mapas técnico-sociais – identificação hierárquica de variáveis associadas ao progresso técnico; trajetórias possíveis da inovação; atores envolvidos; expectativas dos atores; efeitos das inovações: episódios críticos das trajetórias; possíveis desdobramentos desses episódios. 
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Mecanismos de governança na produção rural
Abordagem teórica: Economia dos Custos de Transação (ECT) e Redes de Poder
Para a Economia dos Custo de Transação, a escolha dos meios para se governar uma transação se dá com o objetivo de reduzir os custos associados a ela. 
Esses custos emergem por conta de dois pressupostos comportamentais:
Racionalidade limitada que se refere ao fato de que os agentes encontram limites para processar toda a informação disponível, ocasionando lacunas contratuais e eventuais renegociações;
Margem ao comportamento oportunista – agentes envolvidos em uma transação, que podem se aproveitar dessas lacunas e agir em benefício próprio, provocando perdas às suas contrapartes.
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Esses custos variam conforme as características de determinada transação. Os atributos que intensificam os custos de transação. Três dimensões são consideradas: freqüência, incerteza e especificidade de ativos.
2 vertentes da ECT: 
- uma enfatiza os custos de adaptação a eventos não-antecipados e rompimentos contratuais;
- outra, os custos de mensurar informações relevantes para realizar a troca;
A abordagem explica adequadamente a escolha de uma dada estrutura de governança a partir de características observáveis das transações.
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A literatura sobre a Nova Economia Institucional faz referência a dois níveis analíticos da economia: Instituições de Governança que privilegia a análise das microinstituições, e Ambiente Institucional, que foca a Análise de macroinstituições.
Os dois níveis são objeto da Economia dos Custos de Transação: o modo de se coordenar as transações seria reflexo tanto da redução desses custos, quanto uma função de questões legais e regulatórias.
Os custos envolvidos em uma transação podem estar relacionados aos custos de adaptação dos contratos às mudanças externas; as transações são governadas por mecanismos que reduzam os custos pós-contratuais, como a renegociação de cláusulas. Esses podem verificar-se pela existência de custos de mensuração, relacionados à captação de informação necessária à efetivação e à execução de um contrato.
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Estrutura de governança
Os trabalhos sobre a problemática de decisão sobre a estrutura de governança focam os custos relativos à adaptação dos contratos, principalmente os provenientes de uma menor capacidade dos agentes de se adaptarem às mudanças externas.
Os agentes construiriam estruturas de governança para lidar com lacunas presentes em contratos. Alguns custos incorreriam para se evitar que uma ou mais partes, em seu favor, agissem de forma a não cumprir as cláusulas contratuais, relacionadas à renegociação de contratos, arbitragens, salvaguardas contratuais, utilização do sistema judiciário.
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Menor capacidade de os agentes de se adaptarem às mudanças provém de dois pressupostos comportamentais:
Os agentes econômicos possuem racionalidade limitada no sentido de que é limitado para processar a informação disponível, tornando os contratos inevitavelmente incompletos, dando margem ao segundo fator, o oportunismo;
Os agentes são oportunistas à medida que agem por auto-interesse, podendo trapacear, não cumprir cláusulas, quebrar promessas.
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A estrutura de governança seria desenhada para impedir comportamentos coletivamente indesejadospelas partes envolvidas. 
A imprevisibilidade do comportamento e o pressuposto de informação incompleta geram custos – custos de transação. A magnitude de tais custos varia conforme as características de determinada transação. Dimensões consideradas: freqüência, incerteza e especificidade de ativos.
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1ª dimensão – Freqüência
- recorrência com que uma transação se efetiva. A freqüência com que a transação se realiza pode influenciar os custos associados a uma transação. O primeiro estaria relacionado ao desenvolvimento de reputação entre as partes.
Quanto maior a freqüência da transação, maior será a motivação de seus agentes de não impor perdas a seus parceiros, o que poderia culminar em cancelamento do contrato e perda potencial de uma renda futura.
O desenvolvimento da reputação limita o interesse dos agentes em agir de modo oportunista para obter os ganhos de curto prazo.
Quanto mais constantemente uma transação é realizada, menores serão os custos advindos da coleta de informações para efetivação do contrato e da elaboração de cláusulas contratuais complexas que limitem o comportamento oportunista.
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2ª dimensão: Incerteza
	Em um ambiente de constante mudança e imprevisibilidade, os agentes, impossibilitados de preverem acontecimentos futuros que possam alterar as características dos resultados de uma transação, não terão acesso ao desenho de cláusulas contratuais completas que associem a distribuição dos resultados aos impactos externos. 
Estarão sujeitos à ampliação das lacunas que um contrato não pode cobrir e a um maior espaço para renegociação, o que os sujeitará a perdas por comportamento oportunista de seus parceiros.
Durante o período de atividade inovativa, os agentes enfrentam incertezas quanto aos resultados técnicos e práticos da pesquisa e aos princípios científicos e tecnológicos em que os avanços serão baseados. Os resultados de uma pesquisa dificilmente podem ser conhecidos em sua totalidade antes da elaboração das cláusulas contratuais.
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Especificidade de ativos
Isso faz referência ao grau pelo qual um ativo pode ser reempregado para usos e usuários alternativos sem sacrificar seu valor produtivo.
Um ativo específico seria aquele que não poderia ser reempregado para outras atividades sem perda de valor e quanto maior for a intensidade de seus atributos, maiores serão riscos e problemas, e os custos de transação.
Especificidades relacionadas à localização das unidades produtivas, aos ativos físicos, humanos, dedicados à marca e temporalidade.
- especificidade locacional: estágios sucessivos de uma cadeia estão localizados um próximo ao outro. Os custos de transporte desses insumos podem encarecer o custo de produção, levando os produtores a optarem por fornecedores que se localizem naquela região onde estão estabelecidos;
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- especificidade dos ativos físicos: investimentos realizados em máquinas, equipamentos e demais instalações para produzir um determinado bem por algumas das partes envolvidas na relação e que são específicos para aquela atividade;
- especificidade dos ativos humanos: relacionado à necessidade de capital humano especializado para aquela atividade. Aprendizado acumulado;
- ativos dedicados: são dedicados a uma transação específica e teriam seu valor consideravelmente reduzido. Produto de exportação vendido no mercado interno, forçando queda de preço.
- especificidade da marca: importância da marca específica para uma atividade. Conjunto de informações relativas à produção e comercialização de bens e serviços; capital que se materializa na marca de uma empresa;
- especificidade temporal: o valor da transação depende do tempo em que ela se processa. O tempo com que a transação se processa é relevante quando há necessidade de que o produto ofertado seja escoado, com maior rapidez possível em função de características específicas, como a perecibilidade.
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Para níveis de especificidade de ativos muito baixos, as transações seriam mais eficientemente regidas pelo sistema de preços, que tem o mercado spot a forma organizacional.
As transações caracterizam-se por produtos homogêneos, com muitos produtores e compradores que não precisam de identificação.
Quanto maior a especificidade dos ativos envolvidos, maior a dependência bilateral e a necessidade de controle. Os custos de mercado se tornariam relativamente superiores, levando os agentes a se deslocarem para formas de governança que possibilitem maior controle da transação.
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Casos intermediários, como as formas híbridas de governança, mista ou contratual são mais comuns. 
Spot: transação via mercado spot constitui-se em uma troca realizada em determinado ponto do tempo, a transação – ato de compra e venda – resolve-se em um único instante. Ex. as feiras livres. Eventualmente, a transação pode ser realizada novamente em um outro momento; entretanto, não há compromisso entre os agentes para compras futuras.
Formas híbridas: formas de transação mais comuns entre empresas. São os mecanismos híbridos ou aquelas formas intermediárias de governança, que lidam com a dependência bilateral entre as partes sem chegar até a integração, e certo grau de autonomia, característica típica de mercado. 
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Grande variedade de mecanismos híbridos que se situam entre mercados e hierarquias. Dentre os mais comuns, estão os seguintes:
- a subcontratação;
- as redes de firmas;
- franquias;
- marcas coletivas;
- sociedades e 
- alianças
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Integração vertical: o conceito vertical, para o estudo de cadeias, refere-se a processos produtivos complementares e adjacentes que fazem parte da cadeia produtiva de determinado produto. Uma integração vertical ocorre quando uma firma combina atividades diferentes daquelas atualmente desenvolvidas que estão relacionadas a ela na sequência de venda e atividades de produção. 
Forma extrema de coordenação: integração vertical, permitindo perdas menores que as demais formas.
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Custos de mensuração – Measurement Costs
Alguns custos existem quando se faz necessário fiscalizar transações, direitos de propriedade, medir informações relevantes entre outros, que surgem de características intrínsecas dos produtos e contratos, sendo chamados de estáticos, uma vez que independem do contexto temporal em que ocorrem.
Uma primeira classificação, bens de procura ou search goods, está relacionada aos atributos de produtos em que a maioria das informações está disponível antes da troca ou consumo dele não há problemas de assimetria informacional.
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Há um segundo grupo de bens, classificados como bens de experiência ou experience goods, em que o consumidor pode determinar a qualidade real do produto apenas após o consumo ou efetivação da troca. A marca desempenha um papel importante no sentido de que abarca um conjunto de informações sobre os bens ou serviços a serem comercializados, além de fornecer garantia sobre algumas eventualidades.
Um terceiro e último grupo de produtos é o dos considerados bens de crença ou Creedence goods, em que os atributos não são observáveis durante ou nem mesmo após seu consumo. O consumo de um alimento pode ocasionar à saúde no longo prazo, como o caso dos produtos transgênicos, tornando-se mais custoso fornecer as informações necessárias para a efetivação da troca.
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Quanto à produção rural, os custos de mensuração podem estar relacionados, a montante, à escolha de um fornecedor confiável e à qualidade do insumo que será ofertado. O custo associado à escolha do fornecedor será reduzido conforme aumente a freqüência com que a transação se realiza, pois o produtor não necessitará de uma coleta extensiva de informações sobre prováveis fornecedores no mercado.
A jusante da cadeia produtiva, há custos em se medir as necessidades do mercado para se iniciar uma atividade inovativa. Essas necessidades são identificadas por pesquisa de mercado, que envolvem custos. Há outrosrelacionados à escolha dos melhores meios e canais de distribuição do produto. 
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Redes de poder (policy networks)
Os arranjos produtivos podem ser atribuídos ao objetivo de minimizar os custos de transação. Os mercados intrometem-se na política para buscar recursos que lhes garantam vantagens competitivas. Essa visão leva à pressuposição de que as trocas econômicas podem ser ordenadas ao longo de um continuum de arranjos em rede que buscam captar recursos de poder.
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Esses recursos podem ser financeiros, tecnológicos, políticos, organizacionais, jurídicos e constitucionais. 
Os mercados estariam estruturados em um complexo de culturas locais, etnias e comércio, e nos vários regimes de regulamentação do Estado. 
As transações podem ocorrer por meio de rede de atores (individuais e coletivos) engajados em ações recíprocas ou conflitantes, preferenciais e mutuamente sustentáveis. 
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As redes são entendidas como formas alternativas às formas de mercado e à integração vertical por conter estruturas horizontais e verticais de troca, interdependência de recursos e linhas recíprocas de comunicação. Os diferentes arranjos institucionais encontrados podem ser compreendidos a partir da combinação da natureza das ações e a distribuição do poder.
Nas redes, os resultados buscados compõem um processo de interação estratégica cujos efeitos podem alterar as dimensões sociais,econômicas e políticas. 
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A abordagem das redes é o resultado do desenvolvimento da ciência política e sua descoberta de que, nas sociedade modernas, o pluralismo que envolve a política e as relações sociais deriva da emergência dos atores coletivos e da sociedade industrial na realização das políticas públicas e no desenvolvimento dos mercados.
A abordagem de redes surge para explicar a complexidade dos arranjos organizacionais da sociedade industrial atual, em que os mercados e as cadeias produtivas não operam unicamente em função dos contratos e da hierarquia, mas no âmbito de uma gama de relações sociais, culturais e políticas que lhe determinam.
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Os mecanismos de governança são compreendidos como as oportunidades de ações dos agentes coletivos e individuais, sendo que estes também interferem na estrutura de oportunidades que se forma, em que a representação e a distribuição dos interesses e a busca dos recursos de poder são fundamentais. 
Os interesses indicam as preferências dos atores e a indicação primária de suas atitudes futuras. Os recursos de poder indicam a capacidade de interferência que os agentes apresentam em determinado entorno ou contexto. 
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Redes burocráticas: formalização das trocas entre os agentes por meio de acordos contratuais. São contratos que especificam as relações entre as partes por meio de um sistema legal que protege os direitos recíprocos entre os agentes envolvidos. Ex. associações de comércio, cooperações de pesquisa e desenvolvimento, consórcios, licenciamento, franchising.
Redes proprietárias: dispõem de um contrato formal. Possuem acordos de propriedade. Os direitos de propriedade são entendidos como sistemas de incentivo para que alguma forma de cooperação seja mantida. Ex. joint ventures. 
As redes são econômicas e políticas e definidas a partir das seguintes dimensões:
- atores; funções dos atores; estrutura; grau de institucionalização; regras de conduta; distribuição de poder; estratégia dos atores.
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Tipologia de redes
Vários formatos diferentes: franchising, joint ventures, consórcios, acordos comerciais, subcontratação, entre outros. 
Sugere-se uma tipologia de redes interfirmas mediante dois mecanismos de coordenação: o grau de formalização e centralização. Três tipos de rede: sociais, burocráticas e proprietárias.
Redes sociais: a relação entre os agentes não é regida por nenhum contrato formal. As relações sociais suportam e regulam as trocas econômicas: pólos e distritos industriais, comitês para determinados assuntos, gestões participativas.
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regras de conduta; distribuição de poder; estratégia dos atores.
Particularidades que envolvem a produção de bens especiais agroalimentares
- sazonalidade da produção agropecuária;
- variações de qualidade do produto agropecuário;
- perecebilidade da matéria-prima;
- sazonalidade do consumo;
- perecebilidade dos bens especiais agroalimentares;
- qualidade e vigilância sanitária;
- aspectos sociológicos dos alimentos;
- condicionantes biológicos e edafoclimáticos dos alimentos.

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