Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AMBIÊNCIA VEGETAL: estudando o ambiente interno para o conforto das plantas 11 de agosto de 2016 Thais Queiroz Zorzeto Cesar Pesquisadora Colaboradora FEAGRI/UNICAMP ROTEIRO 2 Histórico do cultivo protegido Importância frente aos desafios atuais Classificação dos ambientes Estruturas mais comercializadas no Brasil Qual a melhor estrutura? Ambiência vegetal Elementos meteorológicos Sistemas de atuação Balanço de energia e massa Documentário BBC: Almería BBC. Documental de la BBC: Almería. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=8SqdSHSdBUw Wittwer e Castilla (1995) Império Romano, para imperador Tiberius Caesar. Sacolas de pepino, e talvez outras culturas, eram expostas em dias favoráveis e protegidas em tempos severos sob placas transparentes ou folhas de mica. 14 a 37 d.C. Precursores do cultivo protegido apareceram na Inglaterra, Holanda, França, no Japão e na China, com estruturas quadradas ou retangulares de madeira ou bambu cobertas com placas e cúpulas de vidro, para cobrir sacolas aquecidas e produzir uma variedade de hortaliças e pequenas frutas fora de época. Séc. 15 a 18 Casas de vegetação de vidro tornaram-se moda entre a realeza. Uva, melão, pêssego, morango e tomate, produzidos em casas de vegetação, começaram a aparecer nos mercados ingleses. No final do século 19, produção em ambiente protegido estava bem estabelecida. Séc. 19 Histórico do cultivo protegido no mundo http://www.europeanbestdestinations.com/top/best-greenhouses-in-europe/#content Palm House at Kew Gardens - London -England É considerada a mais importante estrutura de ferro e vidro da era Vitoriana do mundo. Era utilizada para abrigar palmeiras exóticas introduzidas na Europa. The Royal Greenhouses - Laeken - Belgium In 1873, o arquiteto Alphonse Balat, escolhido pelo Rei Leopold II, projetou um complexo de casas de vegetação junto ao Castelo de Laeken, usando metal e vidro, em pavilhões monumentais, cúpulas de vidro, arcadas amplas, preenchidas com plantas exóticas. http://www.europeanbestdestinations.com/top/best-greenhouses-in-europe/#content Palace of Cristal - El Retiro - Madrid - Spain O Palácio de Cristal era uma área de lazer para a família real, parte da área do Monasterio de los Jerónimos. http://www.europeanbestdestinations.com/top/best-greenhouses-in-europe/#content The Royal Botanic Garden - Edinburgh - Escócia O Royal Botanic Garden Edinburgh (RBGE) foi fundado no século 17. Hoje, é um Centro para Ciência e Educação em Botânica. http://www.europeanbestdestinations.com/top/best-greenhouses-in-europe/#content The Palm House - Belfast - Northern Ireland O Palm House contém uma variedade de plantas tropicais e é um dos primeiros exemplos de casa de vegetação feita de ferro curvo e vidro. A estrutura foi terminada por Sir Charles Lanyon em 1852. http://www.europeanbestdestinations.com/top/best-greenhouses-in-europe/#content The Jardin Botanique - Lyon - France O Jardin botanique de Lyon foi criado em 1857 e contém cerca de 15.000 plantas. http://www.europeanbestdestinations.com/top/best-greenhouses-in-europe/#content http://www.jbrj.gov.br/jardim/historia Jardim Botânico do Rio de Janeiro - Brasil O Jardim Botânico do Rio de Janeiro foi fundado em 13 de junho de 1808, o príncipe regente português D. João decidiu instalar no local uma fábrica de pólvora e um jardim para aclimatação de espécies vegetais originárias de outras partes do mundo. Jardim Botânico de São Paulo - Brasil O Jardim Botânico de São Paulo foi criado com a vinda do naturalista Frederico Carlos Hoehne, em 1917, para desenvolver um horto botânico, para o estudo de plantas medicinais. http://www.jbrj.gov.br/jardim/historia Wittwer e Castilla (1995). ± 550 ha de estufas de vidro nos EUA, com hortaliças, principalmente tomate (43%), pepino (33%) e alface (18%). 1929 Auge das construções de estufas de vidro nos EUA, Canadá, Inglaterra, Alemanha, Holanda, para vegetais (tomate), e iniciando para flores de corte e plantas ornamentais. França (1958): experiências para construção de abrigos simples para plantas, com filmes de PVC de baixa densidade (Japão, 1951), no formato de pequenos túneis sobre a cultura. Assim, surgiram as estufas de cultivo com material plástico. 1950 - 1960 Holanda: maior área de estufas de vidro (5-6.000 ha, 75% tomate). Cultivo de flores começou a assumir maior importância. EUA: cultivo hidropônico (tomate) era atraente, apesar de caro (400 ha, tomate, pepino e alface). Israel: desenvolveu irrigação por gotejamento. Expansão da plasticultura, China, Espanha e Itália lideraram o crescimento do cultivo protegido. 1960 150.000 ha de estufas (vidro, plástico e fibra de vidro), sendo 50.000 ha para flores e plantas ornamentais. 1980 Histórico do cultivo protegido no mundo Rumy Goto (2004). Projeto São Tomé, no RS, dentre os usos dos plásticos, filmes para coberturas com finalidade de abrigo para plantas. Sem profissionais preparados tecnicamente para tecnologia, projeto enfraqueceu. 1980 Cooperativa Agrícola de Cotia (CAC), em SP, utilização dos filmes plásticos para cobertura de estruturas. Boa repercussão, ampliação imediata da área de produção em SP e PR. PR pioneiro na utilização do filme de polietileno. Produtores de viticultura começaram a cobrir os parreirais com telas para contornar os problemas com chuvas de granizo. Tecnologia ampliada para produção de pepino, melão, pimentão e tomate cereja. Estruturas tipo “Londrina”, semelhantes às de Almería, na Espanha, (mourões de eucalipto, telhado em uma água), ou túneis com pé direito baixo (1,5 m), semelhantes aos do Japão. Histórico do cultivo protegido no Brasil No Brasil, estima-se que haja 22 mil hectares de cultivo protegido (túneis e estufas), nos quais são produzidas hortaliças e flores. Metade dessa área, cerca de 11 mil hectares, no estado de São Paulo. Espera-se aumento de 8,8% até 2020 (Hortidaily, 2016). Hortidaily (2016) e Silva et al. (2014). 8.515.767 km² 220 km² http://www.hortidaily.com/print.asp?id=14712 Almería – Espanha – 43.000 ha de estufas em 2015 Produção de tomate, pimentão, pepino, beringela, feijão verde, melão e melancia. Desafios atuais: Global climate change NASA. Global Climate Change: Vital signs of the planet. Disponível em: http://climate.nasa.gov/climate_resource_center/earthminute Brown et al. (2016) A temperatura média da superfície do planeta subiu cerca de 1,0°C desde o final do século 19, uma mudança em grande parte impulsionada pelo aumento do dióxido de carbono e outras emissões de origem humana na atmosfera (Brown et al., 2016). Desafios atuais NSAC ( 2016) A produção agrícola é responsável por cerca de 10% de todas as emissões de gases de efeito estufa e, também, está entre os principais que sofrerão imediatamente as consequências das mudanças climáticas (NSAC, 2016). Em 2050 (John Antle, 2015): Produtividades agrícolas Preços dos alimentos 15% 30% Desafios atuais 20 Não obstante a isso, a água necessária para a produção de alimentos e o consumo humano está se tornando escassa em muitas regiões do mundo (OECD, 1998). Dessa forma, sob condições de restrições de recursos, a perda de água deve ser minimizada e a percolação de nutrientes deve ser abolida (Van Kooten et al., 2008). Desafios atuais 21 A nossa capacidade de alimentar 9,5 bilhões de pessoas em 2050, em um contexto de mudanças climáticas, dependerá da nossa capacidade de desenvolver sistemas sustentáveis de produção. Desafios atuais 22 A produção em casa de vegetação de produtos hortícolas é a mais eficiente em uso de água para sistema de produção de alimentos (Stanghellini, 2014). Assim, pode contribuir para o desafio de alimentar com uma dieta melhor a crescente população, sem aumentar por conseguinte a necessidade de água para irrigação (Stanghellini, 2014). Desafios atuais Classificação dos ambientes protegidos 24 Phytotron:Estruturas transparentes e salas com ambientes controlados, de uso exclusivo para estudos com seres vivos vegetais. Biotron: câmaras de teste, controladas, para pesquisas biológicas, em animais ou vegetais. Classificação dos ambientes protegidos 25 Câmara de crescimento vegetal (“Growth chambers”): estruturas com controle ambiental sofisticado, com a finalidade específica de crescimento de plantas. Gabinete de crescimento Growth rooms (Wageningen UR) Germinadores Classificação dos ambientes protegidos 26 Estufa: pouco ou quase nenhum controle sobre os parâmetros climáticos. Casa de vegetação: ambientes controlados, totalmente fechados, com dispositivos termo-mecânicos. Túnel Classificação dos ambientes protegidos Principais estruturas comercializadas no Brasil 28 Principais estruturas comercializadas no Brasil Duas águas – Capela Arco com tirantes de aço Arco com treliças 29 Capela Dente-de-Serra Arco Dente-de-Serra Janelas zenitais Principais estruturas comercializadas no Brasil Flórida Estufas – www.floridaestufas.com.br Lanternim em arco Lanternim em duas-águas Janelas frontais Principais estruturas comercializadas no Brasil 31 Essa é uma questão mais fácil de ser perguntada do que respondida. QUAL ESTRUTURA É A MELHOR? A resposta é tão mais complexa quanto mais preciso for o resultado desejado. 32 É o estudo do ambiente interno de uma casa de vegetação (ou de um ambiente protegido) com a finalidade de atingir as condições de conforto das plantas. AMBIÊNCIA VEGETAL 33 15 a 25°C e 50 a 70% (Alvarenga, 2013) plantas Manter condições adequadas dentro do ambiente para promover e otimizar a produção vegetal. Alvarenga (2013). 34 monitoramento das variáveis que interferem no ambiente protegido e nas fases de desenvolvimento das plantas. Ambiente Radiação solar Pereira et al. (2002) É a maior fonte de energia para a Terra, sendo também o principal elemento meteorológico, pois desencadeia todo o processo meteorológico, afetando todos os outros elementos (temperatura, vento, umidade etc). Radiação solar Varejão-Silva (2006). É a energia que se propaga sem necessidade da presença de um meio material. O termo radiação é igualmente aplicado para designar o próprio processo de transferência desse tipo de energia. Leis da Radiação Para se entender o regime radiativo de uma superfície, é necessário conhecer algumas leis fundamentais da radiação, principalmente as leis de Wien e de Stefan-Boltzmann. Pereira et al. (2002) Lei de Wien Essa lei estabelece que o produto entre a temperatura absoluta de um corpo e o comprimento de onda de máxima emissão energética é uma constante. Pereira et al. (2002) Quanto menor a temperatura, maior o comprimento de onda de máxima emissão. Os comprimentos de onda emitidos pela Terra (T = 300K) são considerados “ondas longas”, enquanto que os comprimentos de onda emitidos pelo Sol (T = 6000K) sejam considerados “ondas curtas” Lei de Stefan-Boltzman Essa lei estabelece que todo corpo acima de 0K emite energia radiativa e que a densidade de fluxo dessa energia emitida é proporcional à quarta potência da temperatura absoluta desse corpo. Pereira et al. (2002) Leis da Radiação Ilustração gráfica das leis de Stefan-Boltzman e Wien. Quatro corpos com temperaturas crescentes apresentam potência emitida crescente e comprimento de onda de máxima emissão decrescente. T1 < T2 < T3 < T4 Q1 < Q2 < Q3 < Q4 λ1 > λ 2 > λ 3 > λ 4 Pereira et al. (2002) Leis da Radiação Associando-se as Leis de Wien e de Stefan-Boltzman, entende-se as diferenças entre as radiações emitidas pelo Sol e pela superfície terrestre. Pereira et al. (2002) O Sol emite OC com maior emissão em torno de 500nm. Terra emite OL com maior emissão em torno de 10000nm. Irradiância solar na superfície da Terra Os processos de absorção e difusão da radiação solar pela atmosfera promovem atenuação da irradiância solar que atinge a superfície terrestre (global) em relação aos valores observados no topo da atmosfera. Pereira et al. (2002) Espectro de Radiação Pereira et al. (2002) 43% do total irradiado 49% estão no infravermelho próximo 7% no ultravioleta Stanghellini. PAR 43% do total irradiado NIR 49% do total irradiado UV 7% TEMPERATURA DO AR Gabriel C. Blain É um dos efeitos mais importantes da radiação solar. O aquecimento do ar próximo a superfície terrestre ocorre por transporte de calor, por dois processos: Condução molecular: Processo lento de troca de calor sensível, através do contato direto entre moléculas, restrito à camada limite superficial Difusão Turbulenta(Convecção): parcelas de ar aquecidas pela superfície entram em convecção, transportando calor, vapor d´água, partículas de poeira, etc. para as superfícies superiores UMIDADE RELATIVA DO AR O ar atmosférico é composto de uma mistura de gases e vapores. De acordo com a Lei de Dalton das pressões parciais, cada constituinte atmosférico exerce pressão sobre a superfície independente da presença dos outros, de tal modo que a pressão total (atmosférica) é igual à soma das pressões de cada gás ou vapor. Pereira et al. (2002) UMIDADE RELATIVA DO AR Pereira et al. (2002) Lei de Dalton das pressões parciais “Em uma mistura gasosa, como por exemplo a atmosfera, cada gás exerce uma pressão parcial independente da presença do outro” Física Fotos Matemática Ptot = Pfis+ Pmat + Pfotos +Pchoc Ptot = Pnão_choc + Pchoc Chocolate UMIDADE RELATIVA DO AR Pereira et al. (2002) Lei de Dalton das pressões parciais “Em uma mistura gasosa, como por exemplo a atmosfera, cada gás exerce uma pressão parcial independente da presença do outro” Ar seco Ar seco Ar seco Água Patm = Par seco + ea ea Pressão atual ou parcial de vapor d’ água UMIDADE RELATIVA DO AR Pereira et al. (2002) ea ea min =? ea max = ? Patm = Par seco + ea ea Pressão atual ou parcial de vapor d’ água UMIDADE RELATIVA DO AR Pereira et al. (2002) ea ea min = 0 ea max = ? Patm = Par seco + ea ea Pressão atual ou parcial de vapor d’ água Ar seco Ar seco Ar seco UMIDADE RELATIVA DO AR Pereira et al. (2002) ea ea min = 0 ea max = es Patm = Par seco + ea ea Pressão atual ou parcial de vapor d’ água Ar seco Ar seco Ar seco Água Água Água Água es Pressão de saturação de vapor d’ água UMIDADE RELATIVA DO AR Pereira et al. (2002) es_inicial Patm Ti (Tetens) es=0,6108*10[7,5*T/(237,3+T)] es = f(T) UR= (ea /es)*100 UR(%) inicial > UR(%) final Aquecimento es_final Patm Tf VENTO Transporte horizontal de energia de uma área seca para outra mais úmida; sendo que essa energia adicional torna-se disponível (nessa área úmida) para o processo da evapotranspiração. O vento também contribui com a remoção das camadas de ar próximas à vegetação que atingiram o ponto de saturação (ea =es). Pereira et al. (2002) GASES Boodley e Newman (2009) Oxigênio: Humanos, animais e plantas, todos precisam de oxigênio para manutenção da vida. A atmosfera normal consiste em muitos gases: O2 – 20,9% N – 78% CO2 – 0,033% H e outros gases – restante da 1,067% Os principais tecidos das plantas são formados por carboidratos (C6H12O6), produzidos pelas plantas a partir do carbono e do oxigênio do ar. O hidrogênio provém da água absorvida pelas raízes. 56 As respostas das plantas são influenciadas: Fotossíntese: radiação, temperatura, CO2; Respiração: temperatura; Transpiração: déficit de pressão de vapor do ar; 56 (BECKMANN et al., 2006; CHAVARRIA et al. 2009; EMBRAPA) Distúrbio fisiológico no tomateiro – altas T Podridão apical – Ca e UR em excesso ou deficiente 57 Desbalanço hídrico e bruscas variações de temperatura 57 (BECKMANN et al., 2006; CHAVARRIA et al. 2009; EMBRAPA) Mofo cinzento – alta UR Deficiência Ca e UR em excesso ou deficiente 58 Fruto albino, baixa translocaçãodo açúcar para o fruto - alta T seguida de dias nublados. 58 monitoramento das variáveis que interferem no ambiente protegido e nas fases de desenvolvimento das plantas e controle dos sistemas para alcançar as condições de conforto. Ambiente Stanghellini (2014) Em condições tropicais, há 3 formas de lidar com o problema de acúmulo de calor: removendo o calor extra por meio da troca de ar, por ventilação; reduzindo a radiação incidente, por sombreamento; aumentando a fração de energia convertida em calor latente, por resfriamento evaporativo Sistemas de atuação Chen (2003). Sombreamento 62 Altos valores de radiação solar implicam elevada carga térmica no interior da instalação. Telas de sombreamento transmitem apenas parte da radiação solar incidente e, com isso, permitem a redução da temperatura no verão, convertem parte da radiação direta em difusa e auxiliam na redução da perda de calor à noite (Both, 2008). Sombreamento 63 Entretanto, o efeito do uso intensivo das telas é ambíguo: não apenas reduz a demanda energética e a temperatura a níveis confortáveis para trabalhadores, como também aumenta a umidade relativa no interior da casa de vegetação (Coomans et al., 2013) e pode reduzir a intensidade de luz de tal forma que afete a qualidade das culturas (Boodley e Newman, 2009). Sombreamento % de sombreamento: 50-55 % de sombreamento: 80-85 % de sombreamento: 30-35 Sombreamento – telas termorrefletoras % sombreamento: 40-43 % reflexão: 40 % luz difusa: 72 % conservação energia: 15 % sombreamento: 60-64 % reflexão: 60 % luz difusa: 55 % conservação energia: 36 % sombreamento: 70-74 % reflexão: 70 % luz difusa: 45 % conservação energia: 45 Sombreamento – telas de escurecimento % sombreamento: 100 % reflexão: 100 % conservação energia: 75 % sombreamento: 100 % reflexão: 100 % conservação energia: 75 Ventilação Boodley e Newman (2009). Há três razões para se ventilar uma casa de vegetação: (1) reduzir a Tar quando ela se torna muito alta; (2) permitir a troca do ar e renovar o suprimento de CO2 para fotossíntese; (3) reduzir a UR como forma de controle de doenças. Ventilação natural 68 Por ser dependente de forças naturais, esse sistema pode apresentar limitações, como em regiões em que a temperatura do ar externo se mantém quase sempre acima da requerida pelo conforto térmico (Hellickson e Walker, 1983). A ventilação natural pode ser efetivamente usada para manter o ambiente da casa de vegetação propício para o crescimento das plantas, quando as condições ambientais não forem extremas (Ganguly e Ghosh, 2009). Ventilação natural (Both, 2008; López et al., 2012a). O fluxo de ar não segue um padrão claro e uniforme, como na ventilação mecânica, e esse sistema trabalha baseado em dois fenômenos físicos: pelo diferencial de temperatura (o ar quente é menos denso do que o ar frio e se eleva) pelo efeito de vento (pequenas diferenças de pressão do lado de fora da casa de vegetação, entre os lados de barlavento e sotavento, causam a movimentação do ar para o lado de sotavento). Ventilação natural 70 As características importantes desse sistema são a área total das aberturas, suas posições na casa de vegetação (apenas no teto ou no teto e nas paredes laterais) e suas posições relativas à direção do vento. Zorzeto (2015) Zorzeto (2015) Zorzeto (2015) Ventilação mecânica 73 A ventilação mecânica deve ser utilizada quando os meios naturais não proporcionam o índice de renovação de ar ou o abaixamento necessário da temperatura. Por princípio, a ventilação mecânica trata da movimentação do ar, utilizando um sistema mecânico de deslocamento do fluido, capaz de vencer a perda de carga necessária para atingir uma vazão previamente determinada (NGMA, 2010). Zorzeto (2015) Zorzeto (2015) Resfriamento evaporativo 76 Nas regiões onde o verão não é muito severo e a T máx do ambiente permanece abaixo de 33°C, as técnicas de ventilação e sombreamento podem trabalhar adequadamente. No entanto, em regiões com condições extremas, onde a T do ambiente geralmente ultrapassa 40°C, o RE é o sistema mais efetivo para reduzir a T da casa de vegetação abaixo da T do ambiente externo. (Sethi e Sharma, 2007). O exaustor ligado forçará a passagem do ar externo para o ambiente interno, pelo meio poroso umidificado. A evaporação de água, para ocorrer, precisa de energia, que é retirada do meio, do calor sensível do ambiente (540 cal/g), reduzindo sua T, e pela transformação da água líquida em vapor, aumentando sua UR. O máx resfriamento depende da UR e da T inicial do ar: quanto mais seco o ar, maior a quantidade de vapor de água que pode ser absorvida e menor a T alcançada; quanto mais quente o ar, mais vapor de água ele poderá conter, comparado com o ar frio, e maior será o resfriamento. T UR η Resfriamento evaporativo Resfriamento evaporativo 79 Por nebulização: água forçada através de nebulizadores (500 a 600 psi), instalados a 3 m acima das culturas, umidificam o ar e mantêm as folhas secas. Por meio poroso: faz parte do sistema de ventilação da casa de vegetação (Both, 2008) Zorzeto (2015) Zorzeto (2015) 82 Essa é uma questão mais fácil de ser perguntada do que respondida. QUAL ESTRUTURA É A MELHOR? A resposta é tão mais complexa quanto mais preciso for o resultado desejado. Qual estrutura é a melhor? https://www.wageningenur.nl/en/newsarticle/Finding-the-most-economical-greenhouse-design-for-a-specific-location-in-the-world.htm Qual estrutura é a melhor? Vanthoor et al. (2011) Vanthoor et al. (2011). BALANÇO DE ENERGIA E MASSA 86 A partir do balanço de energia e do balanço de massa Determinar condições ambientais internas Comparar com exigências das plantas Ambiente interno = Ambiente de conforto para planta? OK! Aplicação de tecnologias para adequação do ambiente. 86 Ambientes protegidos 87 Em projetos de ambientes protegidos, principais objetivos: estimativa das condições climáticas internas; em função das condições ambientais externas; para estabelecer a viabilidade adequada de produção. 87 88 Processos de trocas de energia que envolvem o ambiente de uma casa de vegetação. Calefação Umidificação Condensação Ventilação Condução Radiação solar direta Condução Radiação Evapotranspiração Radiação solar difusa Balanço de energia e massa 89 Permite a simulação da: Temperatura interna do ar Umidade Relativa do ar Uma ferramenta de auxílio que possibilita: Avaliar as condições do ambiente Escolher o sistema mais adequado Optar por graus tecnológicos mais avançados Simulação 90 Evitar custos com energia, mão de obra e material Proporcionar ao agricultor melhora de renda Modelos de simulação 91 Hellickson e Walker Albright ASABE e ASHRAE Conceitos 92 Importantes conceitos que formam a base da análise de conforto ambiental: volume de controle, balanço de energia, balanço de massa. 92 Balanço de energia 93 Determina as condições internas da casa de vegetação para a produção, para qualquer período do ano; Equaciona o ganho e a perda de calor para a estrutura; Fornece valores estimados da Ti. Balanço de energia 94 Este cálculo pode ser: Instantaneamente Verão – entre 12:00 e 15:00 Inverno – entre 4:30 e 6:30 Balanço de energia 95 O método assume: Condições de estado constante. O balanço de energia envolve: Influência do aquecimento por radiação solar Perdas por condução Transpiração das plantas Dissipação de calor pelo piso. (HELLICKSON & WALKER, 1983) = ganho de calor solar = ganho por equipamentos = ganho por aquecimento ganho por respiração = ganho ou perda por condução = ganho ou perda pelo piso = = ganho ou perda por ventilação = ganho ou perda por infiltração = perda por radiação térmica para céu = perda para fotossíntese Balanço de energia 96 96 qrad + qequ + qaqu + qresp= ± (qcnd + qpis) + qven + qinf + qrtc + qfot (HELLICKSON & WALKER, 1983) Balanço de energia 97 97 98 98 qrad + qequ + qaqu + qresp = ± (qcnd + qpis) + qven + qinf + qsl + qrtc + qfot qrad = calor sensível proveniente do sol, [W] qequ = calor de fontes da energia térmica proveniente de motores, equipamentos, iluminarias, pessoas etc., [W] qaqu = calor sensível do sistema de aquecimento, [W] qresp = calor sensível de respiração do produto, [W] qcnd = calor sensível de condução da estrutura, [ W ] qpis = calor sensível transferido do (ao) solo ou do (ao) piso pelo perímetro, [ W ] qven = calor sensível do ar de ventilação (natural ou mecânica), [W] qinf = calor sensível de infiltração involuntária pelas frestas, [W] qsl = calor sensível usado na conversão em latente, [W] qrtc= calor de reirradiação térmica para o céu, [ W ] qfot = calor sensível usado para a fotossíntese, [ W ] Balanço de energia 99 qrad: ganho líquido de calor solar (W) = transmitância da superfície de cobertura para a radiação solar; = intensidade solar numa superfície horizontal (W m-2); Ap = área do piso da casa de vegetação ou estufa (m2). 99 É contínuo sempre que em operação ou presente. Balanço de energia 100 qequ: ganho de calor solar por equipamentos, iluminação (W) 100 Balanço de energia 101 qaqu: ganho de calor por fontes de aquecimento Apenas é considerado quando há a necessidade de aquecimento da casa de vegetação para determinada cultura. 101 Balanço de energia 102 qresp: ganho de calor por respiração das plantas. Os autores exemplificam com o ganho de calor por respiração das plantas (qresp), que varia conforme as condições vegetais, de iluminação e de temperatura, mas é desprezível em relação à perda de calor do ambiente para a realização da fotossíntese (qfot), representando de 10 a 12,5% de qfot. 102 Balanço de energia 103 qfot: perda de calor do ambiente para fotossíntese Apesar de a energia associada com a fotossíntese (qfot) ser superior àquela da respiração das plantas (qresp), ainda assim, é insignificante quando comparada com outros ganhos ou perdas de calor, cerca de 3% da radiação solar incidente sobre as folhas das plantas e apenas ocorre quando há radiação solar (HELLICKSON & WALKER, 1983). 103 Balanço de energia 104 qcnd: ganho ou perda de calor por condução Uma vez que o material de cobertura e de fechamento lateral da casa de vegetação possui uma espessura muito fina e transparente, a perda ou o ganho de calor por condução pode ou não ser significante no balanço de energia durante o inverno e o verão, respectivamente (LEAL & COSTA, 2010). U = coeficiente global de transferência de calor, W m-2 K-1; A = área de cobertura por material transparente (frente + lateral + telhado), m2; Ti, Te = temperaturas absolutas internas e externas, respectivamente, em K. 104 105 Tipo de material Valor do coeficiente (W/m2C) Vidro simples selado 6,3 Plástico único de polietileno 6,8 a 7,14 Fibra de vidro simples 6,8 Duplo plástico de polietileno 4,0 Parede dupla rígida de acrílico 3,0 Vidro duplo selado 3,0 Duplo plástico sobre vidro 3,0 Plástico simples + cobertor térmico 3,0 Duplo plástico + cobertor térmico 2,5 Coeficientes globais de transferência de calor aproximados de alguns materiais Balanço de energia 106 qpis: perda ou ganho de calor pelo piso da casa Em geral, em casas de vegetação, os pisos não são isolados e o calor transferido é geralmente muito pequeno em comparação com aquele transferido pelos outros limites do volume de controle, como as paredes e as coberturas (HELLICKSON & WALKER, 1983). F = fator perimetral (W m-1 K-1). 106 Balanço de energia 107 qven: perda ou ganho de calor por ventilação Calor removido pela ventilação natural ou mecânica do ar, possui dois componentes: o calor sensível e o calor latente. O calor sensível é a porção da energia total removida da casa de vegetação pelo ar de ventilação referente ao acréscimo de temperatura no ar. O calor latente é aquele removido como vapor e que provém principalmente da transpiração das plantas e da evaporação de água do solo. qsv = calor sensível de ventilação (W) qsl = calor latente de ventilação (W) 107 108 em que: = fluxo de massa do ar de ventilação (kg/s) cp = calor específico do ar (J / kg K) qsv: calor sensível por ventilação Balanço de energia 109 E =0.35 (para estruturas agrícolas) Vv = velocidade do vento, (m/s) Aa = área de abertura, (m2) Para estufas abertas, com ventilação natural: A relação entre o fluxo volumétrico ( ) e o fluxo mássico ( ): = fluxo mássico, [ kg/s ] = fluxo volumétrico, [ m3/s ] = densidade do ar, [kg/m3 ] 110 E = razão da evapotranspiração e radiação solar (entre 1,0 e 0,5) Fc = fator de cultivo (razão entre área cultivada e área do piso) qsl: calor latente por ventilação Balanço de energia Balanço de energia 111 qinf: perda ou ganho de calor por infiltração A infiltração corresponde ao movimento natural do ar devido ao vazamento através de fissuras ou pequenas aberturas na estrutura das casas de vegetação. A energia é idêntica à perdida por ventilação. Só é usada quando a estrutura está totalmente fechada e não tem sistema de ventilação em operação. 111 Balanço de energia 112 qrtc: perda de calor por radiação térmica para o céu sup = emissividade da superfície interna (piso ou vegetação) t = transmitância térmica do plástico Ap = área do piso = constante de Stephan Boltzmann = 5.678 * 10-8 W/m2*K4 Ti = temperatura interna, [ K ] Te = temperatura externa, [ K ] ar = emissividade do ar (depende da Tpo do céu) 112 113 Tipo de filme Média diária de transmitância solar Transmitância térmica (t) Superfície simples Superfície dupla Superfície simples Polietileno (0,10mm) 89 79 80 Fibra de vidro plana (0,64mm) 83 70 12 Fibra de vidro especial plana (1,02mm) 73 50 6 Poliéster climatizáveis (0,13mm) 87 78 32 Fibra de vidro corrugada (1,02mm) 79 62 8 Vidro simples (3,18mm) 88 78 3 Policarbonato (1,59mm) 84 73 6 Polivinilfluoreto (0,08mm) 91 84 43 114 Temperatura de ponto de orvalho (oC) Emissividade aparente (a) -17,8 0,730 -6,7 0,775 4,4 0,818 15,6 0,858 26,7 0,883 Emissividade aparente da atmosfera 115 Cada caso deve ser analisado com cuidado. Os balanços de energia e de massa são facilmente calculados usando equações simples de serem implementadas. Mas os projetos devem ser cuidadosamente analisados para que apresentem valores estimados próximos do real. Avaliação 116 Cálculo de BE, em estruturas totalmente fechadas, para situação de verão Neste caso, desconsidera-se: Qequ = Qaqu = Qsve=Qsvs = 0 117 Cálculo de BE, em estruturas totalmente abertas ou semiabertas, para situação de verão Neste caso, desconsidera-se: Qequ = Qaqu = 0 118 Cálculo de BE, em estruturas totalmente fechadas, para situação de inverno Neste caso, desconsidera-se: Qrad = Qfot =Qsv=(Qsve-Qsvs) =Qsl= 0 119 Cálculo de BE, em estruturas totalmente abertas ou semiabertas, para situação de inverno Neste caso desconsidera-se: Qaqu = Qrad = Qfot = Qper =Qsl = 0 120 As instalações para produção vegetal geralmente são ventiladas visando ao controle de temperatura, somente. Altas UR não são toleráveis, embora seja possível atingir valores entre 70 e 90%. A produção de UR é função da densidade das plantas, intensidade de luz e práticas de manejo de água e não tem sido quantificado de maneira útil para projetos. Por isso, embora as relações de balanço de massa aplicam-se às casas de vegetação, elas são pouco usadas em projetos de sistemas de controle ambiental. Balanço de massa Balanço de massa 121 O balanço de massa fornece, implicitamente, valores estimados da URi, para condições de verão e de inverno. taxa do material produzido dentro do volume de controle taxa material transportado para espaço internotaxa material transportado para espaço externo ALBRIGHT (1990) 121 122 = umidade adicionada ao ambiente da casa de vegetação por evapotranspiração, em kg/s; = umidade trocada pelo ar de ventilação natural ou mecânica, em kg/s. Níveis de umidade no verão: Balanço de massa Balanço de massa 123 A umidade removida pelo ar de ventilação: = umidade trocada pelo ar de ventilação natural ou mecânica (kg s-1); = fluxo de massa do ar seco de ventilação (kgar seco s-1); Wi e We = umidades absolutas do ar interno e externo (kgvapor kgar seco-1). 123 124 Balanço de massa = fluxo mássico de ar (kga/s) wi = umidade absoluta do ar interno (kgv/kga) we = umidade absoluta do ar externo (kgv/kga) = fluxo mássico de vapor de água produzida pelas plantas (kgv/s) 125 URi = umidade relativa interna (%) Ac = área de contorno da casa de vegetação (m2) Apm = área do piso molhado (m2) psc = pressão de saturação do vapor associado com a Ti de contorno (kPa) psi = pressão de saturação do vapor associado com a Ti (kPa) Balanço de massa Níveis de umidade no inverno: Com circulação de ar positiva, Assume-se que Tsup da planta = Tpo de condensação, Considera-se a re-evaporação das superfícies do solo e da planta. 126 Atp= área total do piso da estufa ou casa de vegetação (m2) Cd= coeficiente de difusão pvi= pressão de vapor do ar interno (kPa) Balanço de massa Níveis de umidade no inverno: Se UR durante o inverno > do que as aceitas pela produção, pode ser reduzida por circulação do ar, ventilação negativa (exaustão) ou ventilação positiva. A equação de evapotranspiração, para determinação da UR noturna em casas de vegetação ventilada, pode ser descrita por: 127 CASO Ti TCONFORTO ok! Verificar mín / máx para planta CASO Ti TCONFORTO Promover alterações CASO URi URCONFORTO ok! Verificar mín / máx para planta CASO URi URCONFORTO Promover alterações Avaliação - Verão 128 CASO Ti TCONFORTO ok! Verificar mín / máx para planta CASO Ti TCONFORTO Promover alterações CASO URi URCONFORTO ok! Verificar mín / máx para planta CASO URi URCONFORTO Promover alterações Avaliação - Inverno 129 CÁLCULO DE CARGA TÉRMICA NA PRODUÇÃO DE MORANGO (Fragaria x ananassa Duch) EM CASA DE VEGETAÇÃO UTILIZANDO CULTIVO HIDROPÔNICO EXEMPLO O morangueiro clima temperado temperatura 18 -25 °C umidade relativa 60-75% intensidade de radiação solar 60 W/m2 VERÃO e INVERNO (Tbs) 130 VERÃO E INVERNO (UR) 131 VERÃO E INVERNO (Vv) 132 Dados Construtivos da casa-de-vegetação Comprimento = 11,5 m Largura = 6,5 m Altura do pé-direito = 3,0 m Altura = 2,0 m Perímetro = 36,0 m Área de piso = 74,75 m2 Volume da estrutura = 299 m3 Área de contorno = 208,77 m2 Estrutura fechada verão 134 Neste caso : Qequ = Qaqu = Qven = 0 qrad + qequ + qaqu + qresp = ± (qcnd + qpis) + qven + qinf + qrtc + qfot Estrutura fechada verão 135 Qfot = 1667,23 W Qresp = 166,723 W I = 808,12 W/m2 Ap = área do piso = 74,75m2 = 0,92 Qrad = 55574,4 W Estrutura fechada verão 136 U = 7,14 W/m2 oC Qce = 1490,62 * (-302,52 + Ti) W Ac = 208,77 m2 T = Ti - Te Te = 29,37oC = 302,52 K F = 1,15 W/m*K Qsp = 41,4 * (-302,52 + Ti) W Per = perímetro = 36 m Estrutura fechada verão 137 sup = 0,92 Qtt = 3,12*10-6 * (-7,102*109 + Ti4 ) W t = 0,80 = 5,678 * 10-8 W/m2 K ar = 0,848 (Tcéu =17,3oC, UR=76,7%, Tpo=13oC) Tcéu = 0,0552*Te1.5 Estrutura fechada verão 138 Assim, obtém-se Ti = 328,55 K = 55,4 oC Estrutura aberta verão 139 Neste caso: Qequ = Qaqu = 0 Ac = 139,77 m2 qrad + qequ + qaqu + qresp = ± (qcnd + qpis) + qven + qinf + qrtc + qfot Estrutura aberta verão 140 Cp = 1006 J/Kg*K E = 0,5 ( Varia de 0 a 1,0) Fc = 56,4/74,75 = 0,75 Estrutura aberta verão 141 = 1.06 kg/m3 E =0,35 (para estruturas agrícolas ) Vv = velocidade do vento = 1,67 m/s Aa = área de abertura = 34,5 m2 Qsl = 13208.3 W Qv = 21503.4 (-302.52 + Ti) W Estrutura aberta verão 142 Assim, obtém-se: Ti = 303,798 K = 30,65 oC Estrutura fechada inverno 143 Qrad = Qequ = Qaqu = Qfot = Qven = 0 qrad + qequ + qaqu + qresp = ± (qcnd + qpis) + qven + qinf + qrtc + qfot Estrutura fechada inverno 144 mp = massa do produto no interior da CV = 109,824 kg R = calor de respiração do produto = 2.25 kJ/kg*h Qr = 68,64 W Estrutura fechada inverno 145 Fazendo o balanço de energia, tem-se: Ti = 283,033 K = 9,88 oC Estrutura aberta inverno 146 Neste caso: Qaqu = Qequ = Qrad = Qfot = Qper = 0 Ti = 285,62 K = 12,3 0C qrad + qequ + qaqu + qresp = ± (qcnd + qpis) + qven + qinf + qrtc + qfot Balanço de Massa – Aberta Verão 147 Wi = 0,0218076 kgv/kga URi = 70,3% Balanço de Massa – Aberta Inverno 148 Wi = 0,0066683 kgv/kga URi =69,2% AVALIAÇÃO 149 Fechada no verão: Ti = 55,4°C >> Tconforto Aberta no verão: Ti = 30,65°C > Tconforto Fechada no inverno: Ti = 9,88°C < Tconforto Aberta no inverno: Ti = 12,3°C < Tconforto RE diminui a Ti e propicia um ambiente adequado Verão: desaconselhável fechada. UR (verão e inverno) não será problema para a produção do morango 150 Aberta no verão: URi = 70,3 %. – OK. Aberta no inverno: URi = 69,2 % AVALIAÇÃO Concluindo... 151 Quando começou? Império Romano Sacolas de pepino 14 a 37 d.C. Séc. 19 Expansão da plasticultura 1960 150.000 ha de estufas 1980 Almería – Espanha – 43.000 ha de estufas em 2015 Espera-se aumento de 8,8% até 2020 (Hortidaily, 2016). Concluindo... 152 Desafios... Em 2050: Produtividades agrícolas Preços dos alimentos 15% 30% Concluindo... 153 A produção em casa de vegetação pode contribuir para o desafio de alimentar com uma dieta melhor a crescente população, sem aumentar por conseguinte a necessidade de água para irrigação (Stanghellini, 2014). Solução! Concluindo... 154 QUAL ESTRUTURA É A MELHOR? Como escolher? Concluindo... 155 É o estudo do ambiente interno de uma casa de vegetação (ou de um ambiente protegido) com a finalidade de atingir as condições de conforto das plantas. Ambiência vegetal! Concluindo... 156 Estudando os elementos... Concluindo... 157 Ambiência vegetal! Concluindo... 158 Calefação Umidificação Condensação Ventilação Condução Radiação solar direta Condução Radiação Evapotranspiração Radiação solar difusa Concluindo... 159 Ambiente interno = Ambiente de conforto para planta? OK! Aplicação de tecnologias para adequação do ambiente. Concluindo... Ambiência vegetal! Stanghellini (2014) Concluindo... Zorzeto (2015) Controle é necessário! Referências 162 ALVARENGA, M.A.R. Tomate: produção em campo, casa de vegetação e hidroponia. Lavras (MG): Ed. Univ. Lavras, 2ªed., 455p., 2013. ANTLE, J. Climate change may bring global food insecurity, impacts on U.S. Disponível em: http://extension.oregonstate.edu. Publicado em: 7 dez. 2015. BBC. Documental de la BBC: Almería. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=8SqdSHSdBUw BOODLEY, J.W.; NEWMAN, S.E. The commercial greenhouse. 3ª ed. USA: Cengage Learning, 2009. BROWN, D.; CABBAGE, M.; MCCARTHY, L. Analyses reveal record-shattering global warm temperatures in 2015. NASA, disponível em: < http://climate.nasa.gov/news/2391/>, publicado em 20 jan. 2016, acesso em 22 fev. 2016. CHEN, C. Prediction of longitudinal variations in temperature and relative humidity for evaporative cooling greenhouses. Agricultural Engineering Journal, v.12, n.3-4, p.143-164, 2003. Hortidaily. Greenhouse market expected to grow 8.8% by 2020. Disponível em: www.hortidaily.com. Publicado em: 20 jun.2016. NASA. Global Climate Change: Vital signs of the planet. Disponível em: http://climate.nasa.gov/climate_resource_center/earthminute NSAC - National Sustainable Agriculture Coalition. Soil healthemerges as global priority to address climate change. Disponível em:< http://sustainableagriculture.net/blog/4per1000/>, publicado em 8 fev. 2016, acesso em 22 fev. 2016. PEREIRA, A.R.; ANGELOCCI, L.R.; SENTELHAS, P.C. Agrometeorologia: fundamentos e aplicações práticas. Rumy Goto (2004). Ambiente protegido no Brasil: histórico e perspectivas. In: Cultivo em Ambiente Protegido. Viçosa: UFV. SILVA, B.A.; Silva, A.R.; Pagiuca, L.G. Cultivo protegido: em busca de mais eficiência produtiva! Hortifruti Brasil, disponível em: < http://cepea.esalq.usp.br/hfbrasil/edicoes/132/mat_capa.pdf>, publicado em mar. 2014, acesso em 22 fev. 2016. STANGHELLINI, C. II progetto EUPHOROS: towards no-emission greenhouses. Wageningen UR Greenhouse Horticulture. STANGHELLINI, C. Horticultural production in greenhouses: efficient use of water. Acta Horticulturae, 1034, p. 25-31, 2014. Vanthoor, B.H.E.; Stanghellini, C.; van Henten, E.J.; de Visser, P.H.B. (2011). A methodology for model-based greenhouse design: Part 1, a greenhouse climate model for a broad range of designs and climates. Biosystems Engineering, v. 110, p. 363-377. VAREJÃO-SILVA, M.A. Meteorologia e Climatologia. Pernambuco: Versão digital, 2006. Wittwer e Castilla (1995). Protected cultivation of horticultural crops worldwide. HortTechnology, jan./mar. Zorzeto, T.Q. Mapeamento meteorológico de diferentes graus tecnológicos em casas de vegetação. 2015. 112 f. Tese (Doutorado em Engenharia Agrícola) - Faculdade de Engenharia Agrícola, Universidade Estadual de Campinas. 163 tqzorzeto@gmail.com MOTORES ELÉTRICOS Potência (na placa) Eficiência Aproximada Carga Térmica CV (%) kcal/h kJ/h Até ¼ 60 1050 4396 ½ a 1 70 900 3768 1½ a 5 80 800 3349 71/2 a 20 85 750 3140 Acima de 20 88 725 3035
Compartilhar