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Aulas 5 e 6

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Mecanização Agrícola
Preparo Inicial do Solo 1
1
MINISTERIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA
INTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA GOIANO
Disciplina: Máquinas e Implementos Agrícolas
Câmpus Urutaí 
Prof. Dr. Cleiton Gredson Sabin Benett
Urutaí - GO
2014
Aula 5.
Preparo Inicial do Solo e 
Preparo Periódico do Solo
2
A mecanização na agricultura visa melhorar as
condições e a produtividade de trabalho das tarefas
destinadas à produção. Entretanto, como qualquer
atividade que envolve custos elevados e que altera o
ambiente natural, só deve ser executada após
planejamento criterioso e detalhado.
Desta forma, são evitados desperdícios de tempo,
recursos financeiros e ambientais.
Silveira (1999)
Por que mecanizar?
3
Preparo Inicial do Solo
“Visa propiciar condições favoráveis à semeadura, 
germinação, tratos culturais, desenvolvimento e 
produção das plantas cultivadas.”
4
As operações que constituem o preparo inicial do solo 
são:
 Operações de desmatamento;
 Operações de movimentação de terra.
Terrenos recoberto de vegetação ou apresentar
superfície irregular ou enxarcada, tornando-se necessária
a remoção destes obstáculos para a instalação de
culturas. Às operações requeridas para este fim dá-se o
nome de preparo inicial do solo. 5
Código Florestal
Mecanização Agrícola
Preparo Inicial do Solo 2
 Operações de desmatamento;
 Derrubada de árvores e arbustos;
 Corte ou arrancamento dos tocos;
 Enleiramento e destruição do material derrubado;
 Limpeza e desenraizamento do solo arável.
 Operações de movimentação de terra;
 Terraplanagem (desaterro);
 Terraplenagem (aterro);
 Valetamento;
 Drenagem.
7
Fatores a serem considerados
• Vegetação:
– Escolha do método de desmatamento; 
– Previsão do tempo necessário para a operação;
– Previsão dos custos envolvidos na operação;
• Outros fatores:
• Maquina a ser utilizada;
• Equipamento a ser utilizado.
Classificação e levantamento 
por meio de amostragens
8
9
Áreas de desmatamento:
 Vegetação espontânea
 Mata virgem;
 Mata secundária;
 Cerradão;
 Capoeira;
 Cerrado;
 Restinga;
 Caatinga;
 Campo limpo ou sujo;
 Pastagem limpa ou suja.
 Vegetação artificial
 Café, eucalipto, 
pinheiro, árvores 
frutíferas, etc.
10
Métodos e máquinas de desmatamento
• Manual
– Machado, chibanca;
– Serra manual (traçador);
– Moto-serra.
• Mecanizado
– Cabo-de-aço, correntão leve;
– Lâmina;
– Enleirador;
– Rolo Faca.
11
Métodos e máquinas de desmatamento
– Lâmina frontal;
• Cortadora
• Empurrradora (lisa)
– Topador ou barra empurradora;
– Tesourão;
– Motosseras;
– Rolo faca;
– Combinações de equipamentos.
12
Mecanização Agrícola
Preparo Inicial do Solo 3
Desmatamento com Lâminas Frontais
• Lâminas cortadoras de árvores
– Derrubada de matas virgens ou capoeirões
– Acopladas a tratores de esteiras com mais de 
100 cv
– Tipos de lâminas:
• cortadora em ângulo ou “Rome K/G”
• cortadora em “V” ou “lâmina Fleco”
13
Lâmina Rome K/G
14
Lâmina Rome K/G
15
Lâminas lisas ou empurradoras de árvores
16
17 18
Mecanização Agrícola
Preparo Inicial do Solo 4
 Vantagens:
 Implemento versátil: desmata, empilha, destoca e abre 
valas;
 Árvores cortadas caem em uma só direção;
 Derruba árvores de qualquer tamanho;
 Maior rendimento.
 Desvantagens:
 Não remove material acamado: raiz, pedras, etc.
 Quando há a necessidade da destoca, lâmina requer 
regulagem especial.
19
Lâmina Fleco
• Possui duas seções de corte em “V”
• A barra de corte é serrilhada e o ferrão no centro
• Possui alta produção na remoção de árvores, 
tocos e raízes
20
 Vantagens:
 alta produção, pois derrubada se dá de modo 
contínuo;
 os dois lados da lâmina podem ser montados e 
desmontados.
 Desvantagens:
 árvores caem à direita e a esquerda do trator;
 não remove material acamado;
 não remove os todos com uma só passagem;
 não enleira nem empilha o material cortado.
21
Desmatamento com Correntão
 Deve limitar-se às seguintes condições:
 Vegetação:
 tipo cerrado ou cerradão;
 áreas com árvores de pequeno diâmetro;
 poucas árvores acima de 45 cm de diâmetro;
 pouca erva daninha;
 população de plantas lenhosas abaixo 2.500 árvores/ha.
22
23
• Solo:
• bem drenados, superfície nivelada ou pouca inclinação;
• Livre de escavações, montículos, formigueiros, cupins.
• Outros:
• área total que justifique os trabalhos das máquinas;
• área suficiente para que a carga e descarga, além do
transporte mínimo do correntão.
Desmatamento com Correntão
 Utiliza-se normalmente trator de esteira.
 Número de tratores:
 Dois tratores, vegetação leve;
 Três tratores, vegetação mais pesada:
 Tratores:
 equipados com lâminas frontais;
 cabinas bastante resistentes;
 proteção contra insetos (abelhas).
24
Mecanização Agrícola
Preparo Inicial do Solo 5
25 26
27 28
Uso do Correntão
29
 SAAD (1979), recomenda o uso do correntão nos
seguintes casos:
 vegetação em estágio inicial, onde o diâmetro das
árvores não excede a 30 cm;
 solos bem drenados, planos ou com leve declividade
e sem obstruções (escavações, montículos,
cupinzeiros);
 área de trabalho superior a 400 ha.
 O rendimento do trabalho de limpeza de área com
correntão oscila entre 2,0 a 4,0 ha/h.
Potência necessária dos tratores
 tipo normal e leve – tratores de esteiras de 120 a 150 CV 
de potência.
 tipo normal e médio ou tipo longo e leve – tratores com 
potência de 150 a 180 CV.
 tipo normal e pesado – potência na faixa de 200 a 270 CV.
 tipo longo e pesado – tratores com potência superior a 
300 CV.
30
Mecanização Agrícola
Preparo Inicial do Solo 6
Pesos e diâmetros das esferas
• Os fabricantes desses equipamentos recomendam:
Diâmetro Material Peso Aproximado
0,90 m Ferro fundido 3.000 Kg
1,05 m Ferro fundido 4.500 Kg
1,20 m Ferro fundido 6.800 Kg
1,20 m Esfera oca de encher 2.500 Kg
1,50 m Esfera oca de encher 4.500 Kg
1,80 m Esfera oca de encher 7.500 Kg
3,00 m Ferro fundido 6.800 Kg
31 32
Após a passagem pela vegetação, é
feita a volta dos correntões chamada
de “ARREPIO” para retirar as raízes
restantes.
33 34
35
 Tesourão
36
Mecanização Agrícola
Preparo Inicial do Solo 7
37
Motosserras
Iniciar o corte horizontal até 1/3 do diâmetro da
árvore, em seguida fazer o corte inclinado até
encontrar o corte inicial, finalmente realizar um corte
horizontal na parte oposta a 5 cm acima do primeiro
corte
 Rolo-faca
38
Enleiramento
• Consiste em amontoar ou empilhar o material
derrubado em leiras contínuas, espaçadas de 30 a
100 metros, com 5 a 10 metros de base e 2 a 3
metros de altura.
• Depende:
– da declividade do terreno;
– da densidade do material derrubado;
– do tipo de equipamento utilizado e/ou disponível.
39
Tipos de enleiramento
• Existem dois tipos básicos:
– Em conjunto com a derrubada:
• À medida que as árvores são derrubadas, faz-se também 
o seu enleiramento.
– Como operação independente:
• Executado após completada a operação de derrubada 
(exemplo: correntão).
40
Tipos de enleiramento
41
Técnicas de Enleiramento
• Com relação à conservação do solo:
– Leiras constituir barreira ao escoamento d’água;
– Critério é o alinhamento segundo curvas de nível.
• Quanto à racionalização do trabalho da maquinaria no 
campo:
– Talhões estreitos e longos reduzem tempos de manobras nas 
cabeceiras;
– Talhões de largura constante evitam problemas defileiras 
mortas;
• Prejudica manejo futuro com semeadoras, cultivadores e 
colhedoras. 42
Mecanização Agrícola
Preparo Inicial do Solo 8
Técnicas de Enleiramento
43 44
FIM
45
Preparo Periódico do Solo
O que é o solo?
Camadas superiores, da superfície terrestre,
intemperizadas e fragmentadas.
Serve de sustentação para as plantas e apresenta
diversos microorganismo.
Mecanização Agrícola
Preparo Inicial do Solo 9
Porque fazer o preparo do solo?
Criar um ambiente favorável à germinação,
crescimento, desenvolvimento e produção de uma
determinada cultura, melhorando as condições do solo
como sua absorção e retenção de água, seu
arejamento e sua fertilidade.
Aspectos a considerar
 Textura;
 Estrutura;
 Relevo;
 Compactação;
 Resistência do solo à penetração;
 Compressibilidade do solo.
Compactação do Solo
 Mudança de volume no solo;
 Máxima densidade em que um solo pode ser
armazenado, em virtude da aplicação de uma certa
quantidade de energia.
Mal Preparo do Solo
 Desestruturação do solo;
 Formação de uma camada de solo compacta a uma
determinada profundidade, pé-de-arado.
 Dificuldade no desenvolvimento radicular da planta;
 Encharcamento rápido.
Mecanização Agrícola
Preparo Inicial do Solo 10
Perfil 
natural do 
terreno
Camada 
de
solo
mobiliza
da
Camada 
subsuperf
icial
compacta
da
Tipos de Preparo do Solo
Convencional
Preparo primário:
Operações iniciais de mobilização do solo,
executado por arados, escarificadores ou grades
agrícolas pesadas.
Tipos de Preparo do Solo
Convencional
Preparo secundário:
Operações de nivelamento e destorroamento da
camada de solo que já sofreu o preparo primário,
executado principalmente por grades médias ou leves,
rolos destorroadores e enxadas rotativas.
Tipos de preparo do solo
Conservacionista
Mínimo de mobilização do solo, utilizando
escarificadores para a sua realização.
Tipos de Preparo do Solo
Sem preparo
(Plantio Direto)
Mínima mobilização do solo com maior economia
de combustível e utilização de máquinas.
De acordo com o tipo de propriedade, solo, clima e
diferentes culturas, precisam ser notados no preparo do
solo:
 Armazenamento de água no solo;
 Eliminação de camadas compactadas, visando ao
aumento de infiltração de água e evitando erosão;
 Mistura e incorporação de calcário, fertilizantes e
produtos químicos;
 Nivelamento do solo, visando a facilitar o trabalho das
maquinas das sementes.
Mecanização Agrícola
Preparo Inicial do Solo 11
Em cada propriedade, o tipo de preparo de solo a ser
realizado com maquinas e implementos depende de
vários fatores, dentre os quais se destacam:
 Grau de infestação de ervas daninhas;
 Resíduos vegetais que se encontram na superfície;
 Cultura a plantar;
 Umidade do solo;
 Existência de camadas compactadas;
 Probabilidade de erosão;
 Máquinas disponíveis.
FIM
63
MINISTERIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA
INTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA GOIANO
Disciplina: Máquinas e Implementos Agrícolas
Câmpus Urutaí 
Prof. Dr. Cleiton Gredson Sabin Benett
Urutaí - GO
2014
Aula 6.
Aração e Gradagem
ARAÇÃO
 Evolução da agricultura
Na agricultura, a mecanização é a que esteve
sujeita a maior evolução ao longo dos anos.
9.000 a.C.
agricultura
tradicional
a partir do século 
XVIII
modernização da
agricultura
evolução da 
agricultura
de forma 
gradual e lenta
64
 Aração  é a mais antiga entre as operações de
preparo periódico do solo.
 Antiga Mesopotâmia  5.000 a.C.
 Chineses  3.000 a.C.
 Ao longo do tempo sofreram profundas
modificações
 Forma
 Material empregado
65
Arado antigo utilizado na Ásia.
Arado egípcio da Antiqüidade.
66
Mecanização Agrícola
Preparo Inicial do Solo 12
Arado
1500 a.C.
Arado
1865
67 68
Entre as operações agrícolas com denominação
geral de preparo periódico do solo, aração é a mais
antiga e comumente realizada.
Na aração a camada superficial do solo é cortada
em fatias denominadas leivas.
69 70
O arado realiza movimento torcional, sendo
invertidas se maneira que a face superior fica voltada
para baixo. Assim o arado corta, eleva esboroa e inverte
a camada de terra.
71
A aração do solo provoca uma aeração das camadas,
permitindo maior introdução de oxigênio e expulsão de gás
carbônico, o que facilita os processos químicos e biológicos
da oxigenação, como uma verdadeira respiração.
72
Mecanização Agrícola
Preparo Inicial do Solo 13
73
A matéria orgânica incorporada ao solo encontra
ambiente adequado a sua decomposição.
Assim o arado é empregado para quebrar e pulverizar
o solo, permitindo ao solo apresentar condições físicas
apropriadas para o desenvolvimento das plantas.
O trabalho do arado no preparo do solo para as
culturas pode proporcionar os seguintes benefícios:
 Ambiente profundo e de boa textura, ideal para o
desenvolvimento da planta em todas as suas fases;
 Solo livre para a circulação de ar;
 Destruição de insetos e larvas e de seus ovos e locais
de desenvolvimento;
 Aumento do espaço entre as partículas do solo.
74
Uma aração bem feita facilita as demais operações
agrícolas e se caracterizam-se por:
 Desagregar bem o solo em todas a extensão da lavra;
 Tornar os sulcos tão retos quanto possíveis, do princípio
ao fim;
 Produzir sulcos uniformes e de igual profundidade;
 Enterrar completamente toda a vegetação de cobertura;
 Evitar sempre que possível a formação de “bancos” –
áreas não aradas no meio do terreno.
75
Sistema de Aração
 Aração em talhões
É utilizada exclusivamente em terrenos planos ou em
declividade pouco acentuada do ponto de vista da
erosão. E seguem o seguinte esquema:
 Marcação do terreno;
 Abertura do primeiro sulco;
 Aração dos quadros;
 Aração das cabeceiras.
76
A maneira de fazer a aração em talhões é de dentro
para fora, iniciando-se no meio do terreno e
arrematando-se nas margens.
Em função da forma da área, deve-se estudar o tipo
de aração mais adequado:
 Triângulo;
 Quadrado;
 Retângulo;
 Faixa.
77
Em terrenos com topografia não muito plana, o
método indicado é o de faixas, acompanhando as curvas
de nível.
Nunca realizar sulcos no mesmo sentido das águas,
pois isso levará a erosão.
Não havendo demarcação de curvas de nível no
terreno, é recomendável cortar transversalmente no
sentido das enxurradas.
78
Mecanização Agrícola
Preparo Inicial do Solo 14
79
 Aração em terrenos terraceados
Área do terraços (canal e camalhão):
Sua aração é necessária para que seu perfil seja
mantido próximo do original durante o maior tempo
possível.
Inicia-se a aração tombando-se o topo do camalhão do
terraço como linha básica, isso em sentido “abrindo o
quadrado”, de modo que os sulcos mortos se localizam nos
canais.
80
Área entre os terraços 
Sua aração deve ser feita de acordo com 2 métodos:
 De dentro para fora “abrindo quadro”
 De fora para dentro “fechando quadro”
81 82
 Aração em Contorno
É usada quando a inclinação do terreno não for muito
pronunciada a ponto de exigir terraceamento e não for
suficientemente leve para ser arada em talhões. Marcam-
se as curvas de nível básicas e inicia-se a aração.
83 84
Mecanização Agrícola
Preparo Inicial do Solo 15
Escolha dos Sistemas de Aração
Devemos considerar basicamente 2 fatores na escolha
de um sistema de aração:
 Menor “tempo morto” possível em giros nas cabeceiras
das faixas trabalhadas;
 Existência de sulco abertoao final de cada passada do
arado, sobre o qual será invertida a primeira leiva da
passada seguinte.
85
Tipos de Arados
 Acionamento
 Tração animal
 Tração mecânica
 Acoplamento à fonte de potência
 Arrasto
 Montado
 Semimontado
 Movimentação do órgão ativo
 Fixo
 Reversível
 Tipo de órgão ativo
 Aiveca
 Discos
86
Os arados
No mercado brasileiro de máquinas agrícolas
encontram-se arados de diversas procedências, em vários
modelos e marcas, que entretanto se dividem em 2 grupos,
em relação ao tipo de órgãos ativo:
 Arado de Disco;
 Arado de Aiveca.
Nos arados temos ainda o tipo de acoplamento e a
reversibilidade.
87
Reversibilidade
O arado é chamado de fixo quando os corpos são
fixos, movimentando a leiva somente para o lado direito.
Caso os corpos sejam reversíveis, eles movimentam a
leiva para lado direito e para o esquerdo.
91
Arados de Aivecas
Esse arado foi desenvolvido a partir de um galho de
árvore retorcido, onde corta, eleva e inverte a camada do
solo de uma forma mais perfeita que o arado de discos.
Esse arado consegue inverter a camada superficial do
solo numa profundidade de 20 a 35 cm, em ângulo de
aproximadamente 135°, cobrindo a maior parte das
plantas e restos vegetais que se encontram na superfície.
92
Utilização no Brasil
Os arados de aivecas de tração tratorizada são pouco
utilizados a não ser no Sul do país, e em algumas regiões
do Estado de São Paulo. Mas sendo atualmente utilizado
na região de cerrado.
São vários os fatores que determinaram a preferência
dos agricultores pelos arados de discos tratorizados:
93
Mecanização Agrícola
Preparo Inicial do Solo 16
Os arados de aivecas exigem que o terreno a ser
trabalhado esteja livre de obstáculos, especialmente
raízes;
Faltam estudos sobre os tipos de aivecas mais
adequados aos nossos solos;
Enquanto os arados de discos, mesmo mal regulados
e projetados, sempre conseguem fazer certos trabalhos.
OBS.: Os arados de aivecas possuem melhor
dinâmica de penetração.
94
Vantagens e Limitações
De modo geral, o arado de aivecas apresenta as
seguintes vantagens;
 Melhor penetração no solo do que o arado de discos,
especialmente em condições adversas, como em solo
seca ou compactado;
 Rompe ou quebra as camadas compactadas,
melhorando a infiltração de água no solo;
95
 Apresenta melhor enterreio de sementes e
eliminação de plantas daninhas do que o arado de
discos;
 Melhor qualidade do serviço em áreas planas,
principalmente nas várzeas drenadas.
96
Desvantagens
 Má performance em solos argilosos, quando o teor
de argila ultrapassar 30% (solo gruda). Solos com
menor de 30% de argila, o aiveca consegue fazer
bons trabalhos;
 Sua regulagem é mais difícil do que o arado de
discos;
 A superfície do solo fica livre de resíduos vegetais, o
que aumenta o risco de erosão.
97
Componentes – Arado Aiveca Fixo
Partes Principais
 01 - Chassi
 02 - Torre de Engate
 03 - Suportes das Aivecas
 04 - Aivecas
Opcionais
 05 - Placas de Polietileno
 06 - Discos de Corte
 07 - Roda de Profundidade
 08 - Bico e Picão Reversível
98
Aiveca lisa.
Para solos arenosos.
Aiveca recortada.
Para solos argilosos/pegajosos.
99
Mecanização Agrícola
Preparo Inicial do Solo 17
Figura. Tipos de aivecas.
100
Regulagens e Operações
Verifique se as distâncias entre os braços inferiores e os pneus
são iguais dos dois lados (Medida "A"), devendo os mesmos
estarem nivelados (Medida "B").
101
Nivelamento do Arado
Através do braço superior (terceiro ponto) faça o
nivelamento do arado.
102
A - Para solos compactados
B - Para solos normais, leves e soltos
A1 - Para solos compactados
B1 - Para solos normais, leves e soltos
103
Arado de Aiveca – Reversível 
01 - Corpo do Chassi
02 - Cabeçalho
03 - Válvula de Retenção
04 - Barra de Engate
05 - Mangueiras
06 - Cilindros Hidráulicos
07 - Revestimento de Polietileno
08 - Aivecas Simétricas
09 - Pedestais
10 - Roda de Profundidade
11 - Estabilizador
104
Arado de Aiveca Reversível Arado de Aiveca Reversível
Arado de Aiveca Fixo
Arado de Aiveca Fixo
105
Mecanização Agrícola
Preparo Inicial do Solo 18
Arado de Aiveca Reversível
106 107
108
Exercício
Cálculo do Rendimento Horário
Milionário Rico Fortuna tem uma propriedade em Ipameri-GO,
e gostaria de saber qual seria o rendimento do arado de aiveca
que acabou de comprar. Sabemos que a largura de trabalho é de
1,35 m, a eficiência de 90% e velocidade de 4,5 km/h. Qual o
rendimento por hora em 1 hectare?
R = Rendimento por Hora?
L = Largura de trabalho do arado, expressa em metros.
V = Velocidade média do trator, expressa em metros por hora.
E = Eficiência, expressa em 0,90.
X = Valor do Hectare = 10.000 m² 109
R = ?
L = 1,35 m
V = 4.500 m/h
E = 0,90
X = 10.000 m²
R = 0,55 Hectare por Hora.
110
Arados de Discos
São o resultado de uma transformação gradual do arado de
aivecas. Com sua construção procurou-se obter > rendimento e
eficiência na agricultura.
É composto de discos colocados separadamente sobre
rolamentos no corpo do arado, mantendo determinado ângulo
verticais e horizontalmente.
O transporte e a inversão das leivas do solo arado são
provocados pela rotação do disco, que gira pela força exercida
pelo solo.
111
Mecanização Agrícola
Preparo Inicial do Solo 19
Vantagens e Limitações
O arado de discos apresenta algumas vantagens,
responsáveis pela preferência dos agricultores
brasileiros.
 Pode ser empregado em solos duros e secos;
 Opera de maneira razoável em terrenos com restos 
de culturas e adubos verdes;
112
 São os mais indicados para solos muito adesivos, que
não deslizam com facilidade sobre o aiveca e também
em solos pedregosos ou com raízes e tocos;
 A substituição dos discos gastos pelo uso é bem mais
fácil do que a das aivecas precisando as vezes de
ferreiro;
 O arado de discos mistura o solo melhor do que o de
aiveca, fato importante para incorporação de calcário.
113
Desvantagens
 Rendimento muito baixo em comparação com outros
implementos de preparo;
 Elevado consumo de combustível;
 A roda direita do trator passa pelo suco recém aberto,
causando compactação (pé-de-arado);
 Deslocamento lateral da terra podendo provocar ao
longo dos anos, acumulo de terra nos terraços;
114
 Deixa a superfície livre de restos vegetais,
aumentando o risco de erosão;
 Não consegue penetrar, se existir excesso de restos
vegetais na superfície do solo.
115
Componentes – Arado de Discos Fixo
01 - Chassi
02 - Torre de Engate
03 - Eixo Manivela
04 - Pinos de Engate
05 - Descanso
06 - Cubo
07 - Pedestal
08 - Limpador
09 - Disco Liso
10 - Roda Guia
116
Os discos que compõem o arado
Discos lisos
Sua constituição básica é de aço. Não possui dentes,
o que define a sua penetração ao solo é a curvatura,
espaçamento e número de discos, peso, velocidade de
trabalho e inclinação tanto vertical como horizontal.
117
Mecanização Agrícola
Preparo Inicial do Solo 20
Discos recortados
Sua constituição básica também é de aço. O recorte
é feito para melhorar a capacidade de corte; possui
ângulo de afiamento na parte externa e interna.
Quando comparados com os discos lisos, apresentam
a vantagem de melhor performance (maior penetração
no solo) e a desvantagem de maior probabilidade de
quebras.
118
Figura. Tipos de Discos.
119
Fatores que Influem na Penetração dos Discos no Solo
 Ângulo vertical;
 Velocidade operacional;
 Peso dos discos;
 Afiação dos discos;
 Mola da roda guia.
120
REGULAGENS E OPERAÇÕES
121
Pontosde Regulagem
01 - Para tratores de categoria I.
02 - Para solos médios e pesados.
03 - Para solos leves.
122
1 - Para solos leves e com fácil penetração dos discos.
2 - Para solos pesados ou mais compactados.
123
Mecanização Agrícola
Preparo Inicial do Solo 21
124 125
Arado de Discos – Reversível Manual
01 - Chassi
02 - Alavanca de Reversão
03 - Pedestal
04 - Cubo
05 - Disco
06 - Limpador
07 - Regulagem do Ângulo Horizontal (Velocidade)
08 - Roda Guia
09 - Descanso
126
Arado Reversível com Pistão de Reversão
01 - Chassi
02 - Pistão de Reversão
03 - Pedestal
04 - Cubo
05 -Disco
06 - Limpador
07 - Regulagem do Ângulo Horizontal (Velocidade)
08 - Roda Guia
09 - Descanso
127
Identificação de Possíveis Problemas e suas Soluções, 
no Momento da Aplicação
O arado tem dificuldade para penetrar:
 Diminua a largura de corte;
 Use os furos superiores do engate do arado;
 Diminua a pressão da roda guia;
 Menor velocidade também facilita a penetração dos
discos.
128
Tendência a sair do sulco:
 Ajuste o ângulo da roda guia;
 Aumente um pouco a pressão na mola da roda guia;
 O primeiro disco deve estar penetrando além dos
demais, dê maior comprimento ao braço superior do
terceiro ponto;
 Verifique se o arado está centralizado com o trator.
129
Mecanização Agrícola
Preparo Inicial do Solo 22
A leiva da terra é atirada muito longe:
 Diminua a velocidade do trator.
Embuchamento da vegetação entre os discos:
 Ajuste dos limpadores.
130
Arado de Discos Fixo
Arado de Discos Reversível 131
132
Arados de Tração Animal
Arado Fixo
Arado Reversível
133
134
Arados Terraceadores
São implementos grandes, usados na construção de
taipas para irrigação de arroz e construção de terraços.
Duas asas colocadas após os discos traseiros,
encaminham o solo cortado para o centro, moldando o
terraço.
135
Em terreno arenoso-barrento, com 12 a 14% de
declividade e velocidade aproximada de 0,4 m/s, em
duas passadas, obtêm cerca de 1.500 m de terraço com
3 m de base por hora.
Mecanização Agrícola
Preparo Inicial do Solo 23
136
Terraceadora de Arrasto
Essa máquina é acoplada à barra de tração e
acionada pelo sistema hidráulico remoto do trator.
Consiste de uma carreta a qual se prendem dois porta-
discos laterais triangulares.
137
A largura do equipamento varia de entre 8 a 9 m.
As faixas destinadas ao terraceamento devem ser
previamente subsoladas, escarificadas ou gradeadas
para remoção de possíveis obstáculos subterrâneos e
obtenção de maior volume de terra para formação de
cordões.
138
Componentes
01 - Chassi Frontal
02 - Chassi Lateral Direito
03 - Chassi Lateral Esquerdo
04 - Braço Telescópico
05 - Rodeiro
06 - Seção de Discos
07 - Sapata
08 - Barra com Limpadores
09 - Roda Guia
10 - Cilindros Hidráulicos
11 - Mangueiras
12 - Cabeçalho
13 - Suporte das Mangueiras
14 - Engate ao Trator
139
REGULAGENS E OPERAÇÕES
140
Construção dos Terraços
Em terreno não preparado, iniciar o terraço com as
seções de discos paralelas ao solo. Isto na 1ª e 2ª
passada; objetivando somente a remoção do solo.
Esta operação pode ser feita antecipadamente com a
grade aradora, ou arado subsolador em passadas
suficientes para atender a largura da base do terraço.
141
Em terreno já preparado pode-se iniciar o terraço
com uma pequena inclinação das seções; ou seja, com
o cilindro dianteiro um pouco acionado.
Mecanização Agrícola
Preparo Inicial do Solo 24
142
Em ambos os casos, a partir da 3ª e 4ª passada
acione um pouco mais o cilindro hidráulico, onde já se
pode notar a atuação de todos os discos.
143
Nas demais passadas acione gradativamente o
cilindro hidráulico até a conclusão do terraço, que
estará pronto com 10 a 12 passadas em média.
144
FIM
145
Prof. Dr. Cleiton Gredson Sabin Benett
Ipameri - GO
2014
Mecânica e Mecanização Rural:
Aração e Gradagem
Universidade Estadual de Goiás - UEG
Unidade Universitária de Ipameri
Curso de Engenharia Florestal
146
Aula 6.
GRADAGEM
A função tradicional das grades é completar o
serviço executado pelos arados, embora elas possam
ser utilizadas antes ou até mesmo em substituição aos
arados em algumas situações.
147
Mecanização Agrícola
Preparo Inicial do Solo 25
148
Quando são utilizadas após a aração, as grades tem
por função complementar o preparo do solo realizado
pelo arado, no sentido de desagregar os torrões, nivelar a
superfície do solo para facilitar a semeadura, diminuindo
os vazios que resultam entre os torrões.
Quando surgiu as primeira grade foi de dentes,
constituída totalmente em madeira.
Surgiu no Império Romano
No início do século XIX, as grades de madeira tiveram
seus dentes substituídos por dentes de ferro. As grades
de molas só apareceram em torno de 50 anos mais tarde.
149
Figura. Grade de dentes tração animal.
150
Funções das grades
Além de complementar o trabalho do arado, várias
outras funções foram sendo acrescentadas as grades em
sua evolução. São usadas antes e depois e em outras
aplicações.
151
Gradagem antes da aração
Antes da aração, em solos leves, com vegetação
relativamente alta ou com restos de culturas, é
recomendável a utilização da grade de discos para picar o
material existente na superfície.
O material deve estar seco, quebradiço ou em adiantado
estado de decomposição para ser facilmente cortado pela
grade e ficar bem picado, pois caso contrário haverá
embuchamento do arado.
152
Gradagem após aração
É a forma normal de emprego das grades, para
destorroar, desagregar, nivelar e adensar o solo,
colocando-o em condições adequadas para receber as
sementes.
As grades de dentes podem ser aplicadas após a
aração, visando rastelar para fora dos limites da glebas a
vegetação ou os restolhos ainda presentes na superfície.
153
Mecanização Agrícola
Preparo Inicial do Solo 26
Outras situações
As grades poderão ser ainda utilizadas nas seguintes
situações:
 Para fazer o enterrio de sementes e a incorporação de
adubos distribuídos a lanço;
 Destruir ervas daninhas, de preferência no estado de
sementeira;
 Fazer aceiros para prevenir o fogo;
 Construção e conservação de terraços.
154
Devido o grande número de aplicações das grades
nas propriedade, seu uso deve ser feito com cuidado,
pois facilitam a propagação de:
 Grama-seda;
 Capim-fino;
 Tiririca;
 Nematóides.
155
A gradagem pode ser superficial (5 a 10 cm) ou
profunda (20 a 30 cm), conforme os discos penetram mais
ou menos.
O maior ou menor aprofundamento deve-se
principalmente aos seguintes aspectos:
 Solo: os arenosos, de textura mais leve e mais úmidos,
facilitam o aprofundamento dos discos;
156
 Características dos discos: discos mais espaçados entre
si, com maior concavidade, maior peso e afiação
externa proporcionam maiores profundidade de corte;
 Velocidade de deslocamento: com velocidade
menores, o aprofundamento é maior;
 Regulagem.
157
Quando o solo está muito seco, duro e quando os
discos estão “rombustos” (sem corte), a grade não
consegue aprofundar-se. Pode-se conseguir maior
penetração adicionando lastro (peso) à estrutura ou
chassi.
A velocidade de deslocamento não deve ser excessiva,
senão a grade salta, além de não se aprofundar. A
velocidade das grades deve ficar entre 6 km/h e para as
grades niveladora podendo chegar a 10 km/h.
158
Sistemas de trabalho para grades
 Se o trabalho for feito de dentro para fora (do centro
para a periferia), a máquina deve deslocar-se no
sentido anti-horário;
 Se o trabalho for feito de fora para dentro, a máquinadeve desloca-se no sentido horário.
159
Mecanização Agrícola
Preparo Inicial do Solo 27
160 161
Seção do Tipo de Grade
Para estabelecer o tipo de grade mais apropriado a
um determinado caso, deve-se considerar uma série de
fatores:
Tipo de solo
 Para solos pedregosos: grade de dentes flexíveis;
 Para solos arenosos e leves: grade de dentes rígidos;
 Para solos argilosos ou outro tipos: grade de discos.
162
Tipo de cultura
Extensiva ou intensiva. Dependendo das condições, as
culturas necessitam de mais de um tipo de grade. Para
operar sobre restos de culturas, penetrando em
profundidade, a grade de disco realiza um ótimo serviço.
163
Força de tração disponível
Animal ou motora. As grades de dentes fixos são mais
leves, necessitando de menor esforço de tração, sendo
mais usadas com animais.
As grades de discos e de dentes flexíveis exigem maior
esforço tratório sendo normalmente tracionadas por
trator.
164
Grades de Molas
As grades de molas são constituídas de molas chatas
ou redondas, que podem ter ou não uma pequena pá
fixada à sua ponta.
São utilizadas mais como cultivadores, no combate e
ervas daninhas e na escarificação do que propriamente
como grades. Sua principal aplicação é em terrenos com
pedras, raízes e outros obstáculos.
165
Mecanização Agrícola
Preparo Inicial do Solo 28
Vantagens
 Bom resultado no nivelamento do terreno,
conseguindo-se o destorroamento em apenas uma
passada, quando a umidade do solo é adequada;
 Muito boa ação de mistura do solo;
 Alto rendimento de trabalho.
166
Desvantagens
 Existe que a superfície do solo esteja quase livre de
resíduos vegetais, principalmente quando o solo está
úmido e a textura é argilosa;
 Não pode ser utilizada após o preparo primário do
solo, devido o constante embuchamento.
167
Figura. Grade de molas com três seções
168
Figura. Tipos de lâminas flexíveis.
169
Grades de Dentes
As grades de dentes podem ser classificadas como:
 Grade de dentes flexíveis;
 Grade de dentes rígidos;
 Grade de dentes giratórios.
170
Figura. Grade de dentes flexíveis. 
172
Mecanização Agrícola
Preparo Inicial do Solo 29
Figura. Grade de dentes rígidos. 
174
Figura. Grade de dentes giratórios. 
177
Grades de Discos
De maneira geral as grades de discos são implementos
adequados a todas as finalidades.
Devido a sua grande utilidade, apresenta algumas
desvantagens com relação aos demais tipos:
 Custo mais elevado;
 Maior depreciação;
 Algumas dificuldades no transporte;
 Maior exigências de manutenção (lubrificação).
178
Mancais
179
Discos
Os discos podem ser lisos ou recortados.
Os lisos são mais utilizados, porém os recortados,
quando recortados na seção dianteira, aumentam
sensivelmente o poder de desagregação, facilitando a
penetração e o corte.
180
Montagem dos conjuntos dos discos
181
Mecanização Agrícola
Preparo Inicial do Solo 30
Diâmetro
O diâmetro dos discos varia normalmente para as
grade leves e média de 16 a 24 polegadas. Já as grades
superpesadas podem atingir ate 44 polegadas.
A distância entre os discos varia normalmente entre 6
a 10 polegadas para grades leves e médias.
182
Classificação das grades de discos
A Norma Brasileira n.°9.645 classifica as grades de
discos de acordo com a massa por discos, fontes de
potência (tração animal ou mecânica), engate a fonte de
potencia, sustentação, disposição das seções da grade e
características estruturais.
183
Engate à fonte de potência 
Grades montadas
O acoplamento à fonte é feito unicamente por meio
de sistema de engate de três pontos.
Grade semi-montada
O acoplamento é feito por meio de dois pontos de
engate.
184
Grade de arrasto
É dotada de barra de engate para tração. Pode ter
rodas para transporte e auxilio de regulagem de
profundidade e engate de três pontos só para o
transporte. Modelos maiores são acionados por meio de
controle remoto (cilindro – pistão).
185
Disposição das seções
As grades de discos podem ser basicamente de três
tipos:
Simples ação
Sua característica básica é a inversão do solo com uma
passada. Estes sistemas são empregados somente no
controle de plantas daninhas (capina superficial).
186
Dupla ação
São sistemas providos de discos, os quais permitem a
mobilização do solo, ou seja, o solo é removido e depois
sofre uma desestruturação. Utilização marcante em
operações de nivelamento superficial do solo após a
mobilização pela aiveca ou arado de discos.
187
Mecanização Agrícola
Preparo Inicial do Solo 31
0
188
Tandem ou off-set
São aquelas utilizadas para mobilização profunda do
solo em substituição aos arados de discos ou aivecas.
Também conhecido como grade aradora.
189
190 191
Estrutura
As grades de discos podem ter chassi rígido ou
articulado. É fundamental que o chassi seja articulado e
que possua barra estabilizadora entre as seções.
Isso faz com que os dois lodos do implemento
trabalhem na mesma profundidade.
192
Quanto aos tipos de discos utilizados, podem ser:
 Plano liso;
 Côncavo de centro;
 Côncavo de centro plano;
 Côncavo liso;
 Côncavo recortado;
 Cônico recortado.
193
Mecanização Agrícola
Preparo Inicial do Solo 32
O ângulo de ataque para discos de grades está
relacionado com o ângulo de abertura das seções das
grades e com o deslocamento do centro de tração da
fonte de potência.
194
Grade pesada ou aradora
Destina-se à mobilização profunda do solo e
incorporação de material de cobertura (vegetação, restos de
culturas). É equipada de discos de diâmetro igual ou superior
a 30 polegadas (76cm) e tem massa de disco superior a
130kg.
A grade de discos pesada pode ser utilizada em
substituição ao arado, com a vantagem de que consegue uma
maior desagregação do solo.
195
Necessita de tratores com potência de 110 cv, sendo
ideais os com tração nas quatro rodas.
A grade pesada (aradora) é utilizada principalmente
para:
 Desmatamento de vegetação de pequeno diâmetro,
como campos, pastos sujos ou cerradinhos;
 Primeiro preparo do solo em terrenos recém-
desbravados;
 Para culturas como a cana-de-açúcar, devido a maior
profundidade de corte.
196 197
198 199
Mecanização Agrícola
Preparo Inicial do Solo 33
Grade média
Destina-se a destorroar as leivas de solo formadas na
aração ou a completar a mobilização realizada por grade
pesada.
Pode ser empregada também quando outros
implementos de preparo não conseguem fazer um bom
trabalho, devido:
 Excesso de plantas daninhas;
 Infestação de plantas trepadeiras;
 Incorporação de adubos.
200
Necessita de tratores com potência de 80 a 95 cv.
São equipadas com discos de diâmetros entre 24
(61cm) e 28 polegadas (71cm), com massa por disco entre
50 a 130kg.
201
202
Vantagens 
 Alto rendimento do trabalho;
 Regulagem fácil;
 Baixo consumo de combustível por unidade de área;
 Controle de ervas daninhas.
Desvantagens
 Trabalho muito raso (10 a 13cm);
 Compacta o solo abaixo da profundidade de operação,
impedindo a infiltração de água;
 Seu uso desagrega muito o solo, deixando o solo vulnerável
a erosão.
203
204
Grade leve ou niveladora
Destina-se a destorroar, nivelar e misturar o terreno
quando o preparo primário normalmente já foi executado.
A profundidade de trabalho não ultrapassa a metade
atingida no preparo primário (10 a 15cm).
Tem discos de até 22 polegadas e massa por disco de
50kg).
205
Mecanização Agrícola
Preparo Inicial do Solo 34
206 207
Vantagens
 Trabalha em qualquer situação, poisos discos rolam sobre o
solo ou superfícies grosseiras;
 Alto rendimento do trabalho e baixa embuchamento.
 Elevada velocidade de trabalho.
Desvantagens 
 Baixa desagregação de torrões em solos secos;
 Não rompe a compactação da roda do trator que está
puxando a grade.
208 209
Constituição das Grades
Grade Aradora Simples
01 - Cabeçalho de tração
02 - Travessão
03 - Estrutura Dianteira
04 - Estrutura Traseira
05 - Dobradiça
06 - Barra de regulagem
07 - Discos
210
Grade com controle remoto
01 - Cabeçalho de tração
02 - Suporte da barra estabilizadora
03 - Travessão
04 - Mola estabilizadora
05 - Disco da seção dianteira
06 - Rodas
07 - Mancal de rolamento
08 - Disco da seção traseira
09 - Cilindro hidráulico
10 - Trava do pistão
11 - Rodeiro
12 - Quadro
13 - Barra estabilizadora
14 - Mangueiras
211
Mecanização Agrícola
Preparo Inicial do Solo 35
Grade hidráulica 
01 - Estrutura
02 - Barra de engate
03 - Pino de engate
04 - Discos da seção diant. esquerda
05 - Suporte dos limpadores 
dianteiro esquerdo e traseiro direito. 
06 - Barra de sustentação
07 - Discos da seção tras. esquerda
08 - Suporte dos limpadores traseiro 
esquerdo e dianteiro direito
09 - Discos da seção tras. direita
10 - Discos da seção diant. direita
11 - Suporte do mancal
12 - Mancal de atrito
212
Regulagens e Operações
Grade sem pneu para transporte
Acoplamento a barra de tração
213
Aumentando-se "A", maior penetração.
Diminuindo-se "A", menor penetração.
214
O primeiro orifício (A) serve para transportar a grade, quando
obtém-se o menor ângulo de penetração dos discos. Deslocando a
barra para os demais orifícios, aumenta-se a penetração da grade.
O deslocamento lateral feito pelos orifícios (B), é um recurso
utilizado para posicionar o trator em relação ao sulco da passada
anterior.
215
Sentido das manobras
É necessário efetuar as manobras pela esquerda para evitar
sobrecarga ao implemento e permitir que o mesmo opere
normalmente.
Seguindo estas instruções evita-se ainda a formação de
grandes sulcos indesejáveis nos locais de manobras.
216
Exercício
1) O produtor José Rico Fortuna tem uma propriedade em Ipameri-GO, e
gostaria de saber qual seria o rendimento da grade aradora de 12 disco que
acabou de comprar. Sabemos que a largura de trabalho é de 1,30 m, a
eficiência de 90% e velocidade de 6 km/h. Qual o rendimento em hora por ha?
R = Rendimento por Hora?
L = Largura de trabalho do arado, expressa em metros.
V = Velocidade média do trator, expressa em metros por hora.
E = Eficiência, expressa em 0,90.
X = Valor do Hectare = 10.000 m² 217
Mecanização Agrícola
Preparo Inicial do Solo 36
218
R = ?
L = 1,30 m
V = 6.000 m/h
E = 0,90
X = 10.000 m²
X
ExVxL
R 
R = 0,70 Hectare por Hora.
000.10
90,0000.630,1 xx
R 
219
2) O produtor José Rico Fortuna tem uma propriedade em Ipameri-GO, e
gostaria de saber qual seria o rendimento da grade aradora de 16 disco que
acabou de comprar. Sabemos que a largura de trabalho é de 1,73 m, a
eficiência de 90% e velocidade de 6 km/h. Qual o rendimento em hora por
ha?
R = Rendimento por Hora?
L = Largura de trabalho do arado, expressa em metros.
V = Velocidade média do trator, expressa em metros por hora.
E = Eficiência, expressa em 0,90.
X = Valor do Hectare = 10.000 m².
R = ?
L = 1,73 m
V = 6.000 m/h
E = 0,90
X = 10.000 m²
220
X
ExVxL
R 
R = 0,93 Hectare por Hora.
000.10
90,0000.673,1 xx
R 
221
3) O produtor José Rico Fortuna tem uma propriedade em Ipameri-GO, e
gostaria de comprar uma grade arados com rendimento de 1,50 hectare
hora. Sabemos que a eficiência da grade é de 90% e velocidade de trabalho
de 6 km/h e sabemos ainda que 1 hectare tem 10.000 m². Qual a Largura
de trabalho da grade arado?
R = Rendimento por Hora?
L = Largura de trabalho do arado, expressa em metros.
V = Velocidade média do trator, expressa em metros por hora.
E = Eficiência, expressa em 0,90.
X = Valor do Hectare = 10.000 m².
222
L = 2,70 Largura de trabalho (m).
X
ExVxL
R 
000.10
90,0000.6
5,1
xxL

R = 1,50 
L = ?
V = 6.000 m/h
E = 0,90
X = 10.000 m²
000.10
400.5
5,1
xL

000.10
400.5
5,1
L

000.105,1400.5 xL 
Obs.: Velocidade média de 6 km/h.
223
Mecanização Agrícola
Preparo Inicial do Solo 37
FIM
224

Outros materiais