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economia 2 aula 3

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CURSOS ON-LINE – ECONOMIA 2 – PROF. MOZART FOSCHETE 
www.pontodosconcursos.com.br 
1
 
 “A arte de ensinar Economia de uma maneira simples, sem mistérios”. 
 De Maria Eulália, uma ex-aluna. 
 
AULA 3: A ECONOMIA INTERTEMPORAL 
 
PARTE 1: O CONSUMO 
 
 Observação importante: O tópico 6 do programa de Economia do 
concurso de AFRFB – que versa sobre Economia Intertemporal - é muito 
longo e muito analítico. Por isso, resolvemos dividi-lo em quatro partes: Na 
Parte I, objeto desta Aula 3, trataremos do Consumo; na Parte II, 
estudaremos o Investimento; na Parte III, trataremos da restrição 
orçamentária do governo e a equivalência ricardiana; e, na Parte IV, vamos 
enfocar o modelo de crescimento de Solow que tem sido objeto de questões 
em praticamente todas as provas de Economia do AFRF. 
 Apenas um alerta: trata-se de assuntos um tanto “chatos” para um 
aluno, principalmente quando ele não tem uma base sólida de 
conhecimentos de Economia. Mas, como faz parte do programa, não temos 
como evitá-los... 
 
 
 
1. Introdução 
 
As decisões de consumo dos indivíduos afetam a atividade econômica 
como um todo, tanto no longo como no curto prazo. Para a economia, é 
importante saber como as pessoas decidem quanto de seus rendimentos 
eles vão consumir hoje, e quanto pretendem poupar para consumir no 
futuro. 
A curto prazo, decisão de consumir e de poupar é crucial para a 
determinação do nível da demanda agregada, já que, de uma forma 
geral, o consumo corresponde a dois terços do produto do país. 
Já a longo prazo, a decisão de consumir e de poupar é importante 
para a teoria do crescimento econômico. Por exemplo, no modelo de 
crescimento de Solow – que estudaremos numa outra aula mais à frente 
– a taxa de poupança da economia é um determinante básico de capital 
e, daí, do nível de bem-estar da população. Neste modelo, a taxa de 
poupança mede quanto de sua renda a geração atual está disposta a 
guardar para o seu próprio futuro e para as gerações futuras. 
Foi visto na Economia I que o consumo, nos modelos keynesianos, é 
uma função da renda disponível - ou, C = a +bYd), onde b é a 
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2
propensão marginal a consumir, sendo a magnitude de b o principal 
determinante dos multiplicadores dos gastos autônomos. 
No entanto, com o passar dos anos pós-keynes, surgiram novas 
pesquisas e novas proposições teóricas sobre o consumo e seus 
determinantes, contestando, na maioria das vezes, a proposta 
keynesiana sobre o assunto. Nesta Aula, vamos apresentar as principais 
correntes explicativas da função consumo, apresentando a versão de 
três proeminentes economistas, começando, antes, por revisar a teoria 
keynesiana a respeito. 
 
2. A função consumo keynesiana – uma crítica 
 
Como se sabe, Keynes escreveu sua famosa Teoria Geral do Juro, do 
Emprego e da Moeda na primeira metade dos anos 30 do século 
passado. Por falta de base estatística e de instrumentos técnicos, como 
microcomputadores, por exemplo, - inexistentes àquela época, - Keynes 
teve de fazer uma série de conjecturas sobre o comportamento da 
função consumo, fruto mais da observação e análise do quotidiano do 
que de levantamentos “científicos” dos dados. 
Provavelmente, em função disso, ou seja, da falta de pesquisa 
empírica, três conjecturas afirmadas por Keynes foram, mais tarde, 
objeto de críticas e até mesmo contestações, a saber: 
i) Keynes supôs que a propensão marginal a consumir - um dos 
seus conceitos mais inovadores para a teoria econômica - situava-se 
entre zero e um, afirmando que “...os homens estão dispostos, em 
regra e em média, a aumentar seu consumo à medida que a renda 
aumenta, mas não tanto quanto o aumento da renda”. Ou seja, se o 
indivíduo ganhar 100 reais extras, ele deverá gastar uma boa parte 
disso e poupar uma outra parte. 
ii) Keynes achava (e afirmava) que a propensão média a consumir 
– que é dada pela razão entre o consumo total e a renda disponível - cai 
à medida que a renda aumenta. Em outras palavras, para ele os ricos 
têm uma tendência a poupar maior que os mais pobres. E, 
iii) Para Keynes, o principal determinante, se não o único, do 
consumo era a renda, e que a taxa de juros não tinha praticamente 
nenhum papel relevante neste processo. Essa afirmativa contrastava 
frontalmente com a opinião dos economistas clássicos1. 
 
1 Embora o período da Escola Clássica tenha se encerrado por volta de 1880, Keynes chamou de 
“clássicos” todos os economistas que vieram antes dele. 
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3
Vale ressaltar que várias pesquisas e estudos levados a efeito nos 
primeiros anos após ser publicada a Teoria Geral pareciam confirmar a 
validade dessas proposições keynesianas (pelo menos no curto prazo) – 
o que lhes trouxe bastante sucesso nos meios acadêmicos nos seus 
primeiros anos. 
Ocorre que, tomando por base a função consumo keynesiana, alguns 
economistas, àquela época, começaram a fazer previsões sinistras sobre 
o futuro da economia capitalista, argumentando mais ou menos o 
seguinte: se é fato que o consumo vai caindo à medida que a renda 
cresce – ou seja, a parcela da renda destinada à poupança seria então 
cada vez maior – como seria possível conseguir mais e mais projetos de 
investimentos para absorver toda esta poupança, de forma que a 
economia permaneça em equilíbrio? O resultado seria que, com um 
consumo caindo proporcionalmente, e sendo impraticável ou mesmo 
impossível substituir integralmente a poupança por gastos com novos 
investimentos, a demanda agregada seria insuficiente para manter a 
economia próxima do pleno emprego, decorrendo daí um estado de 
recessão permanente e cada vez mais agudo. 
No entanto, felizmente para a economia, não foi isso o que se 
observou no período pós 2ª Grande Guerra. Embora nesse período a 
produção e a renda registrassem níveis muitíssimos maiores do que nos 
anos anteriores, não se observou nenhum aumento desproporcional da 
taxa de poupança. 
Esta tese foi reforçada pelos estudos sobre renda e consumo 
desenvolvidos por Simon Kuznets, cobrindo o período de 1869 a 1940, 
estudos estes que mostraram uma relação bastante estável, ao longo 
dos anos, entre consumo e renda. Tais achados negavam a hipótese de 
Keynes de que a propensão média a consumir cairia à medida que a 
renda aumentasse. 
Ficaram no ar algumas questões sem respostas, do tipo: porque as 
pesquisas de curto prazo pareciam embasar a hipótese keynesiana, mas 
falhavam quando se tratava de longo prazo? As conclusões indicaram 
que havia, de fato, duas funções consumo: uma para o curto prazo – 
que confirmava as hipóteses keynesianas sobre o consumo - e outra 
para o longo prazo que, contrastando com as conjeturas de Keynes, 
indicavam uma propensão média a consumir relativamente constante. 
A partir dessas constatações, os economistas passaram a procurar 
explicações para essa aparente contradição. Somente na década de 
1950, apareceram explicações convincentes sobre essas divergências, 
sendo as principais a de Franco Modigliano e a de Milton Friedman. 
Antes porém de apresentarmos as explicações desses dois economistas 
para aquele fenômeno, vamos examinar, primeiro, a contribuição de 
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4
Irving Fisher para a teoria do consumo das famílias – que serviu de base 
para os estudos de Modigliano e de Friedman. 
 
3. A restrição orçamentária intertemporal das famílias – 
o que é isso? 
 
A função consumo keynesiana relaciona o consumo presente com a 
renda atual, mas esta relação é um tantoincompleta. Na verdade, ao 
decidirem sobre quanto consumir e quanto poupar, as pessoas levam 
em conta não só o presente mas também o futuro. Quanto mais 
consumirem hoje, menos poderão consumir amanhã. 
A maioria das pessoas preferiria aumentar a quantidade e/ou a 
qualidade dos bens e serviços que consome: comprar melhores roupas, 
viajar mais, ir a bons restaurantes. Mas, sofrem uma restrição: seu 
consumo é limitado pelo seu nível de renda – o que, na teoria 
microeconômica é chamado de restrição orçamentária intertemporal 
das famílias. Esta restrição orçamentária intertemporal mede os 
recursos disponíveis para consumo hoje e no futuro. 
O economista Irving Fisher desenvolveu um modelo sobre como 
consumidores racionais tomam suas decisões envolvendo períodos 
diferentes, isto é, envolvendo opções intertemporais. Vejamos como 
funciona este modelo: 
Para simplificar, vamos imaginar um consumidor que tem dois 
períodos de vida: o período 1 – que corresponde à sua juventude - e o 
período 2 - que representa sua velhice. No período 1, o consumidor 
ganha a renda Y1 e consome C1, e, no período 2 ele ganha a renda Y2 e 
consome C2 . 
Assim, no período 1, a poupança (S) é igual à renda menos o 
consumo. Ou seja, 
S = Y1 – C1 (1) 
Já no período 2, o consumo é igual à poupança acumulada, inclusive 
os juros recebidos sobre aquela poupança, mais obviamente a renda 
deste período. Ou seja, 
C2 = (1+r)S + Y2. (2) 
onde, r é a taxa de juros real. 
Assim, por exemplo, se r=10%, para cada R$ 1 de poupança no 
período 1 o consumidor pode contar com um extra de R$ 1,10 de 
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5
consumo no período 2. Vale observar que, como por hipótese só existem 
2 períodos, o consumidor não poupa no período 2. 
Observe mais que, se o consumo no período 1 for maior que a sua 
renda neste período, o consumidor estará, então, tomando emprestado, 
e sua poupança neste período é negativa. 
A restrição orçamentária do consumidor pode ser obtida pela 
combinação das equações (1) e (2), inclusive substituindo S da equação 
(2) pelo seu valor dado na equação (1), resultando: 
C2 = (1+r)(Y1-C1) + Y2 (3) 
 Para tornar mais fácil a interpretação da equação (3), podemos 
rearranjar os seus termos, colocando do lado esquerdo os termos que 
têm consumo, obtendo: 
(1+r)C1 + C2 = (1+r)Y1 + Y2 (4) 
Dividindo os dois lados de (4) por 1+r, temos: 
C1 + C2/(1+r) = Y1+ Y2/(1+r) (5) 
A equação (5) relaciona o consumo dos dois períodos com a renda 
dos dois períodos. Ou seja, esta é a sua restrição orçamentária 
intertemporal. 
Observe que, se a taxa de juros é zero, a restrição orçamentária 
mostra que o consumo total nos dois períodos é igual à renda total nos 
dois períodos. Sendo a taxa de juros maior que zero, o consumo futuro 
e a renda futura devem ser descontados pelo fator 1+r. Isso ocorre 
porque se o consumidor ganha juros sobre a renda corrente poupada, a 
renda futura vale menos que a renda corrente. 
Uma análise gráfica talvez contribua melhor para o entendimento do 
que é a restrição orçamentária intertemporal. A Figura 1 mostra o 
máximo de renda e de consumo que o consumidor pode ter no período 1 
e no período 2. No eixo horizontal, aparece, além do consumo total 
possível no período 1 (C1), o máximo de renda disponível que o 
consumidor poderia obter quando somamos a renda dos dois períodos, 
descontada a do período 2 pelo fator 1+r. No eixo vertical, além do 
consumo total possível no período 2 (C2), aparece o máximo de renda 
que o consumidor poderia ter para gastar (dada pela renda do período 2 
mais a eventual poupança do período 1 acrescida dos juros). O limite 
máximo da renda total e do consumo total nos dois períodos 
correspondem, respectivamente, aos pontos A e B. A reta que liga 
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6
estes dois pontos constitui, então, a restrição orçamentária do 
consumidor. Além daqueles dois pontos, há que se considerar ainda o 
ponto A. 
 
Consumo no 
 2° período, C2 
 
 (1+r)Y1 + Y2 B Restrição orçamentária 
 do consumidor 
 
 
 
 Y2 A 
 Empréstimo 
 
 C 
 Y1 Y1 + Y2/(1+r) 
 Consumo no 1° período, C1 
 Figura 1 
 
Observe que, no ponto A, o consumidor estaria consumindo 
exatamente sua renda em cada período (C1 = Y1 e C2 = Y2), não 
havendo, portanto, nem poupança nem empréstimos entre os dois 
períodos. No ponto B, o consumidor nada consome no primeiro período 
(C1 = 0), poupando toda a renda. Assim, o consumo no segundo período 
C2 é (1+r)Y1 + Y2. Já no ponto C, o consumidor não pretende consumir 
nada no segundo período (C2 = 0), e toma emprestado tanto quanto 
possível contra a renda do segundo período. 
Resumindo o que está na Figura 1: Esta Figura mostra as 
combinações de consumo no primeiro e no segundo períodos que o 
consumidor pode escolher. Se ele escolhe os pontos A e B, o consumidor 
consome menos que a sua renda no primeiro período e poupa o resto 
para o segundo período. Se escolhe os pontos A e C, ele consome mais 
do que a sua renda no primeiro período e toma emprestado para 
compensar a diferença. 
Vale observar que essas são apenas três das muitas combinações de 
primeiro e segundo períodos que o consumidor pode se permitir. Na 
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7
verdade, todos os pontos na linha, de B a C, estão disponíveis para o 
consumidor. 
 
4. As preferências do Consumidor e as curvas de 
indiferença 
 
As preferências do consumidor em relação ao consumo nos dois 
períodos são geralmente representadas por curvas de indiferença. 
Uma curva de indiferença mostra as combinações de consumo no 
primeiro período e no segundo período que tornam o consumidor 
igualmente satisfeito. A Figura 2 mostra duas das muitas curvas de 
indiferença com que o consumidor pode se defrontar. 
Vamos entender bem o que representa uma curvas de indiferença: 
pontos situados sobre uma mesma curva de indiferença oferecem ao 
consumidor o mesmo nível de satisfação e, portanto, para ele é 
indiferente situar-se nos pontos A, B e C, da CI1. Já as curvas de 
indiferença mais altas – como a CI2 - oferecem maiores combinações de 
consumo e, por isso, são preferidas pelo consumidor em comparação 
com as curvas mais baixas – como CI1. Assim, ele prefere o ponto D 
em relação a qualquer daqueles três pontos, uma vez que D situa-se 
numa curva de indiferença mais alta. 
 
Consumo no 
2° período, C2 
 
 
 A 
 B D CI2 
 C 
 CI1 
 
 Consumo no 1º período, C1 
 Figura 2 
Uma observação importante: a inclinação em qualquer ponto da 
curva de indiferença mostra o quanto de consumo no segundo período 
o consumidor exige para compensar a redução de 1 unidade do 
consumo no primeiro período. Esta inclinação fornece a taxa marginal 
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8
de substituição (TMS) – taxa esta que indica o quanto o consumidor 
está disposto a substituir o consumo no primeiro período pelo consumo 
no segundo período. 
 
A otimização e o equilíbrio do consumidor 
 
 Mas, em que curva de indiferença e em que ponto desta curva irá 
o consumidor se situar? Para responder esta questão, temos de colocar 
num mesmo gráfico a reta da restrição orçamentária e as curvas de 
indiferença. O consumidor gostaria de escolher a curva de indiferença 
mais alta. Mas, este desejo esbarra nos recursos ou renda de que dispõe 
e que definem sua reta orçamentária. 
 A Figura3 ilustra bem as escolhas com que se defronta o 
consumidor. De acordo com sua restrição orçamentária, o consumidor 
poderia escolher entre os pontos A, B e C. Sua escolha, logicamente, 
recairá sobre o ponto C – situado sobre a CI3 – que é tangente à reta 
orçamentária e que, portanto, é a mais alta curva de indiferença que ele 
pode atingir. Claro que ele preferiria o ponto D, mas este ponto ou nível 
de consumo não é atingível com renda de que ele dispõe. 
 
 Consumo no 
 2° período, C2 
 
 
 
 D 
 C CI4 
 CI3 
 B CI2 
 A CI1 
 
 Consumo no 1° período, C1 
 Figura 4 
 Em resumo, o consumidor alcança seu nível mais alto de 
satisfação ao escolher o ponto da restrição orçamentária que está na 
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9
curva de indiferença mais alta. No ponto ótimo, a curva de indiferença é 
tangente à restrição orçamentária. 
Note-se que no nível ótimo, isto é, no ponto C, a inclinação da curva 
de indiferença é igual à inclinação da reta orçamentária – que dá a taxa 
marginal de substituição TMS. Esta inclinação da reta orçamentária é 
dada por 1 mais a taxa de juros real. Ou seja, no ponto C, 
TMS = 1+r (6) 
Duas observações importantes para nossos objetivos aqui dizem 
respeito aos efeitos de eventuais variações da renda e de variações na 
taxa de juros real sobre o consumo. 
No caso de variações da renda, deve ficar claro que, caso ocorra um 
aumento na renda do consumidor, no primeiro período ou no segundo 
período, a reta da restrição orçamentária se desloca para fora e para 
cima. Se o consumo nos dois períodos é de bens normais, este aumento 
da renda leva o consumidor a atingir uma curva de indiferença mais 
alta, indicando que o consumo desses bens se elevou nos dois períodos. 
 Uma das conclusões que se pode tirar da análise anterior é que, 
independentemente do período em que tenha ocorrido o aumento da 
renda, o consumidor estende seu consumo pelos dois períodos. Este 
comportamento costuma ser chamado de nivelamento do consumo. Ou 
seja, como o consumidor pode emprestar parte de sua renda ou tomar 
emprestado entre um período e outro, o período da renda se torna 
irrelevante para a definição do quanto ele consome. 
Observe que esta conclusão é muito diferente da conclusão 
keynesiana. Keynes afirmava que o consumo corrente de um indivíduo 
depende em sua maior parte de sua renda presente. Já o modelo de 
Fisher diz que, em vez disso, o consumo baseia-se nos recursos que 
consumidor espera ter ao longo de sua vida. 
Quanto às variações na taxa de juros real e seus efeitos sobre o 
consumo, sabemos que o consumidor pode optar por poupar no período 
1 e consumir mais no período 2, ou tomar emprestado no período 1, 
aumentando seu consumo neste período e reduzindo seu consumo no 
período 2 – quando vai pagar o empréstimo. 
Vamos supor que o consumidor opte por poupar no primeiro período, 
reduzindo, então, seu consumo neste período e aumentando sua renda 
e conseqüentemente o seu consumo no segundo período. Graficamente, 
isso implica um giro da reta da restrição orçamentária, interceptando o 
eixo horizontal num valor menor que anteriormente, e o eixo vertical 
num valor maior. Tal rotação possibilita que o consumidor atinja uma 
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10
curva de indiferença mais alta, implicando uma nova combinação de 
consumo dos dois períodos, com ligeira redução no consumo do período 
1 e um maior consumo no período 2. Como a nova combinação de 
consumo situa-se numa curva de indiferença mais alta, o consumidor 
obrigatoriamente está mais satisfeito agora do que antes. 
Apenas um detalhe: os economistas decompõem o impacto de um 
aumento na taxa de juros real sobre o consumo em dois efeitos: o efeito 
renda e o efeito substituição. Os manuais de microeconomia estudam 
esses dois efeitos em detalhes. Mas nós aqui vamos apenas defini-los: 
i) Efeito-renda: corresponde à mudança do consumo que 
resulta do movimento para uma curva de indiferença mais alta. 
Como sua renda, ao final dos dois períodos, será maior que 
antes – devido aos ganhos com os juros reais – o consumidor 
estará consumindo mais, no frigir dos ovos, do antes. Ademais, 
este consumidor vai querer consumir mais nos dois períodos do 
que consumia antes. 
ii) Efeito-substituição: corresponde à mudança na estrutura do 
consumo que resulta da mudança no preço relativo do 
consumo nos dois períodos. Ou seja, o consumidor troca parte 
do consumo no período 1 por mais consumo no período 2. 
Observe que a composição final do consumo do consumidor 
depende dos dois efeitos: ambos os efeitos atuam no sentido de 
aumentar o consumo do segundo período e, com certeza, o consumo 
deste período será aumentado. Já com relação ao consumo do período 
1, o efeito final é incerto, pois o efeito-renda (positivo) pode mais que 
compensar o efeito-substituição (negativo). 
Feitas essas considerações, vamos analisar duas outras 
importantes teorias sobre o consumo – desenvolvidas a partir deste 
modelo de Irving Fisher - e que, de certa forma, contrastam com a 
função consumo keynesiana. 
 
5. A hipótese do ciclo da vida 
 
 Através de uma série de pesquisas e trabalhos publicados nos 
anos 50, o economista Franco Modigliani, tomando por base o modelo 
de comportamento do consumidor desenvolvido por Fisher, chegou à 
conclusão que, diferentemente do que Keynes propôs, o consumo 
depende da renda auferida pelo indivíduo ao longo da sua vida. 
De fato, Modiglini observou que a renda varia sistematicamente ao 
longo da vida das pessoas. Nesta situação, as pessoas poupam na época 
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11
de renda alta (época das “vacas gordas”) e transferem esta poupança 
para a época de baixa renda (época da “vacas magras”). Esta conclusão 
levou-o a elaborar a sua teoria do consumo a que ele denominou de 
hipótese do ciclo da vida. 
O raciocínio de Modigliani é o seguinte: As pessoas, em sua 
maioria, pretendem se aposentar por volta dos 65 anos. Na 
aposentadoria, esperam que sua renda caia bastante, provocando, 
então, uma queda acentuada no nível de consumo. Assim, pensando em 
como evitar esta queda no seu padrão de vida (ou de consumo), as 
pessoas optam por poupar enquanto podem, isto é, enquanto estão 
ganhando uma renda razoável. 
Agora imagine a situação de um indivíduo que tem uma riqueza 
W, que espera viver T anos, e espera receber uma renda Y até a data de 
se aposentar daqui a R anos. Caso este indivíduo pretenda, quando se 
aposentar, manter seu nível de consumo mais ou menos como está 
hoje, que nível de consumo ele deverá escolher hoje? Ou seja, qual a 
implicação disso para a função consumo? 
Bem, os recursos do consumidor ao longo de sua vida são 
compostos pela riqueza inicial (W) e pelos recursos que ele deve auferir 
ao longo de seus anos de trabalho (R x Y). O consumidor pode dividir os 
seus recursos de toda a sua vida entre os T anos que lhe restam de 
vida. Supondo que ele queira manter seu consumo mais ou menos no 
mesmo nível ao longo dos anos, ele deve dividir os seus recursos totais 
(W + RY) pelos T anos que lhe restam de vida, consumindo em cada 
ano: 
C = (W+RY)/T (7) 
A partir daí, pode-se escrever esta função consumo do indivíduo 
como 
C = (1/T)W + (R/T)Y (8) 
Um exemplo numérico pode ajudar no entendimento desta função 
consumo: suponha que o consumidor espera viver mais 40 anos e 
trabalhar durante 25 anos desses anos. Então, T = 40 e R=25. Assim, a 
função consumo da equação (8) será dada por: 
C = 0,025W + 0,5Y (9) 
Ou seja, pela equação (9), o consumodepende não só da renda 
presente mas, também, da riqueza. O que a equação (9) está dizendo é 
que se o consumidor receber R$1,00 extra de renda por ano, seu 
consumo deve aumentar em R$0,50, e R$1,00 extra de riqueza 
aumenta o seu consumo em R$0,025. 
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12
Generalizando a função consumo da equação (9) para toda a 
economia, veremos que o consumo agregado depende da renda e da 
riqueza, e a função consumo da economia passa a ser representada por: 
C = αW + βY (10) 
Onde, o parâmetro α é a propensão marginal a consumir decorrente 
da riqueza (W) e o parâmetro β é a propensão marginal a consumir 
decorrente da renda. 
 
Implicações dessa nova função consumo 
 
Pela equação (10), pode-se constatar que, se a renda (Y) cair a zero, 
haveria ainda um consumo igual a αW – que pode variar conforme a 
variação em W -, não sendo portanto um valor fixo como é a parcela 
autônoma do consumo na função consumo keynesiana. 
De outra parte, pela função consumo do ciclo da vida, a propensão 
média a consumir é dada por: 
C/Y = α(W/Y) + β (11) 
Como a riqueza não varia na mesma proporção da renda de pessoa 
para pessoa e de ano para ano (em períodos curtos), podemos concluir 
que a uma renda elevada corresponde uma baixa propensão média a 
consumir. Já em períodos mais longos, no entanto, a riqueza e a renda 
crescem juntas, resultando em um razão W/Y praticamente constante e, 
daí, em uma propensão média a consumir constante. Em outras 
palavras, como a riqueza aumenta com o passar dos anos, a propensão 
média a consumir não cai, constrastando, assim, com a propensão 
média a consumir keynesiana – que é decrescente ao longo do tempo. 
Interessante observar que as pesquisas de pós-guerra (particularmente 
as de Simon Kuznets) estão mais de acordo com a teoria do ciclo da 
vida. 
Uma outra previsão importante do modelo do ciclo da vida é a de que 
a poupança varia ao longo da vida das pessoas. Em outras palavras, 
pode-se imaginar um indivíduo jovem que está começando a trabalhar 
agora e, como tal, não dispõe de nenhuma riqueza. Sua riqueza vai 
sendo, então, acumulada durante seus anos de vida economicamente 
ativa para, depois, usufruir dela durante seus anos de aposentadoria. 
Ou seja, segundo a hipótese do ciclo da vida, como as pessoas querem 
um consumo estável ao longo da sua vida, os jovens que estão 
trabalhando poupam, enquanto os velhos aposentados despoupam. 
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6. A hipótese da renda permanente 
 
 Ainda analisando a economia intertemporal, uma teoria sobre a 
função consumo bastante difundida nos anos 60/70, também 
constrastando com a função consumo keynesiana, foi a chamada 
hipótese da renda permanente, de Milton Friedman, que, de certa 
forma, complementa a teoria do ciclo da vida. Note-se que tanto a 
teoria do ciclo da vida como a da renda permanente pretendem 
demonstrar que o consumo não depende apenas da renda atual como 
diz Keynes. Vejamos, então, com mais detalhes, os argumentos 
subjacentes à teoria da renda permanente: 
Para Friedman, a renda Y é constituída de dois componentes: a renda 
permanente (YP) – que corresponde à parte da renda que os indivíduos 
esperam que vai permanecer ao longo dos anos - e a renda transitória 
(YT) – que é a parte da renda que os indivíduos não esperam que vai 
persistir. Ou seja: 
 Y = YP + YT (12) 
Em outras palavras, pode-se dizer que a renda permanente 
corresponde à renda média que as pessoas recebem, enquanto a renda 
transitória é o desvio aleatório e eventual dessa média. Para ficar mais 
claro como se distinguem essas duas rendas, considere os seguintes 
exemplos: 
i) Pedro, um advogado, ganhou este ano mais do que Antônio, 
que abandonou os estudos no curso médio. Como Pedro tem 
curso superior, sua renda permanente foi maior e deverá 
permanecer maior do a de Antônio. 
ii) João, um plantador de café do sul de Minas, ganhou menos do 
que o habitual este ano porque uma geada destruiu seu 
cafezal. Já o Beto, um plantador de café do Espírito Santo 
ganhou mais do que o normal, porque a geada do sul de Minas 
provocou um aumento no preço do café e ele acabou sendo 
beneficiado por isso. Este ganho de renda maior de Beto nada 
mais é que uma renda transitória, eventual. É possível que este 
fato (a geada) se repita no próximo ano e o Beto volte a ter 
uma renda maior que João. Mas, pode ser que isso não ocorra 
novamente. Tal ocorrência, como se vê, é aleatória. Da mesma 
forma, João teve uma perda transitória de renda neste ano e, 
como tal, este prejuízo não deve representar sua renda 
permanente. 
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Daí, pode-se concluir que diferentes formas de renda têm diferentes 
possibilidades de persistirem. No caso de Pedro, sua boa instrução lhe 
garante uma renda maior em caráter permanente, enquanto no caso de 
Beto, o bom tempo lhe proporcionou uma renda maior em caráter 
transitório. 
Para Friedman, o consumo depende principalmente da renda 
permanente, porque os consumidores usam poupanças prévias e 
empréstimos para estabilizar o consumo em reação a mudanças 
transitórias na renda. Para entender melhor, suponha que um indivíduo 
recebeu um aumento permanente de renda de R$2.000,00 por mês. 
Neste caso, seu consumo aumentaria neste valor. Mas, se este indivíduo 
tivesse ganho R$ 5.000,00 na loteria, ele não consumiria tudo em um 
ano. Ao contrário, ele deve estender o consumo extra pelo resto da 
vida. Ou seja, o consumidor gasta sua renda permanente, mas poupa a 
maior parte da renda transitória para gastá-la ao longo dos anos. 
Com este raciocínio, Friedman propôs que a função consumo fosse 
assim representada: 
 C = αYP (13) 
onde α é uma constante que mede a fração da renda permanente 
que é consumida. 
 Ou seja, de acordo com a hipótese da renda permanente, o consumo 
é uma proporção da renda permanente. 
Implicações da hipótese da renda permanente 
Quais são as implicações por trás da proposta da renda permanente? 
Uma primeira implicação diz respeito à propensão média a consumir. 
Para visualizar melhor isso, vamos dividir os dois lados da função 
consumo expressa na equação (13) por Y, obtendo: 
PMeC = C/Y = αYP/Y (13) 
Pelo que se deduz da equação (13), na hipótese da renda 
permanente, a propensão média a consumir (PMeC) depende da razão 
entre a renda permanente e a renda corrente. Quando a renda corrente 
(Y) aumenta temporariamente acima da renda permanente, a propensão 
média a consumir cai temporariamente; quando a renda corrente cai 
temporariamente, a PMeC aumenta temporariamente. 
Para Friedman, essas oscilações de ano para ano da renda são 
dominadas pela renda transitória. Mas, considerando longos períodos – 
digamos, décadas para décadas – a variação na renda vem do 
componente permanente. Em conclusão, em prazos mais longos, deve-
se observar um propensão média a consumir relativamente constante – 
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(tal como as pesquisas pós-guerra, principalmente as de Kuznets - 
mostraram). 
7. Um resumo do que foi analisado aqui, nesta nossa Aula 3 
Tudo o que foi discutido e analisado nesta Aula 3 (de Economia 2) pode ser 
assim resumido: 
i) Keynes afirmou que a propensão marginal a consumir (PMgC) situa-
se entre 0 e 1, e que a propensão média a consumir (PmeC) cai à 
medida que a renda sobe, e que a renda corrente (Y) é o principal 
determinante do consumo. Alguns estudos sobre o consumo, de 
curto prazo, pareceram comprovar a afirmação keynesiana. No 
entanto, nos estudos de longo prazo, não foi encontrada qualquer 
tendência de aPMeC cair quando a renda aumenta. 
ii) Irving Fisher elaborou um modelo de consumo do consumidor onde 
este se defronta com uma restrição orçamentária intertemporal, e 
escolhe o consumo para o presente e para o futuro, a fim de alcançar 
o mais alto nível de satisfação durante a vida. Enquanto o 
consumidor puder poupar e tomar emprestado, o consumo depende 
dos seus recursos ao longo de sua vida. 
iii) A hipótese do ciclo da vida, de Modiliani, enfatiza que a renda varia 
de maneira um tanto previsível ao longo da vida de uma indivíduo, e 
que os consumidores usam a poupança e o empréstimo para manter 
o consumo estável ao longo da vida. Segundo esta hipótese, o 
consumo depende da renda e da riqueza. 
iv) Já a hipótese da renda permanente, de Friedman, enfatiza que as 
pessoas experimentam oscilações permanentes e oscilações 
transitória em sua renda. Como os consumidores podem poupar e 
tomar emprestado, e porque querem manter seu consumo estável, o 
consumo não reage muito à renda transitória. O consumo depende 
então principalmente da renda permanente. 
_________________________ 
Bibliografia consultada: 
 Este texto foi elaborado tomando por base, fundamentalmente, o 
capítulo 16 de Mankiw, N. G., Macroeconomia, LTC Editora, R.Janeiro, 
5ª Edição, 2004. 
Complementarmente, foram também consultados o Manual de 
Macroeconomia, da equipe de Professores da FEA-USP, Editora Atlas, 
S.Paulo, 1998, 1ª Edição, e Macroeconomia, de Olivier Blanchard, 
S.Paulo, Prentice Hall, 3ª Edição, 2004. 
 
 
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