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CRIOTERAPIA
*
CONCEITO
È a aplicação terapêutica de qualquer substância ao corpo que resulta em remoção do calor corporal, diminuindo assim a temperatura dos tecidos.
*
EFEITOS DA CRIOTERAPIA NO CORPO:
1- Diminuição da temperatura
2- Diminuição do metabolismo
3- Diminuição dos sinais inflamatórios
4- Diminuição da circulação sanguínea
5- Diminuição do espasmo muscular
6- Aumento da rigidez tecidual
7- Alterações neurológicas
*
1- DIMINUIÇÃO DA TEMPERATURA:
A velocidade e a magnitude da queda da temperatura dependem das modalidades de frio empregadas (gelo, imersão em água gelada) e do tempo de tratamento.
Os tecidos superficiais se resfriam mais rapidamente que os profundos
O reaquecimento é mais lento (demora 2h para reaquecer depois de uma aplicação de 30’ de gelo
Os tecidos corpóreos são lesados à -3,9º C 
OBS: As bolsas de gel podem causar ulceração por frio, pois congelam em temperaturas muito baixas (± 17º C).
*
2- DIMINUIÇÃO DO METABOLISMO
Diminuição do metabolismo = diminuição da necessidade de O2
Ex. do gelo para diminuir o metabolismo: lesões, cirurgias cardíacas, transplantes de órgãos, cirurgias cerebrais (em ratos).
O principal objetivo é reduzir a atividade metabólica, de modo que um órgão que tenha sofrido lesão ou que não esteja recebendo irrigação suficiente tenha melhores possibilidades de cura, pois vai precisar de menos O2 e consequentemente de menos sangue.
O consumo de O2 em 21 antebraços de seres humanos imersos em água fria diminuiu em média 2,5 vezes a cada 10º C de redução da temperatura. 
*
3- DIMINUIÇÃO DOS SINAIS INFLAMATÓRIOS:
Schimidt e col. (1979), concluíram que as aplicações de frio podem inibir alguns tipos inflamatórios (agudos).
O efeito da histamina sobre a membrana vascular é atenuado o que evita extravasamento de liquido pela parede vascular. Esse efeito foi revertido ao provocar o reaquecimento do tecido (Boykin, 1982; Rippe, 1978)
Brooks e Duncan (1988) provocaram lesões no dorso de 3 grupos de coelhos. 1 grupo foi tratado com compressas quentes, o outro com compressas frias e o terceiro não foi tratado. Após 34h a resposta inflamatória era maior nas lesões tratadas com calor, quase inexistente nas tratadas com frio. Após 24h de interrupção do tratamento as lesões tratadas com frio tinham quase o mesmo aspecto das não tratadas. Portanto parece que o frio não altera a resposta inflamatória, apenas retarda. 
O frio deprime os processos de cicatrização, pois diminui o metab. e a circulação da área lesada.
*
4- EFEITO NA CIRCULAÇÃO:
Lewis (1930) achava que após imergir o dedo em água gelada ocorria uma resposta oscilatória no calibre do vaso (vasodilatação e vasoconstrição) e alguns autores acreditam que após alguns minutos de gelo ocorre uma vasodilatação induzida pelo frio (VIF).
Segundo Knight não há uma dilatação dos vasos e sim uma reversão parcial da vasoconstrição ocorrida quando se mergulhou o dedo na água gelada.
Vermelhidão decorrente do gelo: 
- A cor avermelhada da pele é devido à diminuição do metabolismo, a troca de O2 entre os tecidos e capilares diminui o que resulta em sangue com alta concentração de oxigênio (fica mais vermelho) 
*
5- DIMINUIÇÃO DO ESPASMO MUSCULAR:
Espasmo muscular é qualquer movimento ou contração muscular involuntário
A literatura mostra que o gelo diminui a espasticidade e aumenta o relaxamento muscular
Faz isso através de: diminuição da aferência sensorial ou rompimento do ciclo-espasmo-dor. 
*
6- RIGIDEZ:
O resfriamento leva a rigidez, os tecidos se tornam menos elásticos e mais resistentes ao movimento
A rigidez articular ocorre pelo: aumento da rigidez muscular, aumento da viscosidade do liquido sinovial e menor elasticidade do tecido conjuntivo.
Tensão muscular: a transmissão sinaptica é diminuída pelo resfriamento. A liberação de ACh diminui em 60% com uma temperatura de 17º C. Há também uma diminuição da atividade da colinesterase. O resultado disso é uma maior duração do PA muscular o que leva a um aumento da tensão de abalo do músculo
 (associação prolongada do Ca2+ à troponina C - tensão prolongada do músculo – muitas pontes cruzadas formadas).
*
7- EFEITOS NEUROLÓGICOS:
O resfriamento de um receptor de frio, inicialmente, aumenta a velocidade de condução das fibras que transportam as informações desses receptores (A-delta e C)
A dor que é sentida quando se aplica gelo “caminha” pelas fibras C.
As sensações cutâneas são perdidas, durante a aplicação de gelo de forma hierárquica: cócegas, frio, 1ª dor, 2ª dor e aquecimento.
A velocidade de condução diminui gradualmente conforme a temperatura cai até que a condução fique bloqueada (depende do tempo de gelo).
Essa queda na velocidade de condução é decorrente de um aumento na duração dos potenciais de ação (períodos refratários absoluto e relativo).
*
TÉCNICAS DE APLICAÇÃO DA CRIOTERAPIA:
*
1- LESÕES E TRAUMAS:
Após uma lesão, células situadas na periferia da lesão podem morrer, o que é conhecido como lesão secundária.
Dois mecanismos resultam em lesão secundária:
1- Ações enzimáticas (células na periferia da lesão ao entrarem em contato com enzimas, dos lisossomos destruídos das células mortas, morrem). CONSEQUÊNCIA: lesão mais extensa
2- Hipóxia Secundária (ocorre oxigenação inadequada das células da periferia da lesão porque: vasos romperam e a distância entre as células vivas e os vasos intactos fica aumentada pelo edema). CONSEQUÊNCIA: morte celular – lesão mais extensa.
O inchaço após uma lesão decorre de dois processos:
- hemorragia
- edema
*
COMO O FRIO ATUA: 
O gelo não atua na hemorragia
Uma vez que o edema se desenvolva o frio não pode reverte-lo.
Porem quando se aplica gelo logo após a lesão (± 10min) o edema pode ser evitado, o frio reduz a hipóxia secundária, diminuindo a POT (menos edema)
*
RICEE:
R- repouso
 I- ice (gelo)
C- compressão
E- elevação
E- estabilização
GELO: limita o edema
COMPRESSÃO E ELEVAÇÃO: controle do edema diminuindo a pressão de 			 filtração capilar
ESTABILIZAÇÃO: permite que a musculatura ao redor relaxe e diminui o ciclo 		 espasmo-dor
VANTAGEM: menos tecido lesado menos dor cicatrização mais rápida
*
PROCEDIEMENTOS PARA TÉCNICA:
1- Começar em até 10 min após a lesão
2- Colocar gelo diretamente sobre a pele
3- Prender a compressa de gelo com bandagem elástica de ± 15 cm
4- Elevar a área lesada 15 a 25 cm do nível do coração
5- Estabilizar
6- Após 30/40 min de gelo retirar a compressa e recolocar a bandagem elástica e manter elevado
7- Reaplicar a compressa de gelo de 2 em 2 horas
8- Durante a noite usar a bandagem elástica
9- Fazer esse ciclo durante as primeiras 24 horas de lesão
 - O repouso deve ser mantido até a área afetada “funcionar” sem dor.
 - Manter a compressão até o edema desaparecer 
*
PROBLEMAS E CONTRA-INDICAÇÕES AO USAR O GELO:
1- Ulceração Produzida Pelo Frio:
È o congelamento localizado do tecido
A classificação da lesão pelo frio utiliza o sistema de classificação das queimaduras (a profundidade do tecido acometido).
Ocorre devido a cristalização do gelo nos tecidos e danos vasculares.
*
1º Grau:
Ulceração inicial pelo frio.
Caracteriza-se por sintomas que ocorrem antes do congelamento da pele
Ocorre na face, mãos e bochechas.
A pele fica esbranquiçada e ocorre uma sensação de latejamento ou ardor que podem levar a dormência.
2º Grau:
Ulceração superficial pelo frio, levando ao congelamento da pele e dos tecidos subcutâneos.
A região fica dormente e posteriormente com sensação de pontadas e coceiras que podem durar semanas.
Ocorre edema, pode formar-se bolhas que dão lugar a ulcerações que ficam negras com o passar das semanas.
*
3º Grau:
Ocorre ulceração profunda pelo frio.
Há congelamento dos vasos sg, músculos, pele e tecidos subcutâneos.As bolhas que se formam são maiores, os pés e as mãos ficam edemaciados, acompanha dor latejante.
Se os tecidos não forem reaquecidos rapidamente há perda de tecido muscular.
Após o descongelamento a pele fica cinza e contínua fria e em cerca de 2 semanas fica preta.
O restante do membro também fica preto, seco e enrugado, pode inflamar e ter muita dor.
*
2- Hipersensibilidade ao Frio:
Muitas vezes é chamada de alergia ao frio
Foram agrupadas em 4 categorias com base nos sinais:
1- URTICÁRIA – causada pela liberação de histamina e outros mediadores durante o reaquecimento
2- HEMOGLOBINÚRIA – hemoglobina livre na urina
3- PÚRPURA – hemorragia na pele e mucosas
4- ERITEMA – vermelhão, acompanha dor forte, espasmos musculares e sudorese
*
3- Distúrbios Vasoespásticos
Doença de Raynaud – ocorre fenômeno de Raynaud primário, predomina em mulheres jovens, nas a leve exposição ao frio leva ao fenômeno
Fenômeno de Raynaud 
– Ocorre alteração na circulação periférica, com menor fluxo sanguíneo nos dedos e vasoconstrição excessiva em resposta à estimulação simpática. 
As pequenas artérias dos membros constringem levando à palidez e cianose da pele. 
Pode ocorrer anestesia, latejamento e ardor. Normalmente é secundário à outras lesões tais como trauma, síndrome do túnel do carpo...
*
CONTRA-INDICAÇÕES:
Não aplicar gelo por mais de 1 hora, pode causar ulcerações
Não aplicar bolsa de gel diretamente sobre a pele
Não aplicar em indivíduos com:
Doença de Raynaud ou outra doença vasoespástica
Hipersensibilidade ao frio
Distúrbios cardíacos
Comprometimento da circulação local

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